Livro Primeiras Águas - Poesias

Este é o livro I da série Primeiras Águas.

Campanha Gravatá Eficiente

Fomentando uma nova plataforma de discussão.

A Liberdade das novas idéias começa aqui.

sábado, 30 de janeiro de 2010

FIM: “Eu vou embora, mas nunca digo adeus”.

AMANHECEU NOSSO ÚLTIMO DIA NA ÁFRICA!
Dia 19 de Janeiro de 2010

Despedimos-nos de muita gente querida, amados que andaram conosco todo o tempo e fazendo assim, iniciaram, eles próprios seu andar em nova consciência.


Sair desse campo de batalha não é fácil. Como todo lugar onde a loucura acontece à luz do dia, esse lugar que se põe escondido do resto da Terra. Ah! E que dura realidade! Violenta! Passados dois dias inteiros de batalha campal e aberta, minha alma amanheceu com um grito entranhado, nunca libertado, da dor de ver.

Ah! Se eu pudesse colocar você dentro das minhas pálpebras! Depois que a gente vê as coisas que tenho visto não dá mais para fingir que não viu.

Não me refiro à pobreza extrema. Os pobres, sempre os teremos conosco... Falo a respeito da mais estranha categoria de estigmatização infantil. Tenho por certo que uma bomba de insanidade varreu a humanidade que um dia possa ter existido aqui. Agora... para qualquer lado que se olhe, está tudo lá... É difícil apagar. Ficou estampado, marcado, manchado. É um painel de horrores e o famoso clichê se aplica aqui: É cenário de guerra civil. Tem sangue, mosquito, estupro, abutres, mutilação, monturo, extorsão, maldição, feitiçaria, tumores, exploração, correntes, medo, terror, desencanto e morte.



Já vi muita criança sem alma vagando esse lugar! Andam leeentas, feito velhinhos encurvados, sem expressão ou gesticulação. Olhar vago, perdido, entreaberto, confuso. Espectros calados, semi-vestidos, silenciados...

O mal nesse lugar é diferente da fome, da peste e dos terremotos: Aqui, a matança dos inocentes bruxificados é um negócio epidêmico, abrangente, crônico, tentacular, covarde, conveniente, coletivo, impregnado e palpável. É aqui! É aqui mesmo – a geografia do mal!

Pensar, por exemplo...
Pensar é o tipo de coisa que já paramos de fazer faz tempo! Aliás, parece que tudo “faz tempo...”.
É difícil explicar


Então, num barquinho-canoa que mal nos continha sem virar, ainda nos acompanharam três amigos que se auto-promoveram nossa “equipe de segurança”. Além deles, iam nossas malas, pranchas de surf, câmeras de vídeo e fotos com o registro visual de tudo que temos escrito nesse diário.

O barco correu o rio Níger, imenso e assemelhado aos afluentes amazônicos das minhas primeiras experiências transculturais. E aportamos em outro Estado da Nigéria: Cross River, na capital Calabar.

Um motorista de van incrivelmente bêbado nos levou até o aeroporto local e, como nossos amados “seguranças” continuavam conosco colados, ficamos todos mais apertados dentro do carro do que estávamos antes no barco. Despedir-se deles foi triste. Estamos torcendo muito para que eles reguem o que semeamos em sua terra. Constrange ver uns negões altos e fortes chorando o mesmo choro fino e aflito das crianças que também deixamos. Sei que o sentimento deles é o mesmo que o delas: De abandono.

Um avião todo velho nos levou até a maior cidade do país, de onde se parte para o exterior. Mofamos lá o dia inteiro em mil check-in e check-outs devido aos rigores impostos aos nigerianos depois que um deles quase explodiu um avião americano. Mas, nesse aeroporto, pela primeira vez durante esse tempo, almoçamos “dignamente”. Comida “normal”... Sabe arroz, batata, frango...? Coisas do nosso dia a dia que desapareceram do cardápio no meio do nada-africano.

Chegou a noite e finalmente embarcamos rumo à Europa. Descemos em Madrid já era dia 20, e lá começamos a nos separar: Os Leonardos embarcaram para Londres, e os demais, para o Rio de Janeiro.

Agora, já passadas cinco horas de vôo, o Jojô está ouvindo música, o William resolveu começar a falar inglês – feito efeito retardado, pois na Nigéria ele só se comunicava por sinais! O Clayton, sempre muito ativo, está aqui andando de um lado para o outro... Como as janelas estão fechadas, não tenho qualquer temor que ele se jogue... De vez em quando peço um suco só para dar finalidade aos seus passeios pela nave. O Adailton está aqui do meu lado tomado de uma rinite alérgica infinita (eu já estou todo molhado... putz...), porque o aviãozinho que fez o itinerário na África tinha um cobertor altamente povoado de ácaros... Foi nosso último contato com os insetos na África... Os outros voam sozinhos mesmo: uns helicópteros que picam com raiva, umas mariposas gigantescas, formigas pré-históricas...
Eu estou olhando pela janela.

