Livro Primeiras Águas - Poesias

Este é o livro I da série Primeiras Águas.

Campanha Gravatá Eficiente

Fomentando uma nova plataforma de discussão.

A Liberdade das novas idéias começa aqui.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

"Nossas Escolhas Determinam o Futuro"



Promoção: Sociedade Nordestina de Ecologia - SNE

Período: 13 à 16 de outubro de 2009

Local: Hotel Fazenda Portal de Gravatá - Gravatá / PE.

Tema: Nossas Escolhas Determinam o Futuro



Objetivo:

O Congresso pretende dar conhecimento aos gestores públicos, empresários, membros da sociedade civil organizada e cidadãos comuns, sobre a relação que suas escolhas têm em relação à qualidade de vida no futuro, dando ênfase às mudanças climáticas. Ao escolhermos entre atitudes, produtos, equipamentos, matrizes energéticas, processos e políticas que recuperam, conservam ou destroem recursos naturais, estamos definindo forças que impactam positivamente ou negativamente o meio ambiente, e que modelam o futuro.


Temas-transversais

Visando estabelecer ligações orgânicas com diferentes áreas temáticas que se relacionam ao tema central, foram escolhidas seis temas-transversais que funcionarão com âncoras, sendo abordados durante o Congresso através de mini-cursos, conferências, mesas-redondas, comunicações técnicas integradas e estandes, são eles:

Conservação e Recuperação da Biodiversidade
Gestão dos Recursos Hídricos
Uso da Energia e Mudanças Climáticas
Produção e consumo sustentáveis
Legislação e Políticas Ambientais
Comunicação e Educação Ambiental.


Embora sejam tratados como prioritários, tais temas não serão exclusivos.


Público alvo:

Pessoas vinculadas a órgãos governamentais de meio ambiente, nas instâncias federal, estaduais e municipais; a empresas com programas ou projetos relacionados ao meio ambiente; a instituições de ensino e pesquisa com atuação na área ambiental; e a organizações do movimento social com atuação na temática ambiental, com ênfase nas entidades ambientalistas.
O prazo para inscrição do trabalho é 31 de julho.

domingo, 28 de junho de 2009

DUAS MÚSICAS PARA LER E OUVIR NESTE DOMINGO


Vossa Excelência
Titãs
Composição: P. Miklos, T. Bellotto, C.Gavin


Estão nas mangas
Dos Senhores Ministros
Nas capas
Dos Senhores Magistrados
Nas golas
Dos Senhores Deputados
Nos fundilhos
Dos Senhores Vereadores
Nas perucas
Dos Senhores Senadores...

Senhores! Senhores! Senhores!
Minha Senhora!
Senhores! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Senhores! Corrupto! Ladrão!...

Sorrindo para a câmera
Sem saber que estamos vendo
Chorando que dá pena
Quando sabem que estão em cena
Sorrindo para as câmeras
Sem saber que são filmados
Um dia o sol ainda vai nascer
Quadrado!...

Estão nas mangas
Dos Senhores Ministros
Nas capas
Dos Senhores Magistrados
Nas golas
Dos Senhores Deputados
Nos fundilhos
Dos Senhores Vereadores
Nas perucas
Dos Senhores Senadores...

Senhores! Senhores! Senhores!
Minha Senhora!
Bandido! Corrupto
Senhores! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão!...

-"Isso não prova nada
Sob pressão da opinião pública
É que não haveremos
De tomar nenhuma decisão
Vamos esperar que tudo caia
No esquecimento
Aí então!
Faça-se a justiça!"

Sorrindo para a câmera
Sem saber que estamos vendo
Chorando que dá pena
Quando sabem que estão em cena
Sorrindo para as câmeras
Sem saber que são filmados
Um dia o sol ainda vai nascer
Quadrado!...

-"Estamos preparando
Vossas acomodações
Excelência!"

Filha da Puta!
Bandido! Senhores!
Corrupto! Ladrão!
Filha da Puta!
Bandido! Corrupto! Ladrão!
Filha da Puta!
Bandido! Corrupto! Ladrão!
Filha da Puta!
Bandido! Corrupto! Ladrão!...

Zé Ninguém
Biquini Cavadão


Quem foi que disse que amar é sofrer?
Quem foi que disse que Deus é brasileiro,
Que existe ordem e progresso,
Enquanto a zona corre solta no congresso?
Quem foi que disse que a justiça tarda mas não falha?
Que se eu não for um bom menino, Deus vai castigar!

Os dias passam lentos
Aos meses seguem os aumentos

Cada dia eu levo um tiro
Que sai pela culatra
Eu não sou ministro, eu não sou magnata
Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém
Aqui embaixo, as leis são diferentes
Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém
Aqui embaixo, as leis são diferentes

Quem foi que disse que os homens nascem iguais?
Quem foi que disse que dinheiro não traz felicidade?
Se tudo aqui acaba em samba,
no país da corda bamba, querem me derrubar!!
Quem foi que disse que os homens não podem chorar?
Quem foi que disse que a vida começa aos quarenta?
A minha acabou faz tempo, agora entendo por que ....

Cada dia eu levo um tiro
Que sai pela culatra
Eu não sou ministro, eu não sou magnata
Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém
Aqui embaixo, as leis são diferentes (4X)

Os dias passam lentos
Os dias passam lentos

Cada dia eu levo um tiro
Cada dia eu levo um tiro
Eu não sou ministro, eu não sou magnata
Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém
Aqui embaixo, as leis são diferentes...

sábado, 27 de junho de 2009

Câmara se queixa do "Casseta & Planeta"

O Globo (Brasília):

Pressionada por deputados, a Procuradoria da Câmara vai reclamar junto à Rede Globo pelas alusões feitas no programa "Casseta & Planeta" exibido terça-feira passada.

Os parlamentares reclamaram especialmente do quadro em que foram chamados de "deputados de programa". Nele, uma prostituta fica indignada quando lhe perguntam se ela é deputada? O quadro em que são vacinados contra a "febre afurtosa" também provocou constrangimento.

Na noite de quarta-feira, um grupo de deputados esteve na Procuradoria da Câmara para assistir à fita do programa. Segundo o procurador Ricardo Izar (PMDB-SP), duas parlamentares choraram-coitadinhas. Izar se encontrará segunda-feira com representantes da emissora, para tentar um acordo, antes de recorrer à Justiça.

O presidente da Câmara também se disse indignado: - O programa passou dos limites. Eles têm talento suficiente para fazer graça sem desqualificar a instituição (que instituição???), que garante a liberdade para que façam graça.
O diretor da Central Globo de Comunicação, Luís Erlanger, disse que a rede só se pronuncia sobre ações judiciais, depois de serem efetivadas.

Os humoristas do Casseta & Planeta não quiseram falar sobre o assunto, dizendo não querer "dar importância à concorrência".

NOTA DE ESCLARECIMENTO

"Foi com surpresa que nós, integrantes do Grupo CASSETA & PLANETA, tomamos conhecimento, através da imprensa, da intenção do presidente da Câmara dos Deputados de nos processar por causa de uma piada veiculada em nosso programa de televisão. Em vista disso, gostaríamos de esclarecer alguns pontos:

1. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender as prostitutas. O objetivo da piada era somente de comparar duas categorias profissionais que aceitam dinheiro para mudar de posição.

2. Não vemos nenhum problema em ceder um espaço para o direito de Resposta dos deputados. Pelo contrário, consideramos o quadro muito adequado e condizente com a linha do programa.

3. Caso se decidam pelo direito de resposta, informamos que nossas gravações ocorrem às segundas-feiras, o que obrigará os deputados a "interromper seu descanso."

Equipe do Casseta & Planeta

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Lula sanciona MP 458, mas veta transferência de terra para pessoa jurídica




O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira a Medida Provisória (MP) 458, que estabelece regras para regularização fundiária de 67,4 milhões de hectares de terras públicas da Amazônia. No entanto, o governo decidiu vetar, na totalidade, o artigo 7° da medida e o inciso II do artigo 8° que tratam da transferência de terras da União para as pessoas jurídicas e para quem não vive na Região Amazônica.

No início da tarde, o presidente já havia alertado para possíveis vetos na MP. De acordo com ele, tudo o que não estava no projeto original poderia ser vetado. “Se tiver alguma coisa importante que tenha sido introduzida pelo Congresso, eu posso manter”, disse Lula na ocasião. A Lei será publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União (DOU).


Medida Provisória regulariza terras na Amazônia

Com a sanção, as áreas de até 1,5 mil hectares já ocupadas serão transferidas sem licitação a particulares que ocuparam as terras antes de 1º de dezembro de 2004. De acordo com a mensagem do Governo, “os vetos foram feitos por contrariedade ao interesse público”. A decisão foi tomada após serem ouvidos os ministérios da Justiça, da Fazenda, do Planejamento, do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente.

O governo justificou ainda que o novo marco legal para regularização fundiária na Amazônia Legal foi elaborado com base em dados que apontavam que a maior parte das ocupações de terras na região era exercida por pequenos e médios agricultores.



