quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O que eles vêem de risco na nossa urna eletrônica?

Mil razões levam à demora nas apurações eleitorais, nos Estados Unidos. Começa que as eleições, lá, ficam a cargo dos estados, não do poder central. Não há Justiça Eleitoral Federal nem uniformidade de procedimentos. Cada unidade da federação estabelece suas regras, desde a votação em imensas cédulas, onde se vota para tudo, até o uso de máquinas mecânicas ancestrais. Vota-se pelo correio e até antecipadamente, em alguns estados. Inexiste agilidade, as filas estendem-se por quilômetros, nas diversas comarcas.

Uma pergunta, então, sai daqui para lá, sob o risco de a resposta voltar e nos intranqüilizar: por que não adotam, em todo o território americano, essas simples maquininhas utilizadas no Brasil inteiro, responsáveis pela eliminação das filas e pela apuração e proclamação dos resultados em poucas horas?


Não tem limites a diferença tecnológica entre eles e nós: há quantos anos foram à Lua e voltaram? Por que, então, esse inexplicável culto ao atraso? Agora, a resposta, capaz de nos dar arrepios: votam assim porque desconfiam que num universo em permanente evolução cibernética, povoado de hackers, é possível fraudar eleições realizadas através de computadores. Mesmo com o método tradicional, do voto de papel e contagem manual, ainda encontram dificuldades. E nós, heim?


FONTE: Carlos Chagas - Tribuna da Imprensa

1 comentários:

Em Saquarema-RJ aconteceu um fato muito estranho. Antes das eleições era só andar pelas ruas e perguntar em quem o eleitor iria votar que a resposta era unânime: Pedro Ricardo, candidato da oposição. Pois bem, o rapaz perdeu em todas, eu disse todas as 173 urnas da cidade. Perdeu e perdeu de muito. O mais estranho é que hoje, um mês após as eleições, você vai às ruas e os eleitores continuam unânimes em dizer que votaram em Pedro Ricardo. Seria muito mais cômodo pro eleitor dizer que votou na candidata vitoriosa. Mas não, o eleitor bate o pé afirmando que votou no outro. Curiosamente, é difícil encontrar alguém que confirme que votou na candidata vencedora, que coincidentemente é a esposa do deputado estadual Paulo Melo, presidente da ALERJ. Existem vários relatos da internet e inclusive vídeos no YOUTUBE atestando a vulnerabilidade das urnas eleitorais. Está lá pra quem quiser assistir. O fato é que esse triunvirato: Cabral, Zveiter e Paulo Melo atenta contra a democracia. Todos os poderes encontram-se de um lado só da balança, prejudicando a alternância do poder, principal filosofia da democracia. O fato é que não adianta espernear, pois o TSE, por mais que existam evidências que comprovem, jamais irá admitir fraudes em suas 'caixas pretas'. O ideal seria que a urna eletrônica emitisse, também, um cupom onde mostrasse em quem o eleitor votou. E que esse cupom fosse colocado numa urna tradicional ao lado dos mesários, para fins de comprovação posterior. Uma coisa é certa: nenhum outro país no mundo, depois de examinar, quis comprar nosso ‘avançadíssimo, rápido e moderno' método de escrutínio, nem o Paraguai.

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