Livro Primeiras Águas - Poesias

Este é o livro I da série Primeiras Águas.

Campanha Gravatá Eficiente

Fomentando uma nova plataforma de discussão.

A Liberdade das novas idéias começa aqui.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Procurador quer tirar emissoras católicas do ar





Por Roldão Arruda, no Estadão:

O Ministério Público Federal em Guaratinguetá pediu ontem à Justiça a anulação das concessões das emissoras de TV Canção Nova e Aparecida - as duas sediadas no interior paulista. De acordo com as alegações do MPF, os processos de concessão, em 1997 e 2001, respectivamente, ocorreram de forma irregular.

As emissoras pertencem a grupos católicos e transmitem programas de evangelização. A Canção Nova segue a linha da Renovação Carismática e ganhou destaque na campanha presidencial do ano passado, por ter transmitido ao vivo um sermão no qual o padre José Augusto pedia aos católicos que não votassem no PT, por se tratar de partido que estaria apoiando o aborto. A TV Aparecida integra a rede de comunicação do Santuário de Aparecida, controlada pelos padres da Congregação Redentorista.

Nos processos administrativos no Ministério das Comunicações, os dois grupos informaram que as emissoras teriam caráter educativo. As outorgas foram assinada pela Presidência da República em 2002 e ratificadas pelo Congresso.

Segundo o procurador Adjame Oliveira, autor das ações apresentadas agora, a concessão deveria ter sido precedida de licitação, para selecionar a entidade que apresentasse o melhor projeto educacional. “A outorga sem licitação põe em xeque a utilização democrática e transparente desse meio de comunicação”, justificou.

O pedido de anulação ocorre vinte dias após o Conselho Deliberativo da Canção Nova ter decidido suspender a transmissão do programa Justiça e Paz, apresentado pelo presidente do PT de São Paulo, deputado estadual Edinho Silva. Ele estreou no dia 3, com uma entrevista com o ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência. A suspensão ocorreu no mesmo dia. Católico e ligado a grupos religiosos, Carvalho havia articulado uma reaproximação entre a presidente Dilma Rousseff e a Canção Nova, após os atritos da campanha.



Divulgado pelo jornalista Reinaldo Azevedo em:

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Brasileiro Traficante Legalmente Aparentado




Diário de Viagem 01

Minha viagem a Bolívia no início do mês em que nasci, foi uma das mais fascinantes experiências que já vivi, por uma série de motivos muito maiores que se possa imaginar. E ao contrário do que todos fazem, quero iniciar um sistemático diário de viagem começando do fim, relatando acontecimentos de trás pra frente, ou, dos dias derradeiros aos primeiros instantes em que pousei em Santa Cruz de la Siera, depois Cochabamba, Oruro, Lá Paz e, finalmente, Copacabana – no Lago Titicaca, fronteira com Peru.

O fato desse primeiro capítulo relata uma das historias engraçadas que aconteceu comigo e com minha companheira de viagem Gleizy, quando voltávamos ao Brasil.

Os nossos guias Fernando e Sérgio nos orientaram para que comprássemos folhas de Coca para a viagem, pois a mesma nos ajudaria a enfrentar os efeitos do clima e da altitude na viagem entre Cochabamba e Copacabana, cortando a Cordilheira dos Andes. Ainda nos limites de Cochabamba compramos um pequeno saco com uma quantidade considerável de folhas de coca e seguimos viagem.

De fato, não era exagero. A folha nos ajudou muito durante a viagem. Ensinaram-nos que mastigando a folha, estaríamos mantendo nosso corpo aquecido e nosso cérebro o mais equilibrado possível. Era verdade. Foi verdade. É fato. Quem mastiga a folha da coca, ingere um sumo que alivia os desconfortos causados pelos altos píncaros das Cordilheiras.

Quando chegamos a Copacabana tratamos logo de tomar o chá de coca que também havia sido recomendado por amigos bolivianos. A foto acima mostra exatamente o momento em que iniciava a ingestão do tal chá milagroso para quem vive ao nível do mar, sob o calor do Nordeste brasileiro.