E que, diante deste fato, foram instituídos mecanismos para viabilizar a regularização de ocupações exercidas "por pessoas físicas ocupantes de pequenas e médias porções de terras da União, exploradas diretamente pelo ocupante que, por sua vez, tem nessa exploração sua principal atividade econômica".

“Não é possível prever os impactos para o desenvolvimento do processo de regularização fundiária, uma vez que não há dados que permitam aferir a quantidade e os limites das áreas ocupadas que se enquadram nessa situação”, diz a mensagem.


Leia mais sobre MP 458

MANUEL CORREIA DE ANDRADE


“M.C. DE ANDRADE”
Lucivânio Jatobá *

Foi naquele turbulento ano de 1963 que tive o primeiro contato com Manuel Correia de Andrade. Após um rígido Exame de Admissão, uma espécie de “vestibular” prematuro, fui acolhido pelo Colégio 3 de Agosto, em Vitória de Santo Antão, na época, um pequeno município da Zona da Mata pernambucana.

Uma semana antes do início das aulas, o Diretor do colégio entregou a lista dos livros, que deveriam ser comprados e obviamente estudados. Era um livro para cada disciplina, algo ao qual não estávamos acostumados: Ciências (Valdemar de Oliveira), Matemática ( Carlos Galante), História ( Borges Hermida), Português ( Vilanova), Geografia ( M.C de Andrade e Hilton Sette)... Dirigi-me à “livraria de dona Pautília” para comprá-los, cheio de curiosidade, afinal ia começar o Ginásio, um passo enorme na carreira estudantil de então.

Meu professor de Geografia, homem sério, sisudo, no primeiro dia de aula disse a todos nós, meninos do 3 de Agosto: vocês irão conhecer o mundo, estudando essa disciplina fantástica, que é a Geografia. Preparem-se!!!!

Preparem-se!!!! Aquela imposição inquietou-me. Preparem-se!!!! Voltei para casa com aquela frase ... E à tarde, após uma “pelada improvisadíssima” , resolvi abrir o livro Geografia Geral. Chamou-me a atenção um dos nomes dos autores: M.C. de Andrade. Quem era M.C. de Andrade? Quem seria aquele que, ao lado do seu co-autor, Hilton Sette, iria me fornecer as noções teóricas fundamentais da disciplina que me faria “conhecer o mundo”, nas sábias palavras do prof. “Bira”? No ensino Primário, tive apenas vagas noções de Geografia, e nunca ninguém me dissera que ela me faria conhecer o mundo...


Passei a ler o livro Geografia Geral, do M.C de Andrade, com curiosidade. Fascinavam-me as fotos, em preto e branco, de lugares e paisagens tão distantes da pequena Vitória de Santo Antão. Muitas vezes, buscava mais informações complementares numa coleção fascinante, intitulada “O Tesouro da Juventude”. No Segundo Ano ginasial, outro livro de M.C de Andrade, desta feita, um que analisava as regiões brasileiras. E no Terceiro Ano, outro de M.C de Andrade: Geografia dos Continentes... Sempre M.C de Andrade... E a frase do prof. “Bira”, com um certo ímpeto, me voltava à mente: “preparem-se!!!!!”

Em Vitória de Santo, como em todas as áreas emersas do planeta, há rios, vales, vertentes, áreas planas e rebaixadas, rochas, solos, vegetação... e gente. Esses elementos paisagísticos encontram-se numa interação dialética impressionante, que só depois, bem depois das aulas do de Agosto, quando despertei para a Dialética Marxista, pude compreendê-la em sua plenitude.

Os livros de M.C de Andrade faziam-me ver esses elementos paisagísticos não mais como um mero amontoado de coisas desconexas, mas como um cenário de uma grande peça , na qual todos os atores são importantes e se relacionam, em que todos têm um papel a desempenhar. Após a leitura dos capítulos dedicados, por exemplo, à Geografia Física, passei a identificar as complexas relações entre a litologia da Serra de Pacas, a tectônica local e o fluxo das águas que acabavam por desembocar no leito do Tapacurá, o rio que cortava, mansa e perigosamente, a minha cidade querida. A verdade é que não fui mais o mesmo...

Alguns anos depois daquele primeiro dia de aula no famoso e disciplinarmente rígido colégio vitoriense, descobri a atividade política, numa outra sala de aula, agora no prédio da antiga Escola Técnica Federal de Pernambuco ( ETFPE, como carinhosamente a chamávamos). O ano era de muita efervescência política. 1968, ano de muitas recordações; ano de muitas descobertas. Em poucos meses, estava participando do GENIP ( Grêmio Estudantil Nilo Peçanha) e daí o pulo foi grande para a atividade contestatória, inserido que fiquei em um grupo político clandestino. A atividade partidária era limitada a dois partidos “legais”: a ARENA e o MDB, que , na época, não me despertavam o menor interesse... Fui levado pelos arroubos de juventude.

Numa tarde, daquele ano famoso, recebi um jornal clandestino, ultra-radical. Foi-me presenteado por Marcos Valença, um jovem inteligente, agradável e oriundo de uma família de expressivos comunistas pernambucanos. Era o “Resistência Secundarista” ou RS, como dizíamos. O jornal mimeografado, de qualidade gráfica sofrível, trazia , logo na primeira página, a frase de Lênin: “ Sem teoria revolucionária, não há movimento revolucionário”. E ao lado da frase, o desenho de uma pilha de livros e sobre esta uma metralhadora... Recebi o jornal de Marcos, mas com uma ressalva importantíssima para a época: “ cuidado, não mostre a ninguém! Leia escondido!”

Fiquei ansiosíssimo para ler aquele material tão “perigoso”, que deveria ser consultado em local fechado e isolado... Era um jornal de partido e se destinava a formar o que os comunistas designavam como os “novos quadros revolucionários”.Em minha casa, dediquei-me à leitura do RS. Num dos artigos, que infelizmente a minha memória conseguiu sepultar da mente o título, talvez por um mecanismo de defesa do ego, havia uma análise das lutas camponesas no Brasil e também das “guerras” nativistas . O autor, no final, apresentava uma espécie de questionário para ser respondido e , então, mencionava uma série de livros, que ajudariam a responder as interrogações. Nessa bibliografia estavam dois livros de um autor que me chamou logo a atenção: 1- A Terra e o Homem no Nordeste e 2- A Guerra dos Cabanos. O autor era Manuel Correia . de Andrade...

Preparem-se! A frase do meu velho professor voltou-me naqueles anos de chumbo. Novamente M.C. de Andrade despontava nas páginas dos livros, ajudando-me a desvendar a essência das coisas nas manifestações externas dos fenômenos sociais... Um novo mundo eu começava a descobrir com aquelas leituras... na solidão do meu quarto.

E veio um período de escuridão e de silêncio e de medo; um tempo para acumular excessos de vontade e reprimir sonhos juvenis.

Em 1972, querendo conhecer ainda mais o mundo, fiz o vestibular para a UFPE e passei a cursar Geografia. No primeiro dia de aula, tive vontade de conhecer M.C. de Andrade. Caminhei por um comprido corredor, onde estavam gabinetes de professores notáveis, de um lado e de outro, com umas placas simples afixadas nas portas: Prof. Gilberto Osório, Prof. Jerônimo Lemos de Freitas, Prof. Romildo Carvalho, Prof. Hilton Sette... Não havia a sala do Prof. M.C. de Andrade que, depois fiquei sabendo, se transferira para o Departamento de Economia da referida universidade. Fui ser aluno de Hilton Sette, um homem culto e de voz estridente. Um excelente professor universitário, mas com lamentável e impeditivo problema de visão.

Creio que em 1975, caminhando por esse corredor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE, vinha em minha direção um homem forte, alto, de passos calmos...Ao passar, cumprimentou-me e a um colega que comigo estava...

Perguntei a esse aluno de minha turma:
-quem é esse professor?
- Não o conhece? E´ Manuel Correia de Andrade!
- Não o conhecia pessoalmente! É o M.C. de Andrade?
- Quem?- indagou-me surpreso o colega . M.C. de Andrade???

Sei que fiquei emocionado. M.C. de Andrade, ali junto de mim, cumprimentando-me educadamente. M.C de Andrade, aquele da capa do livro Geografia Geral, que adquiri na livraria de dona Pautília. Tive vontade de chamá-lo para dizer: o senhor me mostrou um mundo que eu não conhecia...! Inibi-me, contudo.

Dois anos depois, fui ser aluno do Curso de Mestrado em Geografia da UFPE, que havia sido recentemente criado. Ao inscrever-me nas disciplinas, notei que havia uma, com um pomposo título: “História e Rumos do Pensamento Geográfico”- prof. responsável: Manuel Correia de Andrade. Matriculei-me, de imediato. A expectativa era a mesma daquela por mim vivenciada no já distante ano de 1963.

O contato com Manuel Correia foi sendo cada vez mais constante. De início, uma relação aluno-professor, que desembocou numa amizade e concluída na honrosa situação de ser co-autor de trabalhos acadêmicos dele. Agora não era mais M.C. de Andrade. Ele não assinava mais assim os seus trabalhos de pesquisa nem suas dezenas de livros de Geografia e História. Mas para mim ele continuava M.C. de Andrade.

