Teerã. O governo do Irã afirmou, ontem, que Sakineh Ashtiani, condenada à morte por adultério, não será mais apedrejada, mas sim enforcada. A decisão se deve ao fato de a iraniana ter sido agora condenada pelo assassinato de seu marido. As informações foram divulgadas pela embaixada iraniana na Noruega.
O Itamaraty confirmou que fez uma oferta oficial a Teerã para receber Sakineh como refugiada. A Noruega interveio no caso e recebeu o advogado foragido de Sakineh, Mohammad Mostafaei, em seu território e, após negociações com Teerã, conseguiu libertar a família dele que estava detida na República Islâmica.
"O apedrejamento é muito raro no Irã. Já foi decidido que essa mulher não será apedrejada", disse Mohammad Hosseini, diplomata iraniano em Oslo, na Noruega. De acordo com ele, como Sakineh foi condenada por assassinato, sua vida só será poupada se a família do marido morto pedir. Para Hosseini, "há pouca simpatia por uma mulher que trai". "Todos querem viver e ela deveria ter pensado nisso antes de trair. Agora, está condenada por assassinato", afirmou.
Sakineh, 43 anos, está presa desde 2006. Ela recebeu 99 chibatadas por ter um "relacionamento ilícito" com um homem acusado de assassinar o marido dela. Sua defesa diz que ela era agredida pelo marido e não vivia como uma mulher casada havia dois anos, quando houve o homicídio. O assassino de seu marido está preso, mas não foi condenado à morte.
Opção justa encontrada pelo homens justos do Irã, não acham?
Até quando, meu Deus, tal justiça reinará?
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