Com a folha na boca e saciados com o chá da coca, conseguimos subir em um dos pontos mais altos de Copacabana, que é o Monte Calvário – antigo santuário Inca e atualmente morro de peregrinação católica, onde se vê as estações da Via Crucis. Aliás, subir monte foi um estágio mágico de nossa estadia em Copacabana.

Bem, resumindo... A tal da folha da Coca e seu Chá fazem realmente a diferença para quem vive na mesma linha do nível do mar. Comprovado.

Sobraram muitas folhas de Coca e eu, que não sou adepto do desperdício, guardei praticamente todo o pacote para trazer de volta comigo para o Brasil. E assim foi feito. Porém, quando estávamos na conexão Cochabamba-Santa Cruz, Gleizy me perguntou:

- Ricardo, você guardou o saco com as folhas de coca?

Eu respondi:

- Mas é claro. Está aqui, comigo, junto com o Notebook.

Ela retrucou:

Sabia que você pode ser preso no Brasil por portar esse tipo de planta?

E emendou ainda:

- Pode até ser que seja liberado em Santa Cruz, mas, quando chegarmos ao Brasil, é possível que sejas investigado. Se for preso, não sei nem como te liberar – zoava ela como sempre faz em momentos como esse.


Eu não me assustei. Estava claro para mim que, caso fosse abordado pela Polícia Federal, explicaria, ou melhor, justificaria a presença das folhas de Coca, como qualquer turista que visita o Peru e a Bolívia faz. Os meus fins eram conhecidos por todos. Ou pelo menos supôs que sim. Só me preocupava o desconforto de ter que ser investigado e, consequentemente, atrasar todos os voos que nos levariam de volta para Recife.

Na aduana em Santa Cruz:

Um policial perguntou se poderia abrir minha bolsa e respondi positivamente. Observou cada compartimento. Tirou o notebook, caneta, agenda e, claro, a bolsa com as folhas de coca. Ele olhou para mim, cheirou as folhas, e perguntou:

- Para onde o senhor está indo?
- Para o Brasil. Estou voltando para casa – respondi.
- E o que o senhor veio fazer na Bolívia?
- Trabalhar e fazer turismo – expliquei.
- O que o senhor faz no Brasil?
- Sou professor no estado de Pernambuco.

Ele olhou para mim com certa tranquilidade e concluiu meio irônico:

- Elas (as folhas) são muito cheirosas, não?! Bom proveito no Brasil!

No avião que nos levava para Guarulhos, Gleizy, mais uma vez, me lembrou do risco eminente de ser preso. De repente, minha amiga começou a se sentir mal. Teve tantas dores de cabeça que chorou, mesmo tomando remédio. Quem tem enxaqueca, sabe, nosso rosto fica completamente desfigurado, impossibilitando-nos de disfarçar qualquer dor. Assim Gleizy e eu descemos em solo brasileiro.

Era a hora da verdade. Seria eu detido, questionado, avaliado pelos policiais federais?

Quando chegamos na área destinada a aduana, minha bolsa passou pelo detector e, em seguida, fui liberado, sem nem sequer me olharem com desconfiança. Gleizy, por sua vez, fora detida pela policial federal que não achou nada agradável o semblante da “meliante” em entrada ao Brasil.

Resultado: foi levada para uma sala onde lhe tiraram a roupa e investigaram toda a sua bagagem até terem a certeza de que ela estava “limpa”.

Quando já estávamos indo almoçar, ela, muito espirituosa disse:

- Você era o traficante e eu é que fui detida!

E eu, rindo até pelas orelhas sentenciei:

- Quem manda ter cara de traficante? Eu, pelo menos, sou Brasileiro Traficante Legalmente Aparentado.

Rimos sem parar...

Em casa, resolvi pesquisar sobre a folha da coca, seus benefícios, sua história, seu cultivo, suas aplicações, enfim. Encontrei dois textos bem interessantes que elucidam e ensinam sobre o uso da Coca no nosso dia-a-dia e na medicina, desde milênios atrás.

Espero que todos gostem do texto, inclusive você, Gleizy.




