Livro Primeiras Águas - Poesias

Este é o livro I da série Primeiras Águas.

Campanha Gravatá Eficiente

Fomentando uma nova plataforma de discussão.

A Liberdade das novas idéias começa aqui.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

RESPOSTA

Meus amigos e leitores,
Como eu já estava esperando (haja visto fui antecipadamente avisado), li hoje a tarde o texto enviado ao blog do castanha falando dos fatos que ocorreram ano passado com a minha vida profissional. Degustei cada palavra dita com calma e montei a minha resposta. Assim que terminei, enviei a Castanha a solicitação da tréplica, mas ele até este horário (23:50h) não me respostou assinalando o meu direito de resposta.
Contrariando aos conselhos de algumas pessoas, resolvi encarar o caso como sempre faço, escrevendo do ponto de vista racional e colocando para todos que visitam este blog, a verdade dos fatos. Inclusive, gostaria de deixar bem claro, não estou me justificando perante gente que me mandou emails afrontando o meu caráter. Mas, faço questão, pela história que tenho no meio educacional e social, de explicar àqueles que me são caros para saberem o que de fato ocorreu.
Vamos por partes, parágrafo por parágrafo:


Todos sabem que Secretários Municipais, Diretores Escolares, Diretores de Ensino, Coordenadores, dentre outros cargos comissionados, NÃO SÃO ELEITOS ATRAVÉS DE CONCURSO OU QUAISQUER TIPO DE AVALIAÇÃO PARA QUE SEJAM ADMITIDOS NOS REFERIDOS CARGOS. Portanto, a inteligência e a lógica nos diz que todos estes cargos são DE CUNHO POLÍTICO.

Em Gravatá, desde o início da atual gestão, os antigos “Supervisores” receberam o status de “Coordenadores de Área”, o que considero ter sido muito coerente por parte da Secretaria de Educação e, consequentemente, da Prefeitura de Gravatá. No entanto, o referido rapaz que recebeu a honraria de ser coordenador, jamais disse a que veio e não fez jus ao seu posto transitório.


Vamos aos referidos problemas citados pelo competente coordenador:


a) Nunca, repito NUNCA meus ex-alunos das turmas 7ª “D”, 7ª “C” e 8ª “C” se organizaram contra o meu trabalho. NUNCA. Sempre tivemos, eu e eles, uma relação muito amistosa e informal, onde eu sempre me preocupei em não prejudicá-los com minha faltas. Nunca organizaram um abaixo assinado para ser encaminhado a minha querida Secretaria de Educação.
E o que aconteceu realmente?
Quem conhece um pouco de História, recorda-se que a ditadura forçava, conduzia, induzia muitos dos seus condenados a ASSINAREM crimes que não cometeram. Um grupo de alunos ligaram para mim e avisaram que o competente coordenador esteve nas minhas salas, num dia em que eu não estava na escola, e praticamente SUGERIU, INDIZIU, CONDIZIU os alunos a assinarem um documento onde eles pediam o meu afastamento por eu ser um professor que faltava muito.

Eu faltava mesmo. É verdade. Faltei muito. Faltei porque não estava conseguindo conciliar minhas aulas do Estado – no Projeto Travessia – com as aulas do Amenayde. A direção escolar sabia que eu não podia está na escola todos os dias e sempre me apoiou dizendo que eu ao menos aparecesse quando pudesse e que minha esposa (professora Kelia Cruz) nos dias em que eu não pudesse ir, estivesse presente para não prejudicar os alunos. Foi um acordo entre Direção Escolar e Professor. NUNCA FIZ NADA ESCONDIDO NEM SEM JUSTIFICATIVA. A promessa me foi dada que tudo seria resolvido da melhor forma. E EU ACREDITEI.
Nesse ínterim, solicitei que minhas aulas fossem transferidas para a Escola Cônego Eugênio Vilanova (onde trabalho a tarde) e prometeram resolver. Essa situação se arrastou até o final do ano quando o competente coordenador aproveitou-se da minha ausência e fez o que fez, e, sem nunca ter feito jus ao seu cargo político, sem nunca ter ido na sala para saber do que eu precisava enquanto professor, agiu como inquisitor. O competente coordenador foi, para mim, um sujeito oculto. De repente, não mais que de repente, me aparece nas salas para me perseguir. A troco de quê? Por quê? Me perguntem pessoalmente que eu explico.

b) O competente coordenador e a sua colega (quem diria não é colega? Até você?! Lembra de todas as coisas que me confessou naquele dia em que fizemos um tour por Gravatá?) esqueceram de registrar no seu texto que minhas aulas no Amenayde eram nas quintas e sextas-feiras. Se qualquer curioso olhar as cadernetas dos colegas que trabalhavam nos mesmos dias que eu, verá que uma considerável quantidade aulas foram tiradas dos alunos por motivos vários. Alguns, de ordem irrelevante. E porque ninguém é responsabilizado por negar o direito dos alunos terem aula, mediante situações menos importantes? E por que só as minhas estariam erradas? Me perguntem pessoalmente que eu explico.

c) Nunca fiz prova escrita. É verdade. Mas, qual é o meu crime por isso? Desde o começo do ano, minha didática com meus alunos foi de apresentar os temas que eu coloquei no meu planejamento (já que o competente coordenador nunca apareceu nem na escola nem nas capacitações para apresentar sequer uma folha com algum conteúdo).
Após expor os assuntos organizados por mim, eu solicitava aos alunos, de todas as turmas, um relatório onde eu pudesse avaliar o entendimento e o desenvolvimento de cada um. E todos estes trabalhos e relatórios estão sob minha tutela para quem quiser ver, com data e nome do aluno.
Eu não seria hipócrita de marcar uma prova com temas do livro didático, fazer um exercício decoreba e aplicá-lo em prova que não prova nada – como muita gente faz. Engraçado é que meus alunos que foram alunos do competente coordenador, no ano de 2008, faziam questão de me dizer que o rapaz não ensinava nada. Eu sempre respondia que não vivo do passado e não quero ser comparado com um melhor ou pior do que eu. Quero ser avaliado pelo que faço, sem medo e não condenar ninguém, até porque eu vivo minha vida e a vida do outro não me interessa.

d) Quanto aos registros de aulas em dias em que eu não apareci na escola, eu desafio um professor que nunca tenha feito isso. É inclusive prática no final de ano entre os professores, inventar aulas simplesmente para completar os 200 dias letivos, como pede o registro legal. Só minhas cadernetas estavam erradas? Eu o fiz porque apenas pensei no bom andamento dos trabalhos e não acho nada demais isso acontecer comigo e com outros colegas, porque nós sabemos que nunca bate as datas e as quantidades de aulas em seus dias letivos.

e) Com relação aos temas registrados, onde o competente coordenador diz que eu registrei temas que cabem para turmas de terceira e quarta séries, eu gostaria de exemplificar ao desatento e ao leigo, que alguns temas se seguem ao longo do Ensino Fundamental. Exemplo: quando vamos estudar localização, pontos cardeais e colaterais, coordenadas geográfica, dentre outros, são estudados em diversas séries do Fundamental e Ensino Médio.
Pior do que isso é não ensinar absolutamente nada e criar um lindo planejamento. Infelizmente eu não tenho acesso a estes documentos, tampouco sou de está vasculhando a vida alheia, procurando chifre em cabeça de cavalo. Os temas que eu dei estão todos transformados em relatórios feitos pelos meus alunos.

f) O professor é livre para dar a nota que achar coerente para os alunos, de acordo com as avaliações que faz de cada produção pessoal. Repito, eu não sou hipócrita em atribuir uma nota por cara ou inventar ao bel prazer um valor qualquer. Como eu não estive presente em 100% das aulas, não poderia fazer exigência alguma, correndo o risco de ser injusto.
O que fiz? Atribuí notas médias de 6.0 e 7.0 pontos de acordo com os trabalhos que tenho em mãos. Todos foram aprovados, ninguém foi injustiçado. Isso é o que importa. Desde o começo do ano letivo, eu dei a minha palavra a eles que não seriam prejudicados. E não foram, apesar de tudo.

