Livro Primeiras Águas - Poesias

Este é o livro I da série Primeiras Águas.

Campanha Gravatá Eficiente

Fomentando uma nova plataforma de discussão.

A Liberdade das novas idéias começa aqui.

domingo, 31 de maio de 2009

A Justiça e o sistema de cotas



Embora tenham caráter liminar, as recentes decisões do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, que suspenderam o regime de cotas para negros, índios e estudantes de escolas públicas em universidades estaduais e federais, são mais um exemplo das tensões e confusões jurídicas que essa demagógica política de "ação afirmativa" e de "justiça compensatória" vem causando em todo o País.


No Rio de Janeiro, o recurso judicial foi impetrado por um deputado estadual, que questionou a constitucionalidade de uma lei, aprovada no ano passado pela Assembleia Legislativa, que estabelece cotas para deficientes físicos e para filhos de bombeiros, policiais civis e militares e inspetores de segurança e administração carcerária mortos em serviço ou incapacitados em razão de serviço.


Em 2002, a Assembleia fluminense já havia aprovado uma lei impondo as chamadas "cotas raciais e sociais" nas três universidades públicas estaduais. Ao fundamentar a concessão da liminar, o desembargador Walmir de Oliveira e Silva criticou a legislação fluminense sobre cotas, alegando que, além de ferir o princípio da igualdade consagrado pela Constituição de 88, ela não prevê critérios objetivos para avaliar o conhecimento dos candidatos cotistas. Não se trata de um fato isolado no Estado.


Só a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que reserva 45% de suas vagas a alunos cotistas, responde anualmente a cerca de 400 processos judiciais, em média. Eles são impetrados por estudantes não cotistas que não conseguiram se matricular, apesar de terem obtido pontuação maior que a de cotistas aprovados nos vestibulares da instituição. Em 2006, um vestibulando de medicina obteve 91 pontos e não conseguiu ser aprovado - e um cotista ingressou no curso de relações públicas com apenas 50 pontos.


No TRF da 2ª Região, o recurso foi ajuizado por 15 estudantes que também obtiveram média para passar no vestibular da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em 2007, mas não puderam se matricular, preteridos por cotistas. A instituição reserva 40% de suas vagas a alunos oriundos de escolas públicas e que tenham renda familiar mensal de até sete salários mínimos. Em seu voto, a relatora do processo, desembargadora Lúcia Lima, afirmou que as cotas comprometem o princípio do mérito no acesso ao ensino superior público.


Para ela, o mais adequado para se promover justiça social seria conceder bolsas de estudo para estudantes carentes ou pobres, em vez de prejudicar "estudantes que, por circunstâncias de vida, tiveram oportunidade de estudar em uma instituição de ensino particular". Na comunidade acadêmica e nos meios políticos, a reação às duas liminares foi a esperada.


A Procuradoria-Geral do Estado do Rio prometeu entrar com embargo de declaração, assim que a decisão dos desembargadores for publicada. A Assembleia Legislativa também prometeu recorrer, alegando que a lei por ela aprovada é constitucional. O ministro da Igualdade Social, Edson Santos, afirmou que o Órgão Especial do TJ-RJ teria agido com inusitada rapidez no caso. "Estranhei a celeridade na votação.


"Uma questão como essa, com impacto social tão grande, não pode ser decidida por liminar", disse ele. Por sua vez, as três universidades estaduais fluminenses alegam que a decisão do TJ-RJ exigirá alterações no vestibular programado para novembro. Como também já era esperado, a Ufes e as três universidades estaduais fluminenses agora têm de enfrentar tensões causadas pelo acirramento da discriminação racial.


Os alunos cotistas são malvistos pelos não cotistas, enquanto os estudantes beneficiados por liminares são criticados pelos cotistas. Esse é o tipo de problema que, tendo começado pela equivocada tentativa de democratizar o acesso ao ensino superior com base em critérios como etnia, cor da pele e origem socioeconômica - quando o mais sensato era combater o péssimo nível do ensino fundamental e do ensino médio -, pode levar ao segregacionismo e à eclosão do ódio racial num país que, apesar de suas iniquidades, sempre se caracterizou pela miscigenação e pelo convívio harmonioso de pessoas de todas as nacionalidades, cores e religiões.
FONTE: Jornal O Estado de São Paulo, 30-maio-09.

Injustiças da Língua Portuguesa

Publicado por Robson Pires - Em Notas - 31 jan 2009 - 21:29.

A Sociedade Feminina Brasileira se queixa do tratamento machista existente na gramática portuguesa, e com razão…

Vejam os exemplos:

Cão………….......... melhor amigo do homem.
Cadela.…………….. puta.
Vagabundo………..homem que não faz nada.
Vagabunda………..puta.
Touro……...........homem forte.
Vaca………………...puta.
Pistoleiro….......homem que mata pessoas.
Pistoleira………...puta.
Aventureiro…....homem que se arrisca, viajante, desbravador.
Aventureira……..puta.
Garoto de rua…..menino pobre, que vive na rua, um coitado.
Garota de rua…....puta.
Homem da vida……pessoa letrada pela sabedoria adquirida ao longo da vida.
Mulher da vida……puta.
O Galinha……….o ‘bonzão’, que traça todas.
A Galinha……….puta.
Tiozinho……....irmão mais novo do pai.
Tiazinha……….puta.
Feiticeiro……..conhecedor de alquimias.
Feiticeira……..puta.
Roberto Jefferson, Zé Dirceu, Maluf, Jader Barbalho, Eurico Miranda, Renan Calheiros, Lula, Delúbio…...políticos.
A mãe deles….putas.
E pra finalizar…

Puto……nervoso, irritado, bravo.
Puta……puta.

Depois de ler esta “fuleragem”:

Homem……vai sorrir.
Mulher…….vai ficar puta.

PERGUNTAR NÃO OFENDE. OU OFENDE?



*Por Lucivânio Jatobá

Pergunto aos caros leitores desse conceituado Blog de opinião:


EXISTE NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL algum artigo ou mesmo parágrafo apresentando proibições gerais e específicas aos brasileiros brancos, negros, mulatos, amarelos?
Existe no Brasil, OFICIALMENTE, algum organismo estatal, como na Alemanha Hitlerista, vetando o ingresso de brancos, negros, mulatos ou amarelo nas universidades e faculdades públicas e/ou privadas?

Se algum branco, negro, índio, mulato ou amarelo sofrer algum constrangimento público, alguma ofensa ou mesmo restrições, pela cor da pele, o infrator, por Lei, não será punido?
Há no país alguma instituição legal, oficial, pregando a discriminação racial? O que justifica, portanto, a existência desse "Ministério" da Igualdade Racial? Existem raças humanas?
Caros Leitores:
Os senhores(as) percebem...
Que estão criando o racismo no Brasil?
Que em pouco tempo teremos salas para negros, salas para brancos
filas para negros, filas para brancos?
Até onde esse governo vai chegar com essas políticas racistas?
*Professor da Universidade Federal de Pernambuco.

Audiência Pública Discute o Futuro do Sítio da Trindade

Repassando...
Já faz algum tempo que a Prefeitura do Recife vem ameaçando construir no terreno do Sítio da Trindade, em Casa Amarela. Acontece que ali, onde ficava o Arraial Velho do Bom Jesus e local de resistência dos pernambucanos aos holandeses, na década de 30, é proibido se erguer qualquer tipo de obra.
Pois, em 1974, a área foi tombada e hoje, é Área de Preservação Rigorosa, segundo Lei Federal, está classificado pelo Plano de Preservação dos Sítios Históricos, na categoria de Sítios Tombados, além de ser também uma Zona de Proteção Ambiental, se acordo com Lei Municipal. Mas, apesar de tudo isso, a Prefeitura quer construir ali uma Usina Multicultural.
Para debater sobre o assunto, realizei hoje pela manhã uma audiência pública, no plenarinho da Câmara. O encontro foi proveitoso e contou com as presenças do secretário secretário de Cultura do Recife, Renato L.; o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Frederico Neves; o representante do Conselho Estadual de Cultura, professor Geraldo Pereira; o representante do Instituto Arqueológico, Histórico, Geográfico de Pernambuco (IAHGP), professor José Luiz da Mota Menezes; a promotora cultural do Ministério Público de Pernambuco, Alda Virgínia, e o promotor do Ministério Público Federal, Fábio Santos. O plenarinho ficou lotado e, no final, as pessoas puderam participar fazendo perguntas e expondo suas opiniões.

