Todos sabem que Secretários Municipais, Diretores Escolares, Diretores de Ensino, Coordenadores, dentre outros cargos comissionados, NÃO SÃO ELEITOS ATRAVÉS DE CONCURSO OU QUAISQUER TIPO DE AVALIAÇÃO PARA QUE SEJAM ADMITIDOS NOS REFERIDOS CARGOS. Portanto, a inteligência e a lógica nos diz que todos estes cargos são DE CUNHO POLÍTICO.
Em Gravatá, desde o início da atual gestão, os antigos “Supervisores” receberam o status de “Coordenadores de Área”, o que considero ter sido muito coerente por parte da Secretaria de Educação e, consequentemente, da Prefeitura de Gravatá. No entanto, o referido rapaz que recebeu a honraria de ser coordenador, jamais disse a que veio e não fez jus ao seu posto transitório.
Vamos aos referidos problemas citados pelo competente coordenador:
a) Nunca, repito NUNCA meus ex-alunos das turmas 7ª “D”, 7ª “C” e 8ª “C” se organizaram contra o meu trabalho. NUNCA. Sempre tivemos, eu e eles, uma relação muito amistosa e informal, onde eu sempre me preocupei em não prejudicá-los com minha faltas. Nunca organizaram um abaixo assinado para ser encaminhado a minha querida Secretaria de Educação.
Eu faltava mesmo. É verdade. Faltei muito. Faltei porque não estava conseguindo conciliar minhas aulas do Estado – no Projeto Travessia – com as aulas do Amenayde. A direção escolar sabia que eu não podia está na escola todos os dias e sempre me apoiou dizendo que eu ao menos aparecesse quando pudesse e que minha esposa (professora Kelia Cruz) nos dias em que eu não pudesse ir, estivesse presente para não prejudicar os alunos. Foi um acordo entre Direção Escolar e Professor. NUNCA FIZ NADA ESCONDIDO NEM SEM JUSTIFICATIVA. A promessa me foi dada que tudo seria resolvido da melhor forma. E EU ACREDITEI.
b) O competente coordenador e a sua colega (quem diria não é colega? Até você?! Lembra de todas as coisas que me confessou naquele dia em que fizemos um tour por Gravatá?) esqueceram de registrar no seu texto que minhas aulas no Amenayde eram nas quintas e sextas-feiras. Se qualquer curioso olhar as cadernetas dos colegas que trabalhavam nos mesmos dias que eu, verá que uma considerável quantidade aulas foram tiradas dos alunos por motivos vários. Alguns, de ordem irrelevante. E porque ninguém é responsabilizado por negar o direito dos alunos terem aula, mediante situações menos importantes? E por que só as minhas estariam erradas? Me perguntem pessoalmente que eu explico.
c) Nunca fiz prova escrita. É verdade. Mas, qual é o meu crime por isso? Desde o começo do ano, minha didática com meus alunos foi de apresentar os temas que eu coloquei no meu planejamento (já que o competente coordenador nunca apareceu nem na escola nem nas capacitações para apresentar sequer uma folha com algum conteúdo).
d) Quanto aos registros de aulas em dias em que eu não apareci na escola, eu desafio um professor que nunca tenha feito isso. É inclusive prática no final de ano entre os professores, inventar aulas simplesmente para completar os 200 dias letivos, como pede o registro legal. Só minhas cadernetas estavam erradas? Eu o fiz porque apenas pensei no bom andamento dos trabalhos e não acho nada demais isso acontecer comigo e com outros colegas, porque nós sabemos que nunca bate as datas e as quantidades de aulas em seus dias letivos.
e) Com relação aos temas registrados, onde o competente coordenador diz que eu registrei temas que cabem para turmas de terceira e quarta séries, eu gostaria de exemplificar ao desatento e ao leigo, que alguns temas se seguem ao longo do Ensino Fundamental. Exemplo: quando vamos estudar localização, pontos cardeais e colaterais, coordenadas geográfica, dentre outros, são estudados em diversas séries do Fundamental e Ensino Médio.
f) O professor é livre para dar a nota que achar coerente para os alunos, de acordo com as avaliações que faz de cada produção pessoal. Repito, eu não sou hipócrita em atribuir uma nota por cara ou inventar ao bel prazer um valor qualquer. Como eu não estive presente em 100% das aulas, não poderia fazer exigência alguma, correndo o risco de ser injusto.