O que me levou a escrever o texto em que o competente coordenador se sentiu ofendido, é resultado de uma grande revolta. Coloquem-se no meu lugar. Você chega na sua escola e fica sabendo através dos próprios alunos, que um rapaz entra nas suas salas acompanhado da direção escolar (que me doeu muito mais), com um papel na mão e sugerindo que eles assinassem um papel confirmando que eu não estava apto a ser professor.
E tudo isso nos dias finais do ano letivo, onde a escola já estava ciente da situação e resolvido o impasse e até porque eu já havia solicitado a transferência de minhas aulas para uma única escola, onde sou feliz e respeitado.
Eu não poderia ter outro sentimento senão o de revolta, de me sentir traído, porque este competente coordenador não se fez presente no meu trabalho, me auxiliando, participando e cumprindo com seu real dever profissional. Se o tivesse feito, tudo isso não teria acontecido. Mas ele insiste em me odiar, perseguir gratuitamente. Por quê? Eu respondo pessoalmente.

Todas estas informações já foram expostas ao departamento jurídico da Secretaria, que, infelizmente, não conhecia a minha versão; mas, Graças a Deus, pela forma humana, profissional e ética daquela equipe conduziu as apurações, os fatos ganharam duas versões e foi encerrado o caso.

Tive sempre a preocupação de não citar nomes de ninguém. Nunca deixei que meus propósitos ficassem isentos de cuidado e ética. E tudo que escrevo, quem me conhece sabe, partem da razão e de um sentimento que me move: justiça. Quem conhece toda essa história faz a mesma pergunta, junto comigo: - Por que tudo isso está acontecendo? Há quem me diga que tudo não passa de inveja. Outros me falam de sentimentos que prefiro não acreditar. E eu não sei, sinceramente, o que foi que eu fiz contra o competente coordenador que me persegue desde o início da nova gestão.

Você, caro leitor, quer saber quem eu sou, enquanto pessoa e profissional? Converse apenas com a minha Diretora Escolar, com a vice-direção e com os colegas de trabalho que convivem comigo todas as tardes. Por eles aceito ser avaliado, porque me conhecem profissionalmente.


Querem saber quem é o competente coordenador? Converse com as pessoas que trabalham diretamente com ele ou, façam melhor, compareçam às reuniões e capacitações que temos durante o ano. Saberão que, por ele ser de cargo político e não de cargo seletivo, não foi, não é e não será avaliado seu trabalho, como eu fui.


Querem analisar meus textos onde sempre defendo minhas idéias, sem fazer panelinha, conchavos ou fofocas? A vontade! Todos sabem o que penso e, às vezes, me torno até previsível por isso, mas nunca levarei nome de dissimulado, falso ou sepulcro caiado. Se alguma vez citaram meu nome para ocupar cargo comissionado, não foi por cooptação, preço político ou organizações fascistas, que diz está com um líder, mas, serve a outro, sem imaginar que toda máscara cai com o tempo.

Por fim, quero destacar cinco palavras registradas pelo competente coordenador, que são: moral, profissionalismo, zelo, responsabilidade e injustiça. Moral para escrever eu como escrevo, eu sempre tive. Sou uma pessoa totalmente resolvida em todos os aspectos da minha vida. Só eu e Deus sabemos o quanto eu caminhei para chegar até aqui e me resolver enquanto pessoa e profissional. A duras penas, aprendi a agir com profissionalismo, zelando pela minha história, agindo e assumindo tudo com responsabilidade e de voz ativa contra qualquer tipo de injustiça. Assim fala a minha história.

E é em nome dela, em nome da minha família e de todo o apoio e solidariedade que ganhei nesse processo todo de colegas professores e amigos, que afirmo: não me arrependo de nenhuma palavra do que eu disse no texto publicado em dezembro e reafirmo que apenas quero viver em paz, trabalhando com amor a Educação. Mas, aviso, o meu amor não é de cordeiro abatido. Sou lobo que morre defendendo seu território ideológico.

Vou repetir:
Por mim e pelo departamento jurídico da Educação, o caso já estava esclarecido e encerrado. Mas, se por algum acaso, o meu nome for citado novamente como foi, se minha vida profissional for colocada em cheque por quem nada fez a não ser colocar a camisa que lhe é conveniente, saibam todos que não titubearei em revelar nomes e fatos que envergonharão a muitos, numa próxima oportunidade.

Se lá você tem ouvidos que seguem a brincadeira do telefone sem fio. Aqui, onde eu estou, tenho satélites altamente atualizados. Apesar de tudo, peço desculpas publicamente por tê-lo chamado de INCOMPENTENTE, (porque eu sou um homem que sabe admitir que erra, quando erra). Mas, no resto, você não merece mais o meu respeito.

Agradecimentos:

Ao blog do Castanha, por ter cedido espaços para todos nós colocarmos as versões pessoais. Umas supostamente justas e outras verdadeiramente claras.

À Secretaria de Educação e o seu Departamento Jurídico, nas pessoas das senhoras Ana Maria e Maria da Paz que conduziram o caso com muita flexibilidade, manejo, educação, fineza, transparência e, acima de tudo, justiça.

Aos meus colegas e amigos professores que estiveram sempre me apoiando, solidarizando e contribuindo para que a minha paz profissional e que minha honra pessoal fosse mantida sem amassos.

E como sempre, me disponibilizo para qualquer esclarecimento, com todo gosto. E registro, para a tristeza de alguns: tudo isso só meu deu mais sede e coragem para lutar por um lugar que me é de direito.

HERBERT MAIA, FELIZ ANIVERSÁRIO


Quando Deus criou os amigos, fez pensando em que tivéssemos a possibilidade de ter um ser querido no qual pudéssemos confiar. Sabia que nele encontraríamos uma pessoa de nobres sentimentos disposto a brindar em todo momento o melhor de si mesmo.


Alguém com quem pudéssemos desfrutar nossos sucessos e compartilhar nossos fracassos. Mas que ao final de cada trecho percorrido, não houvesse rivalidade, mas sim um laço de carinho que nos impulsionasse a caminhar juntos, sempre.

Me faltam as palavras quando o assunto é demonstração de carinho, afeto, respeito, admiração; quando tenho que externar as minhas mais nobres emoções; quando tenho que falar para um homem tão nobre e tão raro nos dias atuais. Então, sem querer me esforçar muito, resolvi escrever esta canção para dedicar a você, amigo Herbert, em homenagem ao seu dia:


Canção Da América

Composição: Fernando Brant e Milton Nascimento


Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir

Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou

Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

2010 - Ano Internacional da Biodiversidade




Em 2010 foi declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) o Ano Internacional da Biodiversidade (AIB) A temática é “A biodiversidade é a vida. A biodiversidade é a nossa vida”.

O lançamento oficial realizou-se no dia 11 de Janeiro em Berlim.