Em 1976, quando coordenou o Mestrado em Geografia , o Brasil estava ainda sob um regime de exceção. A análise dialético-marxista dos fenômenos sociais e econômicos era absolutamente proibida. A barreira era imensa. Como transpor os obstáculos à livre manifestação do pensamento? Eis a questão central naqueles anos.
Manuel Correia, ao estruturar o curso, convidou para ministrar aulas alguns dos mais renomados professores de Geografia do Nordeste brasileiro, mas tidos como “conservadores”: Gilberto Osório de Andrade, Rachel Caldas Lins, Mário Lacerda de Melo, Romildo Ferreira de Carvalho. Porém, de forma ousada, incluiu no quadro docente do curso, jovens professores de esquerda (naquela época havia Esquerda e Direita...), quase todos de orientação marxista. E o curso passa a funcionar com as duas vertentes ideológicas convivendo harmoniosamente e impedindo que medidas repressivas fossem tomadas contra aquele curso meio “herético” e “híbrido”.

O Curso de Mestrado em Geografia começou a assumir um papel polarizador. De repente, espalhou-se que, em Pernambuco, havia um Mestrado em Geografia com orientação marxista. E aí surgem alunos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Acre, Rio Grande do Norte... As aulas de Manuel Correia, que nunca se assumiu como marxista, eram concorridas e tinham uma grande carga de leitura, sempre atualizada. Vez por outra, o prof. Manuel contava umas histórias engraçadas, que causavam um riso generalizado, descontraindo a todos.

Convivi com Manuel Correia durante 30 anos. Ele considerava-me um “homem conservador”, politicamente falando, mas nunca vetou-me em nada! Gostava de conversar sobre política com ele, que sempre se auto-referia como “um homem de esquerda”, disciplinado e fiel aos princípios que carregava desde os anos da Ditadura Vargas. Impressionava-me essa fidelidade ideológica.

No ano de 2006, estava com Manuel Correia, numa reunião de discussão sobre um livro de Geografia de Pernambuco, por ele coordenado. Antes de começar a reunião, “puxei assunto” político. E esse diálogo, que tentarei reproduzir aqui, foi o que mais me impressionou nesses trinta anos de convivência.

- Prof. Manuel, como é que o senhor está vendo essa crise nacional?
- Lucivânio, nunca vi algo assim! Nunca pensei que iriam fazer algo assim no Brasil. Tenho vergonha!
- Prof. Manuel, o senhor tem uma coluna semanal num importante jornal daqui, por que não escreve sobre isso? Por que não denuncia isso?

Ele calou-se e ficou com os olhos vermelhos, quase chorando.
Um artigo de Manuel Correia, denunciando a corrupção estruturadíssima, as traições de princípios por alguns políticos de esquerda e outras coisas mais do mesmo gênero, que criaram a maior crise ética da História da República, teria um efeito devastador, sobretudo nos meios intelectuais. Quem poderia rotulá-lo de conservador? Quem ousaria acusá-lo de defensor das “elites” por criticar o óbvio? Preferiu não escrevê-lo para publicá-lo, no espaço dominical do Jornal do Commércio que lhe era reservado, em nome de seus princípios político-ideológicos.

Tive o privilégio, em certo sentido, de ter lido esse artigo, nunca escrito por ele, todas as frases, todos os parágrafos e sinais gráficos naqueles olhos vermelhos, lacrimejando... e no silêncio que se fez na sala da Cátedra Gilberto Freyre, onde estávamos. Olhos tristes da decepção!

A vida segue inexorável, porém a obra acadêmica de M.C de Andrade e o seu exemplo de homem estudioso ficarão para sempre sedimentados na História das Ciências Sociais e da Terra no Brasil.

* Professor Adjunto da Universidade Federal de Pernambuco

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Michael Jackson morre aos 50 anos





Uma fonte informou à Associated Press (AP) que o popstar Michael Jackson morreu nesta quinta-feira em Los Angeles. A pessoa deu a informação sob anonimato e afirmou que o cantor tinha 50 anos. A causa da morte não foi informada e não houve confirmação oficial. Horas antes, o cantor havia sido levado às pressas para um hospital em Los Angeles.


Segundo a rede de televisão "CNN", o cantor teria sofrido um ataque cardíaco. Jackson estava tentando voltar à carreira depois de anos em manchete de jornais principalmente por conta de acusações de assédio sexual contra crianças, pelas quais foi julgado e absolvido.
fonte: Agencia Estado
O próximo dia 12 de Julho estava marcado para o retorno de Michael. Havia uma programação de 50 shows na Inglaterra. Infelizmente os fãs não poderão ver novamente aquela figura que encantou o mundo com suas canções e sua revolucionária forma de dançar.
Adeus, Michael Jackson!

Na dúvida, pergunte ao Alec


Aos 10 anos, Alec Greven faz sucesso com livro em que ensina aos coleguinhas como se aproximar das meninas sem fazer papel de bobo.



Quem pensaria em pedir conselhos amorosos ao loirinho da foto acima, de sorriso simpático mas sem jeito de ter milhagem no assunto?


Resposta: um bocado de gente.
"Se ela não gostar de você, não se preocupe; acontece", prescreve Alec Greven, repetindo uma regra inúmeras vezes escrita em milhares de livros de autoajuda e raramente seguida. Do alto de seus 10 anos, Alec já acumula alguma experiência: tinha 8 quando escreveu o best-seller Como Falar com Meninas, que a editora Record acaba de lançar no Brasil.



O livro surgiu de um trabalho de escola.
"A professora pediu para a gente escrever um livro sobre qualquer assunto. Eu não tinha nenhuma boa ideia para uma história, então resolvi ajudar os meninos que tentam conversar com as garotas no recreio", contou ele a VEJA. Como problemas amorosos existem em qualquer lugar e em todas as faixas etárias, o trabalho, de encantadora espontaneidade, chamou a atenção dos professores, foi impresso e começou a ser vendido na própria escola de Castle Rock, no estado do Colorado, a 3 dólares o exemplar.



Alec foi ficando conhecido, começou a ser convidado para programas de TV e, um dia, viu-se sentado no sofá da influente apresentadora Ellen DeGeneres, que gostou da sua conversa e o pôs em contato com uma editora. Como Falar com Meninas vendeu mais de 150.000 exemplares nos Estados Unidos, foi traduzido para dezoito idiomas e teve os direitos comprados pela Fox, que o transformará em filme, ainda sem previsão de estreia.



"Alec é o tipo de autor que aparece uma vez na vida de um editor. Ele tem talento, boas ideias e uma simplicidade inata que contagia a todos", elogia Toni Markiet, editora executiva de literatura infantil da HarperCollins, que já lançou outros dois livrinhos na mesma linha, nos quais o menino ensina como falar com mães e pais. Um terceiro está a caminho (Como Falar com Papai Noel) e, para o ano que vem, o quarto, dessa vez um relato pessoal das experiências de Alec na escola.


A naturalidade é o grande trunfo de Alec, que fala do que conhece, leva jeito para escrever e é engraçadinho. Desde que não se espere de seus livros nada além do que um menino muito esperto de 10 anos é capaz de produzir – quem esperar mais pode ir direto ao melhor livro de autoajuda sobre comportamento amoroso jamais escrito, As Relações Perigosas.



Como no romance epistolar do fim do século XVIII, de Choderlos de Laclos, o principal conselho de Alec é não demonstrar interesse excessivo pelo alvo em potencial da conquista para não tirar o sabor de emoção e de incerteza do processo todo. Considerações recheadas de bom senso se misturam a estatísticas que, modesto, avisa, "se baseiam nas minhas observações na escola; não têm alcance global". Entre elas: "Cerca de 73% das meninas normais dispensam os meninos; 98% das meninas bonitas dispensam os meninos".



A imagem de bom menino do interiorzão americano é outra vantagem de Alec, que doa parte do que ganha com os livros a uma fundação de pesquisa sobre câncer, em memória da avó, vítima da doença. O restante é administrado pelos pais – um empresário do ramo de guarda-volumes e uma dona de casa que, além do mais velho, Alec, têm mais dois filhos (o do meio, evidentemente, já pensa em escrever um livro).



Em Castle Rock, Alec leva vida normalíssima para a idade: é bom aluno, vai passar as férias de verão na Flórida, gosta de jogar beisebol, sonha em conhecer a Casa Branca – nenhum convite até agora –, não liga para videogame, pouco vê TV e é fã de Harry Potter.


"Eu fiquei mais conhecido aqui, mas não sou nenhum Justin Timberlake. Nem adulto eu sou ainda", releva.



O sucesso literário não impressiona os coleguinhas:



"Não fiquei muito mais popular na escola. Perguntam como é aparecer na televisão e conversar com pessoas do mundo inteiro, mas não ganhei mais amigos por isso".


E como é aparecer na TV?