Na opinião da procuradora do Ministério Público de Pernambuco, Alda Virgínia, o projeto é bom para a cultura, porém descaracteriza a área de preservação histórica, o que é proibido por lei. Já o representante do Conselho Estadual de Cultura, professor Geraldo Pereira, sugeriu que a Usina fosse transferida para a Fábrica da Macaxeira, que está fechada e abandonada há décadas, também em Casa Amarela.
O representante do IAHGP também é contra o projeto no Sítio da Trindade e compara: “Em países desenvolvidos, que têm um espaço como esse, o que importa é a história. Nós precisamos defender o espaço onde ocorreram os episódios da nossa história. Isso é a arqueologia da guerra e não pode ser modificado”.

Propaganda de Lula chega a 5.297 veículos


Lula fotografa jornalistas no Planatlo; publicidade do governo chega a 1.149 municípios


Com PT no Planalto, o número de meios de comunicação que recebem verbas de publicidade federal aumentou 961% Ao tomar posse, comerciais do petista atingiam 21 TVs e 270 rádios; no fim de 2008 já havia 297 TVs e 2.597 rádios veiculando anúncios oficiais .
(FERNANDO RODRIGUES DA SUCURSAL DE BRASÍLIA DA FOLHA DE SÃO PAULO)
Os comerciais do Palácio do Planalto atingiram no ano passado 5.297 veículos de comunicação no país. O número representa uma alta de 961% sobre os 499 meios que recebiam dinheiro para divulgar propaganda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva em 2003, quando o petista tomou posse.Esse padrão de pulverização na publicidade é incomum na iniciativa privada. Segundo dados do Ibope Monitor, a Fiat anunciou em 206 meios de comunicação diferentes no ano passado. O banco Itaú, em 176.
Trata-se de uma pesquisa por amostragem, mas mesmo com um desvio de 1.000% o número de veículos nos quais essas duas empresas anunciam não se aproximaria dos 5.297 escolhidos pelo governo federal. A regionalização da propaganda federal é parte de uma estratégia de marketing do governo. Presidente mais bem avaliado no atual ciclo democrático, Lula viu sua alta popularidade se consolidar numa curva quase paralela ao avanço da distribuição de seus comerciais pelo interior do país.
"O fato de ter ampliado a presença do presidente na mídia regional pode ter ajudado [a elevar a popularidade do governo]", admite Ottoni Fernandes, subchefe-executivo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, que está sob o comando do ministro-chefe da Secom, Franklin Martins. Mudança de estratégiaDiferentemente dos antecessores, Lula regionalizou radicalmente a distribuição de verbas de publicidade. Não houve um aumento expressivo no valor gasto, mas uma mudança de estratégia. Grandes veículos de alcance nacional passaram a receber um pouco menos. A diferença foi para pequenas rádios e jornais no interior.
O orçamento total consumido em mídia por Lula e pelo tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), seu antecessor, oscilou sempre na faixa de R$ 900 milhões a R$ 1,2 bilhão por ano -sem contar patrocínios e outros custos relacionados à produção de comerciais.No caso das verbas apenas para a Presidência, só há dados disponíveis a partir de 2003. Antes a propaganda presidencial era feita de maneira dispersa pelos vários organismos da estrutura federal. Lula gasta anualmente um pouco acima de R$ 100 milhões com comerciais idealizados pelas agências que servem ao Planalto.
A diferença em relação ao governo anterior é a distribuição das propagandas por muitos meios de comunicação de pequeno porte. Logo depois de tomar posse, os comerciais do petista atingiam, por exemplo, apenas 270 rádios e 21 TVs. No final do ano passado, já eram 2.597 emissoras de rádio e 297 TVs recebendo dinheiro do Planalto para divulgar mensagens da administração federal.Não se trata de publicidade de utilidade pública. Campanhas de vacinação ou sobre matrículas escolares continuam sendo executadas pelos ministérios.
A propaganda produzida pelo Planalto é sobre ações de interesse político-administrativo -como divulgar a lista de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ou o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.Às vezes o governo também atua como animador da população. No final do ano passado, uma campanha nacional foi veiculada para que os brasileiros não interrompessem o consumo por receio dos efeitos da crise econômica internacional.
"O presidente Lula, se eu pudesse escolher, deveria ser o profissional de comunicação do ano. Ele reduziu, no gogó, a tensão da população, da classe C ascendente. O presidente é ótimo em comunicação integrada. A regionalização da mídia é uma parte. Já existia antes de a crise chegar e ajudou", diz Mauro Montorin, publicitário da agência 141, uma das responsáveis pela conta da Presidência da República.A capilaridade dos comerciais de Lula pode ser também mensurada pelo número de cidades brasileiras nas quais há propaganda do Palácio do Planalto. Em 2003, eram 182 municípios atingidos.
Agora, são 1.149 -uma alta de 531%."A mídia regional é mais ligada às comunidades e tem mais credibilidade localmente (...) Partimos para uma política de atender a mídia regional, com mais entrevistas do presidente. Há uma mania no Brasil de achar que a mídia é só em São Paulo e no Rio", diz Ottoni Fernandes, subchefe da Secom.A diretriz geral é dada pelo ministro Franklin Martins: "A imprensa regional está crescendo no Brasil. O objetivo do governo é se comunicar com a população e esses veículos do interior atingem uma parcela relevante da população".
Rádios e jornaisEm 2003, havia 5.772 rádios no Brasil, de acordo com o Ministério das Comunicações. Hoje, são 8.307 emissoras, incluindo as 3.685 chamadas "rádios comunitárias", cujo alcance do sinal é limitado.No meio jornal, quando Lula tomou posse, existiam 2.684 títulos no país, segundo a Associação Nacional de Jornais; em 2006, último dado disponível, já eram 3.076 veículos.Uma das razões para a iniciativa privada não anunciar na maioria desses veículos é a falta de mecanismos para auditar a penetração da mensagem e aferir a eficácia do comercial. Poucos jornais no país têm tiragem comprovada pelo IVC (Instituto Verificador de Circulação).
Essa entidade só inspeciona 118 dos mais de 3.000 títulos. O governo afirma exigir comprovação de impressão por parte do pequenos jornais antes de fazer o pagamento. No caso das rádios, diz Ottoni Fernandes, "há cadastro com todas as emissoras em cidades com mais de 50 mil habitantes", que precisam emitir faturas e dar alguma prova de veiculação do comercial. Essa é uma exigência do TCU (Tribunal de Contas da União), que foi consultado ao longo do processo de regionalização para aprovar os métodos do Planalto.
Fonte: jornal A Folha de São Paulo, 31 de maio de 2009.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Transformar a decepção em teimosia


Por Leonardo Boff*


Apesar das traições e fracassos, as bandeiras suscitadas pelo PT já há 25 anos devem ser sustentadas, defendidas e proclamadas. Não por serem do PT, mas porque valem por elas mesmas, por seu caráter humanitário, ético, libertador e universalista.


Não basta se indignar contra a corrupção política praticada pelos dirigentes do PT levantando suspeitas, a serem ainda claramente apuradas, de envolvimento de altos escalões do governo. Nem é suficiente a amarga decepção provocada na população, particularmente nos militantantes do PT que suspiram cabisbaixos: “nós que te amávamos tanto, PT”.


O que tem de ser suscitada agora é a esperança, pois esta é notoriamente a última que morre. Mas não qualquer esperança, esperança de bobos alegres que perderam as razões de estarem alegres na esperança. Mas a esperança crítica, aquela que renasce das duras lições aprendidas do fracasso, esperança capaz de inventar novas motivações para viver e lutar e que se consubstancia em novas atitudes face à realidade política e em consequência em novas iniciativas práticas.


Essa esperança só tem sustentabilidade e eficácia se primeiro identificar as causas dos equívocos, dos erros e das ofensas à ética que foram cometidas. A corrupção de setores importantes do PT é a culminância de um processo que precisa ser conscientizado e criticado, caso contrário, vai repetir e perpetuar o mesmo descalabro atual.


O PT foi antes de tudo um movimento nascido no meio dos oprimidos e de seus aliados: por um outro Brasil, de inclusão, de justiça social, de democracia participativa, de desenvolvimento social com distribuição de renda. Como movimento era antes de tudo carisma. Ao crescer, virou inevitavelmente uma organização partidária.


