Livro Primeiras Águas - Poesias

Este é o livro I da série Primeiras Águas.

Campanha Gravatá Eficiente

Fomentando uma nova plataforma de discussão.

A Liberdade das novas idéias começa aqui.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Com a Palavra: Professor Lucivânio Jatobá


Estimados Colegas Professores e Estudantes de licenciaturas Diversas no Brasil,

É com enorme satisfação que  lhes  encaminho uma notícia há muito esperada por todos aqueles que lecionam no país. Trata-se de um Projeto de Lei da Dep. Federal CIDA BORGHETTI, do PP/PR, que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente e estabelece  punições a alunos infratores.

Tenho mais de 35 anos dedicados  inteiramente ao magistério. Durante esse tempo todo vi diversas realidades no sistema educacional  brasileiro. Nunca observei tantos recursos materiais e financeiros (exceto para salário do professor) como nos últimos 10 a 12 anos, mas a Educação no país nunca esteve tão mal! E por que? 

Alguns motivos, talvez o principais, na minha modesta opinião, residem em três aspectos: 
a) quebra da hierarquia nas escolas, 
b) ausência de disciplina em sala de aula, 
c) inexistência de ordem nas escolas.  

Some-se a isso a  falta de um sistema de punições rígido para os alunos transgressores. Em nenhum país do mundo, praticamente, o sistema educacional abdica de punições; apenas o Brasil resolveu, após 1988, trilhar esse caminho.  No Brasil, os alunos têm todos os direitos do mundo, mas não possuem deveres.  As conseqüências maléficas desse equívoco estão sendo agora observadas, inviabilizando o processo  ensino-aprendizagem.

Todos os dias, os órgãos de imprensa mostram casos de professores sendo espancados violentamente em colégios. Além disso, os docentes são vítimas de assédio moral por parte de alunos indisciplinados, transgressores, em sala de aula e nem ao menos têm o direito de defesa. 

Impossível encaminhar, nos dias atuais, uma aula bem elaborada, cientificamente falando, pois a indisciplina veta qualquer esforço do professor ou da professora. Em face dessa  realidade, muitas pessoas desistem do magistério e, o que é pior, abandonam os cursos de Licenciatura, gerando um já constatado déficit de professores seríssimo no país, conforme a imprensa vêm ressaltando

A deputada CIDA BORGHETTI  resolveu romper com a conivência ,. com o silêncio, ao apresentar um importantíssimo  Projeto de Lei, que mostro a seguir, e que necessita de um amplo, amplo mesmo, apoio de todos os professores e professoras brasileiros que se sentem impotentes diante da escalada de  todo tipo de violência  cometida  contra os docentes no Brasil.

Caso concordem com esse Projeto, por gentileza, divulguem amplamente  esse documento  que lhes envio e manifestem da maneira que achar mais conveniente o apoio, como por exemplo  enviando e-mails e/ou cartas para os demais deputados  do Congresso Nacional.

Peça-lhes, como professores, que apoiem o Projeto de lei da Deputada CIDA BORGHETTI. Não  se pode perder essa rara oportunidade de mudar , para melhor, a Educação em nosso país.

Atenciosamente,
Prof. Lucivânio Jatobá

________________________

PL 267/2011  Projeto de Lei


Situação: Pronta para Pauta na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF)


Identificação da Proposição

Autor
Cida Borghetti - PP/PR

Apresentação
08/02/2011

Ementa

Acrescenta o art. 53-A a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que "dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências", a fim de estabelecer deveres e responsabilidades à criança e ao adolescente estudante.

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino.

Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente.

A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.
Indisciplina

De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição.

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte:

Dualidade Humana: Luz e Sombra




Parte 1: Luz

Narram estudiosos da pintura que depois de terminar o Mural da Santa Ceia, Leonardo da Vinci foi convidado a pintar um quadro que retratasse o Beijo de Judas. Metódico e exigente como deveria ser o maior dos artistas de sua época, da Vinci fez mais de mil estudos para compor esta obra.

Quando lhe encomendaram o Mural da Santa Ceia, Leonardo saiu a procura de um rosto que retratasse Jesus, numa obra que seria considerada uma das mais belas do movimento renascentista de todos os tempos.

Passou anos a procurar alguém que...

1- Retratasse a transparência de um olhar de criança colocada na face de um adulto;
2- Tivesse a energia viril em sua presença sem que isso fosse visto como algo brutal, de uma aparência grotesca de alguém violento;
3- Fosse afável com todos, mas que não se compadecesse da corrupção humana;
4- Com ardor de sua plenitude pudesse sensibilizar as massas.

