O Ideb 2009 mostrou que a nota média das escolas brasileiras aumentou.
Maria Helena Guimarães de Castro e Simon Schwartzman fazem uma análise
Texto
Camilo Gomide
Escola Professora Maria Aparecida Ferreira, em Poá, São Paulo: Ideb subiu de 3,4 para 3,7Os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb) de 2009 revelaram um aumento na nota - de 0 a 10 - em todos os ciclos da Educação Básica.
No Ensino Fundamental I (da 1ª a 5ª série) a média brasileira subiu de 3,8, índice de 2005, para 4,6. Menos de um ponto em quatro anos, 0,8; o maior crescimento dentre as três etapas do ensino básico.
O Ensino Fundamental II (da 6ª a 8ª série) foi de 3,5, em 2005, para 4,0. Modestos 0,5 pontos, mas não tão preocupante como o Ensino Médio. A nota dos anos finais subiu apenas 0,2 pontos de 2005 a 2009 atingindo o patamar de 3,6.
Para o Ministro da Educação, Fernando Haddad, ainda há muito a ser feito, mas o resultado é bom: "todas as metas foram cumpridas e até superadas".
Para o Ministro da Educação, Fernando Haddad, ainda há muito a ser feito, mas o resultado é bom: "todas as metas foram cumpridas e até superadas".
O senador Cristovam Buarque, ex-ministro da Educação, é menos otimista. "O resultado do Ideb é uma tragédia", diz. Cristovam defende reformas mais profundas para conseguir resultados mais rápidos. "As metas estabelecidas para o Ideb são muito tímidas. Ficar satisfeito com essas notas é o mesmo que um pai aceitar uma nota baixa do filho só por que está na média", diz o senador.
Com esse crescimento, segundo ele, continuaremos atrás dos países desenvolvidos. "Precisamos entender que o capital mais importante hoje em dia é o conhecimento".
Escolas que alcançaram notas altas na última edição caíram de rendimento, por outro lado, escolas com baixo desempenho em 2007 conseguiram superar a meta de 2021.
Escolas que alcançaram notas altas na última edição caíram de rendimento, por outro lado, escolas com baixo desempenho em 2007 conseguiram superar a meta de 2021.
Ao mesmo tempo em que as instituições beneficiadas com mais verba não melhoraram necessariamente e escolas de infraestrutura precária atingiram notas superiores a sete com medidas simples e investimento baixo. Afinal de contas, estamos evoluindo o suficiente? O que precisa ser feito para melhorar de fato e de maneira sustentável?
Para entender melhor os resultados do Ideb 2009 e os próximos desafios da Educação brasileira o Educar para Crescer procurou o sociólogo Simon Schwartzman, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade e professor da faculdade de Educação da USP e a educadora Maria Helena Guimarães de Castro, ex-secretária de Educação do Estado de São Paulo.
FONTE:http://educarparacrescer.abril.com.br/indicadores/ideb-2009-577317.shtml
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