Da Espanha, percebo que voltamos à África, sobrevoando o deserto do Saara, chegamos a Dakar e desde agora a pouco, abaixo de nós só há o mar, o Atlântico, oceano que banha minha cidade de Santos.

Santos...

Ali nasceu a segunda estação do Projeto! Gente terna e apoiadora...

Ali tenho uma casinha de varanda, por fora toda branca. Por dentro toda revestida de amor, simplicidade, ternura, perfume, recordações de nações visitadas e uma criançada levada, que, na minha ausência, todo dia se auto-convocava a orar por mim, pelos meus amigos comigo e pelos pequeninos visitados por papai e que nunca tiveram um pai.

Tem sido assim a cada Missão. Vou embora e volto para casa e para minha própria secularidade e sustento. Por onde passei fiz laços. Nunca disse “adeus”. O mundo é pequeno. Mas voltar para casa – confesso – é sempre a melhor parte da missão de quem parte.

Vejo dentro dos olhos dos meus amigos de missão: Cada um de nós só pensa agora em rever amigos e parentes. O último beijo foi em meio aos fogos do ano virando... E o próximo beijo, quando descermos daqui, virá das profundidades abissais que moram no nosso íntimo, como as do mar abaixo do avião: na superfície só haverá o azul e a alegria do re-encontro; mas nas entranhas silenciosas das lembranças do Campo, quem nos livrará de carregar dessa viagem quase tudo que se leva de uma vida?!

Vamos desembarcar!

Alegria nos encontros. Silêncio na alma.
Fim... do Começo!

Marcelo, sobre o Atlântico Sul.
Enviado pela Amiga Gleizy Gueiros.

A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO


É hora de pensar no futuro!!!!!!


Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia... Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas..

Leiam relato de uma Professora de Matemática:

Semana passada comprei um produto que custou R$15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.

Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender. Por que estou contando isso?

Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:

1. Ensino de matemática em 1950: Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda.

Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970: Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$80,00.

Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980: Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00.

Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990: Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:


( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

5. Ensino de matemática em 2000: Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00. O lucro é de R$ 20,00. Está certo?


( )SIM ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009: Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.

( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00


7. Em 2010 vai ser assim:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00. (Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder)

( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

E se um moleque resolve pichar a sala de aula e a professora faz com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos, pois a professora provocou traumas na criança.

Em 1969 os Pais do aluno perguntavam ao "aluno": "Que notas são estas...????

Em 2009 os Pais do aluno perguntam ao "professor": "Que notas são estas...????

Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável.

"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Passe adiante!

Precisamos começar JÁ!

Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

REPASSANDO A PERGUNTA DE DEZENAS DE GRAVATAENSES

foto extraida do blog rota 232.
ELES BRIGARAM OU NÃO BRIGARAM? JOAQUIM CONTINUA COM O PODER NAS MÃOS OU OZANO JÁ ANDA COM AS PRÓPRIAS PERNAS? TUDO QUE SE FALA SOBRE A SEPARAÇÃO DELES É FALSO?
Eu sei que corro o risco de receber um depoimento "cachorro da moléstia", mas, eu preciso repassar essa pergunta para quem pode responder, porque eu me sinto incapacitado.
ALGUÉM PODE RESPONDER?

Os leitores aguardam.
E eu também.

Algumas Reflexões Sobre o Silêncio


“Eu não tenho espada, faço da minha calma e silêncio espiritual minha espada.” (Tradição oral samurai).


Será que o silencio é apenas a ausência de som? Será que ele deve ser forçado, compulsório, frívolo, corriqueiro, destemido, agressivo, doloroso, tranquilo? Qual a dimensão do silencio? Ele é importante? Ele fala, às vezes, mais que mil palavras? Afinal, o que é e para que serve o silêncio?

Silêncio, do latim silentiu, do dicionário Michaelis: “3 Abstenção voluntária de falar, de pronunciar qualquer palavra ou som, de escrever, de manifestar os seus pensamentos”. Sileo- silentium, que significa: estar em repouso, tranqüilidade, descanso, ausência de qualquer estorvo. Etimologicamente, a palavra silêncio remete a silentium, silere, cujo significado encontra-se em sileo, cujo sentido é calar, omitir-se.

Seguindo sempre a Ciência e nunca apenas a fé cega da religião, eu acredito que os seres filhos do planeta Terra evoluíram a partir de espécies primatas, passando pelos hominídeos até o homo sapiens sapiens. Estes primeiros seres ancestrais, se bem estudamos, não se utilizavam de linguagem outra que não fosse o silêncio.