Como organização virou poder. Onde há poder há disputa de poder, hierarquização e mecanismos de inclusão e exclusão. Começa então a aparecer o demônio que habita todo poder e que, se não for continuamente vigiado, pode pôr tudo a perder. Com isso não queremos satanizar o poder, mas nos darmos conta de sua lógica. Ele é, em princípio, bom: a mediação necessária para a transformação e para a realização da justiça. Portanto, ele é da ordem dos meios. Mas quando vira fim em si mesmo, perverte e corrompe, porque sua lógica interna é essa: não se garante o poder senão buscando mais poder. E se o poder significa dinheiro, ganha formas de irracionalidade: os milhões e milhões se sucedem sem qualquer sentido de limite e de responsabilidade. Foi o que, entristecidos, constatamos.


Há um outro problema ligado à organização: se os dirigentes perdem contacto orgânico com a base, se alienam, se independizam e facilmente se tornam vítimas da lógica perversa do poder como fim em si mesmo. Poder chama poder, sob todas as suas formas. Surgem as alianças espúrias e os métodos escusos. A cupidez do poder produz a corrupção. Foi o que aconteceu lamentavemente com setores dirigentes do PT. Se estivessem ligados às bases, vendo os rostos sofridos do povo, suas lutas terríveis para sobreviver, sua vontade de lutar, de resisitr e de se libertar, seu sentido ético e espiritual da vida se sentiriam fortificados em suas opções e seriam continuamente reeducados por ele e assim se impediria que sucumbissem às tentações do poder corruptor. Mas a descolagem das bases os fez perder.


Agora para o PT se trata de fazer dos erros uma escola de humilde aprendizado. Para os militantes e demais brasileiros que abraçaram a causa do PT, o desafio consiste em transformar a decepção em teimosia.


A teimosia reside nisso: apesar das traições, fracassos e decepções, as bandeiras suscitadas pelo PT já há 25 anos devem ser teimosamente sustentadas, defendidas e proclamadas. Não por serem do PT, mas porque valem por elas mesmas, por caráter humanitário, ético, libertador e universalista que representam.


A bandeira é um sonho-esperança de um outro Brasil possível e diferente, não mais rompido de cima abaixo pela opulência escandalosa de uns poucos e a miséria gritante das grandes maiorias. Um Brasil da inclusão, com um projeto de nacão aberto à fase planetária de humanidade, um Brasil cujos governos pudessem, com a participação popular, realizar a utopia mínima de todos poderem comer três vezes ao dia, de irem ao médico quando precisassem, de enviarem suas crianças à escola, de trabalharem e com o salário garantirem uma vida minimamente digna e, quando aposentados, poderem enfrentar com desafogo os achaques da idade e poderem despedir-se agradecidos deste mundo e não maldizendo-o.


Os portadores desse sonho-esperança é grande maioria dos brasileiros, sobreviventes de uma grande tribulação histórica de submetimento, exploração e exclusão. Sempre os donos do poder organizaram o Estado e as políticas em função de seus interesses, deixando o povo à margem. Tiveram e ainda têm vergonha dele, tratado como zé-povinho, jeca-tatu, joão-ninguém, carvão para o processo produtivo. Mas ele, apesar desse espinhezamento, nunca perdeu sua auto-estima, sua capacidade de resistência, de sonho e de visão encantada do mundo. Conseguiu organizar-se em inumeráveis movimentos, criou uma Igreja da libertação, fundou seus partidos de cunho popular e o PT.


Essa utopia alimentou o PT histórico e ético. É retomar esta bandeira que vai refundá-lo, confiando mais na devoção que na ambição, mais na militância que na profissionalização que quer mais e mais dinheiro, severos com os marqueteiros maquiadores da realidade e dos candidatos e, por isso, farsantes. Foi esta bandeira que galvanizou as massas, que teve uma função civilizatória ao fazer que o pobre descobrisse as causas de sua probreza, se politizasse e se sentisse participante de um projeto de reinvenção do Brasil sem tantos empobrecidos e excluídos.


Porque é místico e religioso (o PT soube valorizar o capital de mobilização que possui esta dimensão?) o povo brasileiro tem um pacto com a esperança, com grandes sonhos e com a certeza de que se sente sempre acompanhado pelos bons espíritos e santos fortes a ponto de suspeitar que Deus seja brasileiro. É bebendo desta fonte popular que o PT pode se renovar e cumprir sua missão histórica de refundação de um outro Brasil.
Isso é o que deve ser. E o que deve ser tem força invencível.



* Leonardo Boff é teólogo.


Fonte: Ag. Carta Maior, 19/08/2005.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

PT que o pariu:




Luís Inácio que o povo desconhece em 11 capítulos

*Trechos retirados do livro Viagens com o Presidente

Capítulo 1

A euforia da campanha ainda contagia os primeiros meses de governo. Tudo é novidade, tanto para Lula como para a população. O presidente, ao lado de seguranças e assessores, segue para cumprimentar as pessoas que o aguardam atrás de uma cerca de arame farpado do aeroporto. Lula não quer nem saber. Sob um sol de rachar, abraça, beija, toca e se deixa tocar. Molhado de suor olha para o ajudante-de-ordem e lhe pede uma toalha – branca e felpuda peça obrigatória nas viagens presidenciais.
- Espere um pouco, presidente, vou buscá-la no avião – responde meio sem jeito o funcionário do Planalto, que sai em disparada pela pisa do aeroporto para cumprir a ordem do presidente.
Ainda ao lado da cerca, Lula não se contém com a cena. Em quanto observa a rapidez de um ajudante-de-ordem absolutamente fora de forma, o presidente cai na gargalhada e faz um comentário rápido e rasteiro a um de seus seguranças:
- Olha lá o bundão, olha lá. Olha o bundão correndo para pegar minha toalha.
Pág. 63


Capítulo 2

Lula se aproxima de seu assessor para assuntos internacionais, o professor universitário Marco Aurélio Garcia, e diz na maior descontração:
- Marco Aurélio, eu já mandei você tomar no cu hoje?
Pág. 71

Capítulo 3

No gabinete, no terceiro ano de governo, um embaixador apresentou a Lula três páginas com informações que poderiam ser usadas num discurso que o presidente faria a um chefe de Estado da Ásia.
- Presidente, se Vossa Excelência quiser, posso adensar mais dados aqui.
Lula fixou o olhar no diplomata e disparou:
- Pó, você acha que sou babaca de ler tudo isso? Resumo isso em três ou quatro coisas e chegando lá eu improviso o resto.
*(Artigo de Mirian Leitão sobre o assunto n’O Globo - pág.20 com o titulo: HOJE SE IMPROVISA)
Pág. 44
Capítulo 4

(Final de 2005, encontro do Mercosul) No meio do encontro, fechado à imprensa, Lula pede que auxiliares distribuam aos presentes uma cartilha preparada pelo Planalto sobre investimentos e projetos brasileiros para os países que integram a área de livre-comércio. O ajudante-de-ordem admite que esqueceu o material na bagagem da comitiva. Lula não explode de pronto. Segura a raiva e a extravasa no intervalo da reunião, quando presidente, ministros, diplomatas e assessores dividem a mesma sala para um rápido cafezinho.
- Cadê as cartilhas, porra? – esbraveja o presidente.
O ajudante tenta se desculpar, meio sem jeito. O presidente está uma fera, elevando o tom de voz na frente de todos. Vermelho de raiva, Lula grita ao mesmo funcionário:
- Como é que não trouxe as cartilhas? Seu incompetente.
Os demais presentes, entre goles de café e mordidas nos lanches argentinos, vêem o auxiliar sair em disparada para providenciar as tais cartilhas.
Pág. 62


Capítulo 5

(Lula) “Não tem muita paciência. Para ele, tudo tem que ser na hora. Costuma estressar-se com auxiliares a qualquer tropeço. Fica nervoso, por exemplo, se vai a algum lugar que não tenha um café expresso à disposição”. (texto dos autores do livro)
pág. 63

Capítulo 6

Comentário de Luís Inácio ao debochar de um repórter:
- Olha aquele repórter do comitê de imprensa. Não está entendendo nada. Ele nem saiu das fraldas ainda e já escreve para jornal grande. Como é que pode uma coisa dessas?
Pág. 142

Capítulo 7

(Num jantar oferecido por Sarney)

“-Pó, o Sarney é foda. Em vez de reunir todo mundo para tirar uma foto, fica nessa de um por um. Eu não posso nem tomar minha cachaça direito. Ainda bem que tenho essa moça para segurar meu copo”.
Lula, então, entrega o copo de uísque a uma segurança.
Pág. 161



Capítulo 8

Lula estava estressado com o avançar da crise. Em todas as viagens escolhia um assessor para descontar a raiva com gritos e cobranças. Era batata. Quando um auxiliar se afastava do presidente de cabeça baixa, os demais sabiam que aquele havia sido enquadrado pelo petista.