"Minha mãe me ajuda a escolher a roupa e eu treino com ela possíveis perguntas e respostas. Fico meio nervoso, mas todo mundo é muito legal comigo", responde.



Sobre relacionamentos, fora as observações da hora do recreio, ainda se mantém no ramo teórico.


"Nunca tive namorada. Acho que é porque sou muito novo. Meus pais ainda não me deixam sair para encontros", diz. "Mas, quando eu tiver 16 anos, vou encontrar alguém." De preferência, uma menina de cabelo liso, a única exigência que confessa, embora avise: "Se ela for muito legal, até pode ter cabelo cacheado".



Surpreendentemente, não pretende ser escritor quando crescer. Quer ser arqueólogo – com bastante tempo para namorar e escrever livros, claro.



FONTE: Revista Veja


Matéria Escrita por: Suzana Villaverde

O valor do diploma



Os resultados preliminares do Censo Escolar 2004 derrubam por terra a expectativa do aumento das matrículas no ensino médio, como conseqüência do crescimento do ensino fundamental registrado na década de 90.
Os dados, recém-divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), revelam uma forte queda no ritmo de crescimento, que apenas atingiu a casa do 1%, contra a expansão de 4,1% comemorada em 2003. Especialistas creditam boa parte dessa redução ao fato de que um maior número de jovens está optando pelo ensino técnico, por seu caráter profissionalizante (aumento de 14,5%).
Ou até mesmo pela Educação de Jovens e Adultos, o antigo supletivo (salto de 4,4 milhões para 4,6 milhões de matrículas), que possibilita a formatura em apenas um ano, ao contrário dos três exigidos pelo ensino médio regular.
Os mesmos especialistas concluem que a raiz da opção por cursos mais rápidos está na baixa renda de boa parte dos jovens, em especial os da rede pública, que precisam abandonar os estudos para trabalhar e ajudar na sobrevivência da família. Ou seja, muitos deixam de lado o sonho de entrar para a faculdade, só porque não têm condições de pagar as despesas escolares do ensino médio e dos cursinhos.
A situação dramática de milhares de jovens de 16 a 18 anos é confirmada por uma pesquisa: quatro em cada dez estagiários do CIEE confessam que usam a bolsa-auxílio para pagar os estudos ou ajudar no orçamento familiar.
Esses números ganham maior relevância quando comparados a um outro dado. Dos 84 mil estudantes do ensino médio cadastrados no banco de dados do CIEE/SP, à espera de uma vaga de estágio, 89% pertencem a famílias com renda de até 400 reais .
São jovens, em sua maioria, com idade entre 16 e 18 anos, faixa que concentra o mais alto percentual de desempregados. Além disso, nunca é demais lembrar que, nesse grupo, a escalada da violência, o aliciamento pelo crime organizado, o consumo de drogas e a prática sexual sem os devidos cuidados são problemas que acompanham e agravam a situação dos jovens, principalmente nas periferias das grandes cidades.É esse cenário sombrio, marcado pela falta de perspectiva mas pontilhado pelos expectativas dos jovens ainda capazes de sonhar com um futuro melhor, que estimula o CIEE a insistir na luta para assegurar que se reconheça o direito constitucional do estágio para os alunos do ensino médio.
Essa oportunidade, além de garantir uma remuneração mensal para a conclusão de seu curso regular, ainda é um eficiente passaporte para a conquista do primeiro emprego. Aliás, com uma dupla vantagem: garante ao futuro profissional uma inestimável experiência prática anterior e até um salário melhor. Estudos da Fundação Getúlio Vargas/RJ indicam que cada série completada corresponde a um acréscimo de 16% no salário do trabalhador.
Para se ter uma idéia prática, o estudo lembra que, admitindo uma renda média do trabalho de uma pessoa sem nenhum estudo seja de 38 reais, a de quem concluiu a universidade chegará a 2.200 reais. Diante desses números, não resta dúvida de que o melhor investimento é o estudo, tanto para o indivíduo quanto para a sociedade.
E, nesse cenário, o estágio deve ser valorizado e estimulado pela contribuição que poderá dar para que milhões de jovens tenham uma vida melhor daqui a poucos anos. E que o país venha a conviver, finalmente, com uma distribuição de renda menos vergonhosa.


Luiz Gonzaga Bertelli é presidente-executivo do CIEE, diretor da Fiesp/Ciesp e presidente da Academia Paulista de História.


Fonte: Diário de S.Paulo.

Diploma: só eu sei o valor que o meu tem


Por *Priscila Armani

Revolta é pouco para descrever como estou me sentindo com essa decisão irresponsável do STF de anular a necessidade de diploma de curso superior para exercer o Jornalismo.


Essa decisão só demonstra como, para a Justiça, o profissional de imprensa não vale nada. De repente, o nosso mercado de trabalho, já tão precário, se tornou inexistente. Agora, qualquer pessoa pode concorrer conosco a uma vaga de trabalho.


Sim, porque qualquer imbecil pode ser jornalista, não é verdade? Basta escrever bem. Numa época em que a Internet nos dá um milhão de possibilidades, todo mundo pode emitir uma opinião e ser ouvido e aplaudido. Qualquer bobagem ganha o status de notícia. Ética passa a ser um item dispensável.


De repente, não há mais diferença entre o que sai no Kibe Louco e o que sai na Folha de São Paulo. Será um “salve-se quem puder” entre as pessoas que quiserem se informar e ainda precisarem de notícias que tenham um mínino de embasamento.


Na verdade, as pessoas não precisam mais saber de nada. Por isso o diploma sequer é necessário. Para que qualificar quem vai falar se ninguém mais está disposto a ouvir? Além do mercado estar saturado de profissionais (diplomados ou não), o formato cansou as pessoas. Agora, tudo precisa ser entretenimento.


No futuro, o Youtube estará formando opiniões. O senso crítico será desnecessário. Estamos caminhando rumo a uma era em que receberemos, confortavelmente, em nossos sofás, o que pensar e como agir. Trabalharemos, teremos lazer no fim de semana, e receberemos passivamente tudo que nos for imposto, sem sequer pensar a respeito.


Discernimento será reservado a poucos, especialmente a aqueles que estarão no poder. O povo será massa de manobra. As empresas lucrarão. E os recursos naturais serão exauridos.


Quando eu decidi, em 2002, que iria ser jornalista e entrei numa faculdade particular, eu queria fazer algo para reverter esse quadro. Eu não sabia o que, mas eu queria fazer alguma coisa. Foi isso que me motivou a ficar, com muito sacrifício meu e da minha família, 4 anos lá.


Para mim, não importa o que o STF diga. O meu diploma tem valor. Só eu sei o valor que o meu diploma tem. E, apesar dos pesares, ainda estou disposta a fazer alguma coisa para contornar essa situação tão degradante para a qual nosso país está caminhando.


‘O que você fará?’, o leitor deve estar se perguntando. Bem, ainda não tenho certeza. Comecei escrevendo este texto. Talvez isso já seja um primeiro passo.

*Priscila é Jornalista - Escreve sobre Cultura e Cinema.

TWITTER: http://twitter.com/priskka

SITE: http://priscilaarmani.wordpress.com/

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Jornalista não precisa mais de diploma - Supremo derruba a exigência do diploma


O Supremo Tribunal Federal decidiu pela inconstitucionalidade do Decreto-Lei 972/69, que exigia conclusão comprovada de curso superior específico para o exercício da profissão de jornalista.

O STF decidiu ontem, por 8 votos a 1 – vencido o ministro Marco Aurélio – que jornalista não precisa ter diploma para exercer a profissão, ao considerar inconstitucional o Decreto-Lei 972/69, que exigia dos profissionais – além da conclusão comprovada de curso superior específico – "prévio registro no Ministério do Trabalho".
O voto-condutor foi do ministro Gilmar Mendes, para quem "o jornalismo é uma profissão diferenciada, em face de sua estreita vinculação ao pleno exercício das liberdades de expressão e informação", não devendo ser incluída entre as que exigem "qualificações técnicas especiais", como a de médicos ou engenheiros.

A decisão foi tomada no julgamento de um recurso extraordinário, ajuizado pelo Ministério Público Federal e pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo, contra acórdão do TRF da 3ª Região, que afirmava a necessidade de diploma.

Gilmar Mendes deu ênfase à interpretação harmônica dos incisos 9 e 13 do artigo 5º e do artigo 220 da Constituição. Depois de ressalvar ser "inegável" que a frequência a um curso superior "pode dar ao profissional uma formação sólida para o exercício cotidiano do jornalismo", comentou:
"Tais cursos são extremamente importantes para o preparo técnico e ético dos profissionais (...), assim como o são os de culinária, marketing, desenho industrial, moda e costura, educação física, que não são requisitos indispensáveis para o regular exercício das profissões ligadas. Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima o Estado a exigir que qualquer refeição seja feita por profissional com diploma. Certamente o poder público não pode assim restringir a liberdade profissional no âmbito da culinária, e disso ninguém tem dúvida, o que não afasta, porém, a possibilidade do exercício abusivo e antético dessa profissão, com riscos à saúde e à vida dos consumidores".
Os ministros Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Ayres Britto, Cezar Peluso e Ellen Gracie seguiram o relator. Marco Aurélio não viu, no Decreto-Lei "conflito a ponto de declarar sua inconstitucionalidade.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

PROFESSORES DE GRAVATÁ FICAM SEM 13º SALÁRIO



ABSURDO.

