Separar joio do trigo; dar a Cesar o que é de Cesar; ser justo e imparcial, mesmo que corte na carne.
Desde muito cedo, graças aos movimentos sociais e populares que participei, aprendi a desenvolver diversos valores e como conseqüência, ser um cidadão cada vez mais crítico, consciente e liberto de atavismos preconceituosos.
Aprendi, por exemplo, que todos os seres humanos estão mergulhados na política, mesmo que não queiram. Aprendi que valorizar os dons de cada um, mesmo que sabendo que todos têm defeitos. Aprendi que o caminho do diálogo, da transparência, da moral e da ética devem ser valores práticos e não simplesmente bandeiras usadas contra nossos “adversários”. Aprendi, acima de tudo, que o que mais importa é você ser sempre justo; que saiba separar joio do trigo; que saiba dar a Cesar o que é de Cesar, mesmo que isso lhe doa na própria carne, fazendo política com “P” maiúsculo e jamais apelar para a política pessoal, como costumeiramente assistimos em nossa cidade.
Dadas as devidas proporções ao que penso e faço dentro da vida social e política em que me encontro, é importante fazermos uma consideração pertinente. Ter respeito pela vida humana é ato primordial para quem almeja ter um cargo político. Ter consciência da dor da perda de um ente querido é fator indispensável para quem deseja ser reconhecido, principalmente, como político respeitável. Ter humildade e dignidade em reconhecer a figura de um político que administrou uma cidade (bem ou mal, o que importa agora?) tombado pela força do tempo, é para poucos realmente.
Semana passada, no dia 17, Gravatá sepultou um dos seus filhos ilustres. O ex-vereador e ex-prefeito (único nascido na cidade) Silas Salgado teve sua vida ceifada por uma doença que mata silenciosamente milhões de pessoas no mundo. A prefeitura e a secretaria de educação decretaram três dias de luto oficial na cidade, entre os dias 17, 18 e 19 de Agosto. As bandeiras foram colocadas a meio mastro e, no dia 18, a cidade parou para se despedir do “Nego Bom”.
Segundo me consta, luto oficial é uma praxe usada pela diplomacia mundial que se estendeu até em pequenas prefeituras que tem a autonomia de, inclusive, decretar ponto facultativo. Foi o que fez a prefeitura de Gravatá, através do prefeito em exercício, João Paulo.
Quando voltei para casa, após o sepultamento de Silas Salgado, com forte dores de cabeça, cansado pelos dois dias de luto (haja vista ser o mesmo pai de uma das pessoas que eu mais estimo nessa cidade), encontro, bem ao lado de minha casa, um carro de propaganda de um político candidato a deputado, que não é de nossa cidade, embora o carro pertença a um político da cidade.
O carro gritava o nome e o número do candidato para todo o bairro de São José e de Maria Auxiliadora. Além da música, um cabo eleitoral, ao lado do condutor, pedia voto para o referido candidato. Nesse caso, eu até reduzo o peso da responsabilidade do candidato. Imputo total responsabilidade ao cabo eleitoral, residente em Gravatá e conhecedor do luto oficial, com quem contra-argumentei, sem sucesso.
Mais adiante encontro outro carro, desta vez de um candidato a deputado, filho da terra…
Olhei para minha esposa e perguntei: Será que não se tem mais respeito pela morte de ninguém? Será que não podemos respeitar mais a dor da família Salgado? Será que os candidatos não podem parar por um dia as suas campanhas? Minha esposa, Kelia, me olhou e questionou: Será que todos os candidatos estão em campanha hoje?
Para responder a sua pergunta, percorremos as principais ruas da cidade. Saímos pela via local, desde a Locar até o posto Petur. Voltamos pela Rua 15 de Novembro, passando pelo centro da cidade até chegarmos à Rua Sete de Setembro. Resultado dessa incursão?
Desde muito cedo, graças aos movimentos sociais e populares que participei, aprendi a desenvolver diversos valores e como conseqüência, ser um cidadão cada vez mais crítico, consciente e liberto de atavismos preconceituosos.
