Livro Primeiras Águas - Poesias

Este é o livro I da série Primeiras Águas.

Campanha Gravatá Eficiente

Fomentando uma nova plataforma de discussão.

A Liberdade das novas idéias começa aqui.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

MINHA HOMENAGEM A UM CERTO ALGUÉM GRAVATAENSE





Onde Houver Fé, Que Eu Leve A Dúvida
Falcão


Eu não bebo, não fumo, não cheiro
Não danço, não jogo, não namoro em pé
Mas no caminho que eu estou vou me acabar na mão
Eu não deixo, não aceito, não abro
Não permito, não tolero
Botar a perder essa bendita ereção
Um padre certa vez me disse:
"O que não é bom certamente é mau
O que não é doce com certeza é fel
E o que não é inferno talvez seja o céu."
Eu rezo novena, trezena, eu encho o bucho de hóstia
E até como bosta pra pagar promessa
Eu peco, eu fresco, eu minto
Eu caio em tentação, eu como carne de porco
Eu juro o santo nome em vão
O papa já devia ter dito:
Que a castidade não importa mais
Deve ser quebrada na frente ou por trás
Pois tem certas coisas que não se concebe
Porque é dando que se recebe.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Minha Leitura acerca da Primeira Conferência Municipal de Cultura






Lamentável, mas é a Pura Verdade.

Gravatá dá provas de que não é capaz de promover Encontros, Seminários e/ou Conferências sem perder o primor da qualidade que estes eventos exigem.

A gestão municipal, de forma louvável, tem abraçado diversos eventos importantes para a nossa sociedade e de relevância nacional, tornando-se protagonista em abrir oportunidades de crescimento social, cultural e educacional na região do agreste pernambucano. Isso é um fato.

No entanto, aqueles que são responsáveis pela divulgação, organização e promoção dos eventos, estão longe de serem considerados a altura dos avanços que o nosso povo vem conquistando.

Quem ama futebol e a seleção brasileira, jamais se contenta em ver o Brasil ganhar da Argentina por um gol a zero, jogando mal. Nos acostumamos a ver o Brasil dar espetáculo, ter qualidade nas jogadas, fazer do futebol uma arte que correu os confins do mundo e é reconhecidamente o celeiro dos melhores artistas da bola do mundo. Não queremos um “faz de conta” que o Brasil ganhou e ponto final.

Faço esse paralelo para ilustrar de forma bem simples o que penso sobre os eventos promovidos pela prefeitura municipal, os quais tenho participado sem ser convidado como funcionário público municipal que sou. E como todo brasileiro, que prima pela qualidade e repugna o “faz de conta”, considero alguns atores da gestão municipal como sendo os responsáveis pelos descasos que sofrem alguns eventos, cometendo erros primários, subjugando um grupo menos atento, para mascarar com autoritarismo a sua inabilidade em gerir, discutir e encaminhar temas tão relevantes.

A conferência Municipal de Educação – CONAE - foi um desses eventos de projeção nacional que espelhou a manipulação destes gestores em detrimento aos interesses da classe trabalhadora da educação.

Quem estava presente, preocupado com o futuro do nosso sistema educacional, recorda-se das jogadas politiqueiras que elementos da gestão municipal se propuseram a fazer para que não houvesse uma discussão mais séria e uma reforma mais contundente na gestão educacional. Dois erros graves foram cometidos pela comissão organizadora.

O primeiro erro foi a precária divulgação e seleção dos participantes que foi mais quantitativa que qualitativa. O segundo erro a falta de tempo para discutirmos com mais profundidade cada tema que precisava ser debatido, questionado, ampliado e até modificado.

Como disse anteriormente, eu, assim como outras pessoas envolvidas na luta pela democratização da educação, só pude participar ativamente do processo porque fui inscrito como delegado representante do Partido dos Trabalhadores. Isolados, pouco pudemos avançar nas discussões que versavam sobre redemocratização, ampliação e qualificação profissional no sistema educacional.

Ao final da CONAE, os delegados, separados por setores de representação, foram expostos a eleição para representar o município na etapa estadual. Eu fiquei de fora da etapa porque os “eleitores” escolheram outras pessoas que nada entendem de educação e que não estão preparados para discutir o tema nem a nível local. Um dos delegados eleito havia passado o dia fora do evento e só chegou na hora de ser votado, para ter oportunidade de aparecer e passear, quem sabe?!

A revolta ficou entalada na garganta até hoje...

E Gravatá sedia mais um evento importante e mais uma vez comete injustiças e erros organizacionais: A Primeira Conferência Municipal de Cultura idealizado pelo Ministério da Cultura, cujo tema geral deste ano é: “Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento”, que foi tão negativa quanto a etapa da CONAE.

Os mesmos erros cometidos durante a CONAE se repetiram no dia de ontem, durante a Primeira Conferência Municipal de Cultura. Independentemente das diversas opiniões já exportas na mídia local, gostaria expressar a leitura que tenho do evento, me solidarizando, logicamente, aos companheiros artistas.

Além de Gravatá, outras cidades pernambucanas promoveram a sua Conferência de Cultura, na última sexta-feira: Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Ilha de Itamaracá, Itapissuma, Olinda e Paulista. Tenho amigos em Olinda, Paulista e no Cabo. Todos eles me informaram que as suas Conferências foram todas muito bem divulgadas entre os cidadãos locais e todas as entidades ligadas à arte, à cultura e à educação foram notificadas e convidadas a participarem, com significativa representatividade.

Muitas cidades que eu tive a curiosidade de pesquisar dedicaram pelo menos mais de oito horas as suas respectivas Conferências. Muitos municípios traçaram um plano setorial para discutir a diversidade, a cidadania e ao desenvolvimento de políticas que alavancassem a cultura local. Todas elas buscaram seguir as normas do Regimento Interno da Conferência Nacional e do Texto-base (links abaixo) para promoverem uma discussão e uma construção sobre a cultura de forma qualificada.

Na cidade de Blumenau – Santa Catarina – por exemplo, a comissão organizadora teve a preocupação de discutir as três dimensões: simbólica, cidadã e econômica, propostas pelo ex-ministro Gilberto Gil. E cada dimensão foi trabalhada por segmento artístico, fortalecendo, assim, as proposições para o novo plano municipal de cultura e norteando o futuro de todos os trabalhadores das artes presentes em Blumenau. Lá, foi analisado o que se tem e o que se quer para a cidade nas áreas de música, artes cênicas, dança, artes plásticas, literatura, folclore, cultura pop e artesanato, patrimônio cultural material e imaterial e cinema, televisão, fotografia e vídeo.

Em Gravatá, sequer tivemos tempo de discutir cinco propostas de forma que contemplassem os interesses gerais. Além da questão do tempo, não tivemos um grupo que discutisse políticas públicas de forma consciente. Isto porque, dos participantes eleitos delegados, quatro eram adolescentes e pré-adolescentes que pouco contribuíram com a discussão. Eu fui relator e redator da sala responsável pelo eixo dois e a todo instante solicitava a participação dos jovens, sem sucesso.

E foram estes mesmos jovens que votaram no final da Conferência, em seus delegados. E, nesse ponto, nasceu a revolta dos artistas gravataenses e a indignação de outros presentes, como eu. Dos sete eleitos apenas um é realmente ligado ao movimento cultural de Gravatá. Ou seja, o que não se esperava que acontecesse, aconteceu. E não foi por culpa dos jovens eleitos, de forma alguma. Eles foram eleitos democraticamente.

