O senador José Agripino Maia (DEM-RN) deve ser eleito nesta terça-feira (15) para a presidência do DEM e comandará o partido em meio à uma de suas piores crises internas. Com a tarefa de evitar um êxodo de seus integrantes, descontentes com os rumos que o partido tomou nos últimos anos, Agripino Maia tenta colocar panos quentes na crise e diz que sua sigla não abriga oportunistas, mas pessoas com convicção.
- O que pretendo, como presidente, é tornar estas convicções o carro chefe do partido.
Agripino tem o nome respaldado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), provável candidato tucano à presidência em 2014, mas evita já chancelar o apoio dos democratas ao ex-governador de Minas.
Em conversa com o R7 na véspera de sua eleição, Agripino diz que o partido inicia hoje uma nova etapa.
R7 - Qual será seu principal desafio na presidência do DEM?
AGRIPINO MAIA - A Executiva que vai ser eleita amanhã [hoje] reúne os diversos seguimentos do partido. O DEM é um partido onde não estão abrigados oportunistas. As pessoas que estão aqui é por convicção. O que pretendo, como presidente, é tornar estas convicções o carro chefe do partido. O meu desafio é ter diretórios municipais instalados em todos os municípios do país. Vou propor ao partido esta meta. Onde pudermos ter candidatos em 2012, vamos ter.
R7 - Muitos dos nomes que eram cotados para sair do partido junto do prefeito Gilberto Kassab ganharão assento na nova Executiva, é uma maneira de mantê-los no partido?
AGRIPINO MAIA - Não é uma maneira de manter, é uma forma negociada de dar espaço para todos os que fazem o partido. Não estamos aprisionando ninguém, ninguém está lá por oportunismo, está lá por convicção. As pessoas concordaram em fazer parte da Executiva voluntariamente.
R7 - O senhor considera que o partido falhou ao tentar mudar o seu perfil, mudando de nome e tentando afastar a imagem de conservador?
AGRIPINO MAIA - Isso é foi uma etapa que o partido vivenciou. Com acertos e equívocos. Foi uma etapa que vai ser prosseguida com a nova etapa que vem agora.
R7 - A aliança com o PSDB ainda é viável? Está desgastada?
AGRIPINO MAIA – Não [está desgastada]. A ação conjunta dos dois partidos da oposição prossegue. É uma filosofia. É um dever do partido com o seu eleitorado, que nos indicou para fazer oposição. Faz parte da sua identidade.
R7 - Aécio tem o apoio do partido caso seja mesmo o candidato do PSDB em 2014?
AGRIPINO MAIA - Não dá para falar. Isso será uma decisão do partido na época oportuna.
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