“Dez na Área, um na Banheira e Ninguém no Gol”, a princípio um título inocente de um livro didático para alunos de nove anos da terceira série das escolas da rede pública do estado de São Paulo. Mas a publicação contém palavrões e teor sexual sem condições de serem abordados em sala de aula.
Mais uma vez a Secretaria Estadual de Educação do Estado de SP falha na escolha do seu material didático. Em março, alunos da sexta série receberam livros em que o Paraguai aparecia duas vezes no mapa.
Infelizmente, esses equívocos são prejudiciais à qualidade da educação e ocorrem em função da falta de método da Secretaria em elaborar o conteúdo didático. O que aconteceu com nossas crianças foi muito grave e lamentamos que a falta de diálogo, sobretudo com os professores, recaia sobre os conteúdos que devem ser trabalhados com os alunos.
A Secretaria da Educação de São Paulo errou por falta de informação. Muito provavelmente seus gestores desconheciam que nos 1,2 mil exemplares recolhidos às pressas, além de palavrões, também faziam alusão à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Sindicância, punição e recolhimento dos livros: tudo isso não funciona quando o fato já foi consumado. A melhoria da qualidade da educação pública é um dos nossos desafios. Todos sabem que a escola pública é a única esperança de acesso ao conhecimento e garantia de ensino de qualidade à formação adequada dos cidadãos, por isso é preciso muita responsabilidade na escolha dos métodos de aprendizagem que conduzam ao sucesso escolar dos alunos.
Queremos também denunciar o desrespeito da Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina à legislação nacional. Numa atitude autoritária, a Secretaria decidiu excluir os nomes dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Rede Pública Estadual de Educação (SINTE/SC) do Conselho Estadual de Acompanhamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).
Consideramos importante a participação de representantes sindicais na tarefa de fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à educação. Para nós, a medida é mais um descaso do governo estadual com os trabalhadores em educação.
FONTE: CNTE
1 comentários:
Isso acontece por falta de um olhar cuidadoso, de analisar o que devemos oferecer e o que estamos oferecendo as nossas crianças?
Ressalto que o livro didático é um recurso muito importante na açao educativa, faZ PARTE DA CONVIVÊNCIA DE ALUNO E PROFESSOR. Tomando conhecimento desse "pecado" fica claro a certeza de que o descaso toma conta de um espaço precioso. Ai meu Deus onde está o respeito, a humanidade das pessoas que se encontram assumindo cargos de extrema responsabilidade?
Eu creio que a equipe que optou por este livro nao sabe da importancia desse recurso na pratica de sala de aula, e que é um objeto que ficara na recordaçao de nossas crianças.
Seria tão bom se cada adulto se colocasse no lugar da criança e se perguntasse que educaçao eu quero? que livro didatico eu mereço?
amigo Ricardo minha opniao é essa...um abraço de Alda
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