sexta-feira, 23 de julho de 2010

Construir e Desconstruir…



Quem se dedica a sua profissão, com afinco, de dedicação, com total entrega, esquecendo-se até mesmo de si, tem um objetivo: o de ser reconhecido. Todos, sem exceção, esperam o reconhecimento pelos esforços que fizeram para desenvolver suas funções, com amor e com disciplina.

O gari Renato Lourenço, com muita justiça, foi considerado um exemplo de profissional que desenvolve suas funções com felicidade na cidade do Rio. Aos 40 anos, acordando cedo e trabalhando sete horas por dia, o Gari Sorriso ainda faz palestras sobre motivação para executivos. O Brasil inteiro admira essa figura especial pela sua humildade e pelo gesto que se tornou sua marca registrada e seu pseudônimo.

Eu não entendo porque empresas que fabricam creme dental, não entendo porque empresas que fabricam uniformes, vassouras e calçados ainda não contrataram Sorriso como garoto propaganda. Seria justo pelo ícone de alegria e profissionalismo que Renato galgou em mais de 20 anos de uma profissão extremamente pouco reconhecida, respeitada.

Porém, se um dia abríssemos nosso computador e lêssemos uma matéria anunciando que o gari Sorriso foi preso por ter se envolvido com um crime bárbaro, a imagem que os brasileiros admiraram até então, seria completamente esquecida, dilacerada, execrada. Isto porque os brasileiros têm memória curta para pessoas do bem, enquanto os sujeitos do mal são sempre relembrados anos a fio.

Isso ocorre em qualquer profissão, seja jogador famoso ou um simples professor do interior de Pernambuco. O que diferencia, muitas vezes, é até que ponto o “erro” pessoal tenha levado a outros algum tipo de prejuízo e, se houve dolo ou culpabilidade comprovados com a verdade.

O mais importante é que tenhamos a consciência limpa se somos vítimas de algum maníaco fofoqueiro, incentivador de discórdias e mentiras. Assim como, se tivermos tido algum tipo de responsabilidade, que tenhamos, com a mesma humildade, a decência de seguir em frente, perdoando-se e redimindo-se dos erros com novas atitudes e mais conscientes de que só se aprende errando.

Vale lembrar algo importante. O que diferencia um perdedor de um vencedor é a capacidade que um tem de superar os erros e se perdoar, independentemente dos conceitos alheios. Quem é perdedor fica remoendo e se destruindo com o que foi. Quem é vencedor, olha pra frente, enxerga horizontes, se ama incondicionalmente e dá ouvidos a quem realmente tem significado em sua vida.

Quem tem medo de errar, não deveria nascer;
Quem tem certeza que vai errar, está aberto para crescer.




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