Livro Primeiras Águas - Poesias

Este é o livro I da série Primeiras Águas.

Campanha Gravatá Eficiente

Fomentando uma nova plataforma de discussão.

A Liberdade das novas idéias começa aqui.

terça-feira, 18 de março de 2014

Alunos evangélicos se recusam a fazer trabalho sobre a cultura afro-brasileira no Amazonas

Representante do Fórum pela Diversidade da OAB/AM

O protesto de um grupo de 13 alunos evangélicos do ensino médio que se recusaram a fazer um trabalho sobre a cultura afro-brasileira gerou polêmica entre os grupos representativos étnicos culturais do Amazonas.

Os estudantes se negaram a defender o projeto interdisciplinar sobre a ‘Preservação da Identidade Étnico-Cultural brasileira’ por entenderem que o trabalho faz apologia ao “satanismo e ao homossexualismo”, proposta que contraria as crenças deles.

Por conta própria e orientados pelos pastores e pais, eles fizeram um projeto sobre as missões evangélicas na África, o que não foi aceito pela escola. Por conta disso, os alunos acamparam na frente da escola, protestando contra o trabalho sobre cultura afro-brasileira, atitude que foi considerada um ato de intolerância étnica e religiosa. “Eles também se recusaram a ler obras como O Guarany, Macunaíma, Casa Grande Senzala, dizendo que os livros falavam sobre homossexualismo”, disse o professor Raimundo Cardoso.

Para os alunos, a questão deve ser encarada pelo lado religioso. “O que tem de errado no projeto são as outras religiões, principalmente o Candomblé e o Espiritismo, e o homossexualismo, que está nas obras literárias. Nós fizemos um projeto baseado na Bíblia”, alegou uma das alunas.


Intolerância gera debate na escola

A polêmica entre os alunos evangélicos e a escola provou a ida de representantes do Fórum Especial de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros do Amazonas, da Ordem dos Advogados do Brasil, secção do Amazonas, e do Ministério Público do Estado.

Para a representante do movimento de entidades de direitos humanos e do Fórum Especial de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros do Amazonas, Rosaly Pinheiro, a problemática ocorrida na escola reflete uma realidade de racismo e intolerância à diversidade. “Nós temos dados de que 39% dos gestores e alunos das escolas são homofóbicos. Essa não pode ser encarada como uma oportunidade para se destacar um fato ruim, mas sim uma oportunidade de se discutir, de uma forma mais ampla essas questões com os alunos”,disse.

Para a representante do Ministério Público, Carmem Arruda,a situação também deve ser encarada como uma oportunidade de esclarecer a comunidade.“É uma chance de discutir a diversidade e uma oportunidade de construirmos uma conscientização junto não apenas aos alunos, mas sim às famílias que serão fazem refletidas junto a comunidade”.


Representante do Fórum pela Diversidade da OAB/AM, Carla Santiago, ressaltou que o episódio não era para ser encarado como um ato que fere os direitos de negros, homossexuais, mas sim um momento de conscientizar os alunos sobre a etnodiversidade. A conversa entre os diversos segmentos envolvidos prometia uma nova rodada, mas até o fechamento desta edição estava mantida a posição da escola de cobrar o trabalho original passado aos alunos pelo professor de História.


FONTE: http://www.acritica.net


O que penso:

Quem conhece minha história profissional sabe que eu nunca fugi de uma boa e proveitosa discussão, um debate onde pudesse levar esclarecimento, crescimento e quebra de paradigmas, nos espaços educacionais. E sabe, também, que paguei um preço muito alto por expressar o que penso e defender, com unhas e dentes, uma escola laica, uma educação livre de preconceitos e pieguismos. Tenho muitas histórias tristes para contar. Algumas delas estão aqui, neste blog. E algumas são recorrentes e muito parecidas com o que aconteceu no Amazonas.

Eu ainda não me acostumei com a ideia de que existem grupos de jovens - reflexo da educação familiar e religiosa que recebem - que se comportam como separatistas, extremistas e preconceituosos, muitas vezes, sem nenhum  conhecimento mais profundo do que defendem, do que vivem.

Sempre se pergunta se o papel da escola é criar cidadãos mais críticos e capazes de filosofar. Sempre respondo que a Escola e todas as crianças e todos os jovens que nela existem, apenas refletem o pensamento familiar e o pensamento dos professores. Em alguns casos, é quase nula a participação do professor na formação moral dos alunos, assim como os valores familiares não mais existem como herança, como hereditariedade. 