Desde aquela época, o silêncio tornou-se uma dimensão indispensável na arte de comunicação entre os seres, chegando, inclusive, a ser ferramenta de sobrevivência num mundo completamente selvagem. Tais necessidades ainda não mudaram. Os ambientes mudaram, mas a selvageria existe de forma humanizada.


Palavra e silêncio não são termos mutuamente excludentes; são, antes, dois aspectos que formam a linguagem humana. O querido Lulu Santos já escreveu: “não existiria som se não houvesse o silêncio. Este é bem mais que a falta de sons e ruídos: é a essência de toda a linguagem humana, porque representa sua fonte originária e seu fim último.

No meio da balbúrdia das nossas vidas, já quase não sabemos o que é o silêncio. De tão desconhecido, acontece mesmo haver quem o tema como se teme um vazio, quem o sinta como um buraco negro em que se para de existir.

Na vida política, por exemplo, a Lei do Silêncio é amplamente difundida. Se eles ganham uma causa, silêncio é esquecido. Se perdem, silêncio é ferramenta indispensável. Se seu adversário sofre derrota, e, logicamente, permanecem em silêncio, há quem arrote ironias do tipo: “o silêncio agora é lei forçada.” O pior (ou melhor) é que tais provocadores irônicos passam por silêncios claustros na vida política e nunca fazem referência aos seus próprios momentos de introspecção aguda.


Mais de vinte mil pessoas estão caladas em Gravatá. Mais de vinte mil pessoas estão em estado de silêncio. Mais da metade de eleitores estão com um nó no pomo de adão que lhes obriga a permanecer em silêncio doloroso. E quantas vezes a humanidade não permaneceu assim?

O que me ajuda a quebrar este silêncio que se instalou não é a “lei que reina forçada” impetrada pela in-justiça. Eu falo através deste blog porque eu sei que o silêncio desse quantitativo de pessoas não se baseia na indiferença, na ironia, na falsidade, na mentira. O “nosso” silêncio se pauta na dor, na tristeza, na decepção, na revolta.

E é em nome de todas as pessoas que sabem usar o silêncio, que eu separei umas pérolas para todos nós, inclusive para quem se esbalda diante da decepção alheia, que compartilho de forma reflexiva e fazendo frente a quem acha que oposição precisa ficar calada.

Ouçam aqueles que têm ouvidos de ouvir:



"O homem arruína mais as coisas com as palavras do que com o silêncio."
Ghandi

"O mais atroz das coisas más das pessoas más é o silêncio das pessoas boas."
Ghandi

“E como podes ver, ainda falo demasiadamente, e isto é sinal de que não sou sábia, porque a virtude se adquire no silêncio.”
Umberto Eco, in: "Baudolino"

"Arrependo-me muitas vezes de ter falado, nunca de me ter calado".
Públio Siro

"Há algo de ameaçador num silêncio muito prolongado".
Sófocles


"O silêncio está tão repleto de sabedoria e de espírito em potência como o mármore não talhado é rico em escultura."
- Aldous Huxley, in: Contraponto, (1928)


"Uma língua avara de discursos é um tesouro entre os homens. O mais precioso é a medida das palavras que os compõem. Se fores maldizente em breve dirão mal de ti".
Hesíodo


"O exercício do silêncio é tão importante quanto a prática da palavra".
William James


"Depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprimível é a música".
- Aldous Huxley, in: Music at Night, 1931


"Cada gota de silêncio é a chance para que um fruto venha a amadurecer".
Paul Valéry


"Há pessoas silenciosas que são muito mais interessantes que os melhores oradores".
Benjamin Disraeli


"O silêncio é um espião".
Mário Quintana


"A necessidade cada vez mais aguda de ruído só se explica pela necessidade de sufocar alguma coisa".
K. Lorenz


"O silêncio que aceita o mérito como a coisa mais natural do mundo constitui o mais retumbante aplauso".
Ralph Waldo Emerson


"O silêncio é a virtude dos imbecis".
Francis Bacon


"O silêncio é um dos argumentos mais difíceis de refutar".
Josh Billings


"O silêncio que ninguém ouviu, foi a primeira coisa que se viu".
Arnaldo Antunes


"O silêncio é tolo quando somos sábios, mas é sábio quando somos tolos".
Charles Caleb Colton


"Fique calado e em segurança; o silêncio nunca o trairá".
O'Reilly


"Arrependo-me muitas vezes de ter falado; nunca de ter silenciado".
Ciro


"Cala-te ou diga coisas que valham mais que o silêncio".
Pitágoras

A VERDADEIRA EDUCAÇÃO COMEÇA EM MIM


"Ser educado na época em que vivemos, na qual as relações têm algo de rude, não deixa de ser um jeito bastante especial de marcar pela diferença." (Costanza Pascolato).


Eu vejo muita beleza no que a empresária de moda escreveu sobre “ser educado”, onde talvez, para muitos, haja apenas mais uma frase de efeito. Eu precisava ler algo do tipo para inspirar a escrever sobre a tarefa de educar no décimo ano do século XXI.

