quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

PADRE CREMILDO OU PAULO APOLINÁRIO?

Ficha Técnica do Monsenhor Cremildo

Vigário cooperador e Capelão do Colégio Nossa Senhora das Dores em Bezerros;
Vigário Cooperador de São Miguel em Sairé;
Vigário substituto e Ecônomo de Bonito;
Pŕo-pároco, Vigário Ecônomo de Gravatá, de 01 de março de 1964 até a data de seu falecimento aos 68 anos de idade em 29 de dezembro de 1998.
Foi agraciado com o título de Cônego e, a 22 de janeiro de 1981, com o título Pontificio de Monsenhor Capelão de sua Santidade João Paulo II.

Além dos cargos eclesiásticos, desempenhou o ofício de Professor em Bezerros, Bonito e Gravatá.

Padre Cremildo se tornou cidadão gravataense no dia 17 de outubro de 1969, após vários serviços prestados à Paróquia e à comunidade.

Em 1972, revalidou o curso Filosófico na Universidade Católica do Recife.

A partir de 1975, o Padre assume publicamente sua postura política partidária quando se filia ao MDB, tornando-se posteriormente presidente municipal desse partido.

No dia 15 de novembro de 1976 foi eleito Prefeito de Gravatá, tomando posse no Governo Municipal no dia 31 de janeiro de 1977, governando o município até 31 de janeiro de 1983.

Alguns fatos tornaram-se inéditos na administração política do Padre Cremildo em Gravatá.

Vários relatos dão conta de que ele contratou um serviço de som, através do qual fazia prestação de contas diariamente à população sobre a receita e a saída; quem era nomeado, quem era demitido, enfim, tudo que ocorria na sua administração;

Com os poucos recursos existentes no município, realizou algumas obras importantes, dentro de suas limitações como:

A construção de algumas escolas, especialmente na zona rural do Município, facilitando o acesso dos alunos;

Construiu postos de saúde com atendimento odontológico;

Realizou a construção do calçamento de várias ruas na zona urbana, como a exemplo da Rua Dr. Amaury de Medeiros;

Providenciou a construção de pontes, mesmo que um tanto rudes, facilitando o acesso dos moradores da zona rural;

Favoreceu a eletrificação de algumas áreas na zona rural, como no distrito de Avencas;

Construiu e reformou praças, mas, especialmente, é lembrado com reverência, até mesmo por históricos inimigos políticos, por ter realizado um governo irretocável, do ponto de vista da moralidade, da ética e do trato para com a coisa pública.

É inquestionável as conquistas obtidas pelo Monsenhor Cremildo no campo social e cristão junto à nossa comunidade.

Por outro lado, quais os serviços prestados pelo senhor Paulo Apolinário em benefício do povo de Gravatá?

Outras questões mereciam ser respondidas, como, por exemplo:

Porque apenas dois dos dez vereadores votaram em um projeto já existente?

Quais os critérios utilizados pelos Vereadores para colocar em votação o nome do senhor Paulo Apolinário?

Será que não existem nomes importantes (entre mortos e vivos) que não merecem, sequer, uma menção?

Será que não existiram professores, médicos e outros profissionais que poderiam ser lembrados por seus préstimos em benefício dos gravataenses?

Eu não sou natural de Gravatá, mas sou professor do município há onze anos e não entendo porque nomes mais relevantes não foram colocados em uma lista para que nossos vereadores apreciassem. Aliás, os oito vereadores que votaram contra a importância histórica do Padre Prefeito, têm menos memória e do que eu, me parece...

Não sou defensor público do Padre Cremildo, tampouco sou promotor que trabalha contra o nome do senhor Paulo Apolinário. A questão, para quem entende o que estamos discutindo, não é essa. Estamos falando de méritos, independentemente de quem seja.

Se, por exemplo, o prefeito Ozano Brito fosse inaugurar uma nova unidade escolar municipal, quem mereceria ser homenageado com o nome da Escola: Ricardo Vieira ou Ivalda Bandeira? É lógico que minha querida Dona Ivalda mereceria a honra de ter seu nome registrado numa escola, ao invés do meu.

Minha sugestão aos vereadores e ao prefeito Ozano Brito, é de realizar um plebiscito, com cinco nomes. Colocar-se-ia uma urna eletrônica no centro da cidade por um prazo de um mês e deixaria a população escolher um nome para ser dado ao Parque da Cidade. Essa me parece uma idéia mais justa e totalmente democrática, ao contrário de uma indicação tendenciosa de um único vereador.

Vamos aguardar os desdobramentos.

O que sabemos é que este impasse é mais um problema administrativo que deve ser resolvido pelo Prefeito, como se não bastasse os tantos outros que ele precisa enfrentar para arrumar a casa e justificar um novo tempo e uma nova vida para todos nós.

Boa Sorte Para Eles.


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