Se não entenderam o papel de Mandela, na África do Sul; se não compreenderam o valor da "Não-violência de Gandhi, na Índia, por exemplo, não entenderão as propostas de Jesus. E aí, tudo para. Até minha esperança para.

COMO SERÁ A EDUCAÇÃO BRASILEIRA ATÉ 2028

Daqui a 14 anos, a educação será muito diferente comparado ao que conhecemos hoje.
Confira quais serão as principais mudanças na área até 2028.

Infográfico:



Vários perfis de IES

O papel das instituições de ensino formais vai ser revisto. No futuro haverá instituições de ensino que só vão certificar, instituições de ensino que só vão avaliar e instituições de ensino que só vão disponibilizar o conteúdo. É o que pensa o prof. Dr. Stavros P. Xanthopoylos, vice-diretor do IDE/FGV e vice-presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED). Para ele, haverá mercado para qualquer estratégia, mas “nada vai substituir a interação do aluno com quem é capaz de gerar o conhecimento da humanidade – mesmo que seja em vídeo”.


Todos conectados

Hoje funciona assim: meus alunos, meus professores, meus conteúdo. “No futuro haverá uma matriz que funcionará assim: qualquer aluno e qualquer professor conectados nesse mundo”, aponta Xanthopoylos.


Todo o conteúdo no bolso

Os computadores se tornarão cada vez menores. Será possível levar no bolso todo o conteúdo aprendido graças a um dispositivo com a competência e facilidade de um notebook completo. Além disso, os e-readers serão cada vez mais comuns. Os alunos não terão que levar uma pilha de livros para a aula.


Mais diversão nas salas de aula

Os jogos com experiência de aprendizado serão mais desenvolvidos e completos e, por isso, estudantes sentirão mais prazer na hora de aprender.


Menos livro, mais arquivos compartilhados

Os livros podem ser tornar raros nas instituições de ensino. Os professores devem compartilham arquivos de leitura para que os alunos baixem e acompanhem durante a aula.


Aulas cada vez mais multimídias

A forma com que o conteúdo será transmitido também mudará, já que existirá um número altíssimo de ferramentas multimídias para serem utilizados nas escolas.


Mais sites de educação

O conhecimento não será mais exclusivo. Existirão sites gratuitos para aprender e ensinar, tão completos e eficazes quanto instituições de ensino.


O assunto realmente importa?

Além disso, a educação será mais ligada aos fatos e resultados. Se um assunto não for realmente importante para a formação de um aluno, ele será descartado.

  
Sem matérias fixas

No futuro as matérias fixas podem não mais existir. Na escola, um aluno poderá aprender desde empreendedorismo até intolerância religiosa. Os assuntos que mais interessam aos alunos serão abordados tanto na escola, quanto em casa, já que o ensino à distância está em sua plena forma e o armazenamento em nuvem é utilizado e acessado por todos. O ato de estudar não terá como propósito apenas formar um bom profissional, mas também um cidadão melhor. Por isso, o estudo de raças, desigualdades, pobreza e religiões será muito fácil e livre.

Mais redes de aprendizado

As grandes instituições de ensino se uniram para criar uma grande rede de aprendizado, em que os alunos podem trocar informações e ideias entre si.

Novas experiências de ensino

As experiências de ensino, como jogos, serão tão aprimoradas que há quem diga que os professores não serão mais necessários. Existirão centros de ensino em que profissionais poderão tirar dúvidas e propor exercícios. A ideia de propriedade intelectual será muito mais fraca, já que o conhecimento será aberto para todos.

Big data mais forte na educação

Estará disponível uma tecnologia que pode analisar as reações físicas dos alunos. Se os batimentos cardíacos aumentarem durante uma aula, por exemplo, pode ser que ele está com dificuldade para entender o assunto. Dessa forma, será mais simples saber quais assuntos devem ser revisados.

Um novo modelo de escola

A escola da maneira que conhecemos hoje existirá em menor quantidade, já que muitos alunos estudarão em casa. Novos tipos de certificados irão surgir, já que todo conhecimento será válido e proveitoso. Por fim, a forma com que as pessoas encaram a educação irá mudar: todos terão acesso a informações e poderão desenvolver o conhecimento.



Fonte: Universia Brasil