Livro Primeiras Águas - Poesias

Este é o livro I da série Primeiras Águas.

Campanha Gravatá Eficiente

Fomentando uma nova plataforma de discussão.

A Liberdade das novas idéias começa aqui.

sábado, 30 de abril de 2011

SAI BABA SE FOI



O guru Sai Baba, o 'deus vivo' da Índia, é enterrado por seus devotos

(AFP) – há 3 dias

PUTTAPARTHI, Índia — Sathya Sai Baba, o líder espiritual indiano adorado por milhões de pessoas ao redor do mundo, foi enterrado nesta quarta-feira numa cerimônia com honras de Estado.

Uma multidão de milhares de devotos se reuniram do lado de fora do ashram do guru, na cidade de Puttaparthi (sul), enquanto ele era enterrado sobre o pódio de mármore onde ele transmitiu muitos de seus ensinamentos.

A cremação é a prática mais comum nos funerais indianos, mas ele foi enterrado de acordo com o costume conferido aos homens santos.

Sai Baba recebeu uma homenagem antes de ter seu corpo preparado com óleos, flores, urina de vaca e água de nove rios sagrados.

Também foram lidos textos hindus sagrados, assim como escrituras cristãs, islâmicos, sikhs e budistas.

A cerimônia foi transmitida ao vivo pelas tvs locais e telões espalhados por Puttaparthi para que todos pudessem acompanhar o último adeus ao mestre.

Desde sua morte, o corpo de Sai Baba ficou exposto num caixão transparente para que seus seguidores pudessem se despedir dele.

Sai Baba morreu no dia 24 de abril em um hospital de Puttaparthi, no sudeste do país vítima de parada cardiorrespiratória.

Com 85 anos, o guia ficou hospitalizado mais de três semanas em estado crítico devido a problemas cardíacos, pulmonares e renais.

Devotos do guia deslocaram-se para Puttaparthi nas semanas anteriores à morte para realizar orações especiais, que pediam um milagre para que Sai Baba se recuperasse.

O guru tinha milhões de seguidores no mundo todo, que lhe atribuíam poderes sobrenaturais, como fazer objetos aparecerem ou curar doenças em fase terminal.

Entre seus admiradores encontram-se o ex-premiê da Índia Atal Bihari Vajpayee, a lenda do críquete indiano Sachin Tendulkar e a atriz de Hollywood Goldie Hawn.

O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, disse que o país iria chorar profundamente a morte de Sai Baba, que "era uma inspiração para as pessoas de todas as fés".

"Era um líder espiritual que inspirou milhões (de pessoas) a levar uma vida moral e coerente, inclusive se seguiam a religião que queriam", disse Singh, que completou que o guru ensinou "os ideais universais da verdade, boa conduta, paz, amor e não violência".

O guia era considerado por seus devotos como a reencarnação de um homem sagrado, Sai Baba de Shirdi, que morreu em 1918.

Sua organização fundou projetos sanitários e educativos em toda a Índia, incluindo hospitais e clínicas, que asseguravam poder curar doenças.

Um de seus maiores seguidores e que mais lhe ajudou economicamente foi o ex-proprietário da rede de restaurantes Hard Rock Café, Isaac Burton Tigrett, que viveu em Puttaparthi e doou grande parte de sua fortuna à fundação de Sai Baba.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

DEPOIMENTOS IMPORTANTES QUE ELEVAM NOSSO EGO, NOSSA AUTOESTIMA


Mesmo com acesso tardio aos estudos, Marina Silva conseguiu chegar à universidade

COMO A EDUCAÇÃO MUDOU A MINHA VIDA

Filósofos, escritores, economistas, artistas e outras personalidades marcantes do Brasil falam sobre o impacto de uma boa Educação no futuro. Vamos iniciar uma série de depoimentos feitos por nomes referenciais em nosso país. Nomes como:

Heródoto Barbeiro, Maria Fernanda Cândido, Lázaro Ramos, Mário Sérgio Cortella, Maria Helena Guimarães de Castro, Maria Alice Setúbal, Rubem Alves, Viviane Senna, Simon Schwartzman, Lya Luft, Milton Hatoum, Gustavo Ioschpe, Martha Medeiros, Sérgio Mamberti, Serginho Groisman, Nelson Motta, Claudia Costin, Mozart Neves Ramos, Lorenzo Merlino, irão está aqui, falando como a Educação foi importante e decisiva na vida de cada um deles.
 
 
A nossa primeira personagem é MARINA SILVA.

A Educação envolve um processo amplo, uma integração entre o que se aprende na família, com os amigos, na comunidade e nos diversos meios de informação e o que se aprende na escola, nos livros, com professores, de forma sistematizada. E é fundamental essa junção entre Educação informal e formal.

Tive o privilégio de ter uma Educação não-formal extremamente rica e valorosa. Quando isso ocorre, quando se é adequadamente estimulado desde o princípio da vida, com certeza haverá uma boa relação com a Educação formal. Quando não se tem acesso a um letramento, a um conhecimento sistematizado, não significa que você não tenha conhecimento. Mas num mundo letrado, quem não passa pela Educação formal acaba ouvindo e percebendo o mundo pela metade. E uma das coisas que a Educação fez por mim foi ajudar a ampliar o meu olhar e a minha escuta. Aguçou em mim o desejo de aprender e o prazer de ensinar.

Mesmo com o acesso tardio aos estudos e com um aprendizado precário na educação básica, consegui entrar em uma universidade, onde encontrei bons professores. Já fiz duas pós-graduações e pretendo continuar estudando. Foi pela Educação formal que consegui sair de um situação de pobreza e de falta de oportunidades, para chegar a servir ao país em cargos como o de Senadora da República e Ministra de Estado.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Vou Dormir Pensando...



