Há 40 anos, em plena Guerra Fria, Armstrong foi o primeiro homem a pisar na lua. Para comemorar o momento que marcou a história da humanidade, o Espaço Ciência preparou uma programação especial a qual eu tive o privilégio de participar da seguinte programação:
09:00h – Lançamentos de foguetes educativos.
10:00h – Vídeo/debate: chegada do homem à Lua.
15:00h – Lançamentos de foguetes educativos.
16:00h – Vídeo/debate: chegada do homem à Lua.
18:00h – Observação astronômica.
Participações: Espaço Ciência, CECINE-UFPE, Licenciatura em Física à distância-EaD/UFRPE e Sociedade Astronômica de Olinda (SAO).
Vamos conhecer um pouco das mudanças e avanços que o dia 20 de Julho de 1969 trouxe para o mundo.
O que o mundo ganhou com a corrida espacial
Foram gastos bilhões de dólares e depois do último vôo tripulado feito pelas missões Apolo (Apolo 17) em 1972, nada mais aconteceu. De acordo com a NASA, mais de 30 mil aplicações secundárias surgiram de seus laboratórios. Desde 1958: o detector de fumaça, o teflon das panelas, os monitores cardíacos, as câmeras de TV e sobretudo os computadores são seus subprodutos. Como seria a nossa vida sem os satélites? Ninguém assistiria uma copa do mundo ao vivo. É claro que alguns de seus produtos denominados spinoffs, nunca chegaram aos supermercados, como a pasta de dentes comestível, usada pelos astronautas nos anos 70. Na medicina são 136 aparelhos ou tecnologias resultantes das pesquisas espaciais. Problemas ósseos e musculares dos astronautas serviram de incentivo para a criação de drogas contra a osteoporose.
A NASA é famosa por suas missões espaciais tripuladas. Mas os benefícios práticos derivados de décadas de pesquisa tecnológica aeronáutica, investigações científicas na Terra e no espaço e voos espaciais bem-sucedidos tiveram imensa repercussão no mundo moderno. Dos painéis solares ao isolamento de ambientes que tornam nossas casas mais eficientes energeticamente, e às aplicações médicas dos Programas Mercury e Gemini, a corrida espacial gerou uma série de benefícios para a vida na Terra.
Monitores cardíacos
Os projetos Mercury e Gemini desenvolveram sofisticados sistemas de monitoramento para acompanhar o progresso fisiológico dos astronautas ao entrar e sair da órbita da Terra. Hoje, esta tecnologia é utilizada em Unidades de Terapia Intensiva e unidades cardiológicas especializadas.
Trajes de natação para competição
A NASA desenvolveu um traje de natação extraordinário. Sulcos pequenos, quase invisíveis, são aplicados ao tecido do traje para reduzir o atrito e a resistência aerodinâmica. Testes revelam que a velocidade dos atletas que utilizam o traje da NASA pode aumentar em até 15%.
Detecção de câncer de mama
O telescópio Hubble captou imagens incríveis da Nebulosa de Águia, mas agora, os chips Dispositivo de Carga Acoplada (Charge Coupled Device - CCD), utilizados para fotografar galáxias a anos-luz de distância, estão sendo aplicados em exames para diagnosticar doenças nos seios. Os chips CCD são tão avançados que podem detectar as minúsculas diferenças entre tumores malignos e benignos.
Tecnologia para pistas de decolagem
Os pesquisadores da NASA descobriram que recortar sulcos finos ao longo de pistas de decolagem de concreto reduz o risco de aquaplanagem das aeronaves. O excesso de água é drenado pelos sulcos, aumentando o atrito dos pneus com a pista molhada. Esta tecnologia foi adotada por vários aeroportos ao redor do mundo.
Bote salva-vidas auto-endireitável
O bote salva-vidas auto-endireitável da NASA foi desenvolvido para o programa Apollo. Ele infla em 12 segundos e permanece na posição correta sozinho, protegendo os astronautas em pousos na água durante condições de tempo extremas.
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