Por muito tempo visitou seminários, entidades religiosas várias para encontrar o rosto que serviria de modelo que retrataria o rosto do Mestre Jesus. Sua busca, no entanto, foi em vão. Não encontrara ninguém com tais características nestes ambientes nobres.

Já desanimado e sem mais força para procurar, voltava ele para casa, nos arredores de Milão, quando ouviu alguém cantarolando alegremente. Era o som de uma balada popular. As notas musicais saiam de um jovem que trabalhava no solo com seus braços sobre a enxada.

Tinha cabelos loiros penteados pelo vento, um olhar tranquilo de um cordeiro e a pureza de uma criança. Um homem de vinte e poucos anos que semeava a própria terra, como sempre sonhou.

Leonardo acerca-se e percebe haver encontrado o modelo ideal. Conta-lhe do que necessitava, o rapaz aceita e é contratado para servir de modelo para retratar o rosto Daquele que foi o Maior dos homens.

No dia seguinte, como combinado, o jovem se dirigiu a casa do artista onde, em seu atelier, passou dias inteiros sentado para que da Vinci pudesse captar os seus traços, sua pureza da alma e elaborou um estudo fisionômico daquele humilde trabalhador da terra, a fim de concluir o quadro da Santa Ceia.

A obra é concluída e Leonardo da Vinci recebe todos os méritos pela sua arte.

Dez anos se passaram até que foi convidado a fazer o Beijo de Judas.



Parte 2: Sombra

Este quadro, para o artista, seria muito mais simples de se concluir, comparando-o ao quadro da Santa Ceia porque já possuía o estudo do rosto de Jesus. Restava-lhe apenas o rosto de Judas.

E começou o seu estudo...

Como seria o traidor? Seria possível encontrar alguém com aparência tirana e astuta que traiu seu melhor amigo por miseráveis moedas; alguém que beberia da mesma taça da fraternidade e, mais tarde, apunhalasse Àquele que lhe estendia a mão bondosa? Como seria o olhar do traidor da humanidade?

E lá foi Leonardo a procura do rosto do traidor entre as criaturas miseráveis das regiões insalubres de Milão. Visitou bordéis, lugares promíscuos, cadeias, enfim, visitou os lugares mais insólitos onde haviam homens e mulheres entregues ao desregramento moral. E não encontrava o rosto de Judas.

Não bastava ser um rosto sofrido e desfigurado. Precisava do rosto de alguém que:

1- Não tinha coragem de enfrentar o mundo;
2- Cujos olhos deveriam ser inquietos, atormentados;
3- Retratasse o arrependimento, a amargura;
4- Fosse e personificação do conflito interno, da insanidade brutal.

Por mais que procurasse, não encontrava ninguém com todos esses traços fisionômicos do traidor. Virou Milão de cabeça para baixo, cidades vizinhas e nada.

Certo dia recebeu em sua casa a visita de um diretor de presídio que fora lhe encomendar um trabalho. A proposta era retratar todos os rostos dos maiores criminosos que passariam para o registro da história.

Da Vinci pediu uma quantia muito elevada para os padrões do diretor. Mas, por se tratar do maior pintor daquele século e da posteridade, o homem não hesitou em fechar negócio. Leonardo foi levado ao maior cárcere da região, no dia seguinte, para iniciar seu trabalho.

Na manhã do dia seguinte, quando passava por um dos corredores do presídio, ele sentiu subitamente uma estranha sensação. Estava diante de uma cela fétida, imunda, sombria. Aproximou-se da porta de ferro e, através de uma pequena grade, viu alguém de costas, debruçado sobre sua janela gradeada, de onde poderia observar o pátio do presídio.

Leonardo deduziu que naquele homem curvado havia um caráter venal. Bateu na grade para chamar a atenção do homem que ao se virar para ver quem o chamava, foi reconhecido pelo artista: era o modelo para Judas.

Era uma expressão ignóbil de alguém que trairia seu amigo sem pensar; possuía um olhar de labaredas e chamas que pareciam crepitar; a testa enrugada e cheias de sucos formados pelo tempo; os cabelos ao desalinho e a barba enorme; os lábios finos que balbuciavam ritos; as narinas abertas e o peito ofegante de ódio, de insegurança, de temor.

Leonardo quis saber do diretor de quem era o detento e foi informado que se tratava de um dos maiores criminosos que Milão havia conhecido, em todos os tempos. Tratava-se de um latrocida frio e sanguinário. Então, da Vinci disse:

- Tenho uma proposta a fazer-lhe. Eu realizarei a obra que me contrataste gratuitamente, com uma condição: retratar este homem em meu atelier.

E ouviu do diretor:

- Mas se trata do nosso detento mais perigoso. É um criminoso que não permite afrouxarmos as atenções. Ele pode mata-lo apenas com um golpe em seu pescoço. Não posso permitir que ponha em risco a sua segurança e a segurança de todos.

