quinta-feira, 14 de março de 2013

Primeiro Sulamericano, Primeiro Jesuíta, Primeiro Francisco

O argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, será chamado de Francisco.
 

Significado do Nome Francisco

Francisco: Tem origem no nome em Latim Franciscus, que quer simplesmente dizer "francês", ou "aquele que vem da França".

Franciscus vem do germânico Frank, que quer dizer "Franco" com o sufixo isk, que denota nacionalidade. Franco significa "livre", por isso a tradução do nome Francisco é "francês livre".

A primeira ocorrência do nome Francisco, aconteceu no século XIII. Estando na França quando o filho nasceu, e como era admirador desse país, um homem italiano da cidade de Assis resolveu mudar o nome do filho para "Francesco". Esse menino veio a ser São Francisco de Assis.

São Francisco de Assis traduz a personalidade humilde e simples pela qual o argentino, que anda de ônibus e se dedica aos mais pobres, é conhecido. Embora Bergoglio não tenha se formado pela ordem franciscana, sua personalidade se assemelha à de São Francisco de Assis, cujo nome está atrelado à humildade, à simplicidade e à reconstrução da Igreja.

Francisco, o nome de um defensor dos pobres e de um missionário jesuíta. Há alguns santos na Igreja Católica chamados Francisco. Os mais conhecidos são S. Francisco de Assis e S. Francisco Xavier. Mas quem foi Francisco de Assis? E quem foi Francisco Xavier?


 

Francisco de Assis nasceu em 26 de Setembro de 1182, na cidade de Assis , na Itália. Antes de entrarmos basicamente na questão, queria ressaltar que Francisco foi o mais querido santo que já passou pelo plano terrestre; sendo venerado por católicos, pelos protestantes e por outras filosofias.

É bom ressaltar que na época que Francisco nasceu e viveu, tínhamos uma Igreja católica dominante e corrupta. Como toda a criança , teve uma infância cheia de travessuras, até os 20 anos ajudava e era o orgulho do seu pai nos negócios. Decidiu ir a guerra contra Perusa, em nome de sua cidade. Foi preso e depois de um ano foi resgatado por seu pai por motivo de doença, juntamente com alguns outros que participaram na guerra. Foi nesta época que teve seus primeiros contatos com o evangelho.

Francisco descobre sua vocação aos 24 anos de idade, quando, segundo as fontes, recebe uma revelação na Igreja de São Damião. A partir de então, abandona tudo e todos, e sai em busca de sua paz, ajudando doentes, confortando miseráveis e leprosos, amando todos como irmãos. Será chamado de louco pois dará tudo o que tem aos pobres, porém torna-se mais forte com as críticas que recebe.

Francisco renuncia a todos os bens terrenos, e, sendo assim, ele trata de desprezar a própria vida mundana para encontrar como a pobreza e a felicidade que tanto almejava. Torna-se uma pessoa muito humilde, que também passou por muitas provações. Em suas viagens, quando ia as cidades para pregar, diziam que fazia muitos milagres. Muitos se convertiam, isto é, adotavam seu modo de vida. Desta forma, ele ia ficando cada vez mais famoso e por onde passava as pessoas queriam vê-lo e tocá-lo para terem uma lembrança do santo.

Ele pregava a humildade, a generosidade, o respeito a natureza e outros atributos extraídos dos ideais da cavalaria, já que ele também cresceu num ambiente em que os ideais de cavalaria eram consagrados como um estilo de vida. O amor cortês de Francisco derivava do amor pela esposa do Senhor, do mesmo modo que o cavaleiro bajulava a esposa do seu Senhor temporal. O poverello declarava o seu amor pela dama pobreza, esposa do seu senhor Jesus. Na medida em que notamos uma reordenação dos princípios e a aceitamos, podemos também admitir que Francisco foi um grande cavaleiro: o cavaleiro da dama pobreza.

A relação de Francisco com o seu tempo, parece-me uma relação ligada basicamente com a estrutura social e com os problemas aos quais seus contemporâneos enfrentavam. Estavam ocorrendo mudanças no âmbito econômico, e também havia um crescimento demográfico, as quais resultaram numa urbanização e numa maior aproximação da população com a religiosidade. Em suma a relação de Francisco com a pobreza, o trabalho, o progresso, etc..., revelam um Francisco afetado, pensando as questões postas por seu tempo; residindo seu traço inovador na forma como interpreta e lida com tais questões. A verdadeira inovação de Francisco foi se unir aos pobres, se tornando ele próprio um pobre.