Na minha humilde leitura, a culpa foi toda nossa. Minha, dos artistas e de todos os presentes que foram discutir realmente as questões mais sérias de um evento tão grandioso como foi a Conferência. Não acho que seja culpa do Sr. Secretário de Turismo nem do Sr. Diretor (gerente) de Políticas Públicas de Gravatá, até porque eles estavam fazendo a parte que lhes coube fazer.

As ressalvas, ratificações, retificações e reclamações deveriam ter sido feitas no início do evento, quando foi lido o regimento. Infelizmente não foi feito. Depois de concluída a votação, não havia mais o que reclamar. Portanto, o erro foi nosso, mais uma vez.

O que me deixou muito triste, revoltado e decepcionado é perceber que ainda estamos longe de vivermos um governo verdadeiramente democrático e justo; coerentemente organizado e transparente, porque nós não conseguimos nos organizar quando estamos representando a sociedade civil organizada. Contraditório não é?!

No que diz respeito aos jovens delegados eleitos, não se discute. A importância da participação da juventude nos eventos, também não se discute. O que se discute é a capacidade de promover discussões e contribuir para o real crescimento da cultura no estado e no município. Se eles sequer sabiam (maioria esmagadora) o que estávamos realmente discutindo nas salas, será que eles terão o que apresentar, o que argumentar, o que propor na etapa estadual? Será que eles irão entender a importância de se discutir a Economia, o Simbolismo e a Cidadania em face de uma Cultura mais digna para os artistas que dela vivem?

O artigo 18 do Regimento Interno da Conferência trata dos Delegados Natos. Quem tiver a preocupação de ler, perceberá, com certa facilidade, que Gravatá não irá garantir voz ativa nas etapas seguintes. Quem acredita que cidades como Olinda e Cabo de Santo Agostinho terão como delegados adolescentes que irão representar a sua cidade e o seu estado? Será que uma destas cidades irá enviar pré-adolescentes para representar a cultura destes municípios?
Ainda acredito que nós, com todos esses erros, possamos num futuro próximo, viver uma gestão mais democrática e participativa, onde cada setor da sociedade civil seja contemplada, respeitada, ouvida, para que o parágrafo único do art. 1º da Constituição da República Federativa do Brasil (CF/88), seja DEFINTIVAMENTE POSTO EM PRÁTICA.
Ainda tenho esperanças de que dias melhores virão...



Site:
http://blogs.cultura.gov.br/cnc/

texto-base da CNC
http://blogs.cultura.gov.br/cnc/files/2009/08/Texto-Base.pdf

Regimento interno da CNC
http://blogs.cultura.gov.br/cnc/files/2009/09/Regimento_Interno.pdf

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

SERVIÇO PRESTADO

Caro Amigo Ricardo,


Venho através deste, agradecer de público pela sua importante e até decisiva colaboração e apoio aos estudantes gravataenses quando disponibilizou o seu blog para fazermos uma convocação que pretendia manifestar-se contra a inoperância por parte da Prefeitura de Gravatá em estruturar o sistema de transporte escolar para aqueles que dependem dele, para se deslocarem para outra cidade.

O fato é que a nossa voz foi ouvida. Hoje, 26 de Outubro, o seu blog conquistou, junto conosco, uma vitória. Ao caminhar pelas ruas de Gravatá, ouvi um carro de propaganda anunciando que os estudantes gravataenses deveriam se dirigir ao prédio da prefeitura para receber a carteira estudantil.
Após muitos meses de espera, finalmente receberemos a nossa carteira. E graças ao seu blog e ao blog do jornalista Claudio Castanha, que transcreveu a nota original do seu blog.
Gostaria de dizer, em nome de todos os estudantes gravataenses, MUITO OBRIGADO.
Quero também dizer que o seu blog está definitivamente na nossa lista de favoritos e sempre que precisarmos, nós iremos recorrer a ele, tudo bem?

Um forte abraço.
Ayrla Geisa.

A MAIOR INDENIZAÇÃO DO UNIVERSO


Americano pede indenização a banco de mais de US$ 1 septilhão
Não é possível quitar o valor pedido, cujo número é um ‘iota’.
Bolada poderia comprar mais de seis quintilhões de Ferraris.


Dizendo-se mal atendido, o cliente de um banco americano foi à Justiça. Ele pede uma indenização não de outro, mas de muitos outros mundos, impossível de ser paga: US$ 1 septilhão, 784 sextilhões de dólares.

Não há dinheiro no mundo para a indenização. Seria preciso juntar a economia de 21 bilhões de planetas terra para chegar a essa cifra. No sistema numérico mundial, esse é um “iota”, uma das unidades de medidas dos grandes números, gigantescos.

Mal atendimento. Foi essa a justificativa do cliente para levar o Bank Of America, o maior banco dos Estados Unidos à Justiça, a uma corte em Nova York.

Pense em Bill Gates com sua fortuna de US$ 50 bilhões de dólares. Com o que pede o cliente do banco seria possível ter não um, mas 5.427 planetas terra cheios de Bill Gates.

Se a indenização tivesse que ser paga, cada um dos 6,8 bilhões de habitantes da terra, teria uma dívida equivalente a quase quatro vezes e meia o PIB mundial.



É tanto, mas tanto dinheiro, que a Ferrari precisaria de bilhões de anos para atender a demanda. Afinal, com a indenização seria possível comprar, acreditem, seis quintilhões e 300 quatrilhões de Ferraris.



O juiz do caso sabe lidar com grandes cifras. É o mesmo que mandou para a cadeia Bernard Madoff, autor da maior fraude da história do sistema financeiro americano.

O juiz Denny Chin pediu ao cliente do banco, Dalton Chiscolm, que apresentasse evidências que justificassem o estratosférico pedido de indenização. Loucura não está entre as justificativas aceitáveis.

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/

Para Começar a Semana


Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.

Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ele é malhado, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o mais básico, que é uma delícia...

Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate...se joga... senão bate...mais um Martini, por favor...e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro,
recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice-versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso , não é
compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu
pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro
universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.

Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?"

Arnaldo Jabor

domingo, 25 de outubro de 2009

Nota Pública da campanha TicTac TicTac




São Paulo, 15 de Outubro de 2009

Frente à notícia divulgada ontem (14/10/09) de que a ministra Dilma Rousseff exigiu a revisão da proposta apresentada pelo Ministério do Meio Ambiente para que fosse minimizado o compromisso sugerido de redução das emissões de gases de efeito estufa a ser apresentado durante a CoP 15*, a coordenação da Campanha TicTacTicTac - tendo em conta as reivindicações expressas em seu manifesto, subscrito por dezenas de organizações representativas dos mais variados setores da sociedade brasileira (anexo) - vem a público alertar para o que se segue:

1. O argumento de precisar emitir mais gases de efeito estufa em decorrência de um objetivo de taxas mais elevadas de crescimento econômico coloca o Brasil na contramão da história. O desenvolvimento econômico é necessário, mas só faz sentido se acompanhado de real melhoria na qualidade de vida, conquistada de forma sustentável. Inflar o PIB fomentando tecnologias que em breve serão obsoletas impulsiona nosso país para o passado, e não para o futuro. O desafio que pode de fato ajudar o país é sim o crescimento, mas com qualidade e sustentabilidade. Com inovação e visão de futuro, que coloquem o Brasil na vanguarda do século XXI.