O que me levou a escrever o texto em que o competente coordenador se sentiu ofendido, é resultado de uma grande revolta. Coloquem-se no meu lugar. Você chega na sua escola e fica sabendo através dos próprios alunos, que um rapaz entra nas suas salas acompanhado da direção escolar (que me doeu muito mais), com um papel na mão e sugerindo que eles assinassem um papel confirmando que eu não estava apto a ser professor.
Todas estas informações já foram expostas ao departamento jurídico da Secretaria, que, infelizmente, não conhecia a minha versão; mas, Graças a Deus, pela forma humana, profissional e ética daquela equipe conduziu as apurações, os fatos ganharam duas versões e foi encerrado o caso.
Tive sempre a preocupação de não citar nomes de ninguém. Nunca deixei que meus propósitos ficassem isentos de cuidado e ética. E tudo que escrevo, quem me conhece sabe, partem da razão e de um sentimento que me move: justiça. Quem conhece toda essa história faz a mesma pergunta, junto comigo: - Por que tudo isso está acontecendo? Há quem me diga que tudo não passa de inveja. Outros me falam de sentimentos que prefiro não acreditar. E eu não sei, sinceramente, o que foi que eu fiz contra o competente coordenador que me persegue desde o início da nova gestão.
Você, caro leitor, quer saber quem eu sou, enquanto pessoa e profissional? Converse apenas com a minha Diretora Escolar, com a vice-direção e com os colegas de trabalho que convivem comigo todas as tardes. Por eles aceito ser avaliado, porque me conhecem profissionalmente.
Querem saber quem é o competente coordenador? Converse com as pessoas que trabalham diretamente com ele ou, façam melhor, compareçam às reuniões e capacitações que temos durante o ano. Saberão que, por ele ser de cargo político e não de cargo seletivo, não foi, não é e não será avaliado seu trabalho, como eu fui.
Querem analisar meus textos onde sempre defendo minhas idéias, sem fazer panelinha, conchavos ou fofocas? A vontade! Todos sabem o que penso e, às vezes, me torno até previsível por isso, mas nunca levarei nome de dissimulado, falso ou sepulcro caiado. Se alguma vez citaram meu nome para ocupar cargo comissionado, não foi por cooptação, preço político ou organizações fascistas, que diz está com um líder, mas, serve a outro, sem imaginar que toda máscara cai com o tempo.
Por fim, quero destacar cinco palavras registradas pelo competente coordenador, que são: moral, profissionalismo, zelo, responsabilidade e injustiça. Moral para escrever eu como escrevo, eu sempre tive. Sou uma pessoa totalmente resolvida em todos os aspectos da minha vida. Só eu e Deus sabemos o quanto eu caminhei para chegar até aqui e me resolver enquanto pessoa e profissional. A duras penas, aprendi a agir com profissionalismo, zelando pela minha história, agindo e assumindo tudo com responsabilidade e de voz ativa contra qualquer tipo de injustiça. Assim fala a minha história.
E é em nome dela, em nome da minha família e de todo o apoio e solidariedade que ganhei nesse processo todo de colegas professores e amigos, que afirmo: não me arrependo de nenhuma palavra do que eu disse no texto publicado em dezembro e reafirmo que apenas quero viver em paz, trabalhando com amor a Educação. Mas, aviso, o meu amor não é de cordeiro abatido. Sou lobo que morre defendendo seu território ideológico.
Vou repetir:
Se lá você tem ouvidos que seguem a brincadeira do telefone sem fio. Aqui, onde eu estou, tenho satélites altamente atualizados. Apesar de tudo, peço desculpas publicamente por tê-lo chamado de INCOMPENTENTE, (porque eu sou um homem que sabe admitir que erra, quando erra). Mas, no resto, você não merece mais o meu respeito.
Agradecimentos:
Ao blog do Castanha, por ter cedido espaços para todos nós colocarmos as versões pessoais. Umas supostamente justas e outras verdadeiramente claras.
À Secretaria de Educação e o seu Departamento Jurídico, nas pessoas das senhoras Ana Maria e Maria da Paz que conduziram o caso com muita flexibilidade, manejo, educação, fineza, transparência e, acima de tudo, justiça.
Aos meus colegas e amigos professores que estiveram sempre me apoiando, solidarizando e contribuindo para que a minha paz profissional e que minha honra pessoal fosse mantida sem amassos.
E como sempre, me disponibilizo para qualquer esclarecimento, com todo gosto. E registro, para a tristeza de alguns: tudo isso só meu deu mais sede e coragem para lutar por um lugar que me é de direito.