A COCA

A coca é uma planta nativa do Peru e Bolívia, principalmente. Sua folha é considerada uma das mais nutritivas do mundo. Possivelmente o seu maravilhoso efeitos medicinais são devidos ao alto teor de nutrientes que possui, uma vez que estão diretamente relacionadas ao bem-estar psicossomático do ser humano.

O chá de coca contém vitaminas A, E, B1, B2, B3 e C (ácido ascórbico), proteínas, macro e microelementos (cálcio, fósforo, ferro, sódio e potássio), taninos e também de um total de quatorze alcalóides que são responsável por seus efeitos benéficos de cura. É do conhecimento comum que o uso de folhas de coca ajuda a equilibrar a instabilidade biológicos que produzem fadiga e stress.

A folha de coca tem analgésico, sedativo, adstringente e antiflatulentes, é um agente de limpeza do sangue, digestivo, diurético e estimulante respiratório. Tradicionalmente, a fim de preservar os dentes e cavidade oro-faringe, a folha de coca mastigada um pino de boliche na boca dela.

Da mesma forma, a infusão é usada como um poderoso e eficaz digestivo, levando-o após a ingestão de alimentos. Também é muito eficaz contra a osteoporose, já que a folha de coca fornecer mais cálcio que o leite e peixe fósforo ambos e Também é recomendado para hiperatividade e para o tratamento da obesidade e bulimia: a infusão de folha de coca, controla o apetite, sem desnutrição.

Também é sabido que o consumo proporciona mais resistência. Também começou a limpeza do trato urinário. Outra função importante da folha de coca é melhorar a função hepática, porque remove as substâncias tóxicas, levando, consequentemente, para regular os níveis de colesterol e triglicérides.



A COCAÍNA

Sintetizada em 1859, a cocaína tem como origem a planta Erythroxylon coca, um arbusto nativo da Bolívia e do Peru (mas também cultivado em Java e Sri-Lanka), em cuja composição química se encontram os alcalóides Cocaína, Anamil e Truxillina (ou Cocamina ).

Duas variedades da planta dominam o mercado: a huanaco, coca boliviana de folhas ovais e coloração marrom-esverdeada, e a coca peruana, de folhas bem menores e cor verde-clara, que contém muito mais alcalóide do que as plantas que medram na Bolívia. A coca aclimatada em Java, além dos alcalóides comuns às outras variedades possui a atropa cocaína acrescida de quatro glicogénios cristalinos. A droga também pode ser obtida de um arbusto aparentado à Erythroxylon coca - o epadu, que cresce na Amazónia e é utilizado há séculos pelos índios da região.

Na civilização Inca, o uso da folha de coca era controlado pessoalmente pelo imperador. O maior privilégio que um Inca podia obter era conquistar o direito de mascar as folhas de coca, e os nobres costumavam ser sepultados com uma generosa provisão de folhas para abastecê-los no paraíso incaico. Mascadas, as folhas de coca produzem euforia e enorme capacidade de trabalho. Nos altiplanos da Cordilheira dos Andes, o costume de mascar coca persiste até hoje entre os habitantes, ajudando-os a enfrentar os problemas da altitude e os rigores do clima.

A cocaína propriamente dita, ou cocaína hidroclorida, é uma substância branca, amarga e inodora, na forma de cristais ou pó, e que pode ser bebida, aspirada ou injectada. Apesar do curto período de sua existência, a história registra usuários famosos da droga, como Sigmund Freud, o papa Leão XIII e o escritor Conan Doyle, criador do famoso detective Sherlock Holmes, que por sua vez também apreciava a cocaína. Na actualidade, a droga tem seu uso difundido não só entre os astros do cinema, da música e da televisão, mas também vem ganhando consumidores entre executivos e a classe média em geral.

Segundo a revista Veja, no Brasil os usuários típicos têm entre 25 e 40 anos de idade, salário acima de Cz$ 15.000 (maio-86) e podem ser publicitários, jornalistas, criadores de moda ou profissionais da área financeira, que exibem comportamento auto-suficiente e elegantemente agressivo. De acordo com a revista Time, de 1979 a 1982, o número de consumidores de cocaína nos Estados Unidos aumentou de 15 milhões para 22 milhões, e parece continuar crescendo.