Determinado, Leonardo foi enfático:

 - Se não me for permitido, me recuso a realizar o trabalho que me pedes – redarguiu da Vinci.

E no dia seguinte, cercado por um número considerável de soldados, o homem foi levado ao atelier de da Vinci. Colocado em um anglo próximo a janela, para que pudesse ser retratado entre a luz e a sombra e assim demonstrasse o conflito e a indignidade humana que lhe era peculiar.

Leonardo havia previamente preparado a tela e com a agilidade do grande artista que era, começou a fazer o esboço fisionômico daquele homem que abandonou o menor sinal de humanidade. Passaram-se exatamente dez dias até que num determinado momento, Leonardo notou que aquele rosto já não era mais o mesmo do primeiro dia.

Aquela face de ódio, de temor, de insegurança e fúria foi perdendo expressividade e modificando-se à medida que os dias estavam passando. E Leonardo questionou:

- O que está acontecendo? O que se passa? Eu lhe contratei para retratar a sua hediondez. Onde está a sua fúria, o seu ódio? Onde está sua insegurança, sua desconfiança?

O homem foi dominado pelo pranto sem controle. Depois de alguns instantes curvado, segurando o próprio rosto, ele olha para Leonardo e com a voz tremula pergunta:

- Não me reconhece?

- Claro que não. Eu sou um homem de bem. Não lido com bandidos. Como poderia reconhecê-lo? – respondeu, de pronto, da Vinci.

- Como não? Olhe para mim com mais atenção. O senhor me conhece, sim!

E apontando para um determinado quadro completa:

- Eu sou aquele que lhe emprestou o rosto para retratar Jesus.

Leonardo foi tomado de espanto. Houve um silêncio claustro no ambiente até que o homem continuou falando:

- Quando o senhor me contratou, faz um pouco mais de um decênio, me ofereceu um saco de moedas de ouro. Eu era ingênuo e puro. Eu era uma criança que nunca havia deixado meu recanto. Corrompi-me com as moedas da degradação humana. Eu me entreguei a orgias, experimentei a promiscuidade, me deixei levar pelas sensações e passei a viver em bordéis e em tascas.

Quando o dinheiro acabou e as mulheres loucas me abandonaram, eu comecei a extorquir delas o sangue e a vida. Apaixonei-me por uma meretriz e depois de e tornar um gigolô profissional, acabei matando-a num momento de horror e cacei todos os seus amantes.

Olhe o que o seu dinheiro fez de mim! Transformou-me em um bandido. Mas agora que estou aqui, revendo como era a minha face, como eu era puro e humilde, simples e ingênuo, já não consigo mais retratar o ódio de um bandido encarcerado, que odeia o mundo.


Ao longo daqueles dias, o homem que Leonardo havia contratado para representar a intranquilidade, havia conseguido transparecer e até conquistado para si mesmo, um pouco de serenidade e arrependimento através de seu rosto que há poucos dias transmitia ódio e dor.

E a tela, até hoje, ficou inconclusa porque faltava o ódio e a tragédia do homem que ficou conhecido como o traidor.

_________________
Esta colocação psicológica é um estudo do pensamento para determinar o homem e responder a questões como:
Quem são o homem e a mulher?
Serão eles objetos materiais, transcendentais?
Porque possuem momentos ora de grandezas, ora de degradação?
Porque cria oportunidades de doarem-se a salvar vidas e depois buscam roubar existências que são gratas?
Porque lutam por direitos e esquecem-se, mais tarde, desrespeitam a liberdade de outrem?

Alguém se arrisca a responder?

O célebre Professor e Matemático Júlio César de Melo e Sousa (Malba Taham) escreveu uma bela página que conta a história de dois amigos Mussa e Nagib, que viajavam pelas extensas estradas que circulam as tristes e sombrias montanhas da Pérsia. Ambos se faziam acompanhar de seus ajudantes, servos e caravaneiros.

Chegaram, certa manhã, às margens de um grande rio, barrento e impetuoso, em cujo seio a morte espreitava os mais afoitos e temerários.
Era preciso transpor a corrente ameaçadora. Ao saltar, porém, de uma pedra, o jovem Mussa foi infeliz. Falseando-lhe o pé, precipitou-se no torvelinho espumejante das águas em revolta. Teria ali perecido, arrastado para o abismo, se não fosse Nagib.

Este, sem um instante de hesitação, atirou-se à correnteza e, lutando furiosamente, conseguiu trazer a salvo o companheiro de jornada.

- Que fez Mussa?

Chamou, no mesmo instante, os seus mais hábeis servos e ordenou-lhes gravassem na face mais lisa de uma grande pedra, que perto se erguia, esta legenda admirável:

"Viandante! Neste lugar, durante uma jornada, Nagib salvou, heroicamente, seu amigo Mussa".