 

 

Francisco Xavier nasceu no castelo da família em Xavier, no Reino de Navarra, a 7 de Abril de 1506, segundo o registo mantido pela sua família. Filho de famílias aristocráticas navarras, era o filho mais novo de Juan de Jasso (conselheiro da corte do Rei João III de Navarra) e de Maria de Azpilicueta y Xavier, única herdeira de duas famílias nobres de Navarra.
 
Seguindo a tradição basca de atribuição do sobrenome, foi batizado herdando o nome de sua mãe, de Xavier. O seu nome é corretamente escrito Francisco de Xavier e não Francisco Xavier, já que Xavier provém do nome da terra da qual a família é originária. Nem Francisco Javier, já que essa é a grafia castelhana. Além disso, Francisco de Xavier desempenhou o seu apostolado em território português e essa é a pronúncia portuguesa da mesma palavra.

São Francisco Xavier morre a 3 de dezembro de 1552, numa humilde esteira de vimes, abraçado ao crucifixo que o velho amigo Inácio de Loyola, um dia, lhe tinha oferecido. Francisco Xavier é um santo católico. Foi beatificado pelo Papa Paulo V a 25 de outubro de 1619 e canonizado pelo Papa Gregório XV, a 12 de março de 1622, em simultâneo com Inácio de Loyola. É o santo patrono dos missionários. O seu dia festivo é 3 de dezembro.

 

A Ordem dos Jesuítas

No século XVI, a Europa viveu uma grande reviravolta com o surgimento e a consolidação das religiões protestantes. O aparecimento de outras religiões cristãs não só determinava novas concepções de fé, mas também ameaçava a hegemonia assumida pela Igreja Católica ao longo de séculos. Foi desse modo que os dirigentes da Igreja deram uma resposta a essa situação, determinando a criação da chamada Companhia de Jesus.

A Companhia foi primordialmente controlada por Inácio de Loyola, um ex-soldado basco que se converteu à vida religiosa após sobreviver a graves ferimentos obtidos por um tiro de canhão. O encontro entre a Ordem e a Igreja aconteceu em 1540, quando os integrantes do movimento foram incumbidos de tomar a cidade de Jerusalém dos otomanos. Sem obter sucesso nessa primeira missão, os jesuítas foram logo reorientados a converter os nativos e protestantes que se encontravam em solo americano.

Por volta de 1550, a Ordem de Jesus possuía um número de integrantes bastante pequeno para a missão de catequizar o Novo Mundo. Contudo, as boas relações com vários monarcas europeus e a influência sob a força de trabalho dos indígenas, logo fizeram com que estes se tornassem poderosos e adentrassem o século XVII com mais 10 mil membros reconhecidos.

Apesar do sucesso obtido, devemos lembrar que o desafio lançado aos membros da Ordem não era nada fácil. Afinal de contas, eles teriam que se deparar com indivíduos de uma cultura diferente, que em muitos casos, adoravam várias divindades e tinham hábitos que eram abominados aos olhos da moral cristã. Mas não devemos somente encarar o cotidiano dos jesuítas pela lógica do estranhamento e da conversão religiosa de várias pessoas.

Em muitos casos, observamos que a Ordem de Jesus foi responsável por uma importante produção de conhecimento sobre o Novo Mundo. Muitos padres jesuítas foram responsáveis pela catalogação e o aprendizado do conhecimento médico dos povos indígenas. O padre Anchieta, por exemplo, escreveu um dicionário português-tupi – chamado Arte de Gramática da Língua, mais usado na costa do Brasil, que ainda tem grande uso para o conhecimento da língua falada pelos nativos do século XVI.

Apesar do enfoque religioso e educativo, devemos salientar que o desenvolvimento de tantas atividades exigia uma grande quantidade de recursos financeiros. Por tal razão, os jesuítas tinham a preocupação de desenvolverem um amplo leque de atividades econômicas que englobava o empréstimo de recursos financeiros, a mineração, a venda de especiarias e o comércio de imóveis. Com o uso desses recursos, várias instituições de ensino eram mantidas gratuitamente no ambiente colonial.

Por volta do século XVIII, o prestígio da Ordem de Jesus estremeceu em face aos interesses políticos da época e o desenvolvimento de algumas questões teológicas. No ano de 1759, o governo de Portugal ordenou a expulsão dos jesuítas de todos os seus territórios. Algumas décadas mais tarde, o papa Clemente V ordenou que a ordem de Jesus fosse extinta. Contando atualmente com mais de 20 mil membros, a Ordem seria restabelecida somente na segunda metade século XIX.

 
Fontes:

http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/Luiz.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Xavier
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/nome-do-papa-revela-caracteristicas-de-seu-pontificado
http://www.brasilescola.com/historiag/a-ordem-jesuita.htm

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