As propriedades primárias da droga bloqueiam a condução de impulsos nas fibras nervosas, quando aplicada externamente, produzindo uma sensação de amortecimento e enregelamento. A droga também é vaso constritora, isto é, contrai os vasos sanguíneos inibindo hemorragias, além de funcionar como anestésico local, sendo este um dos seus usos na medicina.

Ingerida ou aspirada, a cocaína age sobre o sistema nervoso periférico, inibindo a reabsorção, pelos nervos, da norepinefrina (uma substância orgânica semelhante à adrenalina). Assim, ela potencializa os efeitos da estimulação dos nervos. A cocaína é também um estimulante do sistema nervoso central, agindo sobre ele com efeito similar ao das anfetaminas. No cérebro, a droga afecta especialmente as áreas motoras, produzindo agitação intensa. A acção da cocaína no corpo é poderosa porém breve, durando cerca de meia hora, já que a droga é rapidamente metabolizada pelo organismo.

Sua aspiração por período prolongado danifica as mucosas e os tecidos nasais, podendo inclusive causar perfuração do septo. Doses elevadas consumidas regularmente causam sangramento do nariz e corisa persistente, além de palidez, suor frio, convulsões, desmaios e parada respiratória. A quantidade necessária para provocar uma overdose varia de uma pessoa para outra, e a dose fatal vai de 0,2 a 1,5 grama de cocaína pura. A possibilidade de overdose, entretanto, é maior quando a droga é injectada directamente na corrente sanguínea.

O efeito da cocaína pode levar a um aumento de excitabilidade, ansiedade, elevação da pressão sanguínea, náusea e até mesmo alucinações. Um relatório norte-americano afirma que uma característica peculiar da psicose paranóica, resultante do abuso de cocaína, é um tipo de alucinação na qual formigas, insectos ou cobras imaginárias parecem estar caminhando sobre ou sob a pele do cocainómano.

Embora exista controvérsia, alguns afirmam que os únicos perigos médicos do uso da cocaína são as reacções alérgicas fatais e a habilidade da droga em produzir forte dependência psicológica, mas não física. Por ser uma substância de efeito rápido e intenso, a cocaína estimula o usuário a utilizá-la seguidamente para fugir da profunda depressão que se segue após o seu efeito.

A Coca-Cola, um dos refrigerantes mais populares, foi originalmente uma beberagem feita com folhas de coca e vendida como um "extraordinário agente terapêutico para todos os males, desde a melancolia até a insónia". Complicações legais, todavia, fizeram com que a partir de 1906 o refrigerante passasse a utilizar em sua fórmula folhas de coca descocainadas.

NOVO RUMO ASSOCIAÇÃO, FAZ UM CONVITE ESPECIAL



AMIGOS CAPACITEM SUAS BABÁS

RODA DE CONVERSA 


Cuidar e educar uma criança cujo desenvolvimento é atípico requer disponibilidade psíquica, conhecimento e preparo.

Ciente das dúvidas e dificuldades que podem surgir nesta tarefa, o Ciclos da Vida está promovendo mais uma Roda de Conversa, dirigida às babás e cuidadoras.

Tem-se como objetivo capacitar essas profissionais a cuidarem das crianças respeitando a individualidade e favorecendo a autonomia e o desenvolvimento das mesmas.

COORDENAÇÃO: 
Maria do Carmo Camarotti (psicóloga e psicanalista) 
DATA: 
26 de novembro 2011 
HORÁRIO: 
9h00 às 13h00
LOCAL: 
Auditório do Empresarial Kronos (1o andar ) Rua das Pernambucanas, 407 – Graças
TAXA: 
R$ 40,00

OBS: 
Solicitamos às participantes que tragam um brinquedo e um livro da criança para uma atividade que será realizada.

Serão oferecidos lanche e material de apoio. 

Informações e inscrições:
contato@ciclosdavida.com 

TEL:
(81) 99655691

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Que se puede esperar de Brasil?