AFINIDADE

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. O mais independente.

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.

Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo sobre o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial. Ter afinidade é muito raro.

Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas.

O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade. Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.

É ficar conversando sem trocar palavra. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento. Afinidade é sentir com.

Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.

Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar. Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar. Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.

Só entra em relação rica e saudável com o outro, quem aceita para poder questionar. Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar, não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.

E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso. Isso é afinidade. Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita o outro como ele é. Por isso, aliás, questiona. Questionamento de afins, eis a (in)fluência.

Questionamento de não afins, eis a guerra. A afinidade não precisa do amor. Pode existir com ou sem ele. Independente dele. A quilômetros de distância. Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.

Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar, por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos. Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos, veremos ou falaremos.

Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem para buscar sintomas com pessoas distantes, com amigos a quem não vemos, com amores latentes, com irmãos do não vivido?

A afinidade é singular, discreta e independente, porque não precisa do tempo para existir. Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu o vínculo da afinidade!

No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação exatamente do ponto em que parou. Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas nem pelas pessoas que as tem.

Por prescindir do tempo e ser a ele superior, a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.

Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós, para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes. Sensível é a afinidade. É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.

Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau, porque o que define a afinidade é a sua existência também depois. Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois

encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir restituir o clima afetivo de antes, é alguém com quem a afinidade foi temporária.

E afinidade real não é temporária. É supratemporal. Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta, ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.

A pessoa mudou, transformou-se por outros meios. A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas, plantios de resultado diverso.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças, é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas, quantos das impossibilidades vividas.

Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou, sem lamentar o tempo da separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar.

E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais, a expressão do outro sob a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado.

Arthur da Távola

quarta-feira, 27 de abril de 2011

PONTO E VÍRGULA, FINAL.



Por Tales Messias



Sou quem pude ser. Não quem eu gostaria de ter sido. Nem quem as pessoas gostaria que eu fosse.

Se eu fosse quem eu gostaria de ter sido, eu seria infante ainda. Posto que sempre quis não sofrer. Nem me machucar. Por isso, não crescer.

Se eu fosse quem eu gostaria de ter sido, ainda estaria mais interessado em futilidades.

Posto que futebol, filmes, carros e mulheres (como objetos sexuais) são bons assuntos. Mas, bem secundários.

Se eu fosse quem eu gostaria de ter sido, não seria sincero.

Posto que hoje sou carinhoso com quem quero ser e não com quem esperam que eu seja.

Se eu fosse como as pessoas gostariam que eu fosse, eu seria mais sério.

Posto que sempre esperam que sejamos mais sisudos sobre determinados assuntos.

Se eu fosse como as pessoas gostariam que eu fosse, eu seria mais simpático.

Posto que sempre acham que somos mais sérios do que deveríamos ser.

Se eu fosse como as pessoas gostariam que eu fosse, eu seria mais político.

Posto que sempre acham que devemos sorrir mesmo quando não temos a mínima motivação para isso.

Se eu fosse como as pessoas gostariam que eu fosse, eu seria mais falso.

Posto que as pessoas adoram pessoas sinceras mesmo que seja uma sinceridade só externa. Ou uma falsidade honesta. Ou uma sinceridade mascarada. Ou uma falsidade disfarçada de sinceridade.Ou uma sinceridade falsa ou uma falsa sinceridade.

Ou seja, sou quem pude tornar-me. Com irregularidades próprias, com as cicatrizes que nos servem de memória e ensino, com as defesas próprias de quem já enfrentou traições e mentiras, com os valores (sempre mutáveis) de quem já os define por si mesmo, com os amigos que mais se identificam conosco (muitas vezes quase chegando a serem espelhos nossos).

Mas, também, com a certeza de que não quero ser quem eu, no passado, gostaria de tornar-me hoje. E de que não serei quem querem que eu seja senão seria um personagem interpretando.

Sou. Simplesmente. E pra mim. Somente.

POR FAVOR, DIGAM QUE É PIADA!

Novo Conselho de Ética tem Renan e aliados de Sarney

Órgão encarregado de investigar senadores estava esvaziado desde 2009

Novo presidente do colegiado promete independência apesar de amizade com Sarney, alvo de dez processos
Lula Marques/Folhapress


Os senadores José Sarney (à esq.) e Renan Calheiros, durante sessão

GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA


Depois de responder a cinco processos por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito ontem membro titular do órgão, responsável por investigar a conduta dos 81 senadores.

Ao lado de Renan, foram escolhidos para compor o colegiado outros 14 senadores -grande parte com processos na Justiça.

Amigo de Renan e do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o senador João Alberto (PMDB-MA) foi indicado para presidir o conselho. O peemedebista deve ser eleito hoje para o comando do órgão.

Apesar da ligação com Sarney, que respondeu a 11 processos no conselho em 2010, Alberto promete independência. "O conselho é cortar na nossa própria carne", disse. "Já estou preparado, exerci o cargo duas vezes."

A vice-presidência do conselho deve ser ocupada por Gim Argello (PTB-DF), que é investigado em inquérito que está no STF (Supremo Tribunal Federal) por ter alugado computadores por valor superfaturado quando era deputado distrital em Brasília.

Entre os indicados para o Conselho de Ética estão os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO), que também respondem a processos judiciais. Foram indicados seis líderes partidários, depois que muitos senadores se recusaram a ocupar cadeiras no conselho temendo futuros desgastes políticos.

Único a votar contra as indicações para o conselho, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) disse que Sarney escolheu sua tropa de choque para controlar o órgão.

