http://www.jubileubrasil.org.br/artigos/gritamos-por-direitos/image/image_view_fullscreen
O lema do Grito dos Excluídos/as deste ano coloca na agenda de mobilizações o debate sobre a defesa dos direitos e a necessidade de construir um projeto popular. O Brasil ainda representa uma das sociedades mais desiguais do planeta. Entre no movimento.
Onde estão nossos direitos?
Vamos sair às ruas para construir o projeto popular
Por que Gritamos?
Recente pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) traça o mapa da pobreza no Brasil. Revela que a concentração de renda cai de forma extremamente lenta. O país ainda representa uma das sociedades mais desiguais do planeta. Por outro lado, a crise econômica, embora se repita que não tenha passado de uma “marolinha”, aumentou a disparidade socioeconômica.
Alguns números ilustram a pesquisa citada. Os 18 milhões mais ricos (10% da população nacional) detêm 18 vezes a renda dos 70 milhões mais pobres (40% da população). Em outras palavras, os 20% mais ricos do país detêm 60% da riqueza do Brasil, enquanto os 20% mais pobres ficam apenas com 2% da renda nacional. Os desequilíbrios sociais persistem apesar do desenvolvimento
.
A desigualdade social apresenta diferenças regionais flagrantes no interior do território nacional. Conforme estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), sobre a “desigualdade de renda no território nacional”, 1% dos municípios mais ricos respondem por 47% do Produto Interno Bruto (PIB); por outro lado, 70% das cidades mais pobres representam 14,7% do PIB.
Gritamos porque os números acima – entre tantos outros – revelam nomes, rostos pessoas e situações em que o desequilíbrio social se perpetua há décadas, há séculos. As estatísticas e porcentagens constituem o retrato da coexistência, nem sempre pacífica, entre pobreza e riqueza. Conforto e bem estar de um lado, miséria e marginalização social de outro. São os eternos contrastes dos “dois Brasis”! Na verdade, uma única sociedade com dupla face: a exclusão social da maioria é o avesso da inclusão privilegiada da minoria.
Mesmo a olho nu, um simples giro pelas cidades e pelo campo bastaria para flagrar imensos latifúndios vazios e improdutivos ao lado de populações famintas; condomínios de alto padrão, cerrados atrás de sofisticados sistema de segurança, ao lado de favelas e periferias em condições precárias; edifícios de classe média ao lado de cortiços, luxo e desperdício ao lado de grupos que disputam com os cães e os abutres os restos de comida podre nos lixões...
Isto para não falar do escândalo do duplo sistema previdenciário, planos de saúde para os ricos e INSS para os pobres; do duplo sistema escolar, privado para os privilegiados, público para os que não podem pagar; do duplo meio de transporte, helicóptero e carro individual para uma casse, ônibus e trens abarrotados para outra; do duplo sistema judiciário, prisão preventiva para os negros e pobres enquanto aguardam julgamento, liminares e habeas corpus para os crimes de colarinho branco, e assim por diante.
A pesquisa do IBGE, o estudo do IPEA e um rápido sobrevôo sobre nossa sociedade mostram que não bastam as políticas compensatórias do “bolsa família” ou do “micro crédito”, além de outras providências do gênero. O que precisamos é de políticas públicas que impliquem verdadeira distribuição de renda e riqueza. Justiça e não esmola, distribuição do bolo e não as migalhas que caem da mesa!
O lema do Grito dos Excluídos/as deste ano coloca na agenda de mobilizações o debate sobre a defesa dos direitos e a necessidade de construir um projeto popular. O Brasil ainda representa uma das sociedades mais desiguais do planeta. Entre no movimento.
Onde estão nossos direitos?
Vamos sair às ruas para construir o projeto popular
Por que Gritamos?
Recente pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) traça o mapa da pobreza no Brasil. Revela que a concentração de renda cai de forma extremamente lenta. O país ainda representa uma das sociedades mais desiguais do planeta. Por outro lado, a crise econômica, embora se repita que não tenha passado de uma “marolinha”, aumentou a disparidade socioeconômica.
Alguns números ilustram a pesquisa citada. Os 18 milhões mais ricos (10% da população nacional) detêm 18 vezes a renda dos 70 milhões mais pobres (40% da população). Em outras palavras, os 20% mais ricos do país detêm 60% da riqueza do Brasil, enquanto os 20% mais pobres ficam apenas com 2% da renda nacional. Os desequilíbrios sociais persistem apesar do desenvolvimento
.
A desigualdade social apresenta diferenças regionais flagrantes no interior do território nacional. Conforme estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), sobre a “desigualdade de renda no território nacional”, 1% dos municípios mais ricos respondem por 47% do Produto Interno Bruto (PIB); por outro lado, 70% das cidades mais pobres representam 14,7% do PIB.
Gritamos porque os números acima – entre tantos outros – revelam nomes, rostos pessoas e situações em que o desequilíbrio social se perpetua há décadas, há séculos. As estatísticas e porcentagens constituem o retrato da coexistência, nem sempre pacífica, entre pobreza e riqueza. Conforto e bem estar de um lado, miséria e marginalização social de outro. São os eternos contrastes dos “dois Brasis”! Na verdade, uma única sociedade com dupla face: a exclusão social da maioria é o avesso da inclusão privilegiada da minoria.
Mesmo a olho nu, um simples giro pelas cidades e pelo campo bastaria para flagrar imensos latifúndios vazios e improdutivos ao lado de populações famintas; condomínios de alto padrão, cerrados atrás de sofisticados sistema de segurança, ao lado de favelas e periferias em condições precárias; edifícios de classe média ao lado de cortiços, luxo e desperdício ao lado de grupos que disputam com os cães e os abutres os restos de comida podre nos lixões...
Isto para não falar do escândalo do duplo sistema previdenciário, planos de saúde para os ricos e INSS para os pobres; do duplo sistema escolar, privado para os privilegiados, público para os que não podem pagar; do duplo meio de transporte, helicóptero e carro individual para uma casse, ônibus e trens abarrotados para outra; do duplo sistema judiciário, prisão preventiva para os negros e pobres enquanto aguardam julgamento, liminares e habeas corpus para os crimes de colarinho branco, e assim por diante.
A pesquisa do IBGE, o estudo do IPEA e um rápido sobrevôo sobre nossa sociedade mostram que não bastam as políticas compensatórias do “bolsa família” ou do “micro crédito”, além de outras providências do gênero. O que precisamos é de políticas públicas que impliquem verdadeira distribuição de renda e riqueza. Justiça e não esmola, distribuição do bolo e não as migalhas que caem da mesa!
0 comentários:
Postar um comentário