"O mundo ainda está pouco familiarizado com o papel vital que a biodiversidade desempenha no bem-estar humano e na manutenção do planeta. Um dos objetivos da celebração é contribuir de forma abrangente no combate às causas da erosão e perda de biodiversidade por falta de desenvolvimento sustentável. A ONU alerta que esses problemas são centrais na definição para uma nova abordagem de conservação"


Vários países do mundo celebram com múltiplas iniciativas este ano como o Brasil, Uruguai, Colômbia, Panamá, Estados Unidos, Canadá, Espanha, França, Alemanha, Itália, Noruega, Eslovénia, Namíbia, Gabão, Quénia, Costa do Marfim, Egipto, África do Sul, Japão, China, India, Qatar, Cambodja, Malásia, Nova Zelândia


Vários eventos vão marcar o calendário em 2010 neste âmbito:

Em 6 e 7 de Janeiro, em Curitiba, Brasil, o 2º "Curitiba Meeting on Cities and Biodiversity"
Em 11 de Janeiro, em Berlim, lançamento oficial do Ano Internacional da Biodiversidade
Em 21 e 22 de Janeiro em Paris realizar-se-ão palestras com especialistas e representantes de agências da ONU, e a abertura de uma exposição "UNESCO Biodiversity Exhibition"
De 25 a 29 de Janeiro, em Paris, realizar-se-á a "UNESCO Scientific Conference"
De 1 a 5 de Fevereiro, em Trondheim (Noruega) a 6ª "Trondheim Conference on Biodiversity"
Em 22 de Maio, em vários pontos do globo, celebra-se o Dia Internacional da Biodiversidade
Em 20 Setembro, em Nova Iorque, terá lugar a Assembleia Geral das Nações Unidas tendo por tema a Biodiversidade.
De 11 a 15 de Outubro, em Aichi-Nagoya (Japão), a ANIEC 2010 sobre a temática da Biodiversidade
De 11 a 12 de Dezembro, em Kanzawa (Japão) encerramento do "Ano Internacional da Biodiversidade" e lançamento do "Ano Internacional das Florestas - 2011"
Em Portugal será criado brevemente uma Comissão para o Ano Internacional da Biodiversidade, presidida pelo Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB)



Website do Museu de História Natural dos EUA sobre o Ano Internacional da Biodiversidade:

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ABSURDO: KASSAB CASSADO?


O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), que teve o mandato cassado em primeira instância na Justiça Eleitoral, manteve ontem sua agenda normal e disse que recorrerá da sentença sem deixar o cargo.

A decisão foi tomada quinta-feira pelo juiz Aloisio Silveira, da 1 Zona Eleitoral de São Paulo, e será publicada no Diário Oficial de amanhã, quando passa a contar o prazo de três dias para o recurso ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Mas a defesa de Kassab disse que ainda hoje recorrerá

Segundo o juiz Aloisio Silveira, Kassab recebeu 33% de suas doações de campanha em 2008 de fontes consideradas ilegais pelo Ministério Público: concessionárias do serviço público ou de empresas ligadas a elas, e de sindicatos.

Entre esses doadores está a Associação Imobiliária Brasileira (AIB), ligada ao Secovi-SP, o sindicato das construtoras. O critério do juiz foi condenar quem recebeu mais de 20% de doações ilegais. A sentença também atinge a vice-prefeita, Alda Marco Antônio (PMDB-SP), e nove vereadores e suplentes pelo mesmo motivo.

Ontem, Kassab visitou dois parques pela manhã. Indagado já na primeira escala sobre a decisão judicial, ele negou as acusações.

— Nossa campanha foi feita corretamente, em todas as suas ações. Evidentemente, agora nossos advogados terão oportunidade de expor tudo o que foi feito mais uma vez. Nossas contas já foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e, mais uma vez, será demonstrada a correção da campanha — disse Kassab.

Cauteloso, evitou críticas diretas à sentença, que, por ser de primeira instância, ainda permite recurso ao TRE. Se confirmada, além de cassar os mandatos dos implicados, os torna inelegíveis por três anos.

— Estou confiante na Justiça, como sempre confiei. Tenho respeito pela Justiça, não seria leviano a ponto de afirmar que ela está equivocada — afirmou Kassab.

O prefeito disse ainda que nas últimas eleições, de vereadores à Presidência da República, foram realizados procedimentos semelhantes, todos aprovados pela Justiça.

A defesa de Kassab também negou, por meio de nota à imprensa, que o prefeito tenha cometido irregularidades e informou que vai recorrer.

"As contribuições foram feitas seguindo estritamente os mandamentos da lei — que é a mesma desde 1997 — e já foram analisadas e aprovadas sem ressalvas pela Justiça Eleitoral", diz um trecho da nota.

Ainda segundo a defesa de Kassab, a decisão "causa perplexidade e insegurança jurídica", uma vez que contraria jurisprudência do TRE e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O advogado de Kassab, Ricardo Penteado, que também defende a vice, Alda Marca Antônio, afirmou que não vai esperar a publicação da sentença para recorrer. Hoje mesmo ele já deve entrar com recurso no TRE.

— Não se alteram as regras de uma eleição assim. E, como não houve nenhuma mudança, fica valendo a lei de 1997, que regulou todas as eleições desde então, permitindo doações das mesmas fontes que agora se quer vetar — afirmou Penteado.


domingo, 21 de fevereiro de 2010

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo.
O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas.

Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem.

Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas.

O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco.

Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona.

Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro.

Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo.

Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros.

Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás, não se importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor.
E só o amor faz o bobo.

Eu sei, mas não devia - um poema de Marina Colasanti




EU SEI QUE A GENTE SE ACOSTUMA. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos
E a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor.




E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz.
E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.


A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado.
A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá pra almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.


A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.
E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos.
E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz,
Aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.


A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a ganhar menos do que precisa.
E a fazer filas para pagar.

E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.


A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes.
A abrir as revistas e a ver anúncios.
A ligar a televisão e a ver comerciais.
A ir ao cinema e engolir publicidade.
A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição.


As salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
A luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias da água potável.
A contaminação da água do mar.
A lenta morte dos rios.


Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer.


Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui,
um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.
Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo
E ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.


A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se
Da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta,
De tanto acostumar, se perde de si mesma

Campanha Mundial contra a Discriminação Racial



Este cartaz saiu da Espanha e está rodando o mundo (traduzido). Muito bom para chacoalhar os países que estão discriminando estrangeiros, mas bom também para todo mundo, para uma reflexão sobre nossos preconceitos, nossas escolhas e nossas rejeições...!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

"Foda-se"

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional a quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta.

"Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!" O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Os palavrões não nasceram por acaso.

São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.

"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende? No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!".
O "Não, não e não!" e tampouco e nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem. O "Nem fodendo!" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida.
Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional.

Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PHD porra nenhuma!" ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e mais recentemente o "prepone" - presidente de porra nenhuma.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou seu correlato "Pu-ta-que-o-pa-riu!!!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega!

Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios. E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!".

E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?
Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ou vê uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala?

"Fodeu de vez!".
Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!!!

Millôr Fernandes.

Os meus extremos



Minha vida é pêndulo.
Oscilo entre o bem que desejo e o mal que rechaço.
Sei que minhas sombras não são todas ruins e minhas luzes não são todas boas.


Minha vida é sístole e diástole, fluxo e refluxo.
No vai-e-vem de minhas emoções choro e rio, fico e vou.
Não receio mostrar covardia e hesito nas coragens.


Minha vida é dança na encosta do abismo. Prestes a despencar, no limite do perigo, corro o risco de tornar-me o fiasco do milênio. Mesmo assim, jogo e aposto atrevidamente.
Mesmo sabendo que posso ferir-me, enfrento a corda bamba.


Minha vida é estrada esburacada. Nos solavancos das crateras que se abriram pelo caminho, tento aprumar-me.
Não quero perder a direção. Vou por trilhas menos pavimentadas, mas vez por outra, cansado, prefiro cortar caminho.


Minha vida é simultaneidade de satisfação e fome.
Os desejos cumpridos deixam sobra, um resíduo, de desprazer.
Porém, por mais que as inadequações se mostrem onipresentes, celebro contente a minha sorte.


Minha vida é, ao mesmo tempo, vitrine e caverna.
Convivo com plataformas e microfones. Falo para platéias.
Sou fascinado por silêncios, por alcovas.
Audaz com multidões e tímido com pessoas, opto por poucas palavras. Mas, dou a mão à palmatória, falo pelos cotovelos.


