quarta-feira, 27 de outubro de 2010

SERRA NO PROGRAMA DE GERALDO FREIRE




Os compromissos com o Nordeste estiveram no foco da entrevista concedida à Rádio Jornal (Pernambuco) pelo presidenciável José Serra no final da manhã dessa quarta-feira (27).

Na sua primeira agenda no Recife, Serra falou a mais de um milhão de ouvintes nordestinos e anunciou a proposta de criação de uma Secretaria Nacional do Semiárido, responsável pelo fomento à mesorregião nordestina que abriga quarenta por cento da população regional.


“Foram os nordestinos que construíram São Paulo e eu sei da importância que todas as regiões andem juntos. No Brasil, se não for todo mundo junto, anda para trás”, explicou. Ao órgão federal, Serra já sugeriu intitulá-lo de Celso Furtado, homenagem ao economista paraibano famoso pelas teses em torno da região.

Serra também registrou sua indignação com o enfraquecimento da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), estatal responsável pelo fornecimento de energia no Nordeste. Desde o ano passado, várias medidas definidas pelo Ministério das Minas e Energia reduziram a independência da Companhia, atualmente mais subordinada à Eletrobrás.

"O governo está matando a Chesf, uma empresa que foi a alavanca do desenvolvimento do Nordeste”, lembrou. Na Presidência da República, José Serra vai fortalecer a Chesf e a sua diretoria permanecerá mais vinculada às capitais nordestinas que às decisões de Brasília.

Conhecedor dos problemas regionais, o ex-governador de São Paulo também lamentou o cancelamento do debate entre ele e Dilma Rousseff, voltado às temáticas locais, proposto pelo SBT.

O encontro seria hoje, mas a candidata adversária mais uma vez preferiu não participar do evento, o que acarretou o seu cancelamento. No primeiro turno, numa oportunidade semelhante, a petista foi a única faltosa entre os presidenciáveis. Desde a apresentação da proposta do programa, Serra já tinha confirmado sua presença. O evento seria organizado pela TV Aratu, da Bahia.

Estavam presentes no estúdio da Rádio Jornal Recife, dando seu apoio ao candidato, políticos como Sérgio Guerra, Terezinha Nunes e o ex-governador Roberto Magalhães.

A entrevista - depate - foi ravoável. Havia muita coisa pra dita, pra ser respondida, mas a dinâmica do programa não permitiu, por exemplo, que ouvintes como nós, fiéis aos debates, fizessemos perguntas relacionadas ao Nordeste, a Educação e a Saúde, de maneira mais objetiva.

Ao que me consta, além de mim, o Professor Lucivânio Jatobá e o ex-ministro Gustavo Krause acompanharam a entrevista.

O que havia pra se dizer, já foi dito. O que deveria ser feito, já foi feito.

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