2. As metas anunciadas pelo Ministério do Meio Ambiente – aparentemente calcadas exclusivamente na contenção do desmatamento – são boas na medida em que acenam com compromissos de que há muito o Brasil precisa, mas totalmente insuficientes. Por um lado, há consistentes demandas para reduções ainda mais significativas do desmatamento, que devem ser ouvidas. Por outro, é imprescindível que, além disso, sejam estabelecidas metas de aumento da eficiência (produção versus emissões de gases de efeito estufa) também para os setores energético, de transportes, industrial, agrícola, de serviços e tantos outros. Serão essas metas que orientarão os investimentos públicos e privados rumo a uma economia moderna e sustentável. Negá-las é um desserviço ao país e um apego inaceitável ao atraso. É jogar no lixo as inúmeras oportunidades de empregos “verdes” e de renda em atividades social, econômica e ambientalmente sustentáveis, que hoje se descortinam.

Portanto, requeremos das autoridades brasileiras posturas à altura do momento que vivemos e das suas responsabilidades históricas, perante as presentes e futuras gerações. Chamamos a atenção especialmente do presidente Lula e dos Ministros responsáveis pela articulação da posição brasileira em Copenhague, para que se guiem pelos reais interesses do país, não se rendendo aos interesses de curto prazo.

É mais do que tempo de os governantes assumirem, aqui e agora, posturas para a construção de um futuro sustentável e digno para todos.



Rubens H. Born
rborn@vitaecivilis.org.br – pela coordenação geral da campanha (11-8244-7918) Aron Belinky – aron@ecopress.org.br – coordenador executivo da TicTacTicTac. (11-8181-9336)

Assessoria de Imprensa: Verônica Marques – (21-9981-0211)

*15ª Conferencia das Partes da Convenção de Mudança de Clima - 07 a 18/12/09, em Copenhague.

sábado, 24 de outubro de 2009

Diferentes Maneiras De Contar A Mesma História...


...Chapeuzinho Vermelho na imprensa.




JORNAL NACIONAL

(William Bonner): 'Boa noite. Uma menina chegou a serdevorada por um lobo na noite de ontem.'.

(Fátima Bernardes): '.... mas a atuação de umcaçador evitou uma tragédia'..


PROGRAMA DA HEBE

(Hebe Camargo): '... que gracinha gente. Vocês nãovão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?'


BRASIL URGENTE

(Datena): '... onde é que a gente vai parar, cadê asautoridades? Cadê as autoridades? ! A menina ia para a casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva... Um lobo, um lobo safado. Põe na tela!! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não.'

REVISTA VEJA

Lula sabia das intenções do lobo.


REVISTA CLÁUDIA

Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganarpelos lobos no caminho.


REVISTA NOVA

Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama


O ESTADO DE S. PAULO

Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT.


O GLOBO

Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT que matou umlobo para salvar menor de idade carente.


AGORA

Sangue e tragédia na casa da vovó


REVISTA CARAS

(Ensaio fotográfico com Chapeuzinho na semana seguinte)

Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS:

"- Até ser devorada,eu não dava valor para muitas coisas da vida... Hoje sou outra pessoa!"


PLAYBOY


(Ensaio fotográfico no mês seguinte)


Veja o que só o lobo viu.



REVISTA ISTO É


Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.



G MAGAZINE


(Ensaio fotográfico com lenhador)


Lenhador mostra o machado



SUPER INTERESSANTE


Lobo mau! Mito ou verdade?



DISCOVERY CHANNEL


Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver.



PIADA?


MUITA GENTE FAZ ASSIM...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

MINHA HOMENAGEM



HOJE, 23 DE OUTUBRO É O ANIVERSÁRIO DESTA MULHER, DESTA MÃE, DESTA PROFESSORA, DESTE SER HUMANO FANTÁSTICO CHAMADO CRISTINA, OU SIMPLESMENTE, PARA OS AMIGOS: CRIS!

Eu poderia pesquisar e copiar uma centena de frases e poemas que me ajudassem a definir os meus sentimentos de admiração e de respeito que tenho por esta criatura. Mas, como sujeito passional, deixei que a minha mente e o meu coração guiassem os meus dedos para que deles brotassem a minha singela homenagem a você, Cris.

Me recordo que nossos primeiros contatos não foram nada agradáveis. É que escorpiano tem um dom de nunca passar desapercebido, principalmente por outro. rsrs...

Há quem diga, como verdade absoluta, que "a ´primeira impressão é a que fica". Para mim, é a primeira que escapa, na maioria das vezes. E que bom que foi assim com a gente.

Lembra que um dia eu te disse: "O pouco tempo nos faz ver. O longo tempo nos faz conhecer." Eis porque hoje estamos aqui, trocando emoções em forma de palavras. Eis porque estamos, ao longos destes últimos anos, construindo uma amizade sincera, verdadeira, respeitosa e sadia. Coisa rara nos dias de hoje.

Tão raro quanto encontrar uma mulher, uma mãe e uma profissional como você, tudo junto, num único ser. Homens de juizo gostariam de tê-la para o resto da vida como companheira. Seu filho deve ser um dos felizes do mundo, por ter a mãe que tem. Os colegas de trabalho certamente diriam que você faz muita falta quando não aparece na escola...

Você é um dos seres que eu mais estimo desde a minha chegada a Gravatá, e a cada vez, nas oportunidades que temos de trocarmos nossas impressões sobre mundo, mais eu aprendo a gostar e a respeitar você.

A amizade é assim. O Amor é assim. Construção diária. O dia nos dá essa lição a cada alvorecer e a cada crepúsculo. Anos se passam, células morrem, levantes e quedas se instalam em momentos... Até que atentamos o quanto Deus nos favorece a vida. E o quanto temos a agradecer a Ele, muito mais do que pedir.

E hoje, no seu aniversário, eu quero agradecer a Ele por nos ter dado você como presente, como exemplo, como amiga.

Feliz aniversário, Cris.

que Deus te abençõe, hoje e sempre.

Do teu amigo chato...

REPASSANDO...

Aos Estudantes Gravataenses.

Chegou a hora de exigirmos o que nos foi prometido pela Prefeitura de Gravatá.

A nossa parte foi feita. Já fizemos cadastros e seguimos todos os protocolos exigidos pela administração a fim de que nós, estudantes gravataenses, tivéssemos acesso ao transporte escolar gratuito. Já se passaram 6 meses e ate agora NADA!

Cansados de esperar pelas promessas do prefeito eleito com o nosso voto, estamos convidando todos os alunos universitários e alunos de cursinhos que se deslocam para outras cidades, a comparecerem às 8:00h, em frente a Câmara de Vereadores na próxima terça-feira, dia 03 de Novembro, onde iremos exigir que a promessa seja efetivamente cumprida pelo Executivo. Em ato público pacífico e com o apoio de alguns vereadores, estaremos juntos nessa tomada de decisão, seja ela qual for.

Contamos com sua presença para enfim acabarmos com este transtorno!