Minha vida é mescla de certeza e imprecisão.
As dúvidas não me abalam, mas as certezas me confundem.
Gosto de questionar e não tenho medo de ficar sem resposta.
Os absolutos me incomodam, os dogmas me inquietam, as exatidões me deixam suspeitoso.


Minha vida é ameaça e bênção.
Consciente dos ódios que já provoquei, vivo inseguro; sempre procurando redenção.
Entusiasmado com a bênção que sou, alço o vôo da águia; sempre ousando novos desafios.


Minha vida é mistura de morbidez e sede de viver.
Aguardo o apagar das luzes, reconheço a iminência do meu fim.
Contudo, procuro desdobrar os minutos em “nano-frações” de felicidade.


Minha vida é preocupação despreocupada. Temo as contingências, mas o insólito me entusiasma. Repito aos quatro ventos que dores e alegrias entram na fabulosa receita desta existência, que o Criador projetou livre.

Não há nada mais deslumbrante que a angústia, e nada mais surpreendente que a felicidade.


Gondim

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

PARABENIZA MATÉRIA‏

Prezado Professor Ricardo Vieira,

Parabenizo-o pela excelente matéria publicada no Blog do Castanha.(Identidade Cultural e Escola) O que está acontecendo com a nossa juventude é a ALIENAÇÃO CULTURAL, POLITICA, ÉTICA, MORAL, RELIGIOSA, e principalmente a falta de respeito e amor a suas raizes.

Mas, não os culpo inteiramente, coitados só conhecem a cultura através das emissoras de TV localizadas no Sudeste, principalmente a "Venus Platinada", que lhes mostra em programas, novelas, realytes shows de baixo nivel, como se devem comportar, ditam os modismos e os "alienados" acham o máximo!

Por intermédio da "lavagem celebral" da mídia, chega-se ao absurdo de "comemorar" o HALLOWEEN, uma tradição puramente Anglo-Saxonica, mas que os nordestinos "americanizados", também comemoram. As escolas fazem festas, crianças fantaziadas, etc.e o pior: incentivadas pelos diretores e professores, até ESCOLA PÚBLICA COMETE ESTE CRIME CULTURAL, que em tese, deveria incentivar e promover a cultura local e regional, e não implantar "culturas alienigenas" no ambiente escolar.

Quem são os culpados? As TVs do Sudeste? Os Professores e Diretores de Escolas? Os pais? O contexto da sociedade local? Os promotores de eventos culturais? Os Governantes? Os Diretores das TVs Públicas, que seria um contra ponto na programação oferecida pelas TVs abertas? Os "donos" de programas de rádio, com os famosos "Jabás"?.A falta de uma grade curricular nas escolas publicas, que inclua todas as expressões culturais local e regional? A falta de incentivos financeiros aos artistas locais, para que seus trabalhos sejam divulgados a nivel nacional? A TVE de Pernambuco, não transmitir programação cultural a nivel nacional através de satélite? Ou a somatória de tudo?

No Paraná tem a TV Paraná Educativa (TV aberta), que transmite através de satélite (B1), extensa programação cultural, etnica, toda voltada para a cultura paranaense e gaucha, que pode ser sintonizada através das parabólicas em todo o País. Tem programas de alto nivel, principalmente os apresentados em parceria com a Universidade do Paraná.

Onde está a Diretoria da TV Educativa de Pernambuco, que não faz gestão junto ao Ministério das Comunicações para que a emissora transmita através do satélite B1, para que todo o País possa captar o sinal através das parabólicas? Será que a rica cultura musical e artistica de Pernambuco, não é digna de ser transmitida a nivel nacional?

Tem um canal do satélite Brasilsat 1( Canal 21) que até o ano passado era usado pela TV Diário, de Fortaleza-CE, que transmitia somente programação local, incentivando e prestigiando a cultura cearense, mas infelizmente por pressão de uma emissora do Sudeste, a transmissão foi tirada do satélite, sobre o "argumento" de que a TV Diário era uma emissora local e não poderia transmitir a nivel nacional. Porque a TV Educativa de Pernambuco não reivindica este canal para transmitir sua programação a nivel nacional, a exemplo das TVs Educativas de São Paulo, Rio e Paraná?.

Tem um guerreiro em Pernambuco, que mantem um programa de 45 minutos, transmitido pela TVE do Rio de Janeiro: é o programa SOM NA RURAL, que mostra a genuina cultura pernambucana, mas pelo que suponho, não tem apoio de ninguem, principalmente das autoridades responsáveis pela cultura no Estado de Pernambuco.

Desculpe-me por tomar o seu precioso tempo, mas eu tinha que dizer alguma coisa sobre a metéria. Quanto ao "lixo musical" da Bahia, é uma industria, com grandes interesses financeiros e politicos envolvendo a classe artistica bahiana, mas da qual falarei oportunamente.

Atenciosamente,

Valdemiro Silva - (
valdonvv@yahoo.com.br)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O BLOCO DO GATO PINGADO?


Estamos de Volta Depois das Folias de Momo
Para Engrossar o Caldo.

Depois de curtir o carnaval a minha maneira, volto as minhas atividades profissionais em Gravatá. E assim que chego, não faltaram novidades que me levaram a dar boas risadas, em alguns casos, e tremer de revolta, por outro lado.

Quero falar das risadas. As revoltas eu prefiro dá um tempo para sentir um pouco mais a força do sentimento e transformá-lo em coragem, energia pra trabalhar e determinação para continuar no caminho do bem melhor.

Passamos o carnaval longe de Gravatá, cerca de 200 km. No entanto, não perdi contato com amigos que aqui ficaram através da Internet. Além deles, o Blog do Castanha – para quem escrevo sempre nas quartas-feiras – me dava as informações sobre o período de carnaval.

Uma destas notícias foi o arrastão promovido pelo Bloco Coração Vermelho, sob uma chuva torrencial que lavava o corpo e a alma sofrida dos eleitores, simpatizantes, correligionários e até pessoas do bloco do bem. E foi justamente de um eleitor do Senhor Prefeito Ozano Brito, que escutei a seguinte frase: “- Até eu fiquei emocionado com a multidão, porque eu percebi que as pessoas estavam presentes foram levadas pela fidelidade a Bruno”. (Se a pessoa me permitir eu revelo o nome dela em edição futura).

Me veio logo a imagem da última caminhada que nós – os Vermelhos – fizemos em cima hora... Quem estava lá, sabe do que estou dizendo. É fato. Não é babação nojenta como a de muitos que querem contestar o que uma imagem diz com clareza de minerva.

Pelas fotos publicadas no Blog do Castanha, percebi que havia uma considerável parcela da população que – mesmo vestindo cores diferentes – se entregaram a mais um momento emocionante na vida dos eleitores Vermelhões. Não importando o número exato de foliões (até porque ninguém falou quantos foliões estavam no carnaval promovido pelo ex-prefeito Joaquim Neto, onde até cerveja foi distribuída de graça), é querer tapar o sol com a peneira, desconsiderar a considerável participação massiva de milhares de gravataenses.

Nas fotos postadas pelo Blog do Castanha não há empurra-empurra. Até porque isso não é do feitio de pessoas educadas, que brincam o carnaval sem o uso da violência. Realmente não houve sequer um princípio de tumulto durante o percurso. Claro, ora! As pessoas que lá estavam foram para confraternizar, extravasar suas dores e decepções eleitorais, uníssonas, livres, independentes e sem interesses pessoais, num só coro. Ninguém estava lá pra encher a cara de cerveja quente (assim me disseram) e promover brigas. É um bloquinho, sim! Que representa nada mais, nada menos, metade dos cidadãos votantes de Gravatá.