"Quem vai mandar alguma coisa para um conselho que tem pessoas amigas do presidente da Casa?", perguntou.

O conselho estava sem seu quadro completo desde agosto de 2009, quando a oposição se retirou do colegiado em protesto contra o arquivamento dos processos contra Sarney. Criado em 1993, o órgão analisou desde então mais de 20 representações contra senadores, das quais 15 foram arquivadas.

No caso de Renan, o conselho chegou a aprovar o pedido de cassação do parlamentar, que foi rejeitado pelo plenário. Renan respondeu a uma série de denúncias em 2007, quando foi acusado de ter recorrido a um lobista para pagar aluguel e pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.

terça-feira, 26 de abril de 2011

ESCUTE A VOZ DO SEMIÁRIDO



Desmatamento, queimadas, uso irregular das margens do rio, intensa aplicação de pesticidas e a destruição da mata ciliar. Essa é a realidade do Rio Umari, que passa pelos municípios de Lucrécia, Rafael Godeiro, Olho D’água dos Borges, Umarizal e Caraúbas.

Hoje esse cenário está mudando graças ao projeto Recuperar o Rio para Preservar a Vida iniciado em 2010. A equipe do projeto já realizou encontros sobre preservação ambiental e prevê a construção de 15 barragens subterrâneas dentro da microbacia do Rio Umari, nesse último trimestre, foram construídas 5 barragens.

A construção das barragens, inclusive, é um fator muito importante nesse processo de revitalização do Rio Umari. São essas as infraestruturas que possibilitarão algumas ações de manejo das águas dentro da microbacia, diminuindo os processos erosivos que causam o assoreamento do rio.

As barragens também ajudarão a garantir a segurança hídrica e alimentar da população ribeirinha. O projeto Recuperar o Rio para Preservar a Vida é realizado pela Diaconia e é patrocinado pela Petrobras, através do programa Petrobras Ambiental.

Pensando na importância dessas barragens para a população, A Voz do Semiárido traz uma entrevista com Verlândia Morais, assessora da Diaconia, sobre o processo de construção dessas barragens, quais os benefícios e cuidados que as comunidades devem ter para fazer o bom uso dessas barragens e consequentemente preservar o Rio Umari.

Tem mais:

Municípios se armam contra mosquito da dengue Evento nacional reúne agricultoras e agricultores experimentadores Estudo diz que conflitos envolvendo a água cresceram 93% Músicas

A Voz do Semiárido
10h
www.fmfraternidade.com.br
Marcelle Honorato
Comunicadora - Diaconia
Fone: (84) 9665.5759/ (81) 9166.0482
Twitter: @marcellehonorat
Skype: marcelle_honorato

O trem da alegria dos laboratórios‏

Foto: Divulgação

Interfarma banca viagem aos EUA para 18 deputados federais.

Saraiva Felipe (PMDB),
 Manuela D’Ávila (PC do B) e
Cândido Vaccarezza (PT) estão na comitiva
 projetos que prejudiquem a indústria farmacêutica não avançam na Câmara



Rodolfo Borges
de Brasília

Desde a aprovação de Lei de Patentes, em maio de 1996, a indústria farmacêutica brasileira não perde uma briga no Congresso Nacional. As patentes de segundo uso (aplicadas quando se descobre uma utilização nova para um remédio antigo) continuam valendo mesmo sem estarem previstas em lei, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) já não pode impedir a concessão de patentes e os inibidores de apetite estão livres para a venda.

A garantia de tudo isso responde pelo nome de Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), maior representante do setor no Parlamento brasileiro e patrocinadora, nesta semana, de uma comitiva de 18 parlamentares aos Estados Unidos. A Interfarma e o Brazil Institute bancaram uma missão para que os parlamentares conhecessem o desenvolvimento técnico da indústria farmacêutica.

A Mesa Diretora da Câmara dá conta de que apenas cinco parlamentares tiveram os custos bancados pela Interfarma, mas o deputado Geraldo Resende (PMDB-MS), presente à comitiva, postou em seu Twitter na segunda-feira 18 a seguinte mensagem: “Somos 18 parlamentares convidados pela Interfarma em Missão Parlamentar, sem gasto para os cofres públicos”.

Os cofres públicos só não permanecem intactos porque o líder da missão, Saraiva Felipe (PMDB-MG), que preside da Comissão de Seguridade Social, se preocupou com a má repercussão de seu envolvimento com a indústria farmacêutica e solicitou (e teve) a viagem custeada pela Câmara. “A indústria farmacêutica sempre atuou muito dentro do Congresso Nacional”, disse ao Brasil 247 o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), que se estabeleceu na Câmara como um dos únicos representantes do frágil polo de oposição ao mercado de medicamentos.

Dr. Rosinha diz que, desde que está na Câmara, e é desde 1999, os projetos de lei que apresentam ameaça à indústria farmacêutica enfrentam dificuldade para tramitar e, mesmo quando conseguem algum avanço, não chegam ao fim bem sucedidos. Não há nada que proíba os parlamentares de aceitar o convite da Interfarma para visitar Washington e Boston.

O Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara fala apenas que os deputados não podem receber vantagens indevidas. Um Projeto de Resolução de 2007 apresentado pela deputada Sueli Vidigal (PDT-ES) sugere especificar ente as “vantagens indevidas” no Código de Ética “viajar em aviões privados pagos por amigos ou empresas”. A proposta não avança desde abril de 2009.

Se não é irregular, a relação harmoniosa entre Interfarma e parlamentares pelo menos ajuda a entender a confortável situação da indústria farmacêutica no Parlamento. Talvez o mais problemático da atuação da associação seja a falta de equilíbrio, devido à ausência de parlamentares que garantam um contraponto à altura.