Isto feito, prosseguiram com suas caravanas, pelos intérminos caminhos de Allah. Alguns meses depois, de regresso às terras, novamente se viram forçados a atravessar o mesmo rio, naquele mesmo lugar perigoso e trágico.

E, como se sentissem fatigados, resolveram repousar algumas horas à sombra acolhedora do lajedo que ostentava bem no alto a honrosa inscrição. Sentados, pois, na areia clara, puseram-se a conversar.

Eis que, por um motivo fútil, surge, de repente, grave desavença entre os dois companheiros. Discordaram. Discutiram. Nagib, exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou, brutalmente, o amigo.

Que fez Mussa? Que farias tu, em seu lugar?

Mussa não revidou a ofensa. Ergueu-se e, tomando, tranquilo, o seu bastão, escreveu na areia clara, ao pé do negro rochedo:

"Viandante! Neste lugar, durante uma jornada, Nagib, por motivo fútil, injuriou, gravemente, o seu amigo Mussa".

Surpreendido com o estranho proceder, um dos ajudantes de Mussa observou respeitoso:

- Senhor! Da primeira vez, para exaltar a abnegação de Nagib, mandaste gravar, para sempre, na pedra, o feito heroico. E agora, que ele acaba de ofender-vos, tão gravemente, vós vos limitais a escrever na areia incerta, o ato de covardia! A primeira legenda, ó sheik, ficará para sempre.

Todos os que transitarem por este sítio dela terão notícia. Esta outra, porém, riscada no tapete de areia, antes do cair da tarde, terá desaparecido, como um traço de espumas entre as ondas buliçosas do mar.

Respondeu Mussa:

É que o benefício que recebi de Nagib permanecerá, para sempre, em meu coração. Mas a injúria. . . Essa negra injúria... Escrevo-a na areia, com um voto, para que, se depressa daqui se apagar e desaparecer, mais depressa, ainda, desapareça e se apague de minha lembrança!


- Assim é, meu amigo! Aprende a gravar, na pedra, os favores que receberes os benefícios que te fizerem, as palavras de carinho, simpatia e estimulo que ouvires.
Aprende, porém, a escrever, na areia, as injúrias, as ingratidões, as perfídias e as ironias que te ferirem pela estrada agreste da vida.

Aprende a gravar, assim, na pedra; aprende a escrever, assim, na areia... E serás feliz!

___________
Essa é a dicotomia humana que as tradições convencionaram chamar de bem ou mal, luz ou sombra, in ou yang e as tradições religiosas chamam de anjo ou demônio, Deus ou Lúcifer.

O caráter antagônico da Natureza é descrito pela literatura, pela psicologia e pela filosofia. Foi Heráclito quem primeiro descreveu a função reguladora dos contrários, mostrando que, em algum momento, as coisas correm em direção ao seu contrário.

Foi seguindo os caminhos da Natureza que Jung descreveu este mesmo jogo antagônico na psique humana. Demonstrou a inclinação natural da psique de convergir na direção a um Centro - para o si mesmo.

Jung chama a atenção para o perigo de haver identificação com um dos pólos, o que resultaria em doença psíquica. A unilateralidade romperia a tensão necessária para manter o equilíbrio e a saúde psíquica.

O oposto da atitude consciente é a sombra, que, ao ser reprimida, faz pressão para se manifestar. Daí a necessidade de se procurar conectar a força oposta da consciência.

Como acredita Jung, "é no oposto que se acende a chama da vida".

Jung alerta que o confronto com os opostos, e a sua integração, é fundamental para o processo de individuação, para se alcançar a Totalidade, para que o homem se torne um ser, não perfeito, mas mais feliz.

Totalidade inclui reconhecer e aceitar em si, as qualidades que estão em oposição "ao ideal do ego", as qualidades opostas aos valores culturais e morais.

A integração dos opostos é um processo que começa pelo reconhecimento da sombra, ou seja, da parte da personalidade que contém os aspectos primitivos, reprimidos, inadequados aos padrões estéticos e morais de uma cultura.

Tomar consciência da sua sombra é condição "sine qua non" para o indivíduo começar o caminho rumo ao autoconhecimento, rumo à consciência.

O homem que não conhece sua face sombria, é um homem que só conhece uma face de "sua moeda", é um ser unilateral, falsamente iludido sobre sua natureza humana, e, por isso, presa fácil do mal, adepto do recurso de projetar no outro, no mundo, as qualidades que não reconhece em si.

Do ponto de vista conceitual, é Freud quem faz a análise mais profunda da divisão entre o lado luz e o lado sombra da psique humana. Mas é Jung quem dá à sombra uma abordagem mais ampliada.