Não sei se foi Bruno Martiniano, Silvio Costa Filho, Edgard Moury ou Armando Monteiro quem gastou para colocar o gato vermelho nas ruas. Se alguém me perguntasse eu diria que há duas possíveis opções. A primeira de que apenas Bruno e sua família quem bancaram a festa, pois que sempre foram abastardos, sem precisarem de cargos políticos para se manterem de forma equilibrada financeiramente. Ainda mais depois da implantação das torres eólicas em terras da família. E a segunda opção seria, porque não, todos estes homens juntos, terem promovido o primeiro ano do bloco do Vermelhão. É sabido que estes homens sempre estiveram juntos em seus planos políticos. Nada mais justo do que confirmarem essa aliança, mesmo depois da derrota do último pleito. Eles precisam provar para população de Gravatá de onde veio o dinheiro gasto no bloco? Era só o que faltava.

Não seria melhor esclarecer à população gravataense outras notas bem recentes? Tem gente que jura de pé junto que o executivo tem se preocupado apenas em organizar as contas públicas do nosso município e que, por isso, pouco fez em um ano de mandato.

Não é pra dar risada e achar ridículo?

Ô! Se é!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Projeto de lei quer responsabilizar amante







Um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados quer transferir para o/a amante a responsabilidade pelo pagamento da pensão à parte que dela necessitar.


Por que o senhor apresentou esse projeto?

Paes de Lira – Como parlamentar, tenho que ficar atento a tudo que seja relevante no cenário jurídico, social e político. No meu gabinete temos uma preocupação muito forte com a preservação dos valores familiares. Trabalhamos contra a desfiguração da família, por isso tentamos entender as hipóteses que levam ao rompimento da família. Com relação à flexibilização do divórcio, por exemplo, eu fui contra porque fazer tudo a toque de caixa não favorece uma possível reflexão e, quem sabe, uma reconsideração. O código Civil trouxe uma situação nova nas homologações de divórcio. Muitos litigiosos, quando há infidelidade ou injúria, são feitos como consensuais. De um lado para evitar a exposição pública de uma imagem, por outro, para também evitar o pagamento de alimentos à pessoa que foi infiel, rompendo a relação conjugal. O que acontece é que, num primeiro momento, a sentença que sai como consensual exclui a necessidade de pagamento da pensão. A parte culpada renuncia à pensão. Mas muitos têm voltado à Justiça, baseados na necessidade que têm de alimentos, e acabam conseguindo, apesar da decisão inicial. Aí, a parte inocente, que inicialmente concordou com a separação consensual, não tem mais direito de demonstrar a culpa da parte efetivamente culpada. É um by-pass que a lei permite. No final, a parte inocente acaba ficando também com a conta financeira da traição. E, por favor, tome cuidado, que pode ser o traído ou a traída. Independe do gênero. Meu projeto de lei visa dar um tratamento jurídico adequado à parte inocente. Em suma, traz à responsabilidade civil uma pessoa esquecida pela lei, o terceiro que contribuiu para o rompimento da relação. Se a pessoa, embora culpada, necessita de uma pensão alimentícia, então, em vez de a parte inocente ficar com a conta financeira, o projeto chama à responsabilidade a terceira parte.

Um tanto polêmico isso, não é deputado, de transferir para o amante. O senhor acredita que uma terceira pessoa pode ser responsabilizada pelo fim de casamento?

Ora… a pessoa pode até não se sentir responsável, mas sem dúvida contribuiu diretamente para isso. Afinal, não havia uma entidade familiar constituída nos termos da lei? Se essa pessoa se aproxima como um intruso da relação e colabora para desfazer essa sociedade, objetivo ele tem. Só não tem responsabilidade civil. É para acabar com a aventurança. Antigamente, ele podia ser responsável porque adultério era crime. Hoje, esse homem ou essa mulher acaba sendo um ator irresponsável. Eu e minha assessoria sabíamos que seria muito polêmico, mas é um debate construtivo.

É, será um debate bem animado.



Sem dúvida.

O senhor conhece muitas separações assim?

É só olhar em volta. Frequentemente a razão da separação é infidelidade.

Mas se uma pessoa entrar numa relação achando que o outro estava disponível? Não terá agido de má-fé.

Isso também é possível, mas não é muito provável, vamos convir. Geralmente as pessoas conhecem muito bem a situação pessoal do outro. Mas se ele puder provar, naturalmente ele ou ela vai se eximir. Seria raro.

O problema é a indiscrição? E se o caso de um dos cônjuges nunca vier à tona?


Se nunca vier à tona, infelizmente, a parte inocente terá que arcar com a conta financeira da traição. São situações que a lei também não pode prever em toda sua plenitude.

Amantes são os grandes pivôs de denúncias e escândalos aqui em Brasília. Com essa lei, o pessoal pensaria duas vezes?

Olha…(risos), toda essa situação é muito complicada e, muitas vezes, justificada por uma série de motivos, a falta de convívio, o rompimento espiritual entre duas pessoas, mas o casamento é um compromisso, perante a lei civil e religiosa, e isso envolve responsabilidades. As pessoas deveriam refletir antes de dar um determinado passo, principalmente no casamento e, muito particularmente, quando existem filhos que são as grandes vítimas, que mais sofrem com a separação. O projeto de lei visa a lembrar às pessoas que todas elas são responsáveis por tudo o que fazem e também pelo desfecho para o qual contribuírem com sua participação



Fonte: http://testosterona.blog.br/2010/02/03/deputado-defende-lei-para-obrigar-amante-a-pagar-pensao/


A entrevista foi retirada da revista Época pelo site acima.





Nota:



Eu fico imaginando quantas pessoas irão se aproveitar da lei para ganhar uma grana extra. Parece que no Brasil as maiorias das leis criadas por Senadores e Deputados dão margem para os aproveitadores, preguiçosos e CIA Ltda tirarem uma casquinha com o aval da justiça. O trabalhador e seus interesses pouco são defendidos por seus representantes.

Tantas coisas são de interesse urgente para professores, médicos e policiais e não há um deputado ou senador que gastem os seus neurônios e seu precioso tempo para “criar” um conjunto de leis que punissem severamente estupro, maus tratos a crianças e idosos, desvio de verbas públicas, crime contra o patrimônio histórico, assédio moral, perseguição política, crime eleitoral, propinas várias e tantas outras injustiças que estamos quase que “acostumados” com estas práticas noticiadas nas mídias. A prática desses crimes é tão comum que se você não entrar no “esquema”, corre o risco de ser chamado de burro, besta, otário... O crime parece que, cada vez mais, compensa.



AUTOAJUDA PARA ARRUDA


Preso desde a última quinta-feira (11) na Superintendência da Polícia Federal, o governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, recebeu, nesta terça-feira (16), dois livros de autoajuda, trazidos por um policial militar do DF.

O tenente Francisco de Souza, da Diretoria de Inativos e Pensionistas da Polícia Militar do DF, disse que “recebeu uma ordem divina para ajudar o governador" e levou para Arruda os livros Como Permanecer Animado por 24 Horas e Da Derrota para a Vitória.

Além dos livros, Arruda recebeu apoio de uma aposentada, que veio de Ceilândia, a cerca de 30 quilômetros de Brasília, para fazer uma oração pelo governador. Com a Bíblia e um terço na mão, Maria Dolorosa Ferreira de Souza sentou sob uma árvore, do lado de fora da sede da PF, para pedir aos céus a liberdade do governador licenciado. “Ele fez muita coisa boa pela minha cidade. Ele é católico, eu sei, vai conseguir sair”.

Desde domingo (14), Arruda tem direito a banho de sol diário de até 15 minutos. O governador licenciado está preso em uma sala, sem grades, com uma cama de solteiro e banheiro com chuveiro de água quente.

