Por Alexandre Medeiros
Após 20 anos de planejamento e de construção, foi finalmente inaugurado o gigantesco observatório astronômico ALMA (Atacama Large Milimetric Array). Ele está localizado a 5.000 metros de altitude, no deserto de Atacama, no Chile e pertence a um consórcio Internacional de nações. Composto, no momento, por um arranjo de 24 antenas parabólicas de 12 metros de diâmetro cada uma, esse novo radiotelescópio já ultrapassa em muito o alcance do maior instrumento deste tipo disponível até o momento no mundo, o VLA (Very Large Array).
Quando ele estiver completo, em 2013, o ALMA terá 66 antenas parabólicas espalhadas por uma distância de até 10 milhas através das montanhas andinas e que que poderão ser arranjadas em uma enorme variedade de configurações convenientes.
Por operar na faixa das ondas submilimétricas, o observatório ALMA poderá perscrutar o Universo através das densas nuvens de gás que obscurecem a nossa Via Láctea. Ele poderá assim estudar inclusive o monstruoso buraco negro existente no centro da nossa galáxia.
Mesmo ainda não estando completamente operacional, o ALMA já captou, por exemplo, algumas imagens FANTÁSTICAS das galáxias Antena que constituem um par de galáxias distorcidas localizadas a 70 milhões de anos-luz da Terra.
Podendo captar o brilho produzido pelas radiações estelares nas nuvens de gás cósmico, o observatório ALMA consegue ver coisas que até agora nem mesmo o telescópio espacial HUBBLE conseguia captar.
A BELÍSSIMA FOTO ACIMA é uma COMPOSIÇÃO de imagens obtidas pelo HUBBLE e pelo ALMA das galáxias Antena. As cores azuis representam as mais nítidas imagens obtidas com o HUBBLE no espectro do visível. As cores em vermelho, rosa, azul e amarelo representam comprimentos de ondas até então ocultos para nós. Eles emanam das vastas nuvens de monóxido de carbono que revestem e circundam essas duas galáxias e foram obtidas pelo ALMA. Essas nuvens contém gases com uma massa total vários bilhões de vezes maior do que a massa do nosso Sol. Quantas coisas no Universo nós estávamos deixando de ver sem o observatório ALMA. E a partir de 2013 as imagens serão ainda melhores.
Para maiores informações sobre a inauguração do observatório ALMA, consultem, por exemplo, as páginas de hoje do periódico inglês THE GUARDIAN:
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