A cisão entre o lado luz - o Bem - e o lado sombra - o Mal - é evidente e absoluta na tradição judaico cristã.

Originalmente, a tradição cristã reconhecia os opostos que o homem traz em si, conforme as palavras de São Paulo: "Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero".

Essas palavras, revestidas de conhecimento de psicologia humana, revelam que São Paulo sabia que possuía a sombra, e o fato de ter esse conhecimento é que o mantinha íntegro.

Segundo Jung, Criador e criatura deveriam ser uma totalidade, mas devido à cisão perpetuada pelo Cristianismo, surgiu o mundo de luz e o mundo de trevas.

O Taoísmo afirma que tudo é criado pela integração dos opostos (yin-yang) que representam a luz e a sombra, o positivo e o negativo, o bem e o mal.

Estes pares de opostos são pares complementares da Natureza que nunca podem ser separados. São princípios do Universo e toda a Criação está sujeita a este contraponto.

A sombra não é basicamente má. Há grande energia e potencial na porção reprimida. Esta energia precisa ser conectada e amalgamada à personalidade, e não unilateralizada. Porque, tanto para o bem como para o mal, não se deve sucumbir a nenhum dos opostos.

A noção de bem e mal é relativa e fruto de julgamento de valor, portanto subjetiva e passível de contaminação da sombra pessoal.

Sendo assim, o ponto de referência não está nos polos, mas sim, no meio, no equilíbrio.

Se um dia a paz for alcançada, seus promotores não estarão entre as pessoas "que se fizeram santas", mas entre as pessoas que aceitaram sua natureza pecadora com humildade.

A busca da santidade é nefasta também, porque, ao se identificar unilateralmente com sua parte boa, o indivíduo joga-a contra a sua parte oposta.

Sendo um arquétipo, a sombra tem conteúdos afetivos poderosos, com capacidade de autonomia, obsessão e possessividade que lhe dão capacidade de ascendência sobre a estrutura do ego.

A sombra representa o arquétipo do bode expiatório, do ‘outro’, sobre o qual é lançada toda a culpa, toda a maldade do indivíduo que ele não reconhece como sua.

Através do recurso do bode expiatório, o homem nega sua sombra. O bode expiatório presta um serviço ao seu acusador, na medida em que ele carrega para esse, o fardo de sua sombra feia, inadequada ao "padrão de beleza" que o ego idealiza.

A sombra reprimida e relegada ao inconsciente torna-se um potencial de energia, energia essa que vem a tona sob a forma de projeção.

Na projeção a relação com o mundo externo é uma relação revestida de ilusão.

O meio ambiente ganha a configuração que a sombra lhe dá: a maldade, a feiura que o homem não admite como sua, é lançada no ambiente, no outro.

A metade bonita, perfeita, ele abraça como sua, o que resulta num ser dividido, de ego inflado, pretensamente bom.

Um dos prejuízos que a projeção traz é que a pessoa reage ao ódio e violência "que lhe mandam" com mais ódio e violência e o círculo vicioso se forma. A projeção faz surgir, literalmente, no outro e no ambiente, as situações que o indivíduo projeta.

O perdão aos outros é um modo de dizer que já nos aceitamos integralmente, com nossa sombra. O perdão é a própria aceitação da vida como ela é.

Auto perdão é o sacudir da poeira, é a renovação da autoestima e da alegria de viver, é o caminho da integridade e da felicidade.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Contran (Conselho Nacional de Trânsito) desobriga a instalação de placas próximas de radares


Multas por excesso de velocidade poderão ser aplicadas onde não existirem alertas

BRASÍLIA - Sem fazer alarde, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou resolução acabando com a obrigatoriedade de se instalar placas de aviso de controle de velocidade próximas de radares. Desde então, motoristas podem ser multados por excesso de velocidade em qualquer pista, mesmo naquela onde não existem indicações de radares. 


Segundo a assessoria do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), a exigência, que estava em vigor desde 2006, foi derrubada por sugestão da Polícia Rodoviária Federal. A polícia entende que a obrigatoriedade das placas de aviso atrapalha o uso de radares nas rodovias.

O fim das placas de aviso de radares está previsto na resolução 396, publicada no Diário Oficial da União de quinta-feira. Os integrantes do Contran decidiram excluir trecho de deliberação anterior do órgão, que tornava obrigatória "a utilização, ao longo da via em que está instalado o aparelho, equipamento ou qualquer outro meio tecnológico medidor de velocidade, de sinalização vertical". 

A partir daí, os órgãos estaduais de trânsito podem ou não instalar placas de aviso. A medida dependerá dos interesses das administrações locais.