A televisão que ficava na sala foi retirada e o governador não tem acesso à internet nem telefone, mas seus parentes e advogados podem levar jornais e revistas. As três refeições diárias também são trazidas por familiares.

Uma reflexão sobre Deus e o dinheiro





O tema da Campanha da Fraternidade 2010 - que será lançada oficialmente na Diocese de Criciúma hoje, quarta-feira de cinzas, às 10h, no auditório da Catedral - faz um alerta para a mistura entre religião e dinheiro. Escolhido ano passado e tirado do evangelho de São Mateus, o lema "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro" busca incentivar uma reflexão sobre nossa vida. "O dinheiro é algo que veio para servir o ser humano e não para ser servido por ele", destaca o bispo diocesano de Criciúma, Dom Jacinto Inácio Flach. "A finalidade é coibir a transformação do homem em instrumento de lucro", acrescenta.

A campanha vai arrecadar doações durante a Quaresma. Os recursos, segundo o bispo, serão destinados para fundos solidários que promovem o desenvolvimento de grupos e comunidades. Ele lembra que no ano passado, no domingo de ramos, foram coletados somente na Diocese de Criciúma R$ 82 mil. Destes, R$ 60 mil foram aplicados na região e o restante seguiu para a Igreja Nacional.


Dom Jacinto informa ainda que o tema da Campanha da Fraternidade todo ano é escolhido de acordo com o momento que está sendo vivenciado pela sociedade. "Hoje, basta ligar a televisão para ver quanta gente está se vendendo ou tentando comprar o outro. O cenário político demonstra bem o homem a serviço do dinheiro", diz. Diante da situação, a igreja, que consegue transmitir mensagens para centenas de milhões de pessoas trabalha na tentativa de mudar essa realidade. "Entre sábados e domingos, em todo o país, são realizadas cerca de 500 missas. Transmitimos mensagens para verdadeiras multidões, que só precisam absorvê-las".

O bispo chama a atenção das pessoas para buscarem a felicidade nas pequenas coisas, não unicamente no materialismo. "Muitos podem e não deixam de trabalhar um final de semana para fazer um programa familiar. Outros até não trabalham aos domingos, mas evitam sair com os filhos para economizar. Há ainda aqueles que os enchem de presentes enquanto que os pequenos ficariam mais alegres se fossem pescar com o pai ou fazer um piquenique", observa. "Todos viveríamos melhor se ficássemos mais felizes com menos coisas", ressalta.

A campanha do ano que vem reunirá as cinco igrejas do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil, entre elas a Católica. Ecumênica pela terceira vez irá tratar o Aquecimento Global.


Fonte:
http://www.atribunanet.com/home/site/ver/?id=110841

Comediante morre em naufrágio no Tocantins





O comediante e ator Arnaud Rodrigues, de 68 anos, morreu ontem em um naufrágio no lago da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães, na altura do km 26 da TO-10, entre os municípios de Lajeado e Palmas, no Tocantins. A embarcação, de passeio e particular, virou.

Segundo os bombeiros, havia 10 pessoas no barco, além do piloto. Ele e um dos passageiros continuavam desaparecidos até 0h10 de hoje. Equipes faziam buscas no local. O grupo voltava de uma confraternização quando ocorreu o acidente, por causa do forte vento e da chuva.

O corpo do ator, cantor, compositor e humorista Arnaud Rodrigues será velado hoje na Câmara Municipal de Palmas. Ele trabalhou nos programas de Chico Anysio, na TV Globo. Formou com Chico a dupla musical Baiano e os Novos Caetanos, na década de 1970. Mas foi com Soró que se tornou mais popular: o personagem, imigrante nordestino ingênuo e bem-humorado, foi criado pelo escritor Walter Negrão para a novela Pão Pão, Beijo Beijo, de 1983, e fez tanto sucesso que Arnaud voltou a interpretá-lo no filme Os Trapalhões e o Mágico de Oróz, de 1984. Também fez o cego Jeremias em Roque Santeiro.

Nos anos 80, integrou o grupo de humoristas de A Praça É Nossa, no SBT, sob comando de Carlos Alberto de Nóbrega, onde interpretou personagens como O Povo Brasileiro, o mulherengo Coronel Totonho e o cantor sertanejo Chitãoró. Nos anos 90, retirou-se da TV.
FONTE: Estadão

clique na imagem e pense um pouco


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Se Houver tempo pra meditar durante o Carnaval...


Cresço e amadureço junto à instabilidade dos problemas do meu mundo.

Compreendo mais e mais fundo que nada é só preto ou só branco.

E que existem respostas simples.


Não fico cabisbaixo, não desisto, concentro-me naqueles campos onde a vida vence.

Soluções parciais também são progresso.


Não permito mais que se arruíne minha vida por expectativas irrealizáveis.

E mesmo assim não desisto daquela visão em que a vida se expande e vence resistências.

Cresço e amadureço na natureza dos problemas.


Ulrich Sheffer

CARNAVAL





O Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média. O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" dando origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no Carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas.

Em 2005 o Carnaval de Salvador, Bahia, Brasil está no Guinness Book como a maior festa de rua do mundo. Recife, Pernambuco, Brasil possui o maior bloco de carnaval do mundo, o Galo da Madrugada.

A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a idéia de "afastamento" dos prazeres da carne marcado pela expressão "carne vale", que, acabou por formar a palavra "carnaval".


Em geral, o Carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras), último dia antes da Quaresma. Nos Estados Unidos, o termo mardi gras é sinônimo de Carnaval.

No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os bailes de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.

De acordo com o modo contemporâneo o carnaval ainda e considerado uma forma de festa bastante tradicional, pois persistiu por vários anos com o mesmo aspecto.


Todos os feriados eclesiásticos são calculados em função da data da Páscoa, com exceção do Natal. Como o domingo de Páscoa ocorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia que se verificar a partir do equinócio da primavera (no hemisfério norte) ou do equinócio do outono (no hemisfério sul), e a sexta-feira da Paixão é a que antecede o Domingo de Páscoa, então a terça-feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa.



Carnaval de Pernambuco


A folia do Carnaval de Pernambuco começa muito antes do carnaval, e acontece de forma mais forte principalmente nos bairros do Recife Antigo, em Recife, e na Cidade Alta em Olinda, e em pequenos focos no restante da cidade. Ritmos comuns são o frevo, a ciranda e o maracatu.

O carnaval de Olinda ostenta dezenas de bonecos gigantes, sendo o mais conhecido deles o Homem da Meia-Noite, que está nas ruas desde 1932 e é responsável por dar início, oficialmente, às zero hora do sábado de Zé Pereira, ao carnaval olindense. Além dos tradicionalíssimos blocos e troças que percorrem suas ladeiras, embalados pelo ritmo contagiante do frevo. São exemplos destes a Pitombeira dos Quatro Cantos, fundada em 1947, quando um grupo de rapazes desfilou pelas ruas da Cidade Alta cantando e empunhando galhos de pitombeira; e o Elefante de Olinda, fundado em 1952 por um grupo de rapazes da Cidade Alta, que durante o Carnaval saíram pelas ruas com um elefante de porcelana cantando uma música improvisada em homenagem ao animal. A grande concentração destes blocos e troças se dá na frente da Prefeitura Municipal, onde pode-se encontrar o maior número de foliões por metro quadrado.

No Recife o carnaval tem sua abertura com a saída do maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada, no sábado pela manhã. No bairro do Recife Antigo, começa a tarde com feirinhas de artesanato e apresentações de grupos percussivos, entre outras atrações. Seguindo, logo mais à noite, uma agenda de shows que são realizados em palcos espalhados por todo os bairros do Recife e região metropolitana, onde acontece simultaneamente a realização do RECBEAT, o carnaval da juventude alternativa recifense. Na noite da segunda-feira, no Pátio do Terço, é realizada uma das manifestações mais emocionantes da cultura negra no nordeste, a Noite dos Tambores Silenciosos, pontualmente a meia-noite.

