quinta-feira, 2 de julho de 2009

2009: o Ano da França no Brasil




Em 2005, a França acolheu o Brasil, com grande prazer e imenso sucesso, um Brésil-Brésils múltiplo, enraizado no presente e na modernidade, sem nada perder de sua influência sobre o imaginário. Em 2009, o Brasil abre generosamente suas portas à França. Algumas centenas de eventos estão sendo organizados por todo o país, em todas as áreas, refletindo uma sede de compreensão, de trabalho e de criação em conjunto entre os dois países.


O Ano da França no Brasil foi acordado e anunciado pelos Presidentes da República de ambos os países em 2006, em reciprocidade ao Ano do Brasil na França, realizado em 2005 e organizado no âmbito das “Temporadas culturais estrangeiras”, programa que homenageia, a cada ano, a cultura de um ou vários países. O Ano da França no Brasil está inserido no contexto da parceria estratégica franco-brasileira e busca renovar e aprofundar as históricas relações entre os dois países.


Na França, o Ano é da competência dos Ministérios das Relações Exteriores e Europeias e da Cultura e é implementado e pela Culturesfrance — agência governamental responsável pelo fomento dos intercâmbios culturais internacionais. O Comissariado francês conta ainda com o apoio dos outros ministérios, das regiões e municípios que mantêm uma cooperação com o Brasil, bem como de um comitê de empresas francesas.

No Brasil, o Ano da França é da competência dos Ministérios da Cultura e das Relações Exteriores e sua execução cabe ao Comissariado brasileiro, com a participação de vários ministérios e outras entidades públicas e privadas federais, estaduais e municipais.


Nos comissariados, o presidente brasileiro Danilo Santos de Miranda (diretor-regional do SESC-SP) trabalha ao lado do comissário-geral, o embaixador Roberto Soares de Oliveira. Do lado da França, o embaixador Yves Saint-Geours é o presidente, e a comissária-geral é a francesa Anne Louyot.

Mas que França é essa que o Brasil vai receber?

Uma França orgulhosa de sua memória, evidentemente; uma memória viva, que ela gosta de partilhar muito além de suas fronteiras. Mas ela também quer se mostrar aos brasileiros como uma França moderna que atua em todas as áreas da criação humana (criação artística, inovação tecnológica, pesquisa científica, debate de ideias, desafios econômicos); uma França diversa (diversidade da população, diversidade de conhecimento, diversidade regional); e uma França aberta (busca de parcerias franco-brasileiras com outros países do mundo).


A ambição do Ano da França no Brasil é também a de mostrar imagens e proporcionar sensações de uma França diferente, mais contrastante e aventureira do que poderíamos imaginar. Uma França que adora provar outras culturas, explorar outros territórios. Uma França que se inquieta e se questiona, em constante mutação, ao ritmo da evolução de sua sociedade, que é tão diversa quanto a brasileira. Uma França que cria a partir de suas interrogações, contemplando o mundo. Uma França, sobretudo, que olha para o Brasil com admiração, sabendo também o que ela ainda pode lhe oferecer. Uma França que, desde Jean de Léry até o rapper MC Solaar, passando por Blaise Cendrars e Claude Lévi-Strauss, se nutre da cultura brasileira, multiplicando assim suas reflexões e seus impulsos.


Do lado do Brasil, além da reciprocidade e de reforçar a aliança entre os dois países, promovendo muitos laços e intercâmbio, é importante também reiterar o interesse do Governo Federal e do Ministério da Cultura em estender e levar essa ação a todas as regiões do país, promovendo o que se chama a territorialidade de suas políticas, com ênfase, nesse caso, de suas políticas culturais. O Brasil, aliás, buscou a França e a cultura francesa ao longo de toda a sua história, assimilando-a e metamorfoseando-a à sua maneira. Desse interesse que os países têm um pelo outro resulta o desejo de reencontrar as idéias, as imagens e os sabores, para prolongar esta alegria de se conhecerem e de se surpreenderem mutuamente.

MAIORES INFORMAÇÕES: http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/

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