quinta-feira, 5 de novembro de 2009

GARIS: DOUTORES - MESTRES E PÓS-GRADUADOS CARIOCAS



Sorriso: Phd em Alegria e Orgulho pelo que faz.


TÁ NA MÍDIA NACIONAL


Concurso para garis atrai 22 mestres e 45 doutores no Rio

O concurso para 1,4 mil vagas de gari da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) do Rio de Janeiro recebeu, até a terça-feira (20), 109.193 inscrições. Entre os inscritos, 45 afirmaram ter doutorado, 22 mestrado e 80 pós-graduação, segundo registros da Comlurb. As inscrições encerram na sexta-feira (23

Somados, os candidatos que já passaram pelos bancos de universidades representam quase 4% dos 109.193 inscritos até anteontem. Os anos de estudo a mais, porém, não devem colocá-los em vantagem na disputa --a seleção é feita por meio de testes físicos, como barra, flexão abdominal e corrida.

Aqueles que forem contratados trabalharão 44 horas por semana e receberão salário de R$ 486,10 mensais, tíquete alimentação de R$ 237,90, vale-transporte e plano de saúde. A remuneração poderá ser acrescida ainda de um adicional por insalubridade.

Aluno do segundo período de história da Estácio de Sá, no Rio, Luiz Carlos da Silva, 23, disse ter ouvido muitos comentários preconceituosos dos colegas quando contou que disputaria uma vaga de gari.

"Disseram que eu era maluco, que eu ia ficar fedendo a lixo... Mas a faculdade hoje não garante emprego nem estabilidade para ninguém. Eu quero segurança", diz ele, que, no entanto, planeja continuar estudando para no futuro trocar o trabalho de gari pelo de professor de escola pública.

"Meu sonho é dar aula, é o que eu gosto de fazer", afirma o estudante de história.

Já Ronaldo Carlos da Silva, 42, ex-aluno do curso de letras da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), vê no concurso de gari a chance de reorganizar a vida, após um ano de desemprego.
Aguns especialistas afirmam que a maioria das pessoas com um nível de escolaridade mais elevado que se submetem a concursos públicos fora da sua especialidade, são possíveis infelizes profissionais e completamente frustrados pelo resto da vida.
Outra questão levantada é que muitos se fazem esta entrada no serviço público na esperança de ser apadrinhado e conseguir "migrar" ilegalmente para uma função mais elvada. Isso aconteceu recentemente em Brasilia, quando um odontólogo se inscreveu e passou num concurso público para porteiro do Tribunal de Justiça onde seu pai era o presidente, e, duas semanas, foi lotado em um cargo com salário que passava do seis mil reais.
Esse tipo de ingresso no serviço público é crime perante a lei. Mas me parece que a lei está longe de ser seguida com rigor na maioria das cidades brasileiras, como aconteceu em Brasilia.
Aqui em Gravatá, dois anos atrás, ouvi de uma "nutricionista" que iria fazer concurso público para Assistente Administrativo da Secretaria de Educação, mas que já estava certo a sua migração para um outro posto comissionado, prometido por um político.
Isso é uma prática comum. Resta esperar que a justiça se faça presente, corrigindo erros desse tipo, doa a quem doer. A minha opinião com relação aos inscritos no concurso do Rio é que eu espero que estes Doutores, Mestres e Pós-Graduados possam ser felizes, realizados e que façam com amor a profissão que escolheram. O que não acontece com uma centena de colegas meus de profissão.
"Ser Gari é ser um anjo da guarda de uma cidade", afirmou o jornalista Alexandre Garcia. E eu concordo com ele. Vamos ver se eles conseguem viver com tanta satistação e orgulho no que fazem, quando o gari Renato, mais conhecido como Sorriso (foto acima). É isso que espero.

1 comentários:

Caríssimo amigo Ricardo muito interessante essa reportagem e parabens pelo site é isso ai meu irmão tudo de bom pra você. professor Johnny.

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