Capítulo 9

Ele sobe as escadas do veiculo sem dizer uma única palavra à imprensa. Lá dentro, porém, passa a infernizar a vida do assessor de imprensa escalado para acompanhá-lo naquela viagem.
“- Olha pra mim, porra. Eu estava tentando falar com você lá fora do ônibus, e você só olhando para a imprensa. Quando eu falar é pra olhar pra mim.” – esbraveja o presidente, que mais tarde age como se nada tivesse acontecido.
Pág. 217

Capítulo 10

Num dos raros momentos em que passou a bater papo com deputados e senadores, o presidente foi questionado, em tom de brincadeira, pela senadora Ana Júlia, do PT paraense:
- Presidente, diga para nós. O que existe de fato entre o senhor e o governador sergipano João Alves.
Lula responde:
- Eu sempre quis foder o João Alves. Já fiz aliança com todo mundo lá, com o Albano Franco, com o Almeida Lima. Eu faço aliança com qualquer um para foder o João Alves. Este eu quero foder de qualquer jeito.
Pág. 221

Capítulo 11

A eleição na Câmara entra pela madrugada. Lula não agüenta esperar e vai dormir. Na manhã seguinte, é informado por assessores da vitória do conterrâneo Severino Cavalcanti. Lula não explode no momento em que fica sabendo da derrota petista. Deixa para descontar toda a sua raiva alguns minutos depois, quando recebe das mãos de assessores o discurso que fará sobre o combate mundial à fome. Diante do ministro Celso Amorim e de auxiliares do Planalto e do Itamaraty, o presidente folheia rapidamente a papelada e a arremessa a metros de distância:
“-Enfiem no cu esse discurso, caralho. Não é isso que eu quero, porra. Eu não vou ler essa merda. Vai todo o mundo tomar no cu. Mudem isso, rápido”.
Pág. 249



O brasileiro que vê Luís Inácio – LULA – da silva como homem do povo, generoso, simpático e humilde precisa conhecer o sujeito rude, agressivo que sente prazer em humilhar quem trabalha para ele.

*Viagens com o Presidente foi escrito por Eduardo Scolese e Leonencio Nossa, dois repórteres que acompanharam nosso arrogante PRESIMENTIROSO durante um tempo.

Fico imaginando as humilhações que sofreram e os levaram a escrever este livro.

Este artigo é proibido aos menores de 21 anos.

O exemplo dado por nossos representantes políticos pode causar deficiências dos tipos moral, espiritual e até física. Além disso, não posso permitir que este veículo seja exemplo de divulgação de homens sem honra...

Por outro lado...

...É mais um desabafo de um brasileiro inconformado de sustentar quengas disfarçadas de homens públicos. Oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos. Não de idade, mas de vida pública.
ESTE, FOI O PT QUE PARIU!
fonte: A CASA DA MÃE JOANA - BLOG.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Nação Guarani


*Denis Lerrer Rosenfield
(Extraído do jornal O Estado de São Paulo, 25 de maio de 2009)
A demarcação da Raposa-Serra do Sol já aparecia como o prelúdio do que estava por vir. Apesar das ressalvas aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal, que tornaram menos aleatórias e arbitrárias as demarcações e homologações de terras indígenas, o processo de relativização da propriedade privada e da soberania nacional segue agora o seu curso. Imediatamente após a decisão do Supremo, as agremiações ditas movimentos sociais, como o MST e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ala esquerdizante da Igreja Católica, deflagraram um processo de fragilização dessas ressalvas, procurando, nos fatos, mostrar que a lei a eles não se aplica. Tornaram ainda mais explícitas suas posições contra a economia de mercado, a propriedade privada, o agronegócio e o Estado de Direito.
Vejamos.

O Cimi e os ditos movimentos sociais estão entrando numa nova etapa de formação da opinião pública nacional e internacional, propugnando pela formação de uma nação guarani. As publicações Porantim (Cimi) e Sem Terra (MST) já trazem matéria a esse respeito, pois essas organizações têm plena consciência de que sem o apoio da opinião pública nenhuma transformação política pode ter lugar. As mentes precisam ser conquistadas para que haja um espaço de abertura para mudanças. Eles estão cientes de que a política moderna, a das democracias representativas, está alicerçada na opinião pública. Utilizam-se, nesse sentido, da democracia para subvertê-la, arruinando as suas instituições.

Para que se tenha ideia da enormidade que está sendo tramada, a dita nação guarani abarcaria partes dos seguintes Estados brasileiros: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O foco é o Estado de Mato Grosso do Sul num primeiro momento e, logo após, Santa Catarina e Espírito Santo.

Cabe ressaltar que é em Mato Grosso do Sul que essa luta se vai travar prioritariamente. Eles reconhecem que perderam nesse Estado a primeira batalha política junto à opinião pública pela disputa desses territórios indígenas. Houve forte reação de proprietários rurais, parlamentares e do próprio governador, impedindo uma primeira tentativa de amputação de cerca de um terço de seu território. Naquele então, o discurso apresentado era de que se tratava apenas de uma nova demarcação, que corrigiria uma "injustiça" histórica. Em suma, afetaria apenas alguns proprietários. Ora, já naquela ocasião o que estava em pauta era a formação de uma nação guarani, projeto que ainda não dizia explicitamente o seu nome. Agora estão preparando a segunda batalha, com a bandeira guarani orientando os seus movimentos. Novas portarias da Funai se inscrevem nesse processo em curso.

A nação guarani não está, porém, restrita a esses Estados brasileiros, mas se estende a outros países: Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Segundo eles, a Bolívia já trilha esse caminho político, necessitando apenas ser apoiada no que vem fazendo, destruindo, na verdade, as frágeis instituições daquele país. O foco, aqui, seria o Paraguai, onde o processo se inicia com um presidente simpatizante da "causa" e que, via Teologia da Libertação, compartilha os mesmos pressupostos teóricos do Cimi, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do MST. Entendem-se, portanto, melhor a sustentação dessas agremiações políticas ao presidente Lugo e a política adotada de apoio às invasões das terras dos brasiguaios. A identidade brasileira não lhes interessa.

Para granjear a simpatia da opinião pública internacional criaram um site global, hospedado nos EUA, assumido por uma ONG holandesa e alimentado pela regional do Cimi de Mato Grosso do Sul. Observe-se que é o próprio Cimi que elabora o conteúdo de um site internacional (www.guarani-campaign.eu), visando a interferir, dessa maneira, nos assuntos brasileiros, escolhendo como alvo o Estado de Mato Grosso do Sul. Aliás, o site é muito bem feito, começando por uma apresentação gráfica da América Latina sem fronteiras, sob o nome de Ameríndia. A verdadeira América Latina seria a pré-colombiana. Provavelmente pensam, no futuro, em expulsar todos os brancos e negros, europeus, africanos e asiáticos, que deram, pela miscigenação, a face deste nosso Brasil!

Como não poderia deixar de ser, o site comporta várias versões: em português, inglês e holandês, estando prevista a sua ampliação para o alemão. Para quem se preocupa com a opinião pública internacional, busca apoio político e financiamento na Europa e nos EUA, uma ferramenta desse tipo é vital. É ela que terminará alimentando as pressões exercidas sobre o Brasil e subsidiará, também, os formadores de opinião nacionais e internacionais.

Consoante com esse trabalho, foi elaborando um mapa da nação guarani, denominado Guarani Retã, que englobaria os Estados brasileiros acima listados e os países latino-americanos vizinhos. Chama a atenção o fato de a América Latina ser apresentada como um território verde, sem fronteiras nacionais, com o lema "terra sem males". Procedimento semelhante foi adotado com o mapa quilombola, elaborado pela Universidade de Brasília, que orienta hoje as ações da Fundação Palmares, do Incra e dos ditos movimentos sociais. A estratégia política é a mesma.