Aproveitei as férias para fazer o mais gosto nestes tempos que é ver o mar, respirar outros ares e ler algumas coisas que ainda não havia lido, ouvir algumas musicas que ainda não havia escutado... E comecei a ler o livro "Novos rumos para a educação" de Huberto Rohden.

No capítulo "A educação da consciência" eu extrai ensinamentos riquíssimos sobre a tarefa que a vida me propôs executar que é ser Educador. Ele começa dizendo que o principal requisito para poder educar é ser educado. Parece-nos, a primeira vista, contundente demais para receber tanta inferência, não é? Mas, cada vez mais descubro que as pequenas verdades precisam ser ditas todos os dias para que as grandes surjam como alavancas de transformação.

Neste capitulo ele faz um rápido estudo epistemológico da palavra educação que inclusive eu já havia escrito aqui no blog, em um dos meus textos sobre Educação. Ele diz que ser educado significa, na linguagem comum, ter bons modos, boas maneiras sociais. Mas não é este o sentido real e último de ser educado.

Tenho lido em alguns blogs da região julgamentos inquisitórios sobre os tipos de educadores que temos, colocando sempre suas verdades acima das verdades alheias e esquecendo de que todo ser humano é um "microcosmo", um pequeno cosmos, um universo em miniatura. Todo ser humano, desde o momento da sua concepção, é uma síntese condensada de toda essa epopéia multimilenar da história da humanidade que o precedeu. Dentro de cada homem ecoam as vozes de milhares e milhares de gerações humanas, e também infra-humanas, que precederam o estado atual e da sua evolução.

É preciso simplicidade para entender que o homem, em seu processo evolutivo na Terra, possui duas insígnias naturais: a natureza interna e a natureza externa. Na natureza interna está o plano da inteligência. No outro plano aparece o egocentrismo, de natureza mais externa. Ambas são forças que ajudam o homem a educar-se ao longo da vida, defendendo seus valores, suas crenças, mesmo que estes sejam baseados em erros. Mas, quem somos nós para querer educar sem ainda sermos educados?

Interessante lembrar a idéia de Schopenhauer que defendia a filosofia da vontade de viver. A contemporaneidade ensina que devemos viver e deixar viver ou deixar morrer, seja essa a vontade do outrem. Essa é a verdadeira caridade, o verdadeiro altruísmo. Infelizmente, em nossa sociedade, no meio em que trabalho, vez ou outra aparecem falsos caridosos e falsos altruístas.

Esses falsos caridosos e altruístas praticam "ética", em que ele vê o ápice da perfeição humana, ao ponto de incluir o próprio Deus no rol dos seres éticos, amigo dos seus amigos e inimigo dos seus inimigos. E assim, a Educação do ser fica comprometida pelo famoso argueiro no olho, pela atualíssima janela suja que não permite ver a roupa limpa do vizinho.

O mundo em que vivemos, partindo da minha casa, da minha rua, do meu bairro, da minha cidade, está repleto de homens que acreditam na educação, mas que pouco fazem pela mesma. Ainda cruzamos com seres que não exigem educação sem educarem-se. Que clamam por Deus em seus discursos, mas vivem à sombra da mentira e do egoísmo.

Mas, embora me considere isolado na crença de um mundo melhor através da Educação, acredito que existam homens que ultrapassam a fronteira da espiritualidade mística e entra no campo da consciência cósmica, onde a longínqua transcendência do Deus ausente se funde com a propínqua imanência do Deus presente.

Para esse pioneiro do Infinito no finito, do finito no Infinito, Deus é a Lei, Luz, Vida, Inteligência, Razão, Espírito, Amor, a Grande Presença; Deus é a alma de todo o Universo e de cada uma das suas unidades individuais, porque tudo penetra e permeia como a íntima e única essência de todas as coisas, sem se identificar com nenhuma delas.

Quando o homem atinge as alturas dessa experiência cósmica, é ele realmente "educado", porque "eduziu" das eternas profundezas da sua natureza humana o que nela havia de mais real e dinâmico. Esse homem é um "auto- realizado", um "homem cósmico", ou, no dizer de Paulo de Tarso, uma "nova criatura em Cristo".

Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante que busca está nas terras de Tarso, crendo no meu trabalho, na autotransformação para a Educação Humanamente Divina que construa os meus caminhos de pedra. Hei de me educar cada dia mais, neste ano de grandes mudanças e acontecimentos, para que ela possa sair de mim a atinja a todos os meus alunos, amigos, colegas de profissão e a minha família, como sendo uma marca de diferencial na vida deles.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

MENSAGEM PARA VOCÊ QUE LÊ

Aprendemos que é necessário um dia de chuva para darmos valor ao Sol, mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima. Mais cedo ou mais tarde, será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.