Por Leonardo Boff
18/11/2011


1. El pueblo brasilero se habituó a «enfrentar la vida» y a conseguir todo en «la lucha», es decir, superando dificultades y con mucho trabajo. ¿Por qué no iba a «enfrentarse» también al reto último de hacer los cambios necesarios para crear relaciones más igualitarias y acabar con la corrupción?

2. El pueblo brasilero todavía no ha acabado de nacer. Lo que heredamos fue la Empresa-Brasil, con una elite esclavizadora y una masa de desposeídos. Pero del seno de esta masa, nacieron líderes y movimientos sociales con conciencia y organización. ¿Su sueño? Reinventar Brasil. El proceso empezó a partir de abajo y es ya imparable.

3. A pesar de la pobreza y de la marginación, los pobres inventaron caminos de supervivencia. Para superar realidad negativa, el Estado y los políticos necesitan escuchar y valorar lo que el pueblo ya sabe y ha inventado. Sólo entonces habremos superado la división élites-pueblo y seremos una nación una y compleja.

4. El brasilero tiene un compromiso con la esperanza. Es la última que muere. Por eso, está seguro de que Dios escribe derecho con renglones torcidos. La esperanza es el secreto de su optimismo, le permite relativizar los dramas, danzar en su carnaval, ser hincha de su equipo de futbol, y mantener encendida la utopía de que la vida es bella y mañana puede ser mejor.

5. El miedo es inherente a la vida porque «vivir es peligroso» y conlleva siempre riesgos. Estos nos obligan a cambiar y refuerzan la esperanza. Lo que el pueblo, no las elites, desea más es cambiar para que la felicidad y el amor no sean tan difíciles.

6. Lo opuesto al miedo no es el valor. Es la fe en que las cosas pueden ser diferentes y que, organizados, podemos avanzar. Brasil ha demostrado que no es sólo bueno en carnaval y futbol, también es bueno en agricultura, en arquitectura, en música y en su inagotable alegría de vivir.

7. El pueblo brasilero es religioso y místico. Más que pensar en Dios, siente a Dios en su vida cotidiana, lo cual se revela en las expresiones: «gracias a Dios», «Dios se lo pague», «queda con Dios». Dios no es un problema para él, sino la solución a sus problemas. Se siente amparado por santos y santas y por espíritus buenos y orixás que anclan su vida en medio del sufrimiento.

8. Una de las características de la cultura brasilera es la alegría y el sentido del humor, que ayudan a aliviar las contradicciones sociales. Esa alegría nace de la convicción de que la vida vale más que cualquier cosa. Por eso debe ser celebrada con fiesta y ante del fracaso, mantener el humor. El efecto es la levedad y el entusiasmo que tantos admiran en nosotros.

9. Una unión que todavía tenemos pendiente en Brasil es la del saber académico con el saber popular. El saber popular nace de la experiencia sufrida, de las mil maneras de sobrevivir con pocos recursos. El saber académico nace del estudio, bebiendo de muchas fuentes. Cuando esos dos saberes se unan, seremos invencibles.

10. El cuidado pertenece a la esencia de toda la vida. Sin el cuidado, la vida enferma y muere. Con cuidado se la protege y dura más. El reto es hoy entender la política como cuidado de Brasil, de su gente, de su naturaleza, de la educación, de la salud, de la justicia. Ese cuidado es la prueba de que amamos a nuestro país.

11. Una de las marcas del pueblo brasilero es su capacidad de relacionarse con todo el mundo, de sumar, juntar, sincretizar y sintetizar. Por eso, no es intolerante ni dogmático. Le gusta y acoge bien a los extranjeros. Estos son valores fundamentales para una globalización de rostro humano. Estamos demostrando que es posible y la estamos construyendo.

12. Brasil es la mayor nación neolatina del mundo. Tenemos todo para ser también la mayor civilización de los trópicos, no imperial, sino solidaria con todas las naciones, porque Brasil incorporó en sí a representantes de 60 pueblos que vinieron aquí. Nuestro desafío es mostrar que Brasil puede ser, de hecho, un pedazo de paraíso que no se perdió.