O Cimi, em suas publicações, reconhece ainda a aliança estratégica com o MST, que lhe ofereceu apoio logístico e organizacional em invasões e outras manifestações, como campanhas de abaixo-assinados. Exemplo recente seria Roraima, com "assessores" emessetistas "ajudando" os indígenas em plantações de arroz. Esses "brancos", aliás, podem lá entrar! Reconhecem, inclusive, que tal aliança foi operacional no Espírito Santo, na luta contra a Aracruz, pois, como se sabe, as plantações de eucaliptos e a indústria de papel e celulose são símbolos, a serem destruídos, do agronegócio.

Outros já estão na mira!

*Professor de Filosofia na UFRGS.

domingo, 24 de maio de 2009

QUANDO IRÁ ACABAR A OPERAÇÃO TAPA BURACO DE GRAVATÁ?



GRAVATÁ ESTÁ PRECISANDO DE ZÉ DO BURACO!


Vocês já perceberam a quantidade de buracos nas principais ruas de Gravatá? Aliás, por onde se anda, eles estão presentes. Heranças da antiga administração? Será que não bastam os outros buracos deixados, os quais, passaremos alguns anos para fechar?





A antiga gestão prometeu calçar diversas ruas em várias partes da cidade. Assim foi feito. Quer dizer: foi MAL FEITO. Creio que 99% das ruas calçadas pela antiga gestão estão sofrendo ou sofreram recapiamento.


Como consequência, a atual gestão não consegue cumprir sua promessa de calçar três ruas por mês, haja vista as antigas estarem pacial ou completamente intransitáveis.





No Bairro São José (Terreno do Banco), próximo ao Bairro Maria Auxiliadora, algumas ruas foram calçadas e outras ficaram apenas na lista da antiga gestão para serem calçadas, até a presente data.


A Rua Vitor Bernardino de Lucena, que é uma das principais ruas do bairro, pois dá acesso à via local da BR 232, está na lista das ruas que já deveriam estar calçadas.


No começo do mês, a referida rua foi rota para todos os carros que entravam em Gravatá oriundos de Caruaru, devido as obras do Gasoduto, estabelecendo o caos no tráfego pela localidade.





A rua Amaury de Medeiros, próximo à Vila Hípica, por onde passo todos os dias para ir trabalhar, em menos de 40 dias já foi interditada duas vezes para que os buracos fossem recapiados. O trânsito que naquelas imediações já ruim, com tais intervenções, tornou-se insuportável.


Generalizou-se na nossa cidade o fato de tapar um buraco aqui e abrirem-se outros mais adiante.


Será que o cimento que usam não é de boa qualidade?


Será que estão superfaturando as verbas e não estão fazendo "M" nenhuma pra manter as vias limpas, organizadas e sem buracos?


Será que esta operação Tapa Buraco não vai terminar?

quinta-feira, 21 de maio de 2009

CAMISAS QUE VALEM PESO DE OURO (DE TOLO).


ATÉ KUKI BARBIE ACHOU GROSSA.., QUER DIZER, GRAÇA!

UM VENDEDOR DE UMA LOJA DE MATERIAL ESPORTIVO RECEBE UMA VISITA DE UM TORCEDOR DO SANTA CRUZ...
- EM QUE POSSO AJUDAR?
- EU QUERO UMA CAMISA DO MEU SANTINHA. QUANTO CUSTA?
- CUSTA R$ 2,99. E TEM UMA SUPER PROMOÇÃO PRA UM SENHOR!
- QUAL É A PROMOÇÃO? - PERGUNTA O TRICOLOR.
- COM MAIS R$ 1,00 O SENHOR LEVA UMA CAMISA DO NÁUTICO PRA DAR DE PRESENTE PARA AQUELE AMIGO ESPECIAL, QUE ADORA COISAS CHOCANTES, VIBRANTES E ALTAMENTE COR-DE-ROSA...
E TORCEDOR DO SANTINHA, RESPONDE:
- QUERO TRÊS CAMISAS DO SANTA. HOJE EU VOU PRESENTEAR TODOS OS GAYS DA MINHA RUA...
Que maldade, não é gente?!
Pelo Sport Tudo!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ninguém sabe se a justiça brasileira é uma vírgula, ponto-e-vírgula ou um ponto final.



Galdino Jesus dos Santos


Em 20 de abril de 1997 o índio Pataxó Galdino Jesus dos Santos dormia em ponto de ônibus em Brasília quando foi barbaramente assassinado. Um grupo de rapazes se aproximou do pataxó e ateou fogo em seu corpo. O índio morreu ali mesmo, com o corpo completamente queimado.

Aquele dia 20 de abril foi um ponto final para o índio Galdino.

Os quatro assassinos não teriam sido julgados e condenados se não fosse a repercussão e a pressão da opinião pública brasileira e de instituições internacionais da época. No entanto, todos eles receberam regalias em suas penas. Assim que foram encaminhados a prisão, os quatro jovens de “boa família”, não ficaram 24 horas detidos. Foram transferidos para uma biblioteca desativada, onde receberam regalias de “assassinos presos importantes”.

O julgamento foi um ponto-e-vírgula na história do judiciário brasileiro, dentre milhares que se seguem ano após ano.

Cinco anos após o assassinato do índio Galdino, um dos assassinos – Bruno Minervivo – prestou concurso público para o cargo de segurança. O edital deste concurso registrava 12 vagas e um salário de R$ 1.300,00 e exigido o ensino médio para tal função. Bruno, segundo o resultado final do concurso, ficou em 65º lugar. Logo após este resultado, misteriosamente as vagas subiram de 12 para 70 vagas. Em apenas 12 dias nas funções de segurança, Bruno foi promovido à dentista do TJDF, passando a receber o salário de R$ 6.600,00. Seu pai, presidente do TJDF, o juiz Edmundo Minervino, afirmou em entrevista que não tinha havido ato ilegal algum na nomeação de seu filho assassino.

A vírgula desta história fatídica, atípica e vergonhosa, fica para esta nomeação de um sujeito que de assassino julgado e condenado, passa a segurança e como num passe de mágica, torna-se dentista de um órgão importante como é Tribunal de Justiça.

O que podemos fazer? Em que ou em quem poderemos acreditar? – perguntaria alguém.

Eu honestamente creio que pouco nós podemos fazer. Mas, se o pouco fosse feito, muito se mudaria nesta cultura do “jeitinho brasileiro. A começar se nós falássemos, se nós usássemos as mídias para “berrar” a nossa revolta. É isso que faço agora: Berro!

- Se Bruno é tão bom assim, por que não fez concurso para o cargo de dentista?
- Por que aumentar o número de vagas exatamente para 70?
- Como estão se sentindo as outras pessoas que foram melhores colocadas que Bruno no concurso? Será que, algum dia na vida, estas pessoas vão ganhar R$ 6.600,00? E os outros profissionais que já estão trabalhando a mais tempo no TJDF?
- O que se pode esperar de um país que tem na sua justiça um juiz federal com esse comportamento?
- Que julgamento foi esse, que pena foi essa que o assassino cruel de uma pessoa já cumpriu, já foi solto e até teve tempo de fazer concurso e tudo?
- Assassinos podem fazer concurso público?
Todos nós poderemos fazer mil perguntas que podem e devem ter respostas. Não só respostas escritas de repúdia. Mas respostas efetivas, de ação, de consciência. É preciso que os bons (ou os que se dizem bons), unam-se na hora de votar em bandidos, ordinários e promíscuos politicos que circulam a nossa vida.
E o Judiciário está no mesmo caminho...
E agora, José?
Parece realmente que a justiça é uma grande vírgula intragante.