Sem o uso obrigatório das placas, as polícias poderão aumentar a aplicação de multas durante a operação de fiscalização de trânsito iniciada na segunda-feira. A operação, lançada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), deve se prolongar até o carnaval. 

Segundo o Denatran, a PRF já está fazendo fiscalização ostensiva sobre áreas de alta incidência de acidentes nas rodovias federais. A áreas de blitzes foram escolhidas a partir de um mapeamento prévio de pontos críticos nas estradas.

Leia mais sobre esse assunto em 



VAMOS ACEITAR ESSE ABSURDO CALADO? SOMOS ESCRAVOS DESSE PODER?

DESOBEDIÊNCIA CIVIL JÁ!

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ARMAS DE EDUCAÇÃO EM MASSA NA CHINA


Algumas reflexões a partir da leitura de um artigo da VEJA

Por Lucivânio Jatobá

Há uma semana, a revista VEJA, edição 2248, ano 44 - odiada por muitos e admiradas por muitos outros - trouxe um artigo interessante sobre o processo educacional na China, hoje a segunda maior potência do planeta, sob o título “ARMAS DE EDUCAÇÃO EM MASSA”.

Impressiona como avançou a educação naquele país. E a pergunta é então óbvia e necessária: e por que o Brasil que atualmente investe impressionantemente na educação “anda pra trás” nesse setor? 

São vários os motivos:

1- A indisciplina e a quebra da hierarquia nas escolas brasileiras impedem qualquer aula de no máximo média qualidade!  Os professores, além dos baixíssimos salários que recebem por uma jornada de trabalho absurda, sobretudo nas escolas públicas, sentem-se acuados na sala de aula, constantemente ameaçados por alunos, pais de alunos e marginais da comunidade. São frequentes espancamentos de professores nas escolas brasileiras. Impensável tal fato na China. As punições lá são muito severas para casos assim!

2- Na China, ao contrário do Brasil, o mérito é o que importa. No Brasil, o mérito nas escolas foi posto no lixo.  A cor da pele aqui é mais importante do que o mérito.

3- Na China, os professores são valorizados, mesmo ganhando pouco. Os professores são minuciosamente preparados para o exercício da profissão. Não é qualquer um que pode ser professor naquele país.

4- Os professores na China são orientados a exigir o máximo dos seus alunos. No Brasil, exige-se o mínimo...  Para atender apenas a estatísticas de verniz. O aluno chinês tem que se destacar. Estuda a maior parte do dia. É disciplinado em todos os aspectos.

5- As escolas na China são limpas, silenciosas, simples e eficientes. Inclusive nem possuem, em geral, tantos recursos modernos, como datashow, etc. No Brasil, as escolas, sobretudo as da Rede Pública, são pontos de encontro de marginais do bairro. Muitas são imundas e mostram marcas de vandalismo exacerbado de marginais da comunidade.  Durante as aulas, na China, reinam a atenção, o silêncio e a não interrupção do professor por parte do aluno. No Brasil, quando o Estado compra material didático de alto nível, em poucas semanas os marginais roubam descaradamente e fica por isso mesmo.

6- Na China, o Estado- ao contrário da época do fascismo vermelho durante o período de insanidade de Mao Tsé Tung - concentra esforços na técnica, no saber e no pensamento. No Brasil atual, o esforço tem sido mais concentrado na ideologia, em combater o Capitalismo. Eis algumas das razões do sucesso daquele gigante asiático. Lamentavelmente, lá ainda domina um regime ditatorial de Partido Único.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

“O QUE ME PREOCUPA NÃO É O GRITO DOS MAUS, MAS O SILÊNCIO DOS BONS”


Jornalista Reinaldo Azevedo, revista VEJA

Atribui-se a Martin Luther King uma frase de valor inquestionável: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. É exata! É sob o silêncio cúmplice dos decentes que alguns dos maiores crimes acabam sendo perpetrados. Um texto do pastor Niemöller, que cometeu o equívoco de ser simpatizante do nazismo no começo do movimento — e veio a se tornar seu adversário radical, tanto que foi parar num campo de concentração —, expressa esse mesmo valor. É muito citado, mas, com certa freqüência, atribui-se a autoria a Maiakovski ou a Brecht.

“Um dia, vieram e levaram meu vizinho, que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho, que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia, vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram. Já não havia mais ninguém para reclamar.”

Quando os bons se calam, os maus triunfam. Está em curso, vocês já devem ter reparado, uma operação coordenada para destruir a imagem de José Serra. Admire-se ou não o político — sim, estou entre os admiradores e jamais omiti isso —, o fato é que se trata de um dos homens públicos mais preparados do Brasil. Buscam atingi-lo em sua honra pessoal — e a campanha eleitoral demonstrou até que ponto eles podem chegar — e política. Os movimentos podem até ser distintos, mas se conjugam.

