O
cérebro é um órgão fantástico e muito misterioso que ainda guarda segredos que
a humanidade não conseguiu decifrar. É possível ficar maluco só de pensar que
todos os nossos pensamentos e sensações não passam de descargas elétricas
minúsculas que alguns cientistas tentam decodificar.
Poderá
o binóculo substituir o Paracetamol?
Sente em frente a uma mesa e, a seguir, esconda o seu braço e mão dentro de uma caixa ou algo semelhante. Depois, posicione a mão de borracha à sua frente, de maneira com que ela pareça ser a mão verdadeira, do seu próprio corpo.
4.
A Ilusão Do Pinóquio
Luz
do Sol e movimento rápidos das mãos pode render alucinações.
Mas
a ciência tem avançado e, recentemente, muitos mitos sobre o cérebro acabaram
caindo por terra. Além disso, é possível “hackear” esse órgão, explorá-lo de
maneira consciente e saudável para que ele possa, por exemplo, ser turbinado. E
como ninguém é de ferro, há também algumas brincadeiras que podem ser feitas
para experimentar sensações estranhas, praticamente alucinógenas.
As
experiências a seguir foram retiradas de uma imagem compartilhada pelo site
Boston.com e, como as descrições estão em inglês, convém detalhá-las de maneira
mais compreensível. Aqui na redação, algumas pessoas testaram o procedimento de
Ganzfeld, mas não chegaram a ver cavalos galopando pelo céu, infelizmente. Se
você testar alguns desses “hacks”, não se esqueça de deixar um comentário
contando como foi.
1. O Experimento Ganzfeld
Bolinhas
de ping pong e ruído branco causam alucinações.
Este
é um procedimento muito curioso e utilizado, principalmente, em pesquisas
parapsicológicas. Por isso, ele tem sido rebatido por céticos do mundo todo.
Mas, independentemente de acreditar ou não em poderes psíquicos, parece comum a
ideia de que não custa nada tentar. Afinal, tudo o que você precisa para
realizá-lo é de um rádio, uma bola de ping pong cortada ao meio e um pouco de
fita adesiva.
Antes
de começar, ligue o rádio sem sintonizar estações, ou seja, deixe que ele emita
o som de “fora do ar”, conhecido como ruído branco. Depois, deite-se em um sofá
ou cama e use as metades das bolinhas de ping pong para cobrir seus olhos,
fixando-as com a fita adesiva.
De
acordo com a descrição do experimento, você deve sentir, dentro de alguns
minutos relaxando nessas condições, uma desorientação sensorial pra lá de
esquisita. Também são frequentes os relatos de alucinações, como cavalos
correndo sobre as nuvens e até mesmo a voz de parentes que já faleceram.
Uma
explicação para isso seria o fato de que a mente humana é “viciada” em
sensações. Dessa forma, quando você se priva dessas sensações com a ajuda do
rádio e da bolinha, o cérebro acaba inventando algumas.
2.
Binóculo, O Novo Analgésico Do Mercado
Recentemente,
cientistas descobriram um novo analgésico. Curiosamente, ele não vem em forma
de pílula ou comprimido, mas é produzido a partir de instrumentos ópticos. De
acordo com uma pesquisa da Universidade de Oxford, a dor pode aumentar ou
diminuir de acordo com o seu ponto de vista. E estamos falando, aqui, de um
ponto de vista literal.
O
fato é que, ao machucar o dedo, por exemplo, você pode sentir um alívio na dor
ao observá-lo com um binóculo invertido, que dá a sensação de afastar o dedo
para longe. Porém, se você usar o binóculo na posição correta, poderá ter a dor
ampliada. E não é apenas um efeito psicológico: de acordo com os médicos, o
binóculo invertido também fez com que o dedo apresentasse um inchaço menor.
3.
O caso da mão de borracha
O
cérebro acaba considerando a mão falsa como real.
Revire
a caixa de brinquedos ou de fantasias do Dia das Bruxas do ano passado e
procure uma mão de borracha realista. Caso tenha encontrado, é hora de um
experimento, no mínimo, agoniante.
Sente em frente a uma mesa e, a seguir, esconda o seu braço e mão dentro de uma caixa ou algo semelhante. Depois, posicione a mão de borracha à sua frente, de maneira com que ela pareça ser a mão verdadeira, do seu próprio corpo.
Depois,
olhando fixamente para a mão de borracha, peça para que seu amigo toque, no
mesmo local, a mão escondida e a que está em seu campo de visão. Depois de
alguns minutos, você passará a achar que o membro falso faz parte do seu corpo.
E para ter certeza disso, combine com o seu amigo, antes, para que, assim que
ele sentir que o nível de realismo passou a ser alto, ele tente esmurrar a mão
falsa ou bater nela com um martelo.
Automaticamente,
você sentirá uma incontrolável vontade de tirar a mão do caminho. Apesar de
falsa, o cérebro começa a achar que aquela é a mão verdadeira e que ela não
deve ser machucada.
E
se o Pinóquio dissesse “meu nariz vai crescer agora”? Seria mentira ou verdade?
Todo
mundo se lembra do Pinóquio, certo? O personagem principal do livro de Carlo
Collodi possuía um problema grave: bastava mentir para que o seu nariz
crescesse muito, denunciando que estava faltando com a verdade. Pois saiba que,
contando uma pequena mentirinha para o nosso cérebro, também podemos ser
Pinóquio por um período curto de tempo.
Para
realizar esse experimento, basta posicionar duas cadeiras em fila, uma em
frente à outra. Sente-se na cadeira de trás e coloque uma venda sobre seus
olhos. Depois, peça para que uma segunda pessoa sente na cadeira da frente.
Assim que estiverem prontas, a pessoa vendada deve tocar o próprio nariz e o
nariz do amigo à frente, suavemente. Ao fazer isso por cerca de um minuto,
muitos entrevistados alegaram que tiveram a sensação de que o nariz deles
estava absurdamente longo.
5. As luzes de Purkinje
Esta
é moleza e, para realizar, você só precisa de um dia ensolarado. Feche os olhos
e incline sua cabeça para encarar o Sol. Depois, mova a sua mão de um lado para
o outro em frente aos seus olhos fechados. Dentro de alguns segundos, você deve
começar a ver algumas imagens que, com o
passar do tempo, passam a ficar mais complexas e intrigantes.
Em
laboratórios, cientistas adaptaram esse experimento com óculos que emitem luzes
a uma frequência determinada e descobriram que o efeito é o mesmo de um curto-circuito
no córtex visual do cérebro. Os efeitos alucinógenos são, mais uma vez, o órgão
mais incrível do corpo humano tentando encontrar algum sentido e realidade nos
estímulos que está recebendo. Bacana, não?
Fonte:
http://super.abril.com.br
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