terça-feira, 19 de maio de 2009

IGOR DUQUE- CONDENADO À MORTE E EXECUTADO NO RECIFE


Lucivânio Jatobá*

Igor de Siqueira Duque é o nome dele. Sonhador, ardoroso torcedor de futebol e excelente profissional, turismólogo.. Era apenas um rapaz de 28 anos, que pagava impostos, respeitava as leis e votava nas eleições. Um cidadão exemplar. Acreditava no Brasil. Muitas vezes foi ao campo de futebol, juntamente com meu filho, torcer por um time, gritar, vibrar na hora do gol.
Era apenas um rapaz recifense com um futuro que poderia ser brilhante.
Agora jaz! Seus dedos estão imóveis. Seus olhos fitam o infinito e nada mais vislumbram. Seu corpo imóvel aguarda a metamorfose. Ao seu redor a indescritível dor dos amigos e a sensação generalizada de impotência de se viver num país em que os absurdos se transformaram em coisas “normais”, aceitáveis... Um país dos marginais.
Era apenas um rapaz ordeiro e honesto. Mas foi condenado à morte e executado na quarta-feira, 13 de maio de 2009, no grande Campo de Extermínio da “ Nova Dachau”, em que foi transformada a Veneza Brasileira. . Às pessoas que tomaram conhecimento da execução restaram, entre outras coisas, o pavor e as indagações inquietantes: Quem será o próximo? Quando será condenado outro amigo ou amiga? Recorrer mesmo a quem? Ao Judiciário? Ao Executivo? Ao Legislativo? Às polícias???
O caos social está irremediavelmente instalado no país. Cada um de nós vive prisioneiro, em casa ou apartamento, dentro de um amplo campo de concentração, sem os mais elementares direitos de defesa. Nem uma arma para proteção pessoal se pode ter. Paradoxalmente, os bandidos teem... mas para executar as pessoas da classe média, dentro de uma automóvel, ao parar num semáforo ou ao abrir a garagem de sua residência.
“Era apenas um rapaz latino-americano”, de classe média, estudioso, que crime nenhum cometeu. Repito: crime nenhum cometeu! Mas a “legislação” da bandidagem, como a legislação hitleriana aplicada no campo da morte de Dachau, não tem piedade, não tem racionalidade alguma. Basta que o condenado à morte acelere o carro, desobedeça as ordens do bandido, e um tiro , sempre curiosamente certeiro, lhe tirará a vida em segundos. Foi assim com o notável psiquiatra Escobar, em Boa Viagem, foi exatamente assim com uma anciã, professora de ioga, na Avenida Recife, foi dessa maneira estúpida que uma colega, profa. da Escola Técnica Ageu Magalhães, e outras milhares de pessoas foram e serão executadas friamente, à vista de todos, nas ruas da Veneza Brasileira. Pessoas executadas como eram os judeus que desobedeciam uma ordem imbecil de um SS ou de um KAPO em Dachau ou Auschwitz.
Os bandidos agem ousada e impunemente nas ruas da Veneza Brasileira. Há uma legislação oficial muito branda, feita a capricho e seguindo os ditames do casuísmo, que os protege. Quando são condenados a vinte e tantos anos de prisão, há tantas benesses que passam, talvez, quando muito, cinco no presídio. Há organizações civis que os protegem. Há uma ordem democrática que impede que eles sejam colocados num Presídio para cumprirem, com rigor, a pena, sem regalias, sem direito a visitas conjugais, sem privilégios outros, que acabam servindo, indiretamente, como estímulo a que voltem a agir criminosamente contra indefesos e apavorados cidadãos.
O crime no País Tropical abençoado por Deus compensa, e como compensa. Chega a ser até facilitado, também indiretamente, pela legislação. Que o diga o Estatuto do Desarmamento!
A Pena de Morte, pelo que se deduz, já existe na Veneza Brasileira e no Brasil, com um todo.. Porém, está sendo aplicada apenas contra nós da classe média, contra nossos filhos, amigos e conhecidos, que pagamos impostos, que votamos, que somos obedientes à Constituição da República. Mas, se é assim, ela precisa ser regulada por Lei, como nos Estados Unidos, e aplicada para quem comete crimes hediondos como esse que retirou do nosso convívio o jovem Igor! Bandido é bandido , e como tal tem que ser visto.
Não se pode mais é calar. Temos que derrubar essa cerca de mentira que envolve a “Nova Dachau”.. Temos que romper o silêncio! Temos que ir às ruas, vestidos de preto, com os terços nas mãos, pedir, pelo amor de Deus, leis severas e punições exemplares, antes que seja muito tarde...
À família enlutada de Igor, que nenhuma solidariedade receberá, certamente, dos organismos que defendem os “direitos humanos” dos "marginais, os meus pêsames, a minha comoção, .
Ao Brasil e ao mundo o meu grito: BASTAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!
PELO FIM DO SILÊNCIO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
PRISÃO PERPÉTUA AOS CRIMINOSOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O Brasil não pode virar um Campo de Concentração!

sábado, 16 de maio de 2009

Risco de Enchentes na Bacia do Ipojuca



Vamos por partes

1- O que é uma enchente e por que elas ocorrem?

As enchentes são fenômenos naturais que acontecem em todos os rios, quando um leito natural recebe um volume de água superior ao que pode comportar resultando em transbordamentos. Por outro lado, as enchentes deixam de ser uma calamidade natural quando (na maioria das vezes) ocorrem como conseqüência da ação antrótipa, isto é, o homem interfere negativamente no ambiente de maneiras variadas como construção de bairros em áreas ribeirinhas, falta de coleta seletiva do lixo, desmatamento e assoreamento das margens dos rios.

2- Porque Gravatá sofre com a enchente do Rio Ipojuca?

Gravatá não é a única cidade que sofre com o transbordamento natural as águas do rio Ipojuca. Basta lembrar que a bacia do rio é considerada a segunda maior do estado, cujas suas nascentes se localizam nas encontras da Serra do Pau D’Arco, no município de Arcoverde. Da sua nascente até a sua foz, o rio corta 24 municípios. Dentre eles, Gravatá.

O antropismo faz-se presente em todos os municípios da bacia do Ipojuca. Aproximadamente 81% da população que vive ao longo do rio (cerca de 600 mil pessoas), localiza-se na zona urbana. Isto significa dizer que o rio sofre ações interventivas humanas muito fortes. O que não ocorre em 19% da população que habita as áreas rurais, onde a cobertura vegetal ainda predomina.

A grande questão dessa ação humana ocorre pelo uso e ocupação do solo desenfreada. São várias as atividades econômicas ao longo da bacia, indo desde a simples ocupação urbana até a policultura e pecuária. Consideremos também que independente do índice pluviométrico de Gravatá ser alto apenas nos meses de junho e julho (segundo o Plano Estadual de Recursos hídricos), o rio sofre ações pluviométricas todas as cidades por onde ele passa.

3- O que está fazendo a prefeitura de Gravatá para evitar maiores transtornos? O que se pode fazer?

Essa é uma questão que eu não tenho respostas substanciais para dar aqui, publicamente. O que sei é que uma equipe da Defesa Civil visitou as casas dos moradores ribeirinhos na última quinta-feira e deixou os mesmos em estado de alerta.

Creio que o interesse dos políticos de Gravatá sobre o assunto, assim como outras prefeituras da bacia do Ipojuca, costuma ser incipiente ou até mesmo inexistente. Existe uma carência de vontade política. Tais prefeitos têm prioridades mais imediatas para administrarem. Além disso, as populações vulneráveis, pobres e pouco educadas não possuem um peso político suficiente para fazerem com que suas demandas sejam ouvidas.

Caruaru é o município que mais sofre com as enchentes do rio, pois é onde está a maior concentração urbana da bacia do Ipojuca. Já foi noticiado pela imprensa que a prefeitura estabeleceu metas em caso de enchente. As metas não foram divulgadas, mas, no entanto, são todas medidas mitigadoras.

O prefeito José Queiroz afirmou que a invasão do leito do rio Ipojuca por empresários ou moradores também reduziu a área por onde a água escoaria. Só gostaria de enfatizar que a própria prefeitura (todas elas) não segue de forma séria aplicar o Plano Diretor Municipal. Outras tantas sequer têm o Plano. Muitas vezes, os responsáveis por fiscalizar fecham os olhos para os grandes empresários ou não permitem que as famílias pobres sejam localizadas em áreas afastadas dos rios e vivam dignamente. Apontar responsáveis da forma que o prefeito de Caruaru apontou é, no mínimo, injusto.

Devemos ser realistas ao enfocar o assunto. Atribuir as enchentes apenas a causas físicas e naturais ou atribuir apenas às questões ecológicas empobrecerá uma análise mais profunda, uma vez que uma gama de fatores contribuiu para o acontecido. É inevitável um consenso de que a bacia do Ipojuca está numa região possui características geográficas que propiciam enchentes, as quais, atrelamos a outros fatores como o significante número de famílias residindo onde deveriam existir matas ciliares, os desmatamentos, a composição variada da maioria dos solos e as alterações climáticas que vem ocorrendo de forma rápida e brusca nos últimos anos facilitaram as grandes chuvas. Além disso, os lixos circundantes juntamente com a água são fatores que devem ser vistos como agravantes e diretamente ligados a todas as conseqüências de uma enchente. Como dissemos anteriormente, o Rio Ipojuca nasce no sertão, quase fronteira com a Paraiba. Ou seja, mm ambiente semi-árido, com uma cobertura de caatingas, as enchentes podem assumir proporções relativamente grandes.