Há os que se espojam na lama dos chiqueiros, e, sobre estes, não há o que dizer, entendo, a não ser acionar a Justiça. Não tentem citar o nome dessa canalha aqui. Não há diálogo com porcos. Mas há profissionais cuja trajetória é respeitada por seus pares ao menos — não expresso o meu ponto de vista pessoal — e que podem igualmente perniciosos. A questão é saber com que propósito.

Na Folha de hoje, lê-se o seguinte:


A biografia autorizada da presidente Dilma Rousseff vincula a campanha do ex-adversário José Serra (PSDB) ao envio de e-mails apócrifos com ataques à petista na reta final das eleições de 2010. “A Vida Quer É Coragem”, que chega às livrarias dia 15, liga a artilharia anônima contra a petista aos serviços de Ravi Singh, o “guru indiano” contratado pelo PSDB. Segundo o livro, ele usou o site de Serra para montar um “gigantesco banco de e-mails”, que estaria por trás das mensagens ligando Dilma à defesa do aborto e a ações armadas na ditadura. “Foi pela rede de computadores que os adversários disseminaram os ataques mais baixos e os boatos mais incríveis a respeito de Dilma”, afirma a biografia. “A ferramenta mais primitiva da internet foi a que melhor serviu para disseminar o que havia de mais atrasado politicamente na campanha.” A obra registra que o tucano também recebeu ataques anônimos, mas sustenta que Dilma foi mais prejudicada.


Voltei


Vivemos dias, de fato, do mais absoluto surrealismo político. O livro foi escrito por Ricardo Amaral, que foi assessor de Dilma na Casa Civil e atuou na campanha eleitoral da candidata do PT. Assim, o que se tem acima é uma notícia surgida de uma acusação, SEM PROVAS, feita pela ex-candidata, agora presidente, e redigida por alguém que atuava na campanha. Acima, meus caros, há duas ordens de mentiras: há a mentira factual propriamente, e há uma mais sofisticada, que é o embuste político.


Mentira factual

Todos os jornalistas que cobriram a eleição SABEM — SABEM, MAS VÃO FICAR CALADOS — que as mensagens ligando Dilma à defesa do aborto ANTECEDERAM EM MUITO A CHEGADA DO TAL INDIANO e não tinham nenhuma vinculação com a campanha de Serra. Nasceram de grupos religiosos católicos e evangélicos preocupados —  E COM JUSTEZA QUANDO SE É CRISTÃO — com as opiniões que tinha Dilma sobre o aborto. Ela era franca e abertamente favorável à LEGALIZAÇÃO. Qual é o problema? FHC expressou opinião parecida na sabatina da Folha. Eu, por exemplo, que combatia a opinião dela, também combati a dele.

Todos os jornalistas que cobriram a eleição sabem que, ao contrário do que afirma o assessor de Dilma — ELE É NEUTRO? —, a campanha de Serra procurava era guardar distância daquele movimento, isto sim! Eu, pessoalmente, achei um erro. Estou sendo muito claro! Eu acho que temas de comportamento devem, sim, fazer parte de campanhas. Movimentos antiaborto combatiam a candidata — e faziam muito bem, ora essa! Falo do ponto de vista de quem é contra — como fazem, no mundo inteiro, seus congêneres em períodos eleitorais. Se a eleição tendia a se polarizar entre Serra e Dilma, o natural é que o escolhessem.

Todos os jornalistas que cobriram a eleição sabem que essa história do indiano é uma mentira vergonhosa. Ao contrário: esse sujeito deu alguns pitacos da área de Internet e, segundo testemunharam os repórteres, mais atrapalhou do que ajudou.  Qual é a acusação de Dilma e Amaral? Eles queriam que Serra tivesse colaborado com a campanha da petiosta? Aí diz o “isento biógrafo autorizado”: o tucano também foi alvo, mas foi menos prejudicado. Como ele sabe? Qual é o dado objetivo de que dispõe?


O embuste político

Consta que há esta frase no livro: “A ferramenta mais primitiva da internet foi a que melhor serviu para disseminar o que havia de mais atrasado politicamente na campanha.” Entendo! Avançado, na política, é mentir sobre o “Minha Casa, Minha Vida”, sobre as UPAs, sobre o PAC, sobre a Copa… E o que o senhor Amaral chama de “atrasado”? LÁ VOU EU CONFRONTAR ALGUMAS PESSOAS COM OS FATOS, O QUE COSTUMA DEIXÁ-LAS NERVOSAS.

