sexta-feira, 15 de abril de 2011

Gravatá recebeu projeto Da Cor da Cultura

Objetivo é capacitar educadores para multiplicar a cultura afro-brasileira nas escolas inserindo dentro da grade curricular

A cidade de Gravatá foi encontro do projeto A Cor da Cultura. Educadores de toda rede municipal de ensino da cidade e dos municípios de Bezerros e Lagoa dos Gatos participaram nos dias 13, 14 e 15 de encontro onde o maior objetivo é difundir a cultura Afro-brasileira dentro das escolas. O projeto que conta com o apoio do Instituto de Desenvolvimento Cultural (INDEC) e o Canal Futura está na primeira etapa em Gravatá e deve se encerrar no mês de julho.

A Cor da Cultura trabalha as temáticas para a difusão da Lei. 10.639/93 onde torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. A capacitação junto aos educadores pretende aplicar de forma prática o assunto no currículo escolar após a capacitação em três momentos. Após esse primeiro encontro, os professores serão acompanhados online sobre as atividades desenvolvidas em sala. Na terceira etapa o projeto voltará para avaliar o desempenho e verificar os resultados.

De acordo com Regina Castro, coordenadora de formação do INDEC, o grupo que ministra essas capacitações participa de movimentos negros e religiosos. Até o momento 10 Estado receberam o Projeto. “Nossa meta é que esses professores possam multiplicar isso nas escolas, facilitar essa apresentação e inclusão no currículo escolar”, disse.

A secretaria de Educação de Gravatá mobilizou toda rede de ensino municipal para o encontro. Os participantes receberam kits com jogos, DVDs, CDs e livros que ajudarão no processo educativo.





fonte: site da prefeitura de Gravatá.


SOBRE O PROJETO


A Cor da Cultura é um projeto educativo de valorização da cultura afro-brasileira, fruto de uma parceria entre o Canal Futura, a Petrobras, o Cidan – Centro de Informação e Documentação do Artista Negro, a TV Globo e a Seppir – Secretaria especial de políticas de promoção da igualdade racial.

O projeto teve seu início em 2004 e, desde então, tem realizado produtos audiovisuais, ações culturais e coletivas que visam práticas positivas, valorizando a história deste segmento sob um ponto de vista afirmativo.

Gravatá é o segundo polo do estado de Pernambuco. O primeiro é o de Recife. Portanto, entendemos que nosso município é privilegiado, mais uma vez, por ações de âmbito nacional, resultado de uma luta iniciada ano passado, com o esforço do Professor Fernando Junior, então secretário adjunto da Educação.

Desde a última quarta-feira até às 17 horas do dia de hoje, professores de vários municípios como Bezerros e Lagoa dos Gatos, estiveram reunidos no Hotel Portal de Gravatá para o primeiro momento de formação que objetiva a capacitação dos profissionais para a temática Afrobrasileira, através da efetivação das Leis nº 10.639 e a nº 11.645.
 
É importante recordar que a Cor da Cultura é um projeto social de valorização do patrimônio cultural afrobrasileira e de reconhecimento da história e da contribuição da população negra à sociedade brasileira. Os valores e os princípios que continuam a nortear o projeto desde 2006, são:
 
  • O projeto é para todos, independente da etnia;
  • Valorização da diferença, da diversidade, do múltiplo e do plural;
  • Superação do tratamento que é dado ao tema pelo senso comum;
  • Reconhecimento da existência do racismo, opondo-se a ele.

Na abertura do evento, na quarta, tivemos uma palestra com a Professora Lúcia Maria (UNESCO-RJ) que tratou da questão da afro no Brasil e os marcos legais. Foi avaliada como boa a palestra pela maioria dos professores.

Ao longo do primeiro dia, os professores foram convidados a fazer uma reflexão sobre conceitos e concepções sobre a África, a partir das discussões fomentadas pelo material pedagógico do projeto A Cor da Cultura.

No segundo dia (ontem) o objetivo geral foi sensibilizar, seduzur e convidar os professores a aceitar o convite para observar os Valores Civilizatórios Afro-Brasileiros. É bom destacar, mais uma vez, que se trata de concepções e interpretações substanciadas em 'leitura do mundo e de palavras', como diria Paulo Freire.

O dia de hoje foi marcante para todos os participantes. Pelo menos para os professores que estavam comigo, na sala orientada pelos facilitadores cariocas, Nany e Viny (negros na cor e na raça, gentes boas) porque vivenciamos momentos muito fortes. Nós vivenciamos uma oficina de sensibilização chamada "Do Coisário ao Relicário". Ma-RA-VI-LHO-SO! Só quem viveu é que pode relatar com intensidade e verdade.

São tantos os detalhes, foram tantos os momentos ricos que eu estou esquecendo de muitos deles, com certeza. Mas, fica o registro de um momento muito rico na minha formação e na formação dos meu colegas professores.

Algumas imagens de nossa sala:







1 comentários:

Bom saber que a formação foi algo importante, professor. Estamos sempre em formação, ela é contínua e constante. Nossa mudança é eterna em relação aos conceitos e aos dados da vida. Espero, de coração, que a semente que eu e Viny, através do INDEC, plantamos aí seja forte o suficiente para germinar, oferecer bons frutos e semear novas frentes de luta contra o racismo e respeito às diversidades.

Obrigada pela experiência!
Nany

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