Tudo isso sem falar em todas as perdas pessoais e materiais que qualquer tragédia pode causar. As enchentes podem aumentar o índice de acidentes, tais como afogamentos, lesões corporais e choques elétricos e a exposição à patógenos vindos com a água e ambiente propício para proliferação de vetores de doenças e animais peçonhentos que com a enchente são desalojados de seu habitat.

Para os políticos irresponsáveis, momentos como este servem de trampolim eleitoreiro. Muitos aparecem para criticar governos anteriores e pessoas diversas, posando de semideuses na articulação de promover ajuda aos desabrigados. Estes diriam que tudo isso não passa de uma falácia de um professor de Geografia.

Para aqueles que reconhecem que o planeta precisa ser cuidado e defendido como se fizéssemos por nossos próprios lares, as informações acima redigidas são silogismos de uma realidade próxima, que afeta a todos, indistintamente.


4- Por fim, como fazer frente ao fenômeno enchente?

1- É preciso controlar melhor a utilização das terras, o que implica em planejar a expansão das cidades e a localização das indústrias em função dos riscos. Além disso, tornou-se igualmente necessário adaptar melhor as infra-estruturas: as habitações e as estradas podem ser sobrelevadas, por exemplo.

2- A construção de reservatórios subterrâneos e de barragens é também uma medida aconselhada. O benefício que as barragens proporcionam é duplo: elas permitem controlar as enchentes e armazenar a água que estará em falta durante os períodos de seca.

3- O reflorestamento de solos nus, a vegetalização dos tetos, e a generalização da utilização de revestimentos permeáveis nas cidades permitiriam limitar o escorrimento.

4- E finalmente, a planificação dos procedimentos que precisam ser seguidos em caso de enchente é essencial. As pessoas devem ser avisadas o mais rápido possível e precisam saber de antemão o que elas devem fazer. Cuba implantou uma série de procedimentos eficientes, diferentemente do que ocorreu no Haiti, o que explica as grandes diferenças entre as perdas que foram sofridas nesses dois países.


Há muito mais a ser dito, discutido e definido. A questão das enchentes em nossa cidade, na região e no mundo, é fator que precisa ser estudado de forma série, haja vista que o planeta tem passado por bruscas transformações climáticas que influenciam consideravelmente no ciclo das águas, em todas as partes do mundo. Só espero que não seja preciso uma grande catástrofe da proporção que aconteceu em Santa Catarina, para acordar os nossos legítimos representantes políticos.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Quando tudo está perdido, sempre existe um caminho



Hoje eu recebi uma noticia muito triste.
Uma antiga amiga dos tempos de catolicismo enveredou pelo caminho do suicídio, ontem, em Recife, jogando-se de um edifício de nove andares.
Clécia foi durante muito tempo minha amiga, confidente e quase namorada. Lembro que ela adorava ir aos domingos pra minha casa almoçar e conversar sobre a vida, sobre nossas frustrações, sobre a igreja, sobre o catolicismo que parecia não mais nos responder aos questionamentos.
Era uma pessoa meiga, carinhosa, inteligente e amiga de todos. Dotada de uma educação de berço, adorava servir a todos. Complacente com os erros alheios, era uma mulher que não media esforços pra demonstrar o carinho que tinha pelos seus.
Como todo ser humano, sentia o peso da solidão, muitas vezes. Chorava às vezes por reclamar que lhe faltava algo que não sabia explicar. Muitas vezes a vi chorar no meu ombro. Muitas vezes eu também chorei no seu ombro... E esses momentos, a gente nunca esquece.
O seu sonho, me contava ela em meados dos anos 90, era ser mãe. Conseguiu realizar. Sua vida profissional foi pautada na missão de Educadora. Era uma professora de manso falar que penetrava com amor as mentes dos alunos com quem ela trocava o dom de ensinar, pelo dom de sorrir em agradecimento pela figura impoluta que era como mulher e como profissional.
Buscava respostas para muitas das suas dúvidas e desencontros espirituais. Procurou a Doutrina Espírita e começou uma jornada para dentro de si mesma, como ocorre em todos que buscam viver a questão 621 de O Livro dos Espíritos. Mas parece que a Filosofia, que a Ciência e que a Religião Espíritas não conseguiram preencher um certo vazio que ela trazia há anos, dentro do seu corpo, no campo da alma...

Ela se foi. E eu não poderia deixar de escrever algo significativo pra alguém que tem significado em minha existência e que merece ao menos a minha lembrança e a minha oração de Piedade ao Deus-Pai em favor da alma eterna que é Clécia. E me veio na cabeça uma música bucólica mas de teor auto-sugestivo que a levaria a ver a vida e a morte, quiçá, sob outra ótica. Queria poder dizer pra ela:

Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz...

Mas não me diga isso...

Hoje a tristeza
Não é passageira
Hoje fiquei com febre
A tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela
Parecerá uma lágrima...

Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza
Das coisas com humor...

Mas não me diga isso...

É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto
Isso passa
Amanhã é um outro dia
Não é?...

Eu nem sei porque
Me sinto assim
Vem de repente um anjo
Triste perto de mim...

E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado
Por pensar em mim...

Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho...

Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser
Quem eu sou...

Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado
Por pensar em mim...

Não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado
Por pensar em mim...


A Via Láctea
Legião Urbana
Composição: Dado Villa-Lobos/ Renato Russo/ Marcelo Bonfá

Boa viagem, Clécia.
A gente se encontra!


Quero aproveitar e divulgar um excelente trabalho divulgado através da internet. Trata-se de um site feito para qualquer pessoa que se esteja a sentir se desanimado, deprimido ou a pensar suicidar-se, ou preocupados com um amigo ou familiar. Todas as páginas informativas nesta secção estão em português. A lista internacional de centos de apoio está em inglês, mas contém milhares de centros de apoio em mais de 40 países. Trata-se do site: http://www.befrienders.org/int/portugese/index.php

Em sua página principal, o site diz:


"Se você está a pensar suicidar-se
Nós nascemos com a capacidade para nos matarmos. Todos os anos um milhão de pessoas fazem essa escolha. Mesmo em sociedades onde o suicídio é ilegal ou tabu há pessoas que se matam.

Para muitas pessoas que pensam suicidar-se, parece que não há outra alternativa. Naquele momento, a morte descreve o mundo deles e não se deve subestimar os sentimentos deles – podem ser sentimentos muito fortes e imediatos.
Não se cura com mágica.

Mas também é verdade que:

O suicídio muitas vezes é uma solução permanente para um problema temporário.

Quando nos sentimos deprimidos temos uma perspectiva precária da situação atual. Um mês ou uma semana mais tarde as coisas parecerão completamente diferentes.

A maior parte das pessoas que em qualquer altura pensaram suicidar-se hoje estão contentes por estarem vivos. Eles dizem que não se queriam matar – só queriam que a dor passasse.

O mais importante é falar com alguém. Quem estiver a pensar suicidar-se não deve tentar resolver o problema sozinho. Peça ajuda AGORA mesmo.

Fale com a sua família ou amigos Falando com um membro da família, com um amigo ou com um colega pode sentir-se muito mais aliviado.

Fale com um Ajudante. Algumas pessoas não se conseguem abrir com a família ou com amigos: Algumas pessoas sentem-se mais à vontade a falar com pessoas estranhas. Há centros de apoio em todo o mundo, com aconselhadores com a formação adequada.

Fale com um médico. Se já há bastante tempo que se está a sentir deprimido ou a pensar suicidar-se talvez tenha depressão clínica. Isto é uma doença causada por desequilíbrio químico e normalmente pode ser tratada com medicamentos passados pelo médico e/ou por um terapeuta. (mais informações).

O tempo é um fator muito importante da vida mas o que acontece nesse tempo também é importante.