ACABEI DE SER INFORMADO DE QUE A ATUAL GESTÃO DO PSDB NÃO PAGARÁ A PARCELA DO 13º SALÁRIO, SEMPRE NO DIA 20 DE JUNHO, COMO VINHA SENDO FEITO NOS ÚLTIMOS ANOS. ALÉM DISSO, O AUMENTO SALARIAL TAMBÉM NÃO SERÁ REALIZADO, POIS SEGUNDO CONSTA AS INFORMAÇÕES, A CÂMARA DE VEREADORES NÃO APROVOU A PROPOSTA SINDICAL.

DIZEM AS PESSOAS LIGADAS À SECRETARIA DE EDUCAÇÃO QUE OS PROFESSORES DE GRAVATÁ IRÃO TRABALHAR
POR AMOR E NÃO NECESSITAM DE AUMENTO DE SALÁRIO.

SENDO NOSSAS CONTAS PAGAR COM AMOR, QUERO ENTAO LANÇAR TRÊS PROPOSTAS IRRECUSÁVEIS:

PRIMEIRA PROPOSTA

A PARTIR DE AGORA, TODOS OS VEREADORES NÃO IRÃO RECEBER NADA AO SEREM CONVOCADOS PARA AS REUNIÕES EXTRAORDINÁRIAS E TERÃO SALÁRIO REDUZIDO EM 50%. TUDO PARA PROVAREM SEU AMOR POR GRAVATÁ.

SEGUNDA PROPOSTA:

PREFEITO, VICE, SECRETÁRIOS E ADJACENTES DE PLANTÃO IRÃO DOAR 90% DO QUE GANHAM PARA TAPAR OS BURACOS (NAS RUAS DE GRAVATÁ) DEIXADOS PELAS PÉSSIMAS OBRAS DA ANTIGA GESTÃO. TUDO POR AMOR A NOSSA CIDADE.

TERCEIRA E ÚLTIMA PROPOSTA:


TODOS OS EMPRESÁRIOS GRAVATAENSES QUE INVESTIRAM NA ÚLTIMA CAMPANHA, TODOS OS POLÍTICOS QUE JORRARAM DINHEIRO EM PROL DA ELEIÇÃO DO PREFEITO E TODAS AS SANGUESSUGAS DE PLATÃO DEVERÃO FAZER UMA DOAÇÃO DE R$ 1.000 PARA CADA UM DOS PROFESSORES QUE SE SENTEM INJUSTIÇADOS COM TAMANHO DESCASO, ATÉ O DIA EM QUE O PISO SALARIAL FOR RECONHECIDO. MAS, ATENÇÃO: SÓ RECEBERÃO O DINHEIRO AQUELES QUE REALMENTE NÃO ESTÃO FELIZES. E EU QUERO SER O CAIXA DESSE PAGAMENTO. COM CERTEZA TODOS ESTES CIDADÃOS FARÃO DE BOM GRADO POR AMOR AO NOSSO MUNICÍPIO.


TENHA A SANTA PACIÊNCIA.

VAMOS VER SE A GREVE É REALMENTE A SAIDA DIGNA PRA SERMOS OUVIDOS.


domingo, 21 de junho de 2009

VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO? QUANDO? ONDE? COMO?



O inciso V do artigo 206, da Constituição Federal de 1988, refere-se à valorização dos profissionais do ensino. Aqui, vale salientar que a Constituição cuida, preponderante, dos profissionais do ensino público. Vale salientar que que o inciso não se refere aos professores, mas aos profissionais do ensino. Ora, a estes profissionais são garantidas três prerrogativas:

a) Planos de carreira para o magistério público
b) Piso salarial profissional
c) Ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos.



Temos percebido que o nosso ofício tem se tornado um simples bico, um ganho avulso, um passatempo ocasional, uma mera viração, um emprego subsidiário e, conseqüentemente, nada rendoso. A tarefa de educar, mesmo sendo através de concurso reconhecido, tem sido banalizada em sua importância. Parece que “qualquer um” pode ser professor. E o que acontece?

Muitas vezes escutamos, no meio escolar ou familiar, professores a dizer que o magistério é uma carreira simples, que não precisa se estudar, se preparar. Ora, ser educador não é tão simples assim. É uma carreira que exige muito esforço, muito compromisso, muita dedicação, muito estudo. Como carreira, o magistério, para o verdadeiro profissional do ensino, é um modo de vida, é sua profissão, é, acima de tudo, uma missão das mais honrosas.

Tal visão retrógrada da profissão faz com que muitos políticos se esqueçam de também valorizarem a figura do educador. A premissa de que qualquer profissional da face da Terra precisou de um professor é constantemente esquecida pelos poderes públicos. Para nós, a tarefa do Poder Público é fazer a ordenação, através dos planos de carreira para o magistério público, a ordenação dos cargos a partir das titulações acadêmicas (graduados, especialistas, mestre, doutores, pós-doutores).

Quando isso não ocorre, pagamos um preço alto. Ao lado de uma visão missionária, o professor do mundo atual, precisa ser bem remunerado pelo trabalho que desempenha. Outro dia ouvi uma pessoa dizer que se arrepende muito ter feito o curso de Letras e exercer a carreira de professor. Isto porque a sua amiga de infância, hoje fonoaudióloga, ganha uma média de R$ 150,00 por dia, em dois vínculos empregatícios.

É triste. Mas é verdade e justa a revolta da professora. Dias atrás eu mesmo reclamava da vida porque havia estudado tanto e não conseguia entender porque vereadores analfabetos ganham tanto em tão pouco tempo e se aposentam muito antes do que um professor no efetivo exercício de sua função.

A valorização do profissional do ensino é a primeira providência para transformar o profissional do ensino para evitar a perda de sua dignidade e identidade profissional. O profissional do ensino não pode ser considerado, no mercado escolar, como uma simples mercadoria, como um meio político de conseguir votos, como fetiche de joguetes sórdidos de uma gestão pública.

Tal situação ronda muitas cidades do Brasil. E o que mais entristece é o fato de que não somos uma classe de profissionais reconhecidos e em nada somos corporativistas, como ensinam os profissionais da saúde, em especial, os médicos. Pelo contrário, somos extremamente egoístas do ponto de vista coletivo e completamente imediatistas quando se refere a reajuste salarial.

Quando um professor se destaca ao fazer reivindicações para a categoria, logo é chamado a ocupar cargo de “diretor de ensino”, “supervisor”, “coordenador”, “diretor escolar e vice” ou outro cargo alusivo ao interesse pessoal. Ou seja, são os profissionais que se vendem por quatro ou oito anos ao gestor municipal. É uma prática muito comum em 99,9% das prefeituras brasileiras.

Sindicatos e sindicalistas ganham status de poder e são levados obrigatoriamente às mãos do executivo. Uns ganham bolsas de estudos, outros regalias profissionais ou simplesmente se contentam em receber esmolas que variam entre R$ 50, e R$ 200, mensais para ficar quieto e contra os seus próprios colegas e conquistas futuras. É o chamado “cala a boca” que faz um bem danado pra quem cala...

Será que o senso comum de classe não chegará um dia ao entendimento do que se refere o inciso V do artigo 206, da Constituição Federal? Ou seja, não chegará o dia em que não precisaremos ver colegas de profissão sem venderem por tão pouco, virando as costas para a sua própria categoria? Será que não conhecemos gestores públicos que valorizem o professor, não só do ponto de vista da remuneração como também pela sua formação, pelo sem emprenho, pela sua entrega a causa da Educação?

Vivemos em uma das maiores democracias do mundo e em um dos piores sistemas educacionais do planeta. Tal contradição explica porque ainda não temos o direito de elegermos o diretor e o vice-diretor escolar. É vergonhoso para um profissional ocupar um cargo que não lhe pertence de fato e de direito. E mais vergonhoso ainda é saber que nós somos vistos como profissionais de custo muito barato...



Ademais, ficam três perguntas referentes às prerrogativas citadas acima:


Para que temos um plano de cargos e carreiras?



Para que temos um piso salarial nacional?



