EFE - O Estado de S.Paulo
Os experimentos do acelerador de partículas LHC, do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), já apontam novos detalhes sobre como seria a matéria nos momentos após a origem do universo. Os cientistas compilaram informações obtidas em colisões de núcleos de átomos de chumbo.
Quando os núcleos colidiram no LHC, eles concentraram energia suficiente para quebrar as próprias partículas de que são formados. Com isso, produziram um plasma de quarks e glúons, que teria sido o estado da matéria no início do universo. No momento da colisão, partículas voaram para longe dos pontos de impacto, na forma de jatos, e a energia gerada foi medida. Esses jatos interagiram com o meio quente e denso gerado no impacto. Isso levou a um efeito característico, chamado abafamento de jato, no qual a energia desses jatos pode ser drasticamente reduzida.
"É o primeiro experimento a informar uma observação direta de abafamento de jato", disse ontem a porta-voz do experimento, Fabiola Gianotti.
O colisor de partículas é uma enorme circunferência subterrânea de 27 quilômetros sob a fronteira entre França e Suíça, construída numa parceria entre vários países. Os experimentos continuarão até o dia 6 de dezembro, data em que o acelerador fará uma pausa para manutenção, antes de retomar suas atividades em fevereiro de 2011.
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