Por:
Ayrla Geisa.
Universitária.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Os Mitos Geográficos e Climáticos Sobre Gravatá







A missão maior do educador é o de informar e ajudar a formar àqueles que lhes são dependentes de conhecimento. E esta missão, muitos vezes, chega a ser ingrata, complicada e incompreendida, principalmente quando necessita dizer “verdade” que derrube um “mito”.

Fernando Pessoa diz que “o mito é o nada que é tudo”. Por sua vez, o grego antigo diz que mito é uma narrativa tradicional com caráter explicativo e/ou simbólico, profundamente relacionado com uma dada cultura e/ou religião. Alguns mitos ganham tanta força que se tornam verdades, principalmente em regiões onde o conhecimento científico ainda é precário, onde a escola ainda faz muita falta. E mesmo que se haja o núcleo educativo, o mito é muito mais forte que qualquer neologismo.

Em Geografia, muitos foram os mitos criados. Os mais comuns são estudados por um ramo da Geografia chamado de “Geonímia”, que por sua vez dá origem a outro termo: Toponímia.

Toponímia é a divisão da onomástica que estuda os topônimos, ou seja, nomes próprios de lugares, da sua origem e evolução; é considerada uma parte da lingüística, com fortes ligações com a história, arqueologia e a geografia.

Temos complicados e muito pouco conhecidos inclusive entre professores foram escritos até agora. E o que tudo isso tem a ver com o município de Gravatá? Na verdade, tudo que foi dito até agora está estritamente ligado ao nosso município. E vamos, a partir de agora, contextualizar com relevante consideração.

Quem parte de Recife em direção a Gravatá, na altura do município de Pombos, avista um trecho de aclive que as pessoas acostumaram chamar de “Serra das Russas”. “Serra”, na verdade, não pode ser aplicado para classificar aquela região chamada de “Russas”. A rigor terminológico, o referido trecho é uma vertente íngreme provocada pelo desnivelamento tectônico.

Para nós, que estudamos Geografia, o termo “Serra das Russas” é um exemplo de mito e, consequentemente, uma ilustração clássica de Toponímia. É um mito porque foi incorporado ao vocabulário popular, tornando-se uma verdade empírica que é muito difícil de ser combatida, se não houver coragem para tanto. É Toponímia porque não retrata verdadeiramente, do ponto de vista geográfico, a realidade.

Outro grande mito que vem se arrastando por anos e vendendo Gravatá a base de uma inverdade, refere-se ao clima do nosso município. Em quase todos os sites, conversas informais e meios de comunicação, costumamos ouvir a seguinte frase: “Gravatá tem o quinto melhor micro clima do mundo”.

Essa história surgiu no início dos anos 50 através de um congresso de climatologia, onde vários países participaram, a cidade ficou com o título de 5º melhor micro clima do mundo segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), na categoria ventos alísios. [fonte: site da prefeitura de Gravatá].

Há alguns historiadores que defendem que o ex-prefeito Chucre Mussa Zarzar se utilizou desse dado (diga-se de passagem, ultrapassado), para atrair investimentos para o município, “inventando” que Gravatá possuía clima similar ao encontrado na Suíça, capaz, inclusive, de combater a tuberculose. Tese ou não, o certo é que a idéia foi comprada por milhares de veranistas que se instalaram na cidade em busca de um clima mais ameno que o da capital.

Jogada de marketing a parte, outro dado referente ao clima me chocou recentemente. O fato ainda é mais grave porque define o clima de Gravatá como frio. Por questões de ética e respeito, não citaremos aqui o autor nem a fonte do texto. Mas, o que podemos salientar é que o texto lido por mim na internet, dizia que o “frio de Gravatá está ameaçado”. Ledo engano. Gravatá nunca teve nem nunca terá clima frio. Aliás, o Brasil não possui clima frio em nenhum dos seus estados.

Segundo a classificação climática de Köppen-Geiger, Gravatá possui clima BSHs’, ou seja, clima quente, seco, de baixas latitudes, com chuvas de outono-inverno. A Climatologia e as Ciências Geográficas sérias dizem que Gravatá possui um clima regional, pois o clima é resultante de fatores regionais dos mais variados e que, portanto, não pode ser descrito como “micro clima” como ocorreu nos anos 50.

O referido texto ainda traz uma contradição. Mais adiante na leitura, ele diz que Gravatá está localizado no Semiárido. Corretíssimo. O autor do texto só esqueceu de que o Semiárido é quente e seco e, acima de tudo, imprevisível por ser um espaço azonal. Dados incorretos como estes reforçam a idéia de mito entre as pessoas menos informadas que acabam reproduzindo a posterior.

Os efeitos dessas distorções são bem mais devastadores do que dizer que o clima mudou, que Gravatá será uma das comunidades que primeiro irá sofrer com o aquecimento global e deixará de ser frio. É preciso muito cuidado com o que vamos divulgar, se não queremos que mitos se tornem verdades. Daí a minha grande preocupação em defender a Geografia Física como matéria indispensável nas escolas.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Estréia Pernambucana



O documentário de longa-metragem "Um Lugar ao Sol" do cineasta pernambucano Gabriel Mascaro terá sua estréia pernambucana na II Janela Internacional de Cinema do Recife (www.janeladecinema.com.br), na sexta-feira, dia 23 de outubro, às 21h, no cinema da Fundação Joaquim Nabuco.
Você pode conferir o site do filme em:
trailer do filme em:

SENADO APROVA TEXTO DA PEC da Desvinculação de Receitas da União



Enviado pela Câmara, agora só falta o plenário e a promulgação:


COMISSÕES / Constituição e Justiça 14/10/2009 - 16h58 CCJ aprova fim do mecanismo que retira 20% das verbas da educaçãoA Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (14) o fim da Desvinculação de Receitas da União ( DRU ) emrelação às verbas destinadas à educação, a partir de 2011.




Assim, as verbas dirigidas pelo Orçamento da União ao setor não poderão ter outro destino que não o investimento em educação. O texto segue agora para o Plenário do Senado e, se aprovado, será promulgado pelo Congresso Nacional, tornando-se uma norma constitucional.




Embora o fim da desvinculação de 20% dos recursos para a educação só esteja previsto para ocorrer a partir de 2011, a PEC (96-A/03) estabeleceredução da DRU já em 2009 e 2010. O mecanismo deixaria de reter 7,5% em 2009 15% em 2010, liberando verbas extras de R$ 4 bilhões e R$ 7 bilhões,respectivamente.
O texto aprovado resultou da junção, na Câmara dos Deputados, de algumas PECs, entre as quais uma da senadora Ideli Salvatti (PT-SC) encaminhadapelo Senado àquela Casa.




A proposta da senadora previa também uma reduçãogradativa da DRU para efeito do cálculo dos recursos destinados àmanutenção e desenvolvimento do ensino (MDE).
Em seu relatório favorável à matéria, a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) disse ter sido observada, na análise da Câmara, a necessidade de recompora capacidade de investimento da União em educação, o que demanda ejustifica, "de maneira inadiável", a supressão do mecanismo da DRU emrelação à área. - A desvinculação de 20% dos recursos federais destinados pelaConstituição à educação tem permitido que o governo federal os utilizelivremente.