De acordo com a Câmara, o Brazil Institute e a Interfarma bancaram as viagens de Renato Molling (PP-RS), Duarte Nogueira (PSDB-SP), Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), Geraldo Resende (PMDB-MS) e do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS)(Frente Parlamentar das Hepatites) não consta como membro da missão, mas acompanha os deputados na viagem, como registrou em seu microblog.

Boa parte desses deputados, que visitaram o Wilson Center e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e atenderam a um seminário de inovação técnica, pesquisa e competitividade, contou com doações da Interfarma em suas campanhas às eleições de 2010. Manuela D’Ávila, Cândido Vaccarezza, Renato Molling e Darcísio Perondi estão na lista dos 13 parlamentares que a associação contribuiu para eleger. A Interfarma doou R$ 1,8 milhão para as campanhas de 20 candidatos. A associação também doou para a campanha ao Senado do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.


Contas em questão

O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no início do ano a rejeição das contas de cinco deputados do Rio Grande do Sul por conta das doações da Interfarma, apesar de o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tê-las aprovado – além dos três deputado gaúchos mencionados acima, estão Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Osmar Terra (PMDB-RS).

Os motivos foram as doações da Interfarma. No entendimento do MPE, a Interfarma é uma entidade representativa dos laboratórios farmacêuticos e defensora dos interesses de seus associados, o que não lhe permitiria fazer doações. Em sua apresentação na internet, a Interfarma diz representar “cerca de 55% do faturamento do segmento farmacêutico, o equivalente a R$ 18,5 bilhões, e geram mais de 23 mil empregos diretos.”

Para o TRE, contudo, a Interfarma pode doar, por não ser considerada entidade de classe, pois não é subsidiada pelo Poder Público ou representa obrigatoriamente os interesses profissionais, sociais ou econômicos de seus congregados. Apesar da discordância, a rejeição das contas não tem qualquer influência sobre o resultado das eleições, ou seja, os mandatos dos candidatos envolvidos não estão sob ameaça.

O presidente e porta-voz da Interfarma, Antônio Britto, foi procurado para comentar a atuação da associação no Congresso Nacional, mas, por também participar da viagem aos Estados Unidos, não conseguiu responder aos questionamentos da reportagem.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Morre José Mendonça


José Mendonça Bezerra, nasceu em Belo Jardim em 1936, numa família humilde. Filho de João Bezerra Filho e Teresa Bezerra de Mendonça começou a trabalhar cedo para custear seus estudos. Aos 27 anos formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Pernambuco. Começou a vida pública em 1966, como deputado estadual, logo na primeira eleição parlamentar após o início do período militar. Na Assembleia Legislativa de Pernambuco, conviveu com homens públicos como Miguel Arraes de Alencar, de quem veio a se tornar amigo.

Após três mandatos como deputado estadual, trabalhando pelo desenvolvimento de Pernambuco, em especial dos municípios de sua base eleitoral no Agreste, José Mendonça disputou seu primeiro mandato para a Câmara dos Deputados. Chegou na Câmara em 1979, em pleno processo de abertura, onde exerceu 8 mandatos durante 34 anos.

Ao longo deste período, viveu um dos períodos mais ricos da história política recente do País, como a elaboração da nova Constituição, promulgada em outubro de 1988, e a eleição presidencial de 1989. Em 1994 demonstrou força eleitoral ao lançar-se candidato à reeleição, ao mesmo tempo em que lançou seu filho Mendonça Filho para deputado federal. Os dois se elegeram. Neste mesmo ano, idealizou de uma articulação política mudaria a história política de Pernambuco, ao unir PFL e PMDB, então adversários históricos.

Por causa disso, ficou conhecido como o pai da aliança União por Pernambuco que, quatro anos depois, conseguiria eleger Jarbas Vasconcelos governador, derrotando Miguel Arraes. Político hábil é conhecido na política como Baraúna do Agreste.

Após 34 anos de mandato federal, José Mendonça decidiu, na eleição de 2010, não mais disputar o mandato. Casado com Estefânia Moura teve seis filhos – Mendonça Filho, Isabela, Andre, Carla, Danilo, Pedro.

O ex-deputado federal pernambucano José Mendonça faleceu no início da tarde deste domingo (24) aos 75 anos, vítima de infecção generalizada após 22 dias internado em tratamento de uma cirurgia de câncer no intestino.

Ele morreu em São Paulo, onde estava hospitalizado no Sírio-Libanês, para onde foi levado dez dias depois de passar por cirurgia no Recife. José Mendonça era pai do ex-governador do Estado Mendonça Filho. Pela morte de José Mendonça, o governador Eduardo Campos decretou luto oficial de três dias.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A vida acontece em espiral



Há uma espiral na criação. Deus faz da espiral do redemoinho das existências a vida, a consciência, a história e a revelação acontecerem. Mas Deus é maior que o espiral. A história não é circular e nem linear; ela é espiralada na horizontal do tempo.

A que vai de dentro para fora é, na Física, aquela que iria das partículas subatômicas às galáxias.

Na Biologia, iria do DNA a todo o sistema de condução e armazenamento de energia vital evolutiva.

Na Consciência, iria dos olhinhos de redemoinhos do Inconsciente aos turbilhões do Consciente, que sobe ou desce na escada espiral de apropriações de percepções, sempre em espiral.

Na História, seria a evolução progressiva de acontecimentos que começam com a vontade de um indivíduo e cresce como a história cresce, espiraladamente, na direção da macro História.

