ERA SÓ O QUE FALTAVA.
Governo agora prepara
cotas raciais para o mercado de trabalho, produção cultural, pós-graduação,
cargos comissionados…
O secretário-executivo
da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Mário Lisboa
Theodoro, disse nesta terça-feira que o governo federal está preparando um programa
nacional de ação afirmativa com cotas para negros e que as medidas devem ser
anunciadas ainda neste ano. De acordo com Theodoro, as cotas não estarão mais
restritas às universidades e incluirão ações no mercado de trabalho.
As medidas devem atingir
três áreas: educação, trabalho e comunicação e cultura. Na área educacional, a
ideia é ampliar o sistema de cotas para todas as universidades públicas
federais, inclusive nos cursos de mestrado e doutorado. Já no mercado de
trabalho, seriam adotadas ações relativas aos concursos públicos, cargos
comissionados e até para as empresas que prestam serviços ao setor público. Na
área cultural, há o objetivo de direcionar recursos para a produção de filmes
sobre a temática racial.
“Nós temos todo um
conjunto de políticas sociais hoje que fazem com que nós tenhamos aumento da
renda, redução da pobreza, redução da miséria; mas a redução da desigualdade
entre negros e brancos não acontece. As cotas, dentro de um amplo leque de
ações que nós chamamos de ações afirmativas, vêm justamente para tentar
diminuir essa diferença de qualidade de vida entre população negra e população
branca”, disse o secretário, segundo a Agência Câmara, durante audiência
pública em Brasília sobre os dez anos de implementação das cotas em universidades
do Rio de Janeiro.
Recentemente, o Supremo
Tribunal Federal validou o sistema de cotas raciais nas universidades públicas
brasileiras. Foram julgadas três ações referentes à Universidade de Brasília
(UnB), ao Programa Universidade Para Todos (ProUni) e à Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS).
Por Reinaldo Azevedo
Fonte: VEJA Online
1 comentários:
Realmente, só podia vir de alguém dessa revista hipócrita, que age em função de interesses escusos e sombrios. Nunca dissemos que as cotas são ações eternas, mas se não fosse através das ações afirmativas, nunca teríamos tido um acréscimo considerável no número de negros e indígenas com graduação, no mínimo. Não se vence mais de 500 anos de exclusão do dia para a noite. Só um tolo, arrogante e preconceituoso não enxerga como foi possível sacudir essa balança. Ainda há muito para se fazer, mas os movimentos sociais têm se posicionado a cada dia, na luta por direitos menos desiguais entre brancos, negros e índígenas.
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