Aprendi, por exemplo, que todos os seres humanos estão mergulhados na política, mesmo que não queiram. Aprendi que valorizar os dons de cada um, mesmo que sabendo que todos têm defeitos. Aprendi que o caminho do diálogo, da transparência, da moral e da ética devem ser valores práticos e não simplesmente bandeiras usadas contra nossos “adversários”. Aprendi, acima de tudo, que o que mais importa é você ser sempre justo; que saiba separar joio do trigo; que saiba dar a Cesar o que é de Cesar, mesmo que isso lhe doa na própria carne, fazendo política com “P” maiúsculo e jamais apelar para a política pessoal, como costumeiramente assistimos em nossa cidade.
Dadas as devidas proporções ao que penso e faço dentro da vida social e política em que me encontro, é importante fazermos uma consideração pertinente. Ter respeito pela vida humana é ato primordial para quem almeja ter um cargo político. Ter consciência da dor da perda de um ente querido é fator indispensável para quem deseja ser reconhecido, principalmente, como político respeitável. Ter humildade e dignidade em reconhecer a figura de um político que administrou uma cidade (bem ou mal, o que importa agora?) tombado pela força do tempo, é para poucos realmente.
Semana passada, no dia 17, Gravatá sepultou um dos seus filhos ilustres. O ex-vereador e ex-prefeito (único nascido na cidade) Silas Salgado teve sua vida ceifada por uma doença que mata silenciosamente milhões de pessoas no mundo. A prefeitura e a secretaria de educação decretaram três dias de luto oficial na cidade, entre os dias 17, 18 e 19 de Agosto. As bandeiras foram colocadas a meio mastro e, no dia 18, a cidade parou para se despedir do “Nego Bom”.
Segundo me consta, luto oficial é uma praxe usada pela diplomacia mundial que se estendeu até em pequenas prefeituras que tem a autonomia de, inclusive, decretar ponto facultativo. Foi o que fez a prefeitura de Gravatá, através do prefeito em exercício, João Paulo.
Quando voltei para casa, após o sepultamento de Silas Salgado, com forte dores de cabeça, cansado pelos dois dias de luto (haja vista ser o mesmo pai de uma das pessoas que eu mais estimo nessa cidade), encontro, bem ao lado de minha casa, um carro de propaganda de um político candidato a deputado, que não é de nossa cidade, embora o carro pertença a um político da cidade.
O carro gritava o nome e o número do candidato para todo o bairro de São José e de Maria Auxiliadora. Além da música, um cabo eleitoral, ao lado do condutor, pedia voto para o referido candidato. Nesse caso, eu até reduzo o peso da responsabilidade do candidato. Imputo total responsabilidade ao cabo eleitoral, residente em Gravatá e conhecedor do luto oficial, com quem contra-argumentei, sem sucesso.
Mais adiante encontro outro carro, desta vez de um candidato a deputado, filho da terra…
Olhei para minha esposa e perguntei: Será que não se tem mais respeito pela morte de ninguém? Será que não podemos respeitar mais a dor da família Salgado? Será que os candidatos não podem parar por um dia as suas campanhas? Minha esposa, Kelia, me olhou e questionou: Será que todos os candidatos estão em campanha hoje?
Para responder a sua pergunta, percorremos as principais ruas da cidade. Saímos pela via local, desde a Locar até o posto Petur. Voltamos pela Rua 15 de Novembro, passando pelo centro da cidade até chegarmos à Rua Sete de Setembro. Resultado dessa incursão?
Encontramos duas vezes os mesmos carros, dos mesmos candidatos, além de bicicletas e motos de som, circulando as propagandas dos respectivos candidatos. Menos um. Não encontramos nenhum carro do candidato Joaquim Neto circulando pelas ruas.
Joaquim Neto que esteve presente na noite anterior a morte de Silas, visitando-o no Hospital Paulo da Veiga e também no velório nas dependências da Câmara, foi o ÚNICO candidato a Deputado Estadual que respeitou o luto da família Silas Salgado.
E é em nome da família do Silas Salgado, em meu nome e em nome de muitas pessoas que também contataram o respeito dado por Joaquim Neto, que registro aqui meu voto de repúdio a todos que não sabem esquecer um pouco dos seus umbigos e olhar para o lado. Política se faz com gente humana que reconhece gente humana, que admite que precisa de gente humana…
0 comentários:
Postar um comentário