E na Revelação, iria do íntimo ao Cósmico e além — sempre de fé em fé, mas numa espiral.

Então você se enxerga... E cresce. Ou não.

Quem tenta viver sem a transcendência da esperança, torna-se entre os homens o mais infeliz no espiral da vida.

Esta foi nossa primeira lição com o professor Fernando.

Ele foi a única pessoa que conhecemos que jamais se descuidou de viver exclusivamente da esperança e da compreensão de que o inimaginável, o impossível, o incompreensível são construções que não tem como mais importante a racionalidade, e sim as sensibilidades.

Sempre o vi desculpando-se do que não fizera.

Sempre o vi olhando para além do imediato.

Nunca o vi lastimar-se.

Nunca o vi vitimar-se.

Nunca o vi transferir responsabilidades.

Sempre suas agonias eram provadas em paz de consciência.

Nunca pediu pra ser livre da conflituosidade, queria tão somente não ser acaçapado pela crueldade.

Perdão por termos sido tão diversos em nossa alma e nunca conseguirmos captar totalmente teus ensinos e nuances de sabedoria e profunda percepção.

Amar em paz e ter paz para amar!

Perdão por ter chegado quando não podíamos e ter saído quando não queríamos.

Obrigado pela lição de saber hoje que apenas temos o privilégio de ser nós mesmos e "amar". A certeza de que ele existe é sempre um dos mais fortes alentos pra viver neste mundo, onde quase nada do que é, é visto como sendo, pois, aqui, só vale o que parece ser.

O sonho é que nossos corações consigam ver a vida com os olhos do outro. Amar não para fazer o que o outro acha bom, mas para realizar aquilo que a consciência chama de bem! Essa é a nossa sinergia para com o Senhor.

Seu Fernando!
O Sentimos cada vez mais na eternidade. Calmo. Pacificado. Cheio de amor e Graça. E cada vez mais manso e misericordioso.

















Ricardo e Gleizy
Recife, abril de 2011.

Nossa Homenagem ao homem que nos adotou na condição de filhos.

Esteja onde estiver, sua presença será lembrada em nossos sorrisos, em nossas investidas, em nossos sonhos, em nossos delírios mais intensos, em nossas vidas...


domingo, 17 de abril de 2011

Série Heróis de Todo o Mundo


CAROLINA MARIA DE JESUS (1914-1977)


Carolina Maria de Jesus nasceu no interior de Minas Gerais, em Sacramento, no dia 14 de março de 1914. Vinda de uma família extremamente pobre, tinha mais sete irmãos e teve que trabalhar cedo para ajudar no sustento da casa. Por isso, estudou apenas até o segundo ano primário.

Na década de 30, mudou-se para São Paulo e foi morar na favela do Canindé. Ganhava seu sustento e de seus três filhos catando papel. No meio do lixo, Carolina encontrou uma caderneta, onde passou a registrar seu cotidiano de favelada, em forma de diário.

Segundo Magnabosco, “mesmo diante todas as mazelas, perdas e discriminações que sofreu em Sacramento por ser negra e pobre, Carolina revela, através de sua escritura, a importância do testemunho como meio de denúncia sócio-política de uma cultura hegemônica que exclui aqueles que lhe são alteridade”.

Descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, repórter da Folha da Noite, Carolina teve suas anotações publicadas em 1960 no livro Quarto de Despejo, que vendeu mais de cem mil exemplares. A obra foi prefaciada pelo escritor italiano Alberto Moravia e traduzida para 29 idiomas. Em 1961, o livro foi adaptado como peça teatral por Edi Lima e encenado no Teatro Nídia Lícia, no mesmo ano. Sua obra também virou filme, produzido pela Televisão Alemã, que utilizou a própria Carolina de Jesus como protagonista do longa-metragem Despertar de um sonho (inédito no Brasil).

Em 1963, Carolina publicou, pela editora Áquila, o livro Pedaços da Fome, com apresentação de Eduardo de Oliveira. Em 1965 publicou Provérbios.

Em 1977, durante entrevista concedida a jornalistas franceses, Carolina entregaria seus apontamentos biográficos, onde narrava sua infância e adolescência. Em 1982 o material foi publicado postumamente na França e na Espanha, sendo lançado no Brasil em 1986, com o título Diário de Bitita, pela editora Nova Fronteira.

Carolina foi uma das duas únicas brasileiras incluídas na Antologia de Escritoras Negras, publicada em 1980 pela Random House, em Nova York. Também está incluída no Dicionário Mundial de Mulheres Notáveis, publicado em Lisboa por Lello & Irmão.

Carolina faleceu em São Paulo, em 13 de fevereiro de 1977.



"Uma palavra escrita não pode nunca ser apagada. Por mais que o desenho tenha sido feito a lápis e que seja de boa qualidade a borracha, o papel vai sempre guardar o relevo das letras escritas. Não, senhor, ninguem pode apagar as palavras que eu escrevi."

Carolina Maria de Jesus

sábado, 16 de abril de 2011

SE ESSA MODA PEGAR...


A cada geração, os jovens inovam nas maneiras de saírem de si. A mais nova moda entre os adolescentes na Alemanha é usar absorventes internos embebidos em vodca para se embriagar. Dá pra acreditar?

Buscando evitar o cheiro da bebida no hálito, as meninas apelaram para esse método, já que a mucosa da vagina é capaz de absorver substâncias com facilidade. Segundo o site The Local, alguns meninos também estão usando os absorventes, mas por via anal.

Ainda de acordo com a publicação, recentemente uma adolescente de 14 anos foi internada durante um festival de rua em Konstanz após se intoxicar com um absorvente cheio de vodka.

