Livro Primeiras Águas - Poesias

Este é o livro I da série Primeiras Águas.

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quarta-feira, 30 de maio de 2012

COTAS RACIAIS PARA TUDO‏


ERA SÓ O QUE FALTAVA.

Governo agora prepara cotas raciais para o mercado de trabalho, produção cultural, pós-graduação, cargos comissionados…

O secretário-executivo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Mário Lisboa Theodoro, disse nesta terça-feira que o governo federal está preparando um programa nacional de ação afirmativa com cotas para negros e que as medidas devem ser anunciadas ainda neste ano. De acordo com Theodoro, as cotas não estarão mais restritas às universidades e incluirão ações no mercado de trabalho.

As medidas devem atingir três áreas: educação, trabalho e comunicação e cultura. Na área educacional, a ideia é ampliar o sistema de cotas para todas as universidades públicas federais, inclusive nos cursos de mestrado e doutorado. Já no mercado de trabalho, seriam adotadas ações relativas aos concursos públicos, cargos comissionados e até para as empresas que prestam serviços ao setor público. Na área cultural, há o objetivo de direcionar recursos para a produção de filmes sobre a temática racial.

“Nós temos todo um conjunto de políticas sociais hoje que fazem com que nós tenhamos aumento da renda, redução da pobreza, redução da miséria; mas a redução da desigualdade entre negros e brancos não acontece. As cotas, dentro de um amplo leque de ações que nós chamamos de ações afirmativas, vêm justamente para tentar diminuir essa diferença de qualidade de vida entre população negra e população branca”, disse o secretário, segundo a Agência Câmara, durante audiência pública em Brasília sobre os dez anos de implementação das cotas em universidades do Rio de Janeiro.

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal validou o sistema de cotas raciais nas universidades públicas brasileiras. Foram julgadas três ações referentes à Universidade de Brasília (UnB), ao Programa Universidade Para Todos (ProUni) e à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Por Reinaldo Azevedo

Fonte: VEJA Online