Para que fazermos concursos e nos dipormos a provas de títulos?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

REPASSANDO

Independentemente de orientação política, é preciso estar atento ao que anda acontecendo no Congresso Nacional.
Mande para pessoas formadoras de opinião. Chega de sermos otários. A internet está dando resultado.
Temos um poderoso meio de comunicação na mão. Vocês viram a Petrobrás baixando os preços dos combustíveis?
A internet pressionou muito divulgando para que boicotássemos os Postos BR (Petrobrás).
Precisamos mostrar que o povo tem força e luta pelos direitos e uso correto do dinheiro público. Tem certas coisas que só dependem de nós, e este absurdo, não podemos deixar.
Atenção: Um deputado chamado Jutahy Magalhães , do PFL da Bahia, é o autor de um projeto de lei que legaliza a corrupção em nosso país (que parece não ser muita!).
O projeto, conforme matéria da Rede Globo, proíbe o Ministério Público de investigar atos de corrupção de Presidente da República, Governadores de Estados, Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais e Prefeitos.
De acordo com a nova lei, que já foi aprovada em primeiro turno no congresso, esse pessoal aí vai deitar e rolar com o dinheiro público, sem ser importunado.
Então, caros internautas, vamos espalhar esse assunto para toda a rede. Vamos pressionar de todas as formas possíveis, para que essa lei absurda e imoral não seja aprovada. Vamos nos utilizar de todos os meios disponíveis: televisão, rádios, jornais etc...etc...
O Brasil e o Povo Brasileiro não pode, de forma alguma, aceitar isso: que meia dúzia de parlamentares mal intencionados (o que parece ser o caso do tal Jutahy) legalizem a corrupção e a bandalheira em nosso País.
Nós, internautas, já fomos responsáveis por soluções e divulgação de vários casos lamentáveis que envergonham todo e qualquer cidadão de bem. Acredito ser esta causa justa e que precisa ser levada ao conhecimento de toda a população .
Não vamos, de forma alguma, deixar passar em branco este ato vergonhoso, arquitetado por este elemento. Fiquem atentos, e vamos salvar o Brasil de mais esta maracutaia.. Divulguem este manifesto para todo o seu catálogo de endereços.
Franklin Martins (Rádio CBN e Rede Globo)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

REPASSES DO GOVERNO FEDERAL AO NOSSO MUNICÍPIO

O PORTAL DA TRANSPARÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL - http://www.portaldatransparencia.gov.br - INFORMA:

GRAVATÁ RECEBEU ATÉ O PRESENTE MOMENTO: R$ 14.404.549,82

QUALQUER CIDADÃO PODE ACOMPANHAR OS REPASSES FEITOS PELO GOVERNO FEDERAL AO MUNICÍPIO DE GRAVATÁ, VALOR POR VALOR NO SITE DO PORTAL.

É IMPORTANTE ESTARMOS DE OLHO, SEMPRE!

sábado, 13 de junho de 2009

DIA DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO

15 de Junho: Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa.


O conselho Municipal do Idoso, em parceria com a Prefeitura de Gravatá, estará promovendo uma série de atividades alusivas ao dia Internacional do Combate à Violência contra o Idoso. A data 15 de junho foi instituído pela Organização das Nações Unidas – ONU – no ano de 2002, como o “DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA”, com a finalidade de chamar a atenção da sociedade civil, Poderes Públicos: Executivo, Legislativo e Judiciário sobre as diversas formas de violência que a pessoa idosa sofre.


“O Conselho Municipal do Idoso de Gravatá é um órgão deliberativo, fiscalizador e controlador das Políticas Públicas do Idoso, criado em 23 de Fevereiro de 2006, sob a Lei Municipal nº 3354/06” – explica a atual presidente Viviane Ribeiro Salgado Sanjurjo.

Segundo a Presidente do Conselho, Viviane Salgado, na segunda-feira haverá uma série de atividades voltadas para os idosos do nosso município. Todas as ações serão realizadas pelo referido conselho, juntamente com a Secretaria de Ação e Desenvolvimento Social, colaborando com a recuperação da pessoa idosa, que passa a ter como objetivo uma vida saudável, a elevação da auto-estima, diminuindo consideravelmente a violência contra o Idoso.

Conclamamos a todos os segmentos sociais, classistas, religiosos e entidades governamentais no sentido de se introduzir políticas públicas que garantam melhores condições de vida aos idosos, e assegurem também a estas pessoas ter acesso e atendimento eficaz por parte do poder público, quando da ocorrência de casos de violência, principalmente no que diz respeito ao acolhimento da vítima, e a posterior identificação e punição do infrator ou infratores.

O Artigo 9º, CAPÍTULO I - Do Direito à Vida - do Estatuto do Idoso diz:
É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade.

Os desafios trazidos pelo envelhecimento da população têm diversas dimensões e dificuldades, mas nada é mais justo do que garantir ao idoso a sua integração na comunidade. A política pública de atenção ao idoso se relaciona com o desenvolvimento sócio-econômico e cultural, bem como com a ação reivindicatória dos movimentos sociais. E o nosso município está trabalhando para que as injustiças sociais, os maus tratos e o estado de abandono da população idoso, sejam consideravelmente combatidos, diminuídos e extintos num futuro próximo.

De acordo com membros do Ministério Público, algumas deficiências da Política Nacional do Idoso, são: a falta de especificação da lei que contribua para criminalizar a discriminação, o preconceito, o desprezo e a injúria em relação ao idoso, assim como para publicidades preconceituosas e outras condutas ofensivas; dificuldades em tipificar o abandono do idoso em hospitais, clínicas, asilos e outras entidades assistenciais para a punição de parentes das vítimas; falta de regulamentação criteriosa sobre o funcionamento de asilos, sendo preciso que a lei especifique o que devem essas entidades disponibilizar para a clientela, quem deverá fiscalizá-las, e qual a punição para os infratores.

Todos nós podemos e devemos combater tais injustiças, recordando que não estaremos, senão, garantindo que nossos dias vindouros sejam mais felizes e livres de tantos erros sociais. Queremos viver todas as fases de nossas vidas com saúde e paz. Eles também.


“O conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice. Colhe, pois, a sabedoria. Armazena suavidade para o amanhã”.
Leonardo da Vinci.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Com a palavra, Sr. Mandela:


"O nosso maior medo, não é sermos inadequados, o nosso maior medo é ter mais poder do que podemos medir.
É a nossa luz que nos assusta e não a nossa escuridão.
Quando deixamos a nossa própria luz brilhar, inconscientemente permitimos que outras pessoas também o façam."



Nelson Mandela

O Professor, a Moral e a Ética Profissional.




Como professor da área de humanas, tenho respondido pelas aulas de Filosofia do Programa Travessia, na Escola Professor Antônio Farias. Dentre alguns temas das tele aulas do projeto, vivenciamos dois que causaram uma saturar discussão, onde todos nós saímos renovados. Tratamos da questão da Ética e da Moral.

A principio os alunos ficaram confusos em entender o conceito de cada uma, embora tenham conhecimento das palavras e as usem de forma cotidiana. À medida que formos norteando separadamente os conceitos de cada uma e exemplificamos atitudes que clareiam as idéias, Ética e Moral foram largamente debatidas.

Para facilitar o entendimento e para que eu avaliasse com mais precisão os conhecimentos que cada um construiu sobre estes temas, solicitei que eles dessem exemplos próximos e conhecidos de atitudes de pessoas que fugiam da Moral e da Ética.

E para minha surpresa, a maioria dos exemplos era dada com base na postura de políticos e de professores. Vale considerar que a classe de políticos anda, entre o senso comum, de mal a pior, sem Moral e sem Ética. Mas, a minha classe, que é formadora de opinião, que se propõe a mudar o mundo através do conhecimento e da educação, não deveria está na lista dos profissionais que se estigmatizados como não éticos e amorais.

Fiquei pensando nos exemplos dados pelos meus alunos... Fui pra casa e continuei pensando... O que é Ética e o que é Moral, meu Deus? Eu estou sendo exemplo de Ética e de Moral para meus alunos, para meus colegas e para meus familiares? O que é ser ético? O que é ser um ser de moral?

Eu aprendi, junto com eles que a Moral é a regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, uma certa tradição cultural. Aprendemos também que a Ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações humanas.

Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a ação moral busca uma compreensão e uma justificação crítica universal, e a ética, por sua vez, exerce uma permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transformá-la.

A ética ilumina a consciência humana, sustenta e dirige as ações do homem, norteando a conduta individual e social. É um produto histórico-cultural e, como tal, define o que é virtude, o que é bom ou mal, certo ou errado, permitido ou proibido, para cada cultura e sociedade.


Refletindo sobre tais conceitos, eu descobri que os meus alunos não estavam enganados, não estavam exagerando, não estavam sendo injustos ao citar tantos professores como exemplos de profissionais sem ética e sem moral. E isto porque não estavam todos os alunos presentes no dia deste debate.


Todos nós sabemos que a "Declaração Universal dos Direitos Humanos", pela ONU (1948), é uma demonstração de o quanto a ética é necessária e importante. Mas a ética não basta como teoria, nem como princípios gerais acordados pelas nações, povos, religiões, classes ou grupos.

É preciso que cada cidadão e cidadã incorporem esses princípios como uma atitude prática diante da vida cotidiana, de modo a pautar por eles seu comportamento. Isso traz uma conseqüência inevitável: freqüentemente o exercício pleno da cidadania (ética) entra em colisão frontal com a moral vigente, que, aliás, está sujeita a constantes degenerações.