Aprendemos que heróis não são aqueles que realizam obras notáveis, mas os que fizeram o que foi necessário e assumiram as conseqüências dos seus atos.

Aprendemos que, não importa em quantos pedaços nosso coração está partido, o mundo não pára para que nós o concertemos.

Aprendemos que, ao invés de ficar esperando alguém nos trazer flores, é melhor plantar um jardim, e depois presenteá-las a quem amamos.

Aprendemos que amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de nos fazer felizes. Cabe a nós a tarefa de apostar nos nossos talentos e realizar os nossos sonhos.

Aprendemos que o que faz diferença não é o que temos na vida, mas quem nós temos ao nosso lado, e que esta pessoa, devemos valorizá-la como a mais bela e preciosa jóia do mundo.

Aprendemos que toda mudança inicia um ciclo de construção, basta não se esquecer de deixar a porta aberta, porque após atravessá-la, quem poderá estar lhe esperando, será a sua felicidade.

Aprendemos que o tempo é precioso e não volta atrás. Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro. E o nosso futuro ainda está por vir.

Então devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos, porque o resultado de tudo o que aprendemos na vida, é encontrar a nossa felicidade.

NEM TUDO SE COPIA, NEM TUDO SE CRIA...

Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura... (Aristóteles). Pois o limite extremo da sensatez é o que o público batiza de loucura... (Jean Cocteau) e há mais loucos do que sensatos, e até no próprio sensato há mais loucura do que sensatez. (Sebastien- Rock Chamfort) O homem sensato adapta-se ao mundo. O homem insensato insiste em tentar adaptar o mundo a si. Sendo assim, qualquer progresso depende do homem insensato... (George Bernard Shaw). E quem vive sem loucura não é tão sensato como pensa... (François La Rochefoulcauld). Pois as coisas mais belas são ditas pela loucura e escritas pela razão. (André Rige) Portanto, precisamos de algumas pessoas malucas, pois vejam para onde as pessoas normais conseguiram nos levar... (George Bernard Shaw). E a arte de ser louco é jamais cometer a loucura de um sujeito normal... (Raul Seixas). Pois quando a loucura de um mero mortal transmuta-se em ousadia, torna-o alquimicamente em um homem genial. ( Gianpaolo Scarpari/ Fábio de Pádua).

Pitty, quem não gosta, não gosta...


Me Adora
Pitty

Tantas decepções eu já vivi
Aquela foi de longe a mais cruel
Um silêncio profundo e declarei:
“Só não desonre o meu nome”

Você que nem me ouve até o fim
Injustamente julga por prazer
Cuidado quando for falar de mim
E não desonre o meu nome

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir

Que você me adora
Que me acha f...
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha f...
Não espere eu ir embora pra perceber

Perceba que não tem como saber
São só os seus palpites na sua mão
Sou mais do que o seu olho pode ver
Então não desonre o meu nome

Não importa se eu não sou o que você quer
Não é minha culpa a sua projeção
Aceito a apatia, se vier
Mas não desonre o meu nome

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir

Que você me adora
Que me acha f...
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha f...
Não espere eu ir embora pra perceber.





Pitty, nome artístico de Priscilla Novaes Leone, (Salvador, 7 de outubro de 1977) é a maior cantora brasileira de rock desde o início do século XXI.




Já passou por duas bandas, Inkoma e Shes, e desde 2003 é integrante da banda Pitty.BiografiaNascida na capital baiana, Pitty passou a infância em Porto Seguro, no mesmo estado. Seu pai, músico e dono de bar, tocava bastante as canções do conterrâneo Raul Seixas, e ainda de outros tantos rockeiros dos anos 1960 e 1970, como Beatles, Elvis Presley e Lou Reed.


Posteriormente, bandas como AC/DC, Nirvana, Pantera, Alice in Chains, Metallica, Faith No More, Mars Volta, Queens of the Stone Age e Muse fizeram parte de suas principais influências.Cresceu em meio ao cenário de bandas baianas independentes, com as quais participou de rodas de shows em um bar de Salvador.



Um dia, entrou na roda cantando "Smells Like Teen Spirit" da banda Nirvana(considerada uma das melhores bandas da história do rock) e desde então decidiu investir na área musical, com o apoio do grande nome do cenário underground Rogério Big Brother (dono do selo bigbross records).Também participou da banda Shes (1997–1999) como baterista.


A banda era também formada por Carol Ribeiro (guitarra), Liz Bee (guitarra e vocal) e Lulu (baixo). Pitty participou também da banda Inkoma (1995–2001), iniciando sua carreira como vocalista.Foi aluna da Faculdade de Música da Universidade Federal da Bahia.