As autoridas médicas locais garantem que introduzir bebida alcoólica na vagina pode ser altamente prejudicial à saúde, facilitando infecções e causando danos às paredes vaginais.

#MelhordoMeme
Fuente: http://d.yimg.com/gg/u/4f8591b72776ee4c80b4a3b705da5cbddc8f243e.jpeg

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Gravatá recebeu projeto Da Cor da Cultura

Objetivo é capacitar educadores para multiplicar a cultura afro-brasileira nas escolas inserindo dentro da grade curricular

A cidade de Gravatá foi encontro do projeto A Cor da Cultura. Educadores de toda rede municipal de ensino da cidade e dos municípios de Bezerros e Lagoa dos Gatos participaram nos dias 13, 14 e 15 de encontro onde o maior objetivo é difundir a cultura Afro-brasileira dentro das escolas. O projeto que conta com o apoio do Instituto de Desenvolvimento Cultural (INDEC) e o Canal Futura está na primeira etapa em Gravatá e deve se encerrar no mês de julho.

A Cor da Cultura trabalha as temáticas para a difusão da Lei. 10.639/93 onde torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. A capacitação junto aos educadores pretende aplicar de forma prática o assunto no currículo escolar após a capacitação em três momentos. Após esse primeiro encontro, os professores serão acompanhados online sobre as atividades desenvolvidas em sala. Na terceira etapa o projeto voltará para avaliar o desempenho e verificar os resultados.

De acordo com Regina Castro, coordenadora de formação do INDEC, o grupo que ministra essas capacitações participa de movimentos negros e religiosos. Até o momento 10 Estado receberam o Projeto. “Nossa meta é que esses professores possam multiplicar isso nas escolas, facilitar essa apresentação e inclusão no currículo escolar”, disse.

A secretaria de Educação de Gravatá mobilizou toda rede de ensino municipal para o encontro. Os participantes receberam kits com jogos, DVDs, CDs e livros que ajudarão no processo educativo.





fonte: site da prefeitura de Gravatá.


SOBRE O PROJETO


A Cor da Cultura é um projeto educativo de valorização da cultura afro-brasileira, fruto de uma parceria entre o Canal Futura, a Petrobras, o Cidan – Centro de Informação e Documentação do Artista Negro, a TV Globo e a Seppir – Secretaria especial de políticas de promoção da igualdade racial.

O projeto teve seu início em 2004 e, desde então, tem realizado produtos audiovisuais, ações culturais e coletivas que visam práticas positivas, valorizando a história deste segmento sob um ponto de vista afirmativo.

Gravatá é o segundo polo do estado de Pernambuco. O primeiro é o de Recife. Portanto, entendemos que nosso município é privilegiado, mais uma vez, por ações de âmbito nacional, resultado de uma luta iniciada ano passado, com o esforço do Professor Fernando Junior, então secretário adjunto da Educação.

Desde a última quarta-feira até às 17 horas do dia de hoje, professores de vários municípios como Bezerros e Lagoa dos Gatos, estiveram reunidos no Hotel Portal de Gravatá para o primeiro momento de formação que objetiva a capacitação dos profissionais para a temática Afrobrasileira, através da efetivação das Leis nº 10.639 e a nº 11.645.
 
É importante recordar que a Cor da Cultura é um projeto social de valorização do patrimônio cultural afrobrasileira e de reconhecimento da história e da contribuição da população negra à sociedade brasileira. Os valores e os princípios que continuam a nortear o projeto desde 2006, são:
 
  • O projeto é para todos, independente da etnia;
  • Valorização da diferença, da diversidade, do múltiplo e do plural;
  • Superação do tratamento que é dado ao tema pelo senso comum;
  • Reconhecimento da existência do racismo, opondo-se a ele.

Na abertura do evento, na quarta, tivemos uma palestra com a Professora Lúcia Maria (UNESCO-RJ) que tratou da questão da afro no Brasil e os marcos legais. Foi avaliada como boa a palestra pela maioria dos professores.

Ao longo do primeiro dia, os professores foram convidados a fazer uma reflexão sobre conceitos e concepções sobre a África, a partir das discussões fomentadas pelo material pedagógico do projeto A Cor da Cultura.

No segundo dia (ontem) o objetivo geral foi sensibilizar, seduzur e convidar os professores a aceitar o convite para observar os Valores Civilizatórios Afro-Brasileiros. É bom destacar, mais uma vez, que se trata de concepções e interpretações substanciadas em 'leitura do mundo e de palavras', como diria Paulo Freire.

O dia de hoje foi marcante para todos os participantes. Pelo menos para os professores que estavam comigo, na sala orientada pelos facilitadores cariocas, Nany e Viny (negros na cor e na raça, gentes boas) porque vivenciamos momentos muito fortes. Nós vivenciamos uma oficina de sensibilização chamada "Do Coisário ao Relicário". Ma-RA-VI-LHO-SO! Só quem viveu é que pode relatar com intensidade e verdade.

São tantos os detalhes, foram tantos os momentos ricos que eu estou esquecendo de muitos deles, com certeza. Mas, fica o registro de um momento muito rico na minha formação e na formação dos meu colegas professores.

Algumas imagens de nossa sala:







terça-feira, 12 de abril de 2011

50 ANOS DA PRIMEIRA VIAGEM TRIPULADA

1961: Yuri Gagarin no Espaço
Por Deutsche Welle

A baixa estatura havia garantido ao major da Força Aérea russa Yuri Alexeievitch Gagarin, então com 27 anos, um lugar na apertada cápsula que o levaria à órbita terrestre. Seria mais uma vitória soviética na corrida contra os norte-americanos pela conquista do espaço.