Na prática, esse suposto mecanismo de flexibilização eatendimento de prioridades tem viabilizado a canalização de recursos daárea educacional para a produção de superávit primário e outras despesas, com flagrante prejuízo ao desenvolvimento da educação nacional, em boa medida dependente de recursos da União - argumentou Lúcia Vânia.





A proposta inclui ainda a União e o Distrito Federal no regime de colaboração para assegurar a universalização do ensino obrigatório. Para Lúcia Vânia, a inclusão da União nesse regime constitui uma medida importante uma vez que, como alega a senadora, o governo central vem historicamente se abstendo de cumprir seu papel de assistir financeiramente os entes federativos que arrecadam menos tributos.
O texto também estabelece obrigatoriedade de ensino gratuito dos quatro aos 17 anos de idade - o que Lúcia Vânia lembra já constar de outra PEC aprovada pelo Senado - e o atendimento ao aluno em todas as etapas daeducação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde, práticaque a relatora afirma já estar consolidada e, portanto, não constituinovidade.
Responsabilidade
Lúcia Vânia cumprimentou Ideli por ter tido "a ousadia" de propor adesvinculação de recursos já em 2003.- Foi um gesto importante, uma vez que a senadora é da base do governo, etraduz o desejo de toda a Casa, independente do partido. É um projeto queo Senado oferece à nação e demonstra a responsabilidade do Senado para coma educação - afirmou a relatora.





Ideli agradeceu Lúcia Vânia pela rapidez com que apresentou o relatório edestacou a importância da PEC que, segundo disse, trará volume de recursossignificativos para a educação: R$ 4 bilhões a mais neste ano e R$ 7 bilhões a mais no próximo ano.
O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RO), lembrou que a propostaé fruto de acordo com o governo, quando da votação de propostas relativasà DRU e a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira ( CPMF ).





O presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que incluiu amatéria como item extra pauta na reunião de hoje, disse tratar-se dematéria efetivamente suprapartidária que significará mais recursos para aeducação a partir de agora.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) lembrou o trabalho do deputado de seupartido Rogério Marinho (RN), que teria promovido "alterações conceituais" na matéria que, em sua avaliação, valorizam o texto final aprovado. Os senadores do DEM, Antonio Carlos Junior (BA) e Marco Maciel (PE), também destacaram o apoio do partido à PEC.





Denise Costa / Agência Senado
Cleo Manhas
Assessora de políticas para crianças e adolescentes
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O individualismo tem ainda futuro?


Por Leonardo Boff*


“Hoje precisamos de uma hiperdemocracia que valorize cada ser e cada pessoa e garanta a sustentabilidade do coletivo que é a geosociedade nascente”, escreve Leonardo Boff, teólogo. Segundo ele, “o arraigado individualismo (dos EUA) projetado para o mundo se mostra absolutamente inadequado para mostrar um rumo para o “nós” humano.
Esse individualismo não tem mais futuro”.Eis o artigo.Há hoje nos EUA uma crise mais profunda do que aquela econômicofinanceira. É a crise do estilo de sociedade que foi montada desde sua constituição pelos “pais fundadores”. Ela é profundamente individualista, derivação direta do tipo de capitalismo que ai foi implantado.
A exaltação do individualismo ganhou a forma de um credo num monumento diante do majestoso Rockfeller Center em Nova York, no qual se pode ler o ato de fé de John D. Rockfeller Jr: ”Eu creio no supremo valor do indivíduo e no seu direito à vida, à liberdade e à persecução da felicidade”.
Em finas análises no seu clássico livro “A democracia na América”(1835) o magistrado francês Charles de Tocqueville (1805-1859) apontou o individualismo como a marca registrada da nova sociedade nascente.
Ele sempre foi triunfante, mas teve que aceitar limites devido à conquista dos direitos sociais dos trabalhadores e especialmente com surgimento do socialismo que contrapunha outro credo, o dos valores sociais. Mas com a derrocada do socialismo estatal, o individualismo voltou a ganhar livre curso sob o presidente Reagan a ponto de se impor em todo o mundo na forma do neoliberalismo político.
Contra Barack Obama que tenta um projeto com claras conotações sociais como a saúde para todos os estadounidenses e as medidas coletivas para limitar a emissão de gases de efeito estufa, o individualismo volta a ser reproposto com furor.
Acusam-no de socialista e de comunista e até, num Facebook da internet, não se exclui seu eventual assassinato caso venha a cortar os planos individuais de saúde. E note-se que seu plano de saúde nem é tão radical assim, pois, tributário ainda do individualismo tradicional, exclui dele todos os milhões de imigrantes.
A palavra “nós” é uma das mais desprestigiadas da sociedade norteamericana. Denuncia-o o respeitado colunista do New York Times, Thomas L. Friedman num artigo recente:”Nossos lideres, até o presidente, não conseguem pronunciar a palavra ‘nós’ sem vontade de rir. Não há mais ‘nós’ na política norteamericana numa época em que ‘nós’ temos enormes problemas - a recessão, o sistema de saúde, as mudanças climáticas e guerras no Iraque e no Afeganistão - com que ‘nós’ só podemos lidar se a palavra ‘nós’ tiver uma conotação coletiva”(JB 01/10/09).
Ocorre que por falta de um contrato social mundial, os EUA comparecem como a potência dominante que, praticamente, decide os destinos da humanidade. Seu arraigado individualismo projetado para o mundo se mostra absolutamente inadequado para mostrar um rumo para o “nós” humano.
Esse individualismo não tem mais futuro. Mais e mais se faz urgente uma governança global que substitua o unilateralismo mocêntrico. Ou deslocamos o eixo do “eu” (a minha economia, a minha força militar, o meu futuro) para o “nós” (o nosso sistema de produção, a nossa política e o nosso futuro comum) ou então dificilmente evitaremos uma tragédia, não só individual mas coletiva.
Independente de sermos socialistas ou não, o social e o planetário devem orientar o destino comum da humanidade.Mas por que o individualismo é tão arraigado? Porque ele está fundado num dado real do processo evolucionário e antropogênico, mas assumido de forma reducionista. Os cosmólogos nos asseguram que há duas tendências em todos os seres, especialmente nos vivos: a de auto-afirmação (eu) e a de integração num todo maior (nós).
Pela auto-afirmação cada ser defende sua existência, caso contrario, desaparece. Por outro lado, nunca está só, está sempre enredado numa teia de relações que o integra e lhe facilita a sobrevivência.
As duas tendências coexistem e juntas constroem cada ser e sustentam a biodiversidade. Excluindo uma delas surgem patologias. O “eu” sem o “nós” leva ao individualismo e ao capitalismo como sua expressão econômica. O “nós” sem o “eu” desemboca no socialismo estatal e no coletivismo econômico.
O equilíbrio entre o “eu” e o “nós” se encontra na democracia participativa que articula ambos os pólos. Ela acolhe o indivíduo (eu) e o vê sempre inserido na sociedade maior (nós) como cidadão.Hoje precisamos de uma hiperdemocracia que valorize cada ser e cada pessoa e garanta a sustentabilidade do coletivo que é a geosociedade nascente.




* Leonardo Boff é autor de
"Do iceberg à Arca de Noé"
(Garamond),Rio.


Fonte:IHU On-line(Envolverde/Mercado Ético)





"Sou estranho para quem não me conhece,


sou ser humano para quem me conhece."





"Eu nunca ofendi alguém.