Pitty foi procurada pelo produtor musical Rafael Ramos (o mesmo de bandas do mainstream adolescente brasileiro e do cenário independente, como Raimundos e Matanza).Em 2003, lança seu primeiro álbum, Admirável Chip Novo, onde ela conquistou sua fama e vendeu mais de 250 mil cópias.


Em 2005 ela lançou o CD Anacrônico e mostrou que veio para ficar, sempre emplacando vários sucessos. Esse álbum vendeu mais de 500 mil cópias. Em 2007, após a turnê do Anacrônico, ela lançou seu primeiro DVD ao vivo, o {Des}Concerto ao Vivo. Além de ser lançado nos formatos CD, DVD e DualDisc, o registro de show da banda foi também lançado em um modelo de aparelho celular, resultado de uma parceria com a Nokia.


Com isso, Pitty recebeu o prêmio "Celular de Platina" pela vendagem de 200 mil aparelhos contendo seu álbum.Em 2009, lançou seu mais atual álbum chamado Chiaroscuro. O primeiro single do álbum, Me Adora, logo atingiu os primeiros lugares nas principais rádios brasileiras.


Chiaroscuro ganhou um jogo de celular que é baseado em suas músicas, algo inédito no país, chamado Chiaroscuro: O Jogo. Devido ao voto popular, Pitty levou vários prêmios no MTV Video Music Brasil, da MTV Brasil, entre eles já foi duas vezes artista do ano, ganhou o prêmio de clipe do ano, show do ano, três vezes seguidas como vocalista da banda dos sonhos e muitos outros. Pitty ganhou aproximadamente 43 prêmios ao longo dos seus seis anos de carreira.


POSTEI NO BLOG DO CASTANHA

Qual o papel do Diretor Escolar e do Coordenador Pedagógico?

Creio que nada mais justo para começar nossa jornada em 2010, através das minhas contribuições semanais neste Blog, falando de algo que me é pertinente e que reflete na vida de milhares de pessoas em nosso município. Quero fazer algumas considerações reflexivas acerca do papel do diretor escolar e do coordenador pedagógico; funções infelizmente de identidade política partidária. Senão, vejamos.

O sucesso pedagógico de uma escola, seja ela qual for, está intimamente ligado ao tipo de relação existente entre a direção escolar, o coordenador pedagógico e os professores. As experiências mostram que quanto mais afinada é a equipe escolar, mais probabilidade de sucesso existe, principalmente no tocante a aprendizagem do aluno.

Como ainda não estamos maduros o suficiente para vivermos uma gestão plenamente democrática, a missão de administrar uma escola é uma empreitada muito complexa e difícil para qualquer profissional. E quando a direção está na mão de um(a) sujeito(a) centralizador(a), autoritário(a) e conseqüentemente temido(a) por alunos, pais de alunos, funcionários e até mesmo por professores; quando apenas cobra resultados, mas não contribui efetivamente para que eles aconteçam; quando está preocupado(a) apenas com a boa reputação de sua escola, principalmente no que diz respeito à disciplina, e não com o conteúdo trabalhado dentro dela; quando não presta conta das verbas que chegam para a escola de forma clara, lícita e transparente; quando acredita que só se mantém no cargo promovendo intrigas, discórdias, fofocas, jogando colegas uns contra os outros? E o que esperar de uma direção que permite evasão escolar em massa, deixando seus professores sem eira nem beira?

Parece-me que o trabalho desse tipo direção ainda é mais árduo e tem prazo de validade tão curta quanto sua máscara. O gestor moderno tem sua liderança reconhecida naturalmente, através da sua conduta, seu relacionamento com todos os integrantes do universo escolar e de seu conhecimento nos mais variados assuntos que permeiam esse universo. Gravatá tem diretores com esse perfil? Sim! Raros? Talvez!

Já a presença de um coordenador pedagógico consciente de seu papel é indubitavelmente importante. Os pesquisadores afirmam que é muito fácil identificar as funções formadora, articuladora e transformadora do papel desse profissional no ambiente escolar. Nós, que vivemos o cotidiano das escolas, contamos a dedo quem exerce tais funções.

Quantos são os coordenadores que programam ações que viabilizem a formação do grupo docente para qualificação continuada desses sujeitos? Quem são os coordenadores que favorecerem a construção de um ambiente democrático e participativo, onde se incentive a produção do conhecimento por parte da comunidade escolar, promovendo mudanças atitudinais, procedimentais e conceituais nos indivíduos? Nessa área a carência ainda é mais gritante e mais difícil de chegar a uma listagem positiva e considerável.

O que poucos admitem é que assumir esses cargos – diretor e coordenador - é sinônimo de enfrentamentos e atendimentos diários com pais, funcionários, professores, além da responsabilidade de incentivar a promoção do projeto pedagógico que atenda às necessidades da escola. Poucos são os coordenadores e diretores que vivem lutando diariamente contra o desânimo, o comodismo e contra fatores de ordem pessoal que podem interferir em suas práticas.