Essa corrida havia começado a 4 de outubro de 1957, com o satélite Sputnik 1. Poucas semanas mais tarde, a cadela Laica foi enviada ao espaço. Os Estados Unidos reagiram em 1958, com o envio da sonda Explorer 1 e a criação da Nasa.

Três semanas depois do feito histórico de Gagarin, os EUA enviaram o astronauta Alan Shepard como primeiro norte-americano ao espaço, só que num vôo balístico e que durou apenas 15 minutos.


Os soviéticos e seus recordes


Em maio de 1961, o então presidente John Kennedy prometeu que, até o final da década, um norte-americano pisaria na Lua. O passo seguinte foi de John Glenn, a 20 de fevereiro de 1962, com três voltas em torno da Terra.


Enquanto isso, os técnicos e engenheiros soviéticos continuavam impressionando o mundo com uma série de recordes. Em 1963, Valentina Tereshkova foi a primeira mulher no espaço sideral; dois anos depois, o cosmonauta Alexei Leonov foi o primeiro a flutuar por dez minutos fora de sua cápsula; e, no ano seguinte, o módulo Luna 9 pousou na Lua. Bildunterschrift: O cosmonauta em 1961 na cápsula Wostok


Só muito mais tarde, a comunidade internacional ficaria sabendo que o programa espacial soviético custou muito mais vidas do que se supunha. Foi o caso, por exemplo, do cosmonauta Alexander Komarov, que morreu em 1967 porque o paraquedas da Soyuz 1 não abriu na aterrissagem.


Um fim trágico


Também os Estados Unidos tiveram vítimas a lamentar. Em 1967, Virgil Grissom, Edward White e Roger Chaffee morreram num incêndio durante os testes pré-lançamento a bordo do módulo de comando da primeira espaçonave do projeto Apollo.


Para Gagarin, a morte de Komarov significou a perda do status de cosmonauta ativo, pois a União Soviética não queria arriscar a perda de mais um herói. Depois de retornar à Terra, foi recebido por Nikita Kruchov e homenageado por todo o país. Sua segunda viagem ao espaço estava programada para 1968, mas ele não pôde mais participar.


Durante um vôo de treinamento em 27 de março de 1968, Gagarin e um companheiro sofreram um acidente fatal. Somente no aniversário de 50 anos do histórico voo de Yuri Gagarin, em 2011, o Kremlin liberou documentos sobre a misteriosa morte do cosmonauta. O acidente teria sido causado por uma manobra brusca, dizem investigadores russos.


Em 1969, o norte-americano Neil Armstrong seria o primeiro ser humano a pisar na Lua.

Karl-Heinz Lummerich/rw


Iuri Alekseievitch Gagarin (em russo: Юрий Алексеевич Гагарин, Kluchino, 9 de março de 1934Kirjatch, 27 de março de 1968) foi um cosmonauta soviético e o primeiro homem a viajar pelo espaço, em 12 de abri de 1961, a bordo da Vostok I, uma nave que pesava 4 725 quilos.


Primeiros anos

Iuri Gagarin nasceu na localidade de Kluchino - numa região a oeste de Moscou, Rússia, parte da então União Soviética. Seus pais, Aleksei Ivanovitch Gagarin e Anna Timofeievna Gagarina, trabalhavam numa kolkhoz (fazenda coletiva).[1] Os trabalhadores manuais eram descritos nos relatórios oficiais como "camponeses", o que indica que isto pode ser uma simplificação no caso de seus pais - a mãe dele teria sido uma leitora voraz, e seu pai um hábil carpinteiro.

Gagarin foi o terceiro de quatro filhos e sua irmã mais velha ajudou a criá-lo, enquanto seus pais trabalhavam. Como milhões de pessoas na União Soviética, a família Gagarin sofreu durante a ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial. Seus dois irmãos mais velhos foram deportados para a Alemanha Nazi em 1943, onde foram empregados como OST-Arbeiter's (escravos) e não voltaram até depois da guerra. Quando jovem, Gagarin passou a interessar-se pelo espaço e planetas e começou a sonhar com sua turnê de espaço que um dia se tornaria uma realidade.

Gagarin foi descrito por seus professores em Liubertsi, cidade-satélite de Moscou, como inteligente e trabalhador, e por vezes malicioso. Seu professor de matemática e ciência tinha servido na Força Aérea Soviética durante a guerra, o que provavelmente foi uma substancial influência para o jovem Gagarin.


Depois de iniciar um estágio em uma metalúrgica como fundidor, Gagarin foi selecionado para o ensino secundário técnico em Saratov. Enquanto isso, ele se juntou ao "AeroClub", e aprendeu a pilotar um avião leve, um passatempo que assumiria uma proporção crescente de seu tempo. Em 1955, após concluir a sua formação técnica, ele entrou para treinamento de voo militar na Escola de Pilotos de Orenburg.

Lá, ele conheceu Valentina Goryacheva, com quem se casou em 1957, após ganhar suas asas de piloto em uma MiG-15. Após formado, foi enviado à base aérea de Luostari em Murmansk Oblast, perto da fronteira norueguesa, onde o tempo terrível tornava os voos arriscados. Ele se tornou tenente da Força Aérea Soviética em 5 de novembro de 1957 e em 6 de novembro de 1959 recebeu a patente de tenente sênior.