Se uma pessoa estiver a pensar suicidar-se, deve abrir-se com alguém imediatamente".

sábado, 9 de maio de 2009

O Vereador e a sua Função Política




Antes de irmos ao foco da questão que me proponho analisar acerca da vida funcional dos vereadores de Gravatá, é preciso que tenhamos claro o que é ser um Vereador e o que é política.

Quero iniciar pela conceituação da Política, haja vista ela ter nascido primeiro. Ela é a razão do surgimento dos políticos – Vereadores, Prefeitos, Deputados, Governadores e Presidentes.

O que é Política?

Aristóteles (384-322 ac.) designou política como A ARTE OU CIÊNCIA DO GOVERNO. E durante muito tempo passou a designar os estudos dedicados a atividade humana que de alguma forma se relacionam ao governo.

Porém, Bertrand Russell (1872-1970), filósofo britânico relacionou a Política ao status de Poder, de comando e assim classificou a mesma como “CONJUNTO DOS MEIOS QUE PERMITE ALCANÇAR OS FINS DESEJADOS”.

Quando eu estive em Brasília pela última vez em 2007, tive a oportunidade de transitar na esplanada dos ministérios e percorrer parte do Congresso Nacional, Palácio da Justiça e até nas imediações do Palácio do Planalto.

A atmosfera da cidade é puramente política. Cheguei a ficar em estado de êxtase diante da grandiosidade que é viver política, do que é ser político. Como é magnífico ser um Legislador – Senador ou Deputado – e ajudar a construir leis que promovam o desenvolvimento de um país tão grande quanto é o Brasil.

Quando você volta pra casa, liga a TV e assiste aos programas da TV Senado, da TV Câmara ou fica sabendo através de noticiários as vergonhosas ações partidárias que desonra as idéias de Aristóteles e os conceitos modernos de Russell e faz com que o mais simplório dos cidadãos veja a política como algo horrendo.


E o que é Ser um Vereador?

Informa a Wikipédia - a enciclopédia em língua portuguesa, livre e gratuita:
O vereador ou edil é o agente político que atua no âmbito dos municípios, a nível legislativo, conforme a forma de governo constitucional nas Câmaras. No Brasil, ele tem atividade legislativa e parlamentar, gozando de prerrogativas legais assecuratórias do mandato, como a imunidade por suas palavras.
Tendo em vista tal conceito básico, o vereador deveria ter em mente que a função do legislativo é legislar, que significa estabelecer ou fazer leis, portanto, o que o vereador poderá fazer é conseguir, permitir ou impedir que o executivo faça. O que nem sempre acontece.

Nas últimas eleições, vi ou ouvi muitos candidatos se utilizarem de jargão muito famoso que é unir ou associar seu nome a duas palavras: Trabalho e Honestidade, como se estas duas qualidades fossem apenas do candidato em questão.

Ser trabalhador e ser honesto deveria ser inerente a todos os candidatos e a todos os cidadãos eleitores. Ser ou não ser um trabalhador honesto não está diretamente ligado ao fato de ser político, simplesmente. Quem é honesto e trabalhador o é por natureza, mesmo que o sujeito venha a exercer cargo eletivo, defendendo uma bandeira política partidária.

Mesmo sendo leigo na prática política, eu entendo que ser vereador é, quando da apresentação das propostas orçamentárias pelo executivo, dedicar atenção especial aos seguintes aspectos:

Os recursos previstos são factíveis?
Os recursos destinados a pessoal estão dentro dos limites legais? Existem recursos próprios destinados à saúde, educação e segurança pública?
Existe alguma previsão para investimento? Em que área?


Ser vereador é estar atento à execução orçamentária, cobrando do executivo as razões pela não realização do que estava previsto, pela realização do que não estava previsto e sugerindo ações para a otimização da utilização dos recursos.

Ser vereador é estar presente e participar ativamente das sessões plenárias. Ser vereador é estar presente nas discussões dos projetos de lei, que circulam na Câmara Municipal.

Ser vereador é demonstrar em cada ato, que o interesse do município, está acima de tudo. Inclusive dele mesmo.

Chegamos, então, ao foco da questão:

Todos estes preceitos estão presentes na vida política dos vereadores gravataenses? No nosso caso específico, ser vereador é lutar para que o executivo priorize o turismo para a geração de renda para o município e de empregos para o gravataense? Ser vereador nesta cidade é apenas assinar o que o executivo manda ou simplesmente recusar-se a assinar? Será que ser vereador em Gravatá é ser meramente situação ou ser hipoteticamente oposição?


Trabalho em três unidades escolares na cidade. Sou professor e circulo em quase todas as principais ruas da cidade e de alguns bairros. O que vejo é o que qualquer um ver: buracos sendo muito mal consertados; esgotos a céu aberto, como acontece na rua onde moro; ruas que foram recentemente calçadas pela gestão anterior sendo recapeadas...

No tocante a minha área de atuação, nada se sabe sobre o piso salarial. As escolas estão sucateadas. Os materiais didáticos são escassos e uma infinidade de problemas que só quem sabe é quem vive Educação em nosso município.

Tenho ouvido histórias desprezíveis sobre a saúde do nosso município. Não há o básico para um médico trabalhar, tampouco para um paciente ser decentemente atendido por ele. Como diz o matuto: “- Tá uma fartura só!”

Será que estes problemas básicos não passam pela alçada da casa Legislativa? Onde estão os vereadores gravataenses que não honram os seus mandatos e defendem com política séria o cidadão comum? Será que passaremos quatro anos vendo os legisladores divididos em dois grupos que vivem se digladiando?

De um lado, os candidatos da situação que balançam a cabeça pra tudo o que vem do executivo. Do outro, um grupo menor que simplesmente faz frente irracional aos caprichos da gestão. Aliás, estes últimos estão pecando muito mais do que os primeiros, haja vista terem pratos cheios para detonarem com o lado da situação e nada têm feito a favor do povo e em benefício de sua própria história política.

Infelizmente, nossos vereadores nunca entenderiam o que é política dos pontos de vista de Bertrand Russell ou de Aristóteles. Mais triste ainda é constatar que o Legislativo municipal está distante de ter um edil (agente político) que seja distintamente identificado ou reconhecido dentro dos conceitos clássicos de legisladores.

Afinal, qual a função dos vereadores de Gravatá?

Para os nossos legítimos representantes, deixo como parte final desta crônica uma frase do Professor Edmundo Fernandes Dias, um dos fundadores do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior:

“Fazer política como quem ensina e ensinar como quem faz política”.

terça-feira, 5 de maio de 2009

O que você tem a ver com a corrupção?




A campanha “O que você tem a ver com a corrupção?” é uma iniciativa da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG) e tem como objetivo conscientizar a sociedade, especialmente crianças e adolescentes, de que a corrupção não é um problema apenas da classe política ou da administração pública, mas que está presente também no cotidiano de muitas pessoas, em pequenos atos, como furar uma fila ou lucrar com um troco errado.

Desde o lançamento oficial, dia 16 de março de 2008, em Brasília, a Controladoria-Geral da União (CGU) vem incorporando a campanha às suas ações de fomento ao controle social, por meio dos Programas Olho Vivo no Dinheiro Público e Fortalecimento da Gestão. Além da CGU, vários órgãos governamentais e não-governamentais também apóiam a iniciativa, como a Escola de Administração Fazendária (Esaf), a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Companhia Vale do Rio Doce, a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e a Rede Globo de Televisão.
FONTES:
COMO COLABORAR COM O PROJETO

O projeto "O que você tem a ver com a corrupção", idealizado inicialmente no estado de Santa Catarina e ganhador do Prêmio Innovare foi lançado nacionalmente por uma iniciativa do Ministério Público brasileiro através da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público - CONAMP, em parceria com o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais - CNPG. São apoiadores oficiais do projeto a Companhia Vale do Rio Doce - CVRD, Instituto Rui Barbosa - IRB, Instituto INNOVARE, Associação dos Magistrados Brasileiros - AMB, COMAB e REDE GLOBO. O projeto tem caráter educativo e busca conscientizar a sociedade, especialmente crianças e adolescentes, a partir de um diferencial, que é o incentivo à honestidade e transparência das atitudes do cidadão comum, destacando atos rotineiros que contribuem para a formação do caráter... As pessoas, empressas e entidades interresadas em participar do projeto podem entrar em contato direto com a CONAMP, falar com a Wanessa, pelo telefone 048-3224-4368 ou pelo formulário disponibilizado no site:
VALE A PENA TENTAR!
VALE A PENA GRITAR!