Eu tive que admitir para mim mesmo que os exemplos dados pelos alunos são pautados em fatos que geram desigualdades crescentes, geram injustiças, rompem laços de solidariedade, reduzem ou extinguem direitos, lançam populações inteiras a condições de vida cada vez mais indignas, onde os primeiros atingidos somos nós mesmos.

Fica claro que não podemos falar de ética sem falar de convivências humanas. Eu não tenho certeza de quantos somos que temos consciência de que o princípio fundamental que constitui a ética é: o outro é um sujeito de direitos e sua vida deve ser digna tanto quanto a minha deve ser.

As profissões (médicos, advogados, biólogos, engenheiros, professores, dentre outras) seguem uma espécie de caráter normativo e até jurídico que regulamenta determinada profissão a partir de estatutos e códigos específicos, os quais reconhecem os direitos e deveres nas convivências humanas e profissionais. No entanto, mesmo com este rigor legal, ainda sofremos com profissionais que insistem em colocar a sua conduta imoral acima da ética profissional.

E na minha profissão ainda há colegas que não absorveram a ética como instrumento que ilumina a consciência humana, sustenta e dirige as ações do homem, norteando a conduta individual e social. E quando se trata de Educação, essa consciência deveria ser muito mais apurada entre os professores, porque lidamos com vidas em formação, porque lidamos com seres humanos dependentes de nós, do nosso trabalho, porque proporcionamos a construção cidadã em cada aluno.

E a cidadania é um processo que começou nos primórdios da humanidade, não é algo pronto, acabado. A cidadania se efetiva num processo de conhecimento e conquista dos direitos humanos, independente de cor, raça, credo, opção sexual ou nacionalidade.

É preciso que nós, professores, tenhamos claro que Ética, enquanto filosofia e consciência moral, é essencial à vida em todos os seus aspectos, seja pessoais, familiares, sociais ou profissionais, para que a sua prática pedagógica não amplie as fileiras da hipocrisia que vemos mais explicitamente nos partidos políticos.

Eu sou a favor de uma lei, a nível nacional, que regulamentasse um código de Ética e Moral entre os profissionais da Educação, fossem eles Serventes, Merendeiros, Professores, Gestores, Coordenadores, Supervisores e, principalmente, Adjuntos e Secretários de Educação.

Não obstante os deveres de um profissional da Educação, os quais são obrigatórios, devem ser levadas em conta às qualidades pessoais que também concorrem para o enriquecimento de sua atuação profissional, algumas delas facilitando o exercício da profissão.

No meio dos nossos debates em sala de aula, uma aluna me questionou:

- Professor, porque “fulano” que fala errado, que é mal caráter, que não tem ética nem moral pra exercer a função, consegue se manter no cargo, enquanto o senhor, que pra mim é um excelente profissional, fica aqui sem ser reconhecido?

Eu poderia respondê-la de diversas formas, com centenas de exemplos bem próximos. Mas preferi não polemizar, contrariando um instinto pessoal. Apenas disse que infelizmente, vivemos num país onde o “QI” não significa “Quociente de Inteligência”. O mar de lama que vive mergulhado o mundo democrático nos permite viver essas coisas.

E as conseqüências na Educação, principalmente, todos nós sabemos. Desrespeito aos direitos de cada cidadão, de cada profissional! Despreparo da maioria dos profissionais que se vendem! Fraude em todos os setores públicos!

O consultor dinamarquês Clauss MOLLER fez uma associação entre as virtudes lealdade, responsabilidade e iniciativa como fundamentais para a formação de recursos humanos.

Segundo Clauss Moller o futuro de uma carreira depende dessas virtudes:

“O senso de responsabilidade é o elemento fundamental da empregabilidade. Sem responsabilidade a pessoa não pode demonstrar lealdade, nem espírito de iniciativa [...]. Uma pessoa que se sinta responsável pelos resultados da equipe terá maior probabilidade de agir de maneira mais favorável aos interesses da equipe e de seus clientes, dentro e fora da organização [...]. A consciência de que se possui uma influência real constitui uma experiência pessoal muito importante”.

Moller ainda afirma que:

“É algo que fortalece a auto-estima de cada pessoa. Só pessoas que tenham auto-estima e um sentimento de poder próprio são capazes de assumir responsabilidade. Elas sentem um sentido na vida, alcançando metas sobre as quais concordam previamente e pelas quais assumiram responsabilidade real, de maneira consciente. As pessoas que optam por não assumir responsabilidades podem ter dificuldades em encontrar significado em suas vidas. Seu comportamento é regido pelas recompensas e sanções de outras pessoas - chefes e pares [...]. Pessoas desse tipo jamais serão boas integrantes de equipes”.

Infelizmente percebo que entre as três virtudes defendidas por Clauss Moller, uma delas está cada vez mais distante da realidade profissional dos Educadores. Sem medo de está generalizando, eu percebo que a Lealdade no sentido coletivo está longe de ser uma qualidade presente na vida dos professores.

Muitas acreditam que ser Leal é ser puxa saco do ilustre fulano. Lealdade não quer dizer necessariamente fazer o que a pessoa ou organização à qual você quer ser fiel quer que você faça. Lealdade não é sinônimo de obediência cega. Lealdade significa fazer críticas construtivas, mas as manter dentro do âmbito da organização. Significa agir com a convicção de que seu comportamento vai promover os legítimos interesses da organização. Assim, ser leal às vezes pode significar a recusa em fazer algo que você acha que poderá prejudicar a organização, a equipe de funcionários.

No Reino Unido, por exemplo, essa idéia é expressa pelo termo "Oposição Leal a Sua Majestade". Em outras palavras, é perfeitamente possível ser leal a Sua Majestade - e, mesmo assim, fazer parte da oposição. Do mesmo modo, é possível ser leal a uma organização ou a uma equipe mesmo que você discorde dos métodos usados para se alcançar determinados objetivos. Na verdade, seria desleal deixar de expressar o sentimento de que algo está errado, se é isso que você sente.

Sendo um tanto ousado, gostaria de acrescentar mais algumas virtudes, qualidades que consideramos importantes no exercício de minha profissão, especialmente. São muitas as qualidades de um bom profissional de qualquer área. Mas, sem quaisquer comentários, cito as seguintes: Honestidade – Sigilo – Competência – Prudência – Coragem – Perseverança – Compreensão – Humildade – Imparcialidade e o Otimismo.

Muitos são os deveres que um profissional possui em relação aos seus colegas. Dentre todos, um dos que mais se torna importante, para o fortalecimento de uma comunidade, encontra-se aquele dever ético da ajuda. O ajudar envolve um complexo de atitudes. Exclui, apenas, a conivência no vicio, no erro, na fraude.

Isto não significa, todavia, que se deva abandonar ou condenar definitivamente um colega porque ele cometeu enganos. Todos podemos cometer erros e é natural que os cometamos em situações de inexperiência, falta de orientação, educação insuficiente, más companhias, circunstâncias adversas, fortes desilusões, depressões mentais, problemas de saúde, em suma muitos fatores adversos podem conduzir ao rompimento com a virtude.

Ninguém deve auto julgar-se absolutamente perfeito e todos estamos sujeitos a enganos maiores ou menores. A ajuda, portanto, inclui essa especial assistência nossa ao colega para que possa reconduzir-se ao caminho do bem, para que possa retornar a virtude ou até absorver exemplos que em verdade não tinha ainda sido despertado para eles.

Tem ser tornado normal que o ser humano possa ser vítima, e de fato o é, da inveja, da calúnia, da perseguição pertinaz, da traição, em suma de vícios de terceiros que nos atingem e que para combatê-los outros venham a ser praticados, como o de igualar-se ao malfeitor.

Partindo do principio que o semelhante com o semelhante se cura (como é o caso de injetar-se no corpo o veneno de ofídios, ou seja, as vacinas, quando a pessoa é por eles atingida) muitos outros erros se acumulam quando se revida com a prática do mau.

O referido princípio que tão bem se aplica ao corpo deixa de aplicar-se aos domínios da ética, no caso enfocado, pois, ninguém se ajuda sem ajudar o seu semelhante. E me parece que eu tenho, de modo pessoal, viver ao lado de tantas pessoas que tendem a de defender, em primeiro lugar, seus interesses próprios, que infelizmente são interesses de natureza pouco recomendável.

Tais pessoas possuem um valor ético do esforço humano é variável em função de seu alcance em face da comunidade. Se o trabalho executado é só para auferir renda ou status, em geral, tem seu valor restrito.


Por outro lado, eu ainda acredito que temos muitos profissionais que realizam seus serviços com amor, visando o benefício da coletividade, da classe e até de terceiros, dentro de um vasto raio de ação, com consciência do bem comum, passa a existir a expressão social do mesmo.

Tais professores sabem que a ética baseia-se em uma filosofia de valores compatíveis com a natureza e o fim de todo ser humano, por isso, "o agir" da pessoa humana está condicionado a duas premissas consideradas básicas pela Ética: "o que é" o homem e "para que vive" o homem.

Quando descobrimos o que nós realmente somos, porque e para que vivemos neste mundo da Educação, logo perceberemos que estamos em conexão com todos os princípios morais e éticos essenciais para a prática social, educativa e política, além de vislumbramos uma filosofia transcendente que nos leva a entender para onde nós vamos quando escolhemos a Ética e a Moral como regentes de nossas vidas.