Carreira no programa espacial soviético


Vostok 1


a cápsula em que Iuri Gagarin efetuou sua ida ao espaço.Em 1960, Gagarin foi um dos 20 pilotos seleccionados, após difíceis processos de selecção física e psicológica, para o programa espacial soviético, e acabou por ser escolhido para ser o primeiro a ir ao espaço, pela sua excelente performance nos treinos, sua origem camponesa – que contava pontos no sistema comunista - sua personalidade magnética e esfuziante, e principalmente devido às suas características físicas – ele tinha 1,57 m de altura – já que a nave programada para a viagem pioneira em órbita, a Vostok, tinha um espaço mínimo para o piloto.


Primeiro homem no espaço

Em 12 de abril de 1961, aos 27 anos de idade, Iuri Gagarin tornou-se o primeiro ser humano a ir ao espaço, a bordo da nave Vostok 1, na qual deu uma volta completa em órbita ao redor do planeta e proferiu a famosa frase “A Terra é azul”. Esteve em órbita durante 108 minutos.


Os cientistas russos terão calculado erradamente (por duas vezes) a trajectória de aterragem da nave, pelo que a cápsula espacial de Gagarin aterrou a mais de 320 quilómetros do local inicialmente previsto, causando a que no momento da aterragem não estivesse ninguém à sua espera.

Os soviéticos declararam que Gagarin aterrou no interior da cápsula espacial, quando a realidade viu o astronauta a utilizar um pára-quedas na sua aterragem.


Promovido de tenente a major enquanto ainda estava em órbita, foi com esta patente que a Agência Tass soviética anunciou este espetacular feito ao mundo, que assim tomava conhecimento de que entrava numa nova era, a Era Espacial, a partir daquele momento.


Após o feito, Gagarin tornou-se instantaneamente uma celebridade soviética e mundial e passou a viajar pelo mundo promovendo a tecnologia espacial do seu país, sendo recebido como herói por reis, rainhas, presidentes e multidões por onde passava. No Brasil, foi recebido e condecorado pelo então presidente Jânio Quadros com a Ordem do Cruzeiro do Sul.


A fama e a popularidade começaram a afetar a personalidade de Gagarin, que se viu bastante afeito à fama, e passou a beber constantemente tendo seu casamento afetado por causa disso, chegando a se ferir num acidente causado pela bebida na Criméia, em companhia de uma jovem enfermeira, em outubro de 1961. A partir de 1962, ocupou o cargo de deputado no Soviete Supremo da União Soviética até voltar à Cidade das Estrelas, o centro espacial soviético, para trabalhar no design de novas espaçonaves.


Depois de vários anos afastado, dedicado apenas ao programa espacial, Gagarin voltou ao curso de treino de pilotos, para uma requalificação como piloto de caça nos novos caças MiG da Força Aérea.


Morte e legado



Em 27 de março de 1968, durante um voo de treino de rotina sobre a localidade de Kirzhach, ele e o instrutor de voo Vladimir Seryogin morreram na queda do MiG-15 que pilotavam, num acidente nunca devidamente explicado. Um inquérito de 1986 sugeria que a turbulência de um avião interceptador Sukhoi Su-11 pode ter feito o avião de Gagarin sair do controle.

Documentos russos desclassificados em março de 2003 mostraram que a KGB tinha conduzido sua própria investigação do acidente, além de uma investigação governamental e de dois inquéritos militares. O relatório da KGB desmente várias teorias da conspiração, indicando que as ações do pessoal da base aérea contribuíram para o acidente. O relatório afirma que um controlador de tráfego aéreo forneceu a Gagarin informações desatualizadas sobre o tempo, e que no momento de seu voo, as condições se deterioraram significativamente.

A equipe de terra deixou também tanques de combustível externo ligados à aeronave. As atividades planejadas para o voo de Gagarin necessitavam tempo claro e nenhum tanque de popa. O inquérito concluiu que a aeronave de Gagarin entrou em um spin, ou devido a uma colisão de pássaro, ou por causa de um movimento repentino para evitar outra aeronave. Por causa do boletim meteorológico desatualizado, a tripulação acreditava que sua altitude tinha que ser maior do que realmente era, e não puderam reagir adequadamente para trazer o MiG-15 para fora de seu spin.


Causa revelada

Em abril de 2011, entretanto, 50 anos após e em meio às comemorações na Rússia do histórico voo de Gagarin, as autoridades trouxeram à público documentos classificados como 'segredo de Estado' da época. Em entrevista à imprensa, o chefe dos arquivos do Kremlin, Alekandr Stepanov, colocou um ponto final nas especulações e teorias sobre a morte do herói nacional russo, lendo o seguinte comunicado, extraído de um dos documentos até então secretos: "Conclusões da comissão: segundo as análises das circunstâncias do acidente aéreo e os elementos da enquete, a causa mais provável da catástrofe seja uma manobra brusca (do piloto) para evitar uma sonda atmosférica".

De acordo com o documento até então desconhecido, a brusca manobra feita por Gagarin a bordo do jato para desviar do que seria uma sonda, fez com que a aeronave ficasse em condições críticas de estabilidade e caísse. Como sinal da importância do fato, estas conclusões foram inscritas num decreto do Comitê Central do Partido Comunista da URSS, com data de 28 de novembro de 1968, e sob o selo de "segredo de Estado".[8]


Homenagem

Alçado ao título oficial de Herói da União Soviética, o centro de treinamento de cosmonautas no Cosmódromo de Baikonur, Cazaquistão, leva hoje o seu nome. A cidade próxima à aldeia natal de Gagarin em 1968, após morte do cosmonauta, foi rebatizada na sua honra.

Em dezembro de 1993, a galeria Sotheby's, em Nova York, leiloou um grande lote de peças dos tempos gloriosos do programa espacial soviético. O uniforme usado por Gagarin foi arrematado por U$112.500 dólares.

fonte: wikipédia


Uma das fomosas frases de Gagarin