Apenas disse verdades que incomodavam os outros."

Lula no São Francisco




Esses dias uma caravana formada por Lula, Dilma e Geddel Vieira Lima estará percorrendo algumas áreas do São Francisco. São lugares especialmente selecionados para a visita do presidente. Ele já quis visitar a área várias vezes e, por falta do que ver, várias vezes sua viagem foi adiada.

Levarão Lula para ver uma reconstituição das matas ciliares do Velho Chico. Algumas árvores plantadas em espaço de 100 km. Claro, na região da Barra, diocese de Frei Luís. Não mais do que a Reserva Extrativista de Serra do Ramalho já fez há muitos anos com extraordinária competência. Algumas árvores plantadas não significam a recomposição das ciliares. O São Francisco tem apenas 5% de suas matas originais. Além do mais, a devastação promovida no Oeste Baiano pelo agronegócio anula qualquer esforço na calha do rio. Os afluentes continuam morrendo, o aqüífero Urucuia continua perdendo forças. O rio sobrevive da água de chuva.

Quanto ao saneamento, o governo tem investido na região. Tomara que as obras se concluam com qualidade, não só coletando os esgotos e jogando-os no rio, mas tratando-os como prevê o figurino do saneamento ambiental. Por enquanto, não dá para garantir que as obras seguirão os parâmetros do saneamento ambiental.

Porém, revitalizar um rio é muito mais que repor matas e sanear águas. O problema do São Francisco é o modelo de desenvolvimento que o devora. Todo esforço será anulado se as grandes e predadoras obras prosseguirem. É remendo novo em pano velho, de forma que o buraco se torna maior que antes.

Quanto à transposição, o governo diz que as obras já chegaram a 15% em média. Vamos entregar de bandeja que seja verdade, mesmo assim é muito pouco para oito anos de governo. Mesmo com três turnos de trabalho, se os Paraibanos dependessem efetivamente das águas do São Francisco para matar sua sede, já teriam morrido.

Agora a frente paraibana de prefeitos desistiu da transposição. A Agência Nacional de Águas (ANA) suspendeu provisoriamente a transposição para a Paraíba. É que a transposição prevê apenas a transferência de águas do São Francisco para outras bacias, não a sua distribuição pelas adutoras quando depois de transpostas. Os prefeitos, prevendo o custo que não conseguem arcar, desistiram. Então, a ANA suspendeu a Paraíba até que providencie o que lhe cabe.

Serra também andou aqui. Veio ver a situação do povo que vive na beira do São Francisco. Óbvio, tem finalidade eleitoral. Portanto, o São Francisco vai estar no debate eleitoral do ano que vem.

Lula tem o que mostrar? Talvez outro tivesse vergonha de mostrar nos tempos atuais uma obra predadora como essa. Entretanto, até essa vergonha está difícil de visualizar.

Para além do marketing eleitoral, enquanto sociedade civil, vamos continuar lutando pela verdadeira revitalização do São Francisco, pela democratização da água no Nordeste através das adutoras e da captação da água de chuva, para que todas tenham água e a tenham em abundância.
fonte: Roberto Malvezzi (Gogó)

LULA NÃO SABE DE NADA!


É pouco ou quer mais....
FHC, o farol, o sociólogo, entende tanto de sociologia quanto o governador de São Paulo, José Serra, entende de economia.

Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; que não entende de economia, pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos.

Lula, o “analfabeto”, que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos, e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade. Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 200 dólares, e não quebrou a previdência como queria FHC.
Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o PIG - Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não.
Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis.

Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8.

Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu, mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista.. Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.

Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos), uma mulher no cargo de primeira ministra, e pode fazê-la sua sucessora.
Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.

Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC, antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir, e hoje o PAC é um amortecedor da crise.

Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre.

Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais, é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual.
Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha empatia e relação direta com Bush - notada até pela imprensa americana - e agora tem a mesma empatia com Obama.
Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador, é amigo do tal John Sweeny e entra na Casa Branca com credencial de negociador, lá, nos "States". Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa, é ator da mudança geopolítica das Américas.
Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.
Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas, faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil.
Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.
Lula, que não entende nada de nada, é melhor que todos os outros.
Pedro R. Lima,
professor UERJ Enonomia
Redator VEJA ABRIL

O SOL ESTÁ EM ESCORPIÃO




Sempre precisamos da "morte" para renascermos diante de uma nova realidade. Escorpião é ir além das aparências, é transformar e regenerar todas as coisas.


Sabe por que as pessoas que nasceram entre este período se dizem "escorpianas"? Porque durante esta época do ano, o Sol está passando pelo signo de Escorpião no céu. Quando você diz "sou escorpiano", está dizendo, com outras palavras, que tem o Sol no signo de Escorpião. Mas mesmo aqueles que não nasceram entre estes dias, têm Escorpião e todos os outros signos em seu mapa astrológico. O período que o sol passa por Escorpião acontece aproximadamente entre os dias 21 de outubro a 20 de novembro.


A inteligência em Escorpião

A inteligência de Escorpião vê a alma das coisas, não simplesmente as coisas; a alma das pessoas, não as pessoas. Ela é aguda, penetrante, profunda. Aptos a enxergar além do que a visão comum é capaz, os escorpianos captam o extremo, o disfarce, a máscara.

Na superfície de qualquer problema, eles são cegos, inoperantes, frágeis, mas quando mergulham - seja a situação amorosa, financeira ou existencial - nasce deles uma força, vitalidade e combatividade extraordinárias. Na consciência de escorpião, enquanto uma pessoa não vai até o fim de um problema, ele não se resolve. Ninguém encontra a cura para nada ou transforma uma realidade se ficou "polindo pedrinhas". Uma situação precisa ficar aguda para ser transformada.

A garra e o processo de cura escorpiônico só se dá através do aprofundamento. Ninguém melhor do que eles conhecem a dor da ferida aberta e o dom de cicatrizá-la. Escorpião tem a coragem de arrebentar, quebrar e destruir para depois reerguer. É a inteligência dos cirurgiões e arquitetos, não dos maquiadores e decoradores.

Escorpião tem uma enorme clareza para perceber o que está morto, podre, o que precisa ser removido para que algo de bom e novo possa "re-existir". É deles a inteligência de matar e morrer para que uma nova vida se instale e também a percepção de que a crise não deve ser evitada, já que transforma e renova. A inteligência das metamorfoses é um Dom, um dote daqueles que têm o Sol em Escorpião.

É um fruto da consciência de Escorpião saber que na dor todas as farsas caem, tudo que é mentiroso cai. Esta é a função da dor: desmascarar. Independente do tamanho da dor ou da perda, um dia ele cicatriza, estanca. Escorpião não teme o auge de uma situação porque sabe que ele significa o início de outra. Nada fica terrível para sempre ou maravilhoso para sempre. Toda energia quando chega ao seu pico, reverte.