No interior, algumas cidades têm seus carnavais típicos, como Nazaré da Mata, com o Maracatu de Baque Solto, Bezerros, com os Papangús, Pesqueira, com o Carnaval dos Caiporas e a folia dos Caretas, em Triunfo, no Sertão pernambucano, entre outras.

O carnaval pernambucano tem como característica principal a democratização da brincadeira. Os foliões participam intensamente das manifestações, sem a necessidade de uma distinção por mortalhas ou abadás. O Recifolia foi uma tentativa de inserir este lado da cultura baiana das micaretas no calendário de eventos pernambucano, sendo extinto no ano de 2004.


FONTE: WIKIPEDIA


O SITE DO CARNAVAL DE PERNAMBUCO
CONHEÇA UM POUCO MAIS DO NOSSO CARNAVAL PELA PÁGINA OFICIAL:





PRIMEIRO GOVERNADOR PRESO NA HISTÓRIA DO BRASIL




A decisão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, por 12 votos a 2, de autorizar a prisão preventiva do governador de Brasília, José Roberto Arruda (sem partido), pelas acusações de tentativa de suborno ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, o “Sombra”, reveste-se de importância especial muito mais pelo simbolismo - finalmente alguém manda prender uma autoridade, no exercício do cargo, neste País - porque continuo descrente de que ele e seus companheiros do esquema do mensalão brasiliense sejam punidos com rigor.

O pedido, acato pelo STJ, abrange outros cinco envolvidos: o ex-deputado Geraldo Naves, o ex-secretário de Comunicação do governo de Brasília, Wellington Morais, o ex-diretor da Companhia Energética de Brasília, Haroldo Brasil de Carvalho, Rodrigo Arantes, sobrinho e secretário particular de Arruda e também o consultor do Metrô-DF, Antônio Bento da Silva.

Sabendo como as coisas funcionam pels bandas de cá, o jornalista Ricardo Noblat chegou a abrir, em seu blog (http://oglobo.globo.com/pais/noblat/), uma irônica “enquete relâmpago” sobre o tempo em que Arruda ficará preso. Preferi não votar, porque há uma opção que ele não colocou: a de que os advogados do governador consigam evitar até que ele seja detido.

Mas, supondo que o mandato de prisão seja cumprido (um assessor de Arruda garantiu que se o mandado for expedido, ele vai se entregar) ninguém acredita que ele fique detido muito tempo.










quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Conheça homem que viveu há 4 mil anos




A partir de um tufo de cabelo e alguns ossos, pesquisadores conseguem sequenciar o DNA e reconstruir as feições de um homem morto há quatro mil anos.

A figura da foto foi batizada de Inuk pelos seus descobridores, uma equipe da Universidade de Copenhague liderada pelo professor Eske Willerslev.

Tudo começou com a descoberta de um tufo de cabelo no noroeste da Groenlândia que, revelariam as pesquisas, pertenceu a um homem da cultura Saqqaq. O nome Inuk significa “homem” ou “humano” na língua local.


Usando uma técnica de sequenciamento, os pesquisadores conseguiram recuperar 80% do genoma nuclear dos vestígios. Com essas informações foi possível visualizar como seria o dono daquele código genético.


Inuk tinha tendência à calvície, olhos castanhos, pele morena, sangue tipo A+ e era geneticamente adaptado à baixas temperaturas. Seus genes também revelam o quanto era vulnerável a determinadas doenças, o tipo de cera de ouvido que produzia e a forma de seus dentes da frente.


A técnica, que será publicada na revista Nature, pode ser usada em museus, para reconstruir genealogias e também ajudar a traçar a hereditariedade de certas doenças.

Fonte:
http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/conheca-homem-que-viveu-ha-4-mil-anos-11022010-25.shl


Foto: De punho levantado, como quem transmite a verdadeira vitória de um Idealista, Mandela, acompanhado da esposa e de amigos, com sorriso que estampava a sua felicidade, retorna ao convívio dos seus irmãos, negros e brancos.

Era o dia 11 de Fevereiro de 1990. Após amargar 27 anos de reclusão, Nelson Mandela deixava o centro Correccional Victor Verster. Seus primeiros passos, firmes e decididos, o guiaram para uma nova vida. Reiniciava-se, assim, a sua luta e seu sonho de ver seu povo, independente da cor da pele, livre de amarras, de preconceitos, de diferenças, de discriminação.

Estadista e um homem humilde na sua capacidade de persuadir em prol de conquistas acima das convicções próprias, Mandela conseguiu se tornar o primeiro presidente negro da África do Sul, quatro anos depois de ter saído da prisão. Ficou no cargo até o ano de 1999, quando acabou seu mandato.

De líder preso a Presidente da República. De uma referência nacional para uma unanimidade mundial. Mandela é uma daquelas figuras que a história da humanidade se orgulhará por séculos, neste e em outro mundo.

Este blog faz sua homenagem àquele que é ícone de Paz, de Luta, de Liberdade!


Diversas homenagens foram feitas diante da entrada do centro Victor Verster, transformado nesta quinta-feira em um monumento histórico. Na chegada ao parlamento sul-africano Mandela estava acompanhado de sua esposa Graça Machel e foi protegido do público devido ao seu frágil estado físico.

Após uma caminhada que refez o caminho de Mandela quando ele deixou a prisão Victor Verster, políticos e veteranos da luta contra o apartheid se reuniram próximo a uma estátua que o representa dando seus primeiros passos de homem livre, com o punho erguido em sinal de vitória.

BOM OUVIR CERTAS PALAVRAS...

Prezadíssimo Professor,

Gosto muito de ler o que você escreve no blog do Castanha pelo jeito positivo, animador das suas palavras mas nessa ultima, você extrapolou!! Escreveu de forma resumida e efetiva sobre um delicado tema: NÃO DEVEMOS DESANIMAR com a violência e eu acrescento com a corrupção, porque condições melhores sempre existem e depende das opções de cada um.

Então, como Alcides, façamos nossas opções.
Foi assim que eu entendí.

PARABÉNS!!! e continue sempre assim.
Um abraço, da sua assídua leitora,
Janete Zarzar

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Será mesmo que você é substituível?





Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.

Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível" .

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.

Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim. E Beethoven?

- Como? - o encara o gestor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?

Silêncio.

Ouvi essa história esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.

Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.

Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico (até hoje o Flamengo está órfão de um Zico)?

Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram
seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando
energia em reparar seus 'gaps'.

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico...
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se seu gerente/coordenador , ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola,
Beethoven por ser surdo.. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'; ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:

"Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão
Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:.. Ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível"

Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza ninguém te substituirá!

"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso.

O que eu faço é uma gota no meio de um oceano, mas sem ela o oceano será menor."




Gleizy Gueiros
Diaconia/ PAADI






Ministério da Justiça lançou campanha contra o tráfico de pessoas



O Ministério da Justiça (MJ), através da Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), lançou no dia nove de fevereiro, no Rio de Janeiro, região Sudeste do País, a Campanha Nacional de Combate ao Tráfico de Pessoas, que traz o slogan "Tráfico de Pessoas: Ajude o Brasil a não cair nessa armadilha". A iniciativa visa conscientizar a população sobre a ocorrência deste crime e estimular a denúncia. O número de telefone 180 está sendo disponibilizado para todo o país para receber as ligações.

Com vasto material informativo e estrategicamente distribuído, a campanha retrata uma mulher que está presa em um calabouço, e desesperada para se libertar. Cartazes, adesivos e outros materiais estão colocados em pontos estratégicos como rodoviárias e aeroportos, ônibus e trens, em esteiras de desembarque de bagagem e espelhos de banheiros, entre outros. "Quanto mais gente sensibilizar-se sobre o assunto, mais eficaz se tornará a campanha e mais forte o combate ao crime", diz a assessoria do MJ.

