Buzz
Aldrin, 83 anos, quer que o homem explore Marte até 2040. O astronauta, um dos
tripulantes da Apollo 11 e segundo homem a pisar na lua, em 1969, falou nesta
terça-feira (29) para uma plateia cheia na Campus Party, evento que ocorre até
esta sexta em São Paulo.
“Acredito
que podemos chegar lá entre 2025 e 2040. Humanos precisam explorar, ultrapassar
limites. Precisamos de dinheiro público e cooperação e também de jovens que
estudem ciências, engenharia e artes. Não precisamos apenas de geeks”, disse
Aldrin, dando uma alfinetada no recente corte de recursos para a Nasa.
“Quando
me perguntam por que eu não fui o primeiro a pisar na Lua eu digo que o que
levou Neil (Armstrong, falecido em 2012) a ser o primeiro foi ou por ser o
capitão da missão, ou porque ele mais perto da porta. Mas eu não vou revelar
qual dos dois motivos o levou a sair primeiro”, disse em tom de brincadeira.
O
astronauta acredita que com o envio do jipe-robô Curiosity até Marte a chegada
do homem ao planeta vermelho está ainda mais próxima. “Espero que o Curiosity
dê aos jovens a vontade de explorar o universo”, disse.
Aldrin
contou que voltar a focar sua vida no espaço o ajudou a superar o alcoolismo.
“Quando estava quase decolando para a Lua pensei em como a vida tinha sido boa
e como tudo caminhou para estar no lugar certo e na hora certa. Porém depois
não tinha mais objetivos, constatei que precisava colocar novamente o espaço
como foco da minha vida”, disse.
O
astronauta da Apollo 11 emocionou a plateia, mas o simpático e
indiscutivelmente herói americano causou incômodo ao mencionar ao relacionar o
voo dos irmãos Wright em 1903, e a chegada da Apollo 11 ao solo lunar.
Desde
a vez que os irmãos Wright voaram pela primeira vez em 1903, mesmo ano que a
minha mãe nasceu, até o dia em que eu e Neil pisamos na Lua pela primeira vez
foram só 66 anos”, disse. Aldrin ignorou completamente Santos Dumont e a briga
antiga que envolve brasileiros e americanos sobre o fato de quem foi o primeiro
a voar.
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