E mais... Quantos são os diretores e coordenadores que vivem cumprindo seus horários nas escolas? As perguntas desse tipo, infelizmente, são muitas. Mas, paremos por aqui na certeza que injetamos um pouco de reflexão e na esperança de que um pingo de consciência nasça dentro de alguns colegas que ocupam estes cargos com prazo de validade curto.

Eu creio que um dos maiores e mais importantes desafios do diretor e do coordenador de uma unidade escolar, seja fomentar o espírito de equipe entre os professores e funcionários da escola, ou seja, fazer a transição de um grupo para uma equipe escolar. O que, aliás, é tema para a nossa próxima matéria: “existe diferença entre grupo e equipe?”



quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

HOMENAGEM AO AMIGO QUE ESCOLHEU PARTIR MAIS CEDO




É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais.


(...)


É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais
E cedo demais

Eu aprendi a ter tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu, que tive um começo feliz
Do resto não sei dizer.
Lembro das tardes que passamos juntos

Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que este ano
O verão acabou
Cedo demais.


MÚSICA: Love In The Afternoon
Legião Urbana
Composição: Renato Russo

SUICÍDIO, POR QUÊ?


"O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma pergunta fundamental da filosofia."
Albert Camus.




SUICÍDIO (do latim sui (próprio) e caedere (matar) é um ato que consiste em pôr fim intencionalmente à própria vida.



Alguém já disse que “todo suicida acredita na vida após a morte”. Ironia ou não, a questão passa por diversos tipos de leitura interpretativa, onde cada cultura faz referência ao suicídio conforme as suas crenças e religiões. Para uns é ato pecaminoso; para outros seria honroso tirar a própria vida e, para outros, é um erro grave que será corrigido compulsoriamente.

Se é verdade que quem comete suicídio acredita que há uma vida além da vida, entende-se que o autor parte para ação deliberada que o levará a um novo começo, desta vez, sem problemas ou dificuldades de qualquer sorte. Tal idéia é difundida entre os adeptos do seppuku japonês.

Agostinho de Hipona (354-430) assumiu um posicionamento segundo o qual cristãos não podem cometer suicídio (devido à fé, que supera á honra), como escreve, pois compreende que o mandamento ‘Não matarás’ (Êxodo 20.13) proíbe matar a nós mesmos, para um cristão matar-se é matar sua fé e sua verdadeira vida, que é a vida depois da morte, surgida da fé.

O suicídio como a atitude individual, de livre arbítrio, de extinguir a própria vida por ato deliberado, podendo ser causada entre outros fatores por um elevado grau de desespero e sofrimento, geralmente de nível emocional, sentimental, mas também poderá ser causado por motivos econômicos entre outros, como o caso de Getúlio Vargas, político brasileiro, que "deixou a vida para entrar para a História."

Por maiores que sejam as tentativas de interpretação que expliquem esse ato violento, quem para e pensa sobre o caso, sempre se pergunta: Por quê? Quais são as causas que nos levam a tentar o suicídio? Tem o homem o direito de tirar a sua própria vida? Quais as conseqüências deste ato fatal na vida humana?

Até hoje, nenhuma doutrina religiosa explicou e consolou com tanta veemência quanto a Doutrina Espírita, por ser uma religião de tríplice aspecto: ciência, filosofia e religião – no sentido literal da palavra.

Do ponto de vista da Doutrina Espírita, o suicídio é considerado um crime, e pode ser entendido não somente no ato voluntário que produz a morte instantânea, mas em tudo quanto se faça conscientemente para apressar a extinção das forças vitais. Importa numa transgressão da Lei Divina. É sempre uma falta de resignação e de submissão à vontade do Criador. (Equipe da FEB, 1997).

Em O Livro dos Espíritos, nas perguntas 943 a 957, Allan Kardec discute o tema apontando as causas e as conseqüências deste ato sinistro. Diz-nos que o desgosto pela vida é efeito da ociosidade, da falta de fé e geralmente da saciedade. Para aqueles que exercem as suas faculdades com um fim útil e segundo as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido a vida se escoa mais rapidamente. Os Espíritos nos advertem que quando cometemos o suicídio responderemos como por um criminoso. Acrescenta ainda que "aquele que tira a própria vida para fugir à vergonha de uma ação má, prova que tem mais em conta a estima dos homens que a de Deus, porque vai entrar na vida espiritual carregado de suas iniquidades, tendo-se privado dos meios de repará-las durante a vida. Deus é muitas vezes menos inexorável que os homens: perdoa o arrependimento sincero e leva em conta o nosso esforço de reparação; mas o suicídio nada repara".