O Simbolismo de Escorpião

O recado que o signo de Escorpião passa para você, mesmo que não tenha nascido com o Sol neste trecho do Zodíaco, descreve um símbolo transcendente da profundidade e intensidade da vida. Escorpião está no Céu porque uma vida só é possível com a morte de outras: "Pela morte vivemos, porque só somos hoje porque morremos para ontem. Pela morte esperamos, porque só poderemos crer em amanhã pela confiança da morte de hoje. Tudo o que temos é a Morte, tudo o que queremos é a Morte, é morte tudo o que desejamos querer. (...)" (Fernando Pessoa)
Isto é triste? Claro que não; é profundo, intenso, foge às banalidades da vida que costumamos ter e nos abre portas para uma outra, muito além de toda superficialidade cotidiana e de nossas angústias imediatas. Ir além, aliás, é o conceito de Escorpião. A história mitológica deste signo conta que um escorpião foi enviado por Ártemis, para que matasse Órium - um gigante caçador, que vangloriava-se em ser capaz de vencer qualquer animal do mundo. O escorpião brotou da terra e o gigante, pisando-lhe a cabeça, foi atingido mortalmente pelo veneno do bicho.

A dor que sentimos com as transformações que precisamos enfrentar, sem escolha, em nossa vida, possuem o sublime sentido de nos mergulhar no que há de mais profundo em nossa alma. "O que a lagarta chama de morte, o sábio chama de borboleta". Se você souber entender este recado, colhê-lo com a máxima entrega e aplicá-lo ao seu cotidiano, os seus infernos serão mais amenos, a vida terá mais profundidade e sentido.

A parte de sua alma que nutre-se desta intensidade, que busca por esta transformação e que almeja, acima de tudo, compreender a vida em seu sentido mais amplo, livre de todas as supericialidades, estará iluminada neste mês, seja qual for o seu signo solar. É tempo de termos consciência das transformações que precisamos enfrentar.


As palavras, quando poéticas, falam mais do que qualquer explicação didática. A compreensão do mundo, através dos olhos de Escorpião, nas vozes de Clarice Lispector e Eduardo Galeano, são a prova disto




A morte de Órion


O gigante Órion, filho de Posídon, era um exímio caçador, dotado de beleza e vigor extraordinários. Por mérito de sua bravura, era constantemente convocado para combater feras e monstros que atacavam as cidades e os campos. Alguns mitógrafos afirmam ser ele filho de Geia (a Terra) com quase todos os gigantes. Órion tinha o poder de andar sobre as águas, contemplando mares e terras, dom concedido por Poseidon. Era também o caçador preferido de Ártemis.

EOS - a deusa Aurora - impressionada com a extrema beleza do gigante, apaixonou-se por ele e raptou o amado para a ilha de Delos. Conta-se que a deusa Aurora, que havia ousado provocar os ciúmes de Afrodite, envolvendo-se com Ares, foi punida pela deusa do Amor, que inspirou-lhe amores eternamente insatisfeitos.

Mas a paixão de Aurora e Órion durou pouco, porque, segundo conta uma versão, Ártemis mandou um escorpião para picar-lhe mortalmente o calcanhar. Os mitógrafos têm várias versões para o furor de Ártemis, porém, a mais comum delas, é que Órion tentou estuprar a própria deusa. Todos são unânimes quando narram que os dois, escorpião e gigante, viraram estrelas, foram catasterizados.

"Pelo benefício prestado, o escorpião foi transformado em constelação, merecendo Órion também ser colocado entre as estrelas, onde aparece como um gigante, com a cinta, a espada, a pele de leão e a clava. Sírius, seu cão, o segue e, diante, dele, fogem as Plêiades".



Poesias em Escorpião


A pequena morte
Eduardo Galeano


"Não nos provoca riso o amor quando chega ao mais profundo de sua viagem, ao mais alto de seu vôo: no mais profundo, no mais alto, nos arranca gemidos e suspiros, vozes de dor, embora seja dor jubilosa, e pensando bem não há nada de estranho nisso, porque nascer é uma alegria que dói. Pequena morte, chamam na França, a culminação do abraço, que ao quebrar-nos faz por juntar-nos, e perdendo-nos faz por nos encontrar e acabando conosco nos principia. Pequena morte, dizem; mas grande, muito grande haverá de ser, se ao nos matar nos nasce.




O Nascimento do prazer (trecho)
Clarice Lispector

O prazer nascendo dói tanto no peito que se prefere sentir a habituada dor ao insólito prazer. A alegria verdadeira não tem explicação possível, não tem a possibilidade de ser compreendida - e se parece com o início de uma perdição irrecuperável. Esse fundir-se total é insuportavelmente bom - como se a morte fosse o nosso bem maior e final, só que não é a morte, é a vida incomensurável que chega a se parecer com a grandeza da morte. Deve-se deixar-se inundar pela alegria aos poucos - pois é a vida nascendo. E quem não tiver força, que antes cubra cada nervo com uma película protetora, com uma película de morte para poder tolerar a vida. Essa película pode consistir em qualquer ato formal protetor, em qualquer silêncio ou em várias palavras sem sentido. Pois o prazer não é de se brincar com ele. Ele e nós.

Invenção da lâmpada - 21 de Outubro de 1879







"O gênio consiste em um por cento de inspiração e noventa e nove por cento de transpiração."










Quando anoitece, você vai ao interruptor e clic, acende uma lâmpada para ter alguma fonte de luz. De repente, sente vontade de ouvir música, então coloca um CD para tocar. Ou ainda, você decide sair de casa para assistir a um filme no cinema. É só comprar os ingressos e se acomodar na poltrona.




Lâmpada elétrica, CD, câmera e projetor de cinema. Sabia que esses e outros aparelhos, tão comuns e úteis no mundo de hoje, devem sua existência ao trabalho e à criatividade de um homem chamado Thomas Alva Edison? Criador incansável, conseguiu patentear 300 invenções em quatro anos, ou seja, um invento a cada cinco dias. Foram 1093 patentes em seu nome.




Embora fosse muito curioso e observador desde cedo, Edison abandonou a escola aos oito anos, porque seu professor o considerava incapaz de aprender. Na verdade, o garoto recusava-se a fazer as lições e desafiava o professor formulando perguntas estranhas. Depois desse incidente, foi sua mãe, uma ex-professora chamada Nancy, quem se encarregou de sua educação. Em 1859, aos doze anos, Edison começou a trabalhar vendendo jornais e doces dentro dos trens. Usou o salário para montar um pequeno laboratório em um vagão da ferrovia, onde não só realizava as primeiras experiências químicas, como também escrevia e imprimia um jornal, que era vendido por ele mesmo. Teve que interromper essas atividades quando, acidentalmente, pôs fogo no vagão.
Sendo ateu, por vezes dava respostas irônicas aos jornalistas, como quando lhe perguntaram se acreditava em comunicação com espíritos:
"Não, não acredito. Mas se eu fosse um espírito, encontraria uma maneira mais inteligente e menos precária de me comunicar com os homens."




Pesquise e conheça um pouco mais sobre esse norte-americano que dedicou a vida as suas invenções. Vale a pena.

O bicampeonato mundial de Senna - 21 de Outubro de 1990



Ayrton Senna conquistou seu bicampeonato no penúltimo GP da temporada de 1990. Foi em Suzuka, no Japão, que o brasileiro deu o troco no rival Alain Prost, que um ano antes havia vencido o campeonato de forma pouco ética. Naquele GP, o francês "fechou a porta" quando Senna, nas voltas finais, tentou ultrapassá-lo. Houve o choque e os dois saíram da pista. Senna ainda voltou ajudado pelos comissários, mas acabou desclassificado. Um ano depois Senna deu o troco na mesma moeda e local. Prost precisava da vitória para levar a decisão para o último GP, na Austrália, e também não podia provocar um incidente com Senna, já que desta vez o prejuízo seria seu. O suspense durou menos de dez segundos. A Ferrari do francês, que largou na segunda posição do grid, conseguiu tomar a dianteira, mas Senna forçou o carro e entrou por dentro na tomada da primeira curva. Então nenhum dos dois deu o braço a torcer. A roda direita traseira da Ferrari tocou na dianteira esquerda da McLaren e os carros saíram da pista, fazendo uma imensa nuvem de areia. A corrida não foi paralisada e Ayrton conquistava o bicampeonato mundial de F-1.

Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro



O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), fundado a 21 de outubro de 1838, é a mais antiga e tradicional entidade de fomento da pesquisa e preservação histórico-geográfica, cultural e de Ciências Sociais do Brasil. A sua criação, juntamente com o Arquivo Público do Império, que se somavam à Academia Imperial de Belas Artes, integrou o esforço dos conservadores (Regência de Pedro de Araújo Lima), para a construção de um Estado imperial centralizado e forte.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL





Questionamento é a base da Inteligência Espiritual


Psicólogos, filósofos e teólogos identificam competência do homem para refletir sobre a existência para dar sentido à vida

Durante muito tempo, o mundo viveu uma verdadeira obsessão por testes para medir o quociente de inteligência (QI), baseados na compreensão e manipulação de símbolos matemáticos e lingüísticos. Nos anos 90, descobriu-se, no entanto, que QI elevado não era sinônimo de sucesso. Para se dar bem na vida, era preciso ter também inteligência emocional (QE), ou seja, ter autoconhecimento, autodisciplina, persistência e empatia.

Agora, o que psicólogos, filósofos e teólogos estão dizendo é que QI e QE podem trazer crescimento profissional e financeiro, mas, para ter paz interior e alegria, o ser humano precisa ter também inteligência espiritual. Precisa ter capacidade de encontrar um propósito para a própria vida e de lidar com os problemas existenciais que surgem em momentos de fracasso, de rompimentos e de dor.

"Do contrário, por que tantas pessoas inteligentes e sensíveis às necessidades dos outros sentem um vazio em suas vidas?", pergunta a psicóloga e filósofa americana Danah Zohar, autora do livro "Inteligência Espiritual", lançado no ano passado em vários países, inclusive no Brasil.

Formada na Universidade de Harvard e no MIT (Massachusetts Institute of Technology), Zohar descobriu a importância da inteligência espiritual durante seu trabalho como professora da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e como consultora de liderança estratégica para grandes empresas como Shell, Philip Morris e Volvo. "Eu estava falando com um grupo de executivos bem-sucedidos, e um deles, com cerca de 30 anos, disse que tinha um alto salário, uma família legal, mas sentia um buraco no estômago. E todos os outros fizeram um gesto com a cabeça, concordando com ele", contou Zohar.


O consultor de relações humanas e comunicação João Alberto Ianhez, que desde 1999 já deu cursos sobre inteligência espiritual para funcionários de cerca de 20 empresas brasileiras, diz que o materialismo e o egocentrismo do mundo moderno provocaram uma grande crise existencial. As pessoas passaram a buscar a felicidade em bens materiais e não conseguem mais encontrar um sentido para suas vidas. "Elas estão caminhando em busca do nada", comenta.

É em situações como essa que a inteligência espiritual, segundo os especialistas, tem um papel importante. "Ela nos permite encontrar um senso de propósito e direção", garante o rabino Nilton Bonder, que acaba de lançar o livro "Fronteiras da Inteligência, a Sabedoria da Espiritualidade".

O rabino ressalta, no entanto, que inteligência espiritual não tem nada a ver com religiosidade. Muitas pessoas religiosas, segundo ele, têm uma sabedoria espiritual baixíssima porque buscam na religião apenas certezas e "salvação"; não percebem a importância da dúvida e do questionamento. Bonder diz que a religião é apenas uma das linguagens que podem ser usadas para o desenvolvimento da espiritualidade.

Em seu livro, o rabino usa textos de várias religiões ocidentais e orientais para ajudar a despertar a reflexão ou, como diz ele, para ajudar a fazer "cair a ficha".

A inteligência espiritual, também chamada de QS (do inglês "spiritual quocient"), é a inteligência que leva o ser humano, segundo Zohar, a criar situações novas, a perceber, por exemplo, a necessidade de mudar de rumo, de investir mais num projeto ou de dedicar mais tempo à família.
Enquanto o QI resolve primordialmente problemas de lógica e o QE nos ajuda a avaliar as situações e a reagir a elas de forma adequada, levando em conta os próprios sentimentos e os dos outros, o QS nos leva a indagar, de início, se queremos estar nessa situação, se o nosso trabalho, por exemplo, está nos dando a satisfação de que necessitamos ou se essa é a vida que queremos levar.

"Nós usamos a inteligência espiritual quando nos sentimos num impasse, quando enfrentamos as armadilhas de velhos hábitos ou quando temos problemas com doenças ou sofrimentos. O QS nos mostra que temos problemas existenciais e nos aponta os meios de resolvê-los", explica Zohar.


Provas científicas

Embora a expressão inteligência espiritual só tenha surgido na virada do século, a necessidade humana de encontrar um sentido mais amplo para a vida acompanha o homem desde o seu surgimento, afirma Zohar.
A novidade, agora, é que alguns cientistas americanos estão começando a encontrar evidências de que o cérebro humano foi programado biologicamente para fazer perguntas como: "Quem sou?", "Por que nasci?", "O que torna a vida digna de ser vivida?".

No início dos anos 90, o neuropsicólogo americano Michael Persinger e, mais recentemente, em 1997, o neurologista Vilayanu Ramachandran, da Universidade da Califórnia, identificaram no cérebro humano um ponto chamado de "ponto Deus" ou "módulo Deus", que aciona a necessidade humana de buscar um sentido para a vida.

Esse centro espiritual localiza-se entre conexões neurais nos lobos temporais do cérebro. Escaneamentos realizados com topografia de emissão de posítrons (antipartícula do elétron) mostraram que essas áreas se iluminam toda vez que os pacientes discutem temas espirituais ou religiosos. Essa atividade do lobo temporal tem sido ligada há anos às visões místicas de epilépticos e de usuários do alucinógeno LSD.
Mas a pesquisa de Ramachandran mostrou, pela primeira vez, que o centro espiritual também está ativo nas demais pessoas. O "ponto Deus" mostra que o cérebro evoluiu para fazer perguntas existenciais, para buscar sentidos e valores mais amplos, diz Zohar.

O médico terapeuta José Ângelo Gaiarça não integra o grupo de estudiosos da inteligência espiritual, mas reconhece a importância de o ser humano ter um propósito maior na vida. "Isso não é novidade, é uma idéia muito antiga", comenta. Gaiarça acha, no entanto, que o questionamento existencial por si só não basta para acabar com o vazio da vida moderna.
O importante, segundo ele, é as pessoas começarem a perceber que não estão sozinhas no mundo, que fazem parte de um todo e que estão ligadas a tudo que as cerca. Ter espírito de cooperação é, na opinião dele, a forma mais elevada de inteligência espiritual.
Fonte: MÁRCIA DETONI - Folha de São Paulo - 2004.