A campanha age mais intensamente nas cidades onde há maior registro de vítimas e ocorrência do tráfico como Rio de Janeiro, Recife, São Paulo, Goiânia, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Belém. O combate ao tráfico de pessoas integra os projetos do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), lançado pelo Ministério da Justiça em 2007.

No âmbito da prevenção, o foco das ações será nas vítimas em potencial, ou seja, aquelas que estão na mira dos traficantes. Geralmente são pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica, frágeis e que sonham com uma vida melhor. Crianças também são traficadas para fins de retirada de órgãos e de exploração sexual. Ainda há ocorrência do tráfico para o trabalho forçado, em condições análogas à escravidão.

Uma pesquisa realizada em 115 países pelo Escritório da ONU contra Drogas e Crime (UNODC), e divulgada em 2009, apontou que as principais vítimas brasileiras são adolescentes e mulheres, enganadas com falsas promessas de trabalho no exterior e que são traficadas para fins de prostituição.

Tráfico de Seres Humanos

O tráfico de pessoas é um crime oportunista, que se aproveita da fragilidade e vulnerabilidade das pessoas. Segundo dados da Polícia Federal (PF) o aumento no número de casos de tráfico humano passou a ser substancial e crescente a partir do ano 2000, e se mostra como a escravidão do século 21.

Como o tráfico de pessoas é um crime que ultrapassa as fronteiras e ocorre em diversos países, o governo brasileiro tem agido conjuntamente com alguns dos principais países de destino das vítimas traficadas, como Bélgica, Portugal e Espanha. Com Portugal, o Brasil já firmou cooperação, por meio das declarações de Cascais, Brasília e Lisboa.

Uma das ações prevê o corte do fluxo financeiro de organizações criminosas, que pode ser feito via cooperação jurídica. Isso possibilitaria o bloqueio do dinheiro ganho com o tráfico, e sem o retorno do lucro, as organizações ficariam limitadas.

Outra sugestão apontada pelo secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, é que os governos adotem medidas que punam também quem consome e quem alimenta o crime. "Pior do que gente vendendo gente é gente comprando gente. As políticas migratórias rígidas que criminalizam os imigrantes irregulares também têm contribuído para que se crie ambiente propício à atuação de quadrilhas que traficam pessoas".

Os Núcleos de Enfrentamento ao Tráfico, Escritórios de Enfrentamento, Prevenção e Assistência às Vítimas e os Postos Avançados, formam a rede nacional de combate ao tráfico e atendimento às vítimas, e reforçam a campanha.

Atualmente, estão funcionando Núcleos em Goiás, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Acre. Já existe previsão de implantar Núcleos também nos estados da Bahia e Ceará, e novos Postos em Pernambuco e no Rio de Janeiro.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A ECOLOGIA E O HOMEM


Ou mudamos de valores civilizatórios ou a Terra poderá continuar sem nós”. Esse é o ponto ocultado nos fóruns mundiais, especialmente o de Copenhague.

Por Leonardo Boff*

No dia 2 de fevereiro de 2007 ao ouvir em Paris os resultados acerca do aquecimento global dados a conhecer pelo Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC) o então Presidente Jacques Chirac disse:”Como nunca antes, temos que tomar a palavra revolução ao pé da letra. Se não o fizermos o futuro da Terra e da Humanidade é posto em risco”.

Outras vozes já antes, como a de Gorbachev e de Claude Levy Strauss pouco antes de morrer, advertiam: “ou mudamos de valores civilizatórios ou a Terra poderá continuar sem nós”.

Esse é o ponto ocultado nos forums mundiais, especialmente o de Copenhague. Se for reconhecido abertamente, ele implica uma autocondenação do tipo de produção e de consumo com sua cultura mundialmente vigente. Não basta que o IPCC diga que, em grande parte, o aquecimento agora irreversível é produzido pelos seres humanos. Essa á uma generalização que esconde os verdadeiros culpados: são aqueles homens e mulheres que formularam, implantaram e globalizaram o modo de produção de bens materiais e os estilos de consumo que implicam depredação da natureza, clamorosa falta de solidariedade entre as atuais e as futuras gerações.

Pouco adianta gastar tempo e palavras para encontrar soluções técnicas e políticas para a diminuição dos níveis de gases de efeito estufa se mantivermos este tipo de civilização. É como se uma voz dissesse: “pare de fumar, caso contrário vai morrer”; e outra dissesse o contrario: “continue fumando, pois ajuda a produção que ajuda criar empregos que ajudam garantir os salários que ajudam o consumo que ajuda aumentar o PIB”. E assim alegremente, como nos tempos do velho Noé, vamos ao encontro de um dilúvio pré-anunciado.

Não somos tão obtusos a ponto de dizer que não precisamos de política e de técnica. Precisamos muito delas. Mas é ilusório pensar que nelas está a solução. Elas devem ser incorporadas dentro de um outro paradigma de civilização que não reproduza as perversidades atuais. Por isso, não basta uma ecologia ambiental que vê o problema no ambiente e na Terra. Terra e ambiente não são o problema. Nós é que somos o problema, o verdadeiro Satã da Terra quando deveríamos ser seu Anjo da Guarda. Então: importa fazer, consoante Chirac, uma revolução. Mas como fazer uma revolução sem revolucionários?

Estes precisam ser suscitados. E que falta nos faz um Paulo Freire ecológico! Ele sabiamente dizia algo que se aplica ao nosso caso:”Não é a educação que vai mudar o mundo. A educação vai mudar as pessoas que vão mudar o mundo”. Precisamos destas pessoas revolucionárias, caso contrario, preparemo-nos para o pior, porque o sistema imperante é totalmente alienado, estupificado, arrogante e cego diante de seus próprios defeitos. Ele é a treva e não a luz do túnel em que nos metemos.

É neste contexto que invocamos uma das quatro tendências da ecologia (ambiental, social, mental, integral): a ecologia mental. Ela trabalha com aquilo que perpassa a nossa mente e o nosso coração. Qual é a visão de mundo que temos? Que valores dão rumo à nossa vida? Cultivamos uma dimensão espiritual? Como nos devemos relacionar com os outros e com a natureza? Que fazemos para conservar a vitalidade e a integridade de nossa Casa Comum, a Mãe Terra?

Não dá em poucas linhas traçar o desenho principal da ecologia mental, coisa que fizemos umas inúmeras obras e vídeos. O primeiro passo é assumir o legado dos astronautas que viram a Terra de fora da Terra e se deram conta de que Terra e Humanidade foram uma entidade única e inseparável e que ela é parcela de um todo cósmico. O segundo, é saber que somos Terra que sente, pensa e ama por isso homo (homem e mulher) vem de húmus (terra fecunda). O terceiro que nossa missão no conjunto dos seres é de sermos os guardiões e os responsáveis pelo destino feliz ou trágico desta Terra, feita nossa Casa Comum. O quarto é que junto com o capital natural que garante nossa bem estar material, deve vir o capital espiritual que assegura aqueles valores sem os quais não vivemos humanamente, como a boa-vontade, a cooperação, a compaixão, a tolerância, a justa medida, a contenção do desejo, o cuidado essencial e o amor.

Estes são alguns dos eixos que sustentam um novo ensaio civilizatório, amigo da vida, da natureza e da Terra. Ou aprendemos estas coisas pelo convencimento ou pelo padecimento. Este é o caminho que a história nos ensina.

* Leonardo Boff é teólogo e autor do DVD As quatro ecologias, CDDH de Petrópolis 2009.

Fonte: Alai - Agência Latinoamericana de Informação