Em outubro de 2007, Dilma participou de uma sabatina da Folha e defendeu o aborto. O vídeo, vejam vocês, foi retirado do Youtube. Em abril de 2009, deu a mesma opinião numa entrevista à revista Marie Claire, a saber:

MC Uma das bandeiras da Marie Claire é defender a legalização do aborto. Fizemos uma pesquisa com leitoras e 60% delas se posicionaram favoravelmente, mesmo o aborto não sendo uma escolha fácil. O que a senhora pensa sobre isso?

DR -  Abortar não é fácil pra mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização. O aborto é uma questão de saúde pública. Há uma quantidade enorme de mulheres brasileiras que morre porque tenta abortar em condições precárias. Se a gente tratar o assunto de forma séria e respeitosa, evitará toda sorte de preconceitos. Essa é uma questão grave que causa muitos mal-entendidos.

Quanto à luta armada, dizer o quê? Que se saiba, ela não cuidava de fazer omeletes no Colina e na VAR-Palmares. Não que os camaradas mão merecessem…  Ainda que Amaral estivesse dizendo a verdade e que tudo tivesse partido da campanha de Serra, o que ele classfica de “politicamente atrasado”? A VERDADE??? Ou politicamente atrasados são os indivíduos contrários ao aborto, que estariam proibidos de se manifestar?


Que tempos! E a censura


Que tempos estes, não? Estamos proibidos de confrontar os ditos “progressistas” com suas próprias verdades, não é mesmo? Isso é de tal sorte escandaloso que, se vocês se lembrarem, pela primeira vez desde o fim da ditadura, A POLÍCIA SAIU ÀS RUAS PARA PRENDER PESSOAS POR DELITO DE OPINIÃO! E com o aplaudo de amplos setores da imprensa! Pessoas que distribuíam ou portavam aquele panfleto de um setor da Igreja Católica foram PRESAS!!! O texto recomendava que os eleitores não votassem em políticos que defendiam a legalização do aborto. MUITOS “PROGRESSISTAS” DAS REDAÇÕES ACHARAM QUE A APREENSÃO ESTAVA CERTA. AFINAL, AQUELA ERA A OPINIÃO ERRADA, E ELES SÓ DEFENDEM LIBERDADE DE EXPRESSÃO PARA AS PESSOAS QUE TÊM A OPINIÃO… CERTA!


Caminhando para o encerramento

Há um esforço conjugado de duas faces do oficialismo para destruir um político. Por que será que ele incomoda tanto? Nem com mandato está. Numa frente, a do chiqueiro, os porcões se espojam na lama, ESCANCARADAMENTE FINANCIADOS POR ESTATAIS. O dinheiro público está sendo usado para atingir um adversário do governo. É ataque a soldo mesmo, coisa de quadrilha. Putin, na Rússia, precisa descobrir essa tecnologia.

Na outra frente, essa mais higienizada, há coisas como a desse livro. Reitero: trata-se de uma mentira factual. O movimento na Internet — e sei porque, com milhares de leitores, os ecos começaram a chegar aqui bem cedo, via comentários; os próprios petistas o identificaram — criticando Dilma por causa de suas opiniões sobre o aborto nasceu praticamente junto com a sua candidatura. E os jornalistas que cobrem a eleição sabem disso. O tal indiano, que mal teve tempo de dar opiniões e foi logo dispensado, nunca teve nada a ver com isso. Tampouco a campanha de Serra na Intenet. ISSO, DE RESTO, DISTORCE UM FATO OBJETIVO: os católicos e evangélicos de mobilizaram contra a legalização do aborto. Não podem? Essa seria uma opinião errada?

A canalha petralha, esses porcos prestadores de serviço, e uma parte do jornalismo que tem sobre si mesma uma opinião generosa dão Serra como carta fora do baralho. Muito bem. Se é assim, por que essa sanha para destruí-lo? Qual foi o mal mesmo que ele fez ao Brasil?

É inacreditável! Vamos nos lembrar: um bunker, chefiado pelo “consultor” Fernando Pimentel, foi desbaratado quando montava um dossiê criminoso contra Serra. Como prêmio, o “consultor” e “companheiro de armas” ganhou um ministério. Depois, descobriu-se que outra súcia havia invadido o sigilo fiscal de dirigentes tucanos e de membros da família do candidato. Não obstante, os porcos reiteram no crime, financiados com dinheiro público, e Dilma, numa “biografia autorizada”, redigida por um assessor de campanha, acusa, sem provas e contra os fatos, o adversário de “disseminar o que havia de mais atrasado politicamente na campanha.”

Progressista é montar bunker de criminosos para fazer dossiê.
Progressista é invadir sigilo fiscal.
Progressista, enfim, é mentir.


“Um dia, vieram e levaram meu vizinho, que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho, que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia, vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram. Já não havia mais ninguém para reclamar.”