Professores, Caros colegas:

Sejamos éticos em tudo o que fizermos.
Sejamos Moralmente reconhecidos por tudo que acreditamos.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Direto de Brasília...






O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negou nesta quarta-feira ter contratado seu neto, João Fernando Sarney, de forma secreta. A suposta contratação consta em reportagem do jornal O Estado de São Paulo que afirma que o neto do presidente foi secretário parlamentar, com um salário mensal de R$ 7,6 mil, mesmo sem ter concluído curso superior.

Segundo Sarney, no entanto, a nomeação do rapaz saiu no boletim administrativo do Senado de fevereiro de 2007. "O que posso dizer é que os jornais estão trabalhando com informação inexata. A contratação do meu neto consta no boletim administrativo de fevereiro de 2007 (...) A nomeação foi feita pelo senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) sem eu sequer ter pedido", disse.

A publicação da nomeação do neto de Sarney é considerada "secreta" porque foi registrada em um boletim suplementar, que só é publicado tempos após a nomeação ter sido feita e acaba passando despercebido.

Sarney se recusou a admitir que a coisa tenha acontecido "por baixo dos panos", mas garantiu que vai excluir esse tipo de comunicação na Casa. "A partir de agora isso vai acabar totalmente, de uma vez por todas", assegurou.

O neto de Sarney foi exonerado do cargo no dia 3 de outubro de 2008.
É UMA VERGONHA NACIONAL ESSE GOVERNO DE "SABIDOS".
ÀS VEZES ME DÁ VONTADE DE DESISTIR DA EDUCAÇÃO, DO OFÍCIO DE EDUCADOR PARA ENTRAR NO MUNDO DA PILANTRAGEM, DO TRÁFICO, DA POLÍTICAGEM NOJENTA...
O CARA NÃO TERMINOU O CURSO SUPERIOR E RECEBIA SALÁRIO MENSAL DE R$ 7,6 mil.
P.Q.P...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

TRÊS NOVOS DISTRITOS GRAVATAENSES




Gravatá ganha três novos distritos.



O projeto é de autoria do vereador Danilo Melo (PMDB), o qual instituiu a transformação dos povoados de Ruinha de São Severino, Russinha e Avencas em distritos de Gravatá e precisa da assinatura do prefeito Ozano Brito para ser definitivamente aprovado.


O autor do projeto justifica:


"Cada uma dessas comunidades apresentam suas características culturais, potencialidades turísticas e de produção agrícola, que a partir de agora serão muito mais valorizadas pelos poderes públicos e organismos que investem no desenvolvimento das comunidades rurais".


Pra entender melhor o projeto do vereador, vale a pena lembrar o que é um distrito e qual é o seu papel para a economia e para a política do município.


Segundo Hely Lopes Meirelles, em sua obra DIREITO MUNICIPAL, da ed. Malheiros, São Paulo, "Distrito é forma de divisão meramente administrativa do Município, por isso mesmo não adquirindo autonomia política (sem representação partidária), jurídica (não demanda ou é demandado em juízo) ou financeira (orçamento próprio, ordenação de despesas)".

Segundo o livro, os distritos existem muito mais para facilitar a vida dos usuários dos serviços públicos e melhorar, aproximando-os, a qualidade e eficiência na resposta aos pleitos dos munícipes.



Para o vereador Danilo Melo, a medida vem facilitar a vida das familias desses povoados, que passam a ter mais autonomia e independência na busca constante dos seus desenvolvimento.


VAMOS REALMENTE ESPERAR QUE ESTES NOVOS DISTRITOS POSSAM REALMENTE CONSTRUIR SUA AUTONOMIA E QUE A VIDA DAQUELES QUE LÁ VIVEM POSSA MELHORAR, SENDO ATENDIDOS NAS NECESSIDADES BÁSICAS AO LONGO DOS ANOS, E NÃO APENAS SEREM LEMBRADOS COMO "DISTRITOS ELEITORAIS" A CADA QUATRO ANOS.

PROFESSOR LUCIVÂNIO JATOBÁ, REPASSA:

Estimados Professores e Estudantes de Geografia,

comunico-lhes, com satisfação, que a Editora Grafset acabou de imprimir o livro Geografia de Pernambuco, coordenado pelo prof. e geógrafo Manuel Correia de Andrade. Esse foi o último livro escrito pelo ilustre pernambucano e árduo defensor da Geografia brasileira, lamentavelmente falecido no ano passado.

Geografia de Pernambuco- Ambiente e Sociedade possui 18 capítulos, 232 páginas e um rico acervo de ilustrações, fotografias raras e imagens de satélites.

Os diversos capítulos foram escritos por: Manuel Correia, Thaís de Lourdes Correia, Flávio Antônio Sampaio, Lucivânio Jatobá, Maria Jaci Câmara e Fernando José Caldas Lins.

Saudações Geográficas
Lucivânio Jatobá

segunda-feira, 8 de junho de 2009

QUESTÕES CONCURSO PUBLICO - VOCÊ ACHA QUE É PIADA?

REPASSANDO EMAIL..
Olá pessoal
Sentirei saudade de vocês!
Escrevo para me despedir de vocês, pois estou de mudança para Brasília.

Espero ainda conseguir marcar um encontro antes da minha despedida. Passei em um concurso público para Assessor de Deputado e vou assumir o cargo em breve. Já me informaram que, embora o salário não seja lá grandes coisas (R$ 18.899,00), trabalhas-se muito, somente 3 dias na semana, com direito a 4 meses de férias e 15º salário.

Mas vale o sacrifício pela nossa Nação. Caso vocês tenham interesse em concorrer ao próximo concurso, encaminho a prova que fiz para que vocês possam estudar e irem se preparando. Assim que tiver novo concurso, aviso a todos.


CONCURSO PÚBLICO INTERNO para concorrer a uma vaga de Assessor de Deputado. As questões foram elaboradas a pedido de um digníssimo Deputado para provar que não existe essa história de nepotismo e que é preciso estudar e ter seu cargo garantido após uma prova.

QUESTÕES:

1) Um grande presidente brasileiro foi Castelo.....................................................
( ) Roxo( ) Preto ( ) Branco ( ) Rosa choque ( )Amarelo

2) Um líder chinês muito conhecido chamava-se Mao-Tsé..................................
( ) Tang( ) Teng( ) Ting( ) Tong ( ) Tung

3) A principal avenida de Belo Horizonte chama-se Afonso................................
( ) Pêlo( ) Pentêlho( ) Penugem ( ) Pena( ) Cabelo

4) O maior rio do Brasil chama-se Ama..................
( ) boates ( ) zonas ( ) cabarés ( ) relinho ( ) puteiro

5) Quem descobriu a rota marítima para as Índias foi
( ) Fluminense ( ) Flamengo ( ) Botafogo ( ) Vasco da Gama

6) A América foi descoberta por Cristóvão Co............................
( ) maminha ( ) picanha ( ) alcatra ( ) lombo ( ) carne de sol

7) Grande Bandeirante foi Borba ...........................................
( ) Lebre ( ) Zebra ( ) Gato ( ) Veado ( ) Vaca

8) Quem escreveu ao Rei de Portugal sobre o descobrimento do Brasil foi Pero Vaz de ..............................
( ) Anda ( ) Pára ( ) Corre ( ) Dispara ( ) Caminha


9) Um famoso ministro de Portugal foi o Marques de ................................
( ) Galinheiro ( ) Puteiro ( ) Curral ( ) Pombal ( ) Chiqueiro


10) D. Pedro I popularizou-se quando ...........................
( ) eliminou a concorrência ( ) decretou sua falência ( ) saturou a paciência ( ) proclamou a independência ( ) liberou a flatulência

11) Pedro Alvares Cabral ............
( ) inventou o fuzil ( ) engoliu o cantil ( ) descobriu o Brasil ( ) foi pra puta que pariu ( ) tropeçou mas não caiu

12) Foi no dia 13 de maio que a Princesa Isabel ......
( ) aumentou a tanajura ( ) botou água na fervura ( )engoliu a dentadura ( ) segurou a coisa dura ( ) aboliu a escravatura

13) Um grande ator brasileiro é Francisco Cu.............
( ) sujo ( ) de ferro ( ) oco ( ) largo ( ) apertado

14) O autor de Menino do Engenho foi José Lins do ..................
( ) Fiofó ( ) Cu ( ) Rego ( ) Furico ( )Forevis

15) O mártir da independência foi Tira....................
( ) gosto ( ) cabaço ( ) que está doendo ( ) dentes ( ) e põe de novo

16) D. Pedro I às margens do Rio Ipiranga, gritou ................
( ) Hortência, volte!
( ) Eu dou por esporte!
( ) Como dói, prefiro a morte!
( ) Independência ou morte!
( ) Maria, endureceu! Que sorte!

Estudem e se tiverem alguma dificuldade, consultem o Google.
Boa sorte!