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo V - Bem-Aventurados os Aflitos, analisa o suicídio juntamente com a loucura, e nos diz que "a calma e a resignação, hauridas na maneira de encarar a vida terrestre, e na fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio". A leitura atenta deste capítulo do Evangelho seria um preservativo para todos os males da humanidade, pois não só nos explica os meios de nos livrarmos da pena como também nos alerta para o bem e o mal sofrer, sobre a melancolia etc.

Em O Céu e o Inferno, no capítulo V, há relatos dos próprios suicidas sobre o seu estado infeliz na erraticidade. Verificando cada um deles, vamos observar que, embora o sofrimento seja temporário, nem por isso deixa de ser difícil, pois o remorso parece não ter fim.

Em Mecanismos da Mediunidade, o Espírito André Luiz, ao discutir sobre a ideoplastia do pensamento, fornece-nos elementos para a nossa reflexão sobre este tema. Se muitos ficam pensando no suicídio, eles criam um campo mental, uma espécie de aura de formas- pensamentos, e se um Espírito menos avisado entrar nessa faixa vibratória, ele poderá ser induzido ao cometer este ato. Por isso, precisamos tomar cuidado com o teor energético do nosso pensamento, pois uma vez emitido ele criará as forças desencadeantes para a ação.

Para quem está vivo, vale algumas reflexões:

1- Um dos grandes embaraços de quem comete o suicídio, pensando que teria dado cabo da vida, é a surpresa de que continua vivo. Nesse sentido, de que vale tirar-nos a vida, se continuamos a existir?


2- Não temos o hábito de relacionar a parte e o todo e podemos cair no erro da absolutização do relativo. É o caso de estigmatizar todos os Espíritos que cometeram suicídio, colocando-os num mesmo grau de sofrimento e punição. Há que se considerar a influência que receberam dos outros, os seus estados mentais etc. Será que nós, com o nosso modo impensado de agir, não os induzimos involuntariamente? Será que a sociedade, pelo seu descaso, não deixou de auxiliá-los, quando podia fazê-lo?


3- A certeza da vida futura lhe dá condições de saber que será menos ou mais feliz de acordo com a resignação com que tiver suportado os sofrimentos aqui na Terra.


4- O relato do Espírito André Luiz, quando estava no umbral - e ouvia chamá-lo de suicida -, é marcante, pois mesmo não o tendo cometido voluntariamente, dissipou desordenadamente as suas energias físicas e mentais. No campo mental, a cólera, a falta de autodomínio e inadvertência no trato com os semelhantes; no campo físico, o aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas.


5- Nunca se deve dar tanta atenção a este dispositivo da mente. Há muitos momentos de angústia, de solidão, mas temos que passar por cima como um trator que vai moendo tudo o que lhe vem de encontro. Utilizando-nos da prece e da vigilância, podemos aliviar muitos desses males do pensamento.



Enfrentemos a nossa vida, pois não podemos ter outra. Lembremo-nos de que o problema pode não ser tão grave quanto a nossa imaginação o pinta. Quem sabe se esperarmos um pouco mais, exercitando a paciência e a resignação, a dificuldade não toma outro rumo, a doença não recebe o remédio correto, o desgosto não tem o consolo necessário? Depositemos a nossa confiança inteiramente em Deus. Ele sabe o momento oportuno de nos tirar do embaraço.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Dubai inaugura amanhã o maior arranha-céu do mundo






Dubai deve inaugurar amanhã o maior prédio do mundo em meio a rigorosas medidas de segurança. Na véspera da inauguração, a altura verdadeira do Burj Dubai - Torre Dubai, em árabe - permanecia um segredo bem guardado. Ultrapassando os 800 metros, o edifício superou seu rival mais próximo, o Taipei 101, em Taiwan.








Em busca de recordes, os construtores do Burj não se contentaram com isto.O edifício ostenta o maior número de andares e o andar habitado mais alto de todos os prédios do mundo, e ocupa o posto de estrutura mais alta do planeta, ultrapassando uma antena de televisão na Dakota do Norte.








Seu observatório - no andar 124 - também é recordista. "Não sabíamos quão alto poderíamos chegar", disse Bill Baker, engenheiro estrutural do prédio, que está em Dubai para participar da inauguração. "Foi uma espécie de exploração. Uma experiência de aprendizado". Baker disse que, nos projetos preliminares, o Burj ultrapassava em 10 metros o recordista anterior, Taipei 101.








A torre de Taiwan tem 508 metros de altura.A empreiteira responsável pelo Burj, Emaar Properties, seguiu aumentando a altura do projeto mesmo depois do início da construção, superando num total de 300 metros seu concorrente mais próximo, disse Baker. Ele não revelou a altura exata do prédio.








Na noite de amanhã (horário local), o regente de Dubai deve inaugurar o arranha-céu de metal e vidro com um espetáculo de fogos de artifício. Espera-se que